A doação de pele pode salvar vidas. É com esse apelo que a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) lança a Campanha Permanente de Doação de Pele. O objetivo é informar a população sobre o uso deste material no tratamento de pacientes queimados e, assim, aumentar o número de doações.
A pele humana é usada como curativo biológico em substituição aos tecidos carbonizados e mortos que foram retirados do paciente. Segundo o presidente da SBQ, José Adorno, é tudo feito com segurança, sem risco de transmissão de doenças. “É uma medida salvadora”, frisa.
Essa pele doada protege a ferida contra infecções, reduz perdas de líquido e calor e minimiza a dor, estimulando a cicatrização. Ainda segundo o médico, o curativo biológico de pele humana é vantajoso do ponto de vista econômico, pois diminuindo o tempo de internação e agilizando a cicatrização, diminui os custos com cada paciente em leito hospitalar.
Doação – A pele é obtida a partir de doadores que tiveram morte encefálica cujas famílias tenham autorizado a retirada, assim como acontece com a captação de outros órgãos. As doações ficam armazenadas em bancos de tecido. Hoje, no Brasil, são quatro deles, responsáveis pela captação, preparo e distribuição das peles doadas. Atualmente, os estoques encontram-se com níveis muito abaixo do necessário.
Saiba mais sobre doação e uso de pele no tratamento a queimados em entrevista concedida pelo médico Eduardo Chem, responsável pelo Banco de Tecidos Humanos – Pele da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, o mais antigo em funcionamento no país: youtu.be/lmBqIg_1Ku4
Veja também:
Bancos de pele recebem doações e enviam material para hospitais do Brasil e América Latina
Fonte: SBQ