Secção: Brasil
Link: http://tribunadonorte.com.br/noticia/mais-de-240-mil-processos-relativos-a-area-de-saude-tramitam-na-justica/180071
Publicado no dia 01/05/11
MAIS DE 240 MIL PROCESSOS RELATIVOS À ÁREA DE SAÚDE TRAMITAM NA JUSTIÇA
Problemas no atendimento em hospitais públicos, reclamações contra planos de saúde e falta de acesso a remédios e a procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) são problemas conhecidos dos brasileiros. E as reclamações não ficam só no boca a boca. Levantamento recente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) descobriu que há mais de 240 mil processos relativos à área de saúde tramitando em todo o país.
O levantamento começou a ser feito no meio do ano passado e ainda falta computar os dados de três tribunais. Até agora, o estado onde há mais ações é o Rio Grande do Sul: 113 mil. O número é mais que o dobro do segundo colocado, São Paulo, que tem 44.690 ações. O Rio de Janeiro é o terceiro colocado, com 25.234 ações.
“A grande quantidade de processos do Rio Grande do Sul não quer dizer que o estado tem mais problemas que os outros na área de saúde. Outra explicação mais razoável é que os gaúchos acionam mais a Justiça que [os cidadãos] nos outros estados. Lá, há um número grande de inconformismo em relação às decisões da primeira instância e eles discutem questões com afinco e até o fim”, afirma o conselheiro Marcelo Nobre, coordenador do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde, instância que acompanha e monitora os dados relativos a esses processos nos tribunais.
O levantamento do conselho será importante ferramenta na discussão que haverá em junho sobre as políticas públicas na área da saúde e os processos judiciais relativos ao tema. No mês que vem, o fórum promove encontro que terá a participação de representantes do Ministério da Saúde, de juristas, especialistas do setor e operadores de direito. Serão firmadas parcerias com a Advocacia-Geral da União (AGU), secretarias estaduais de saúde e instituições de pesquisa. Espera-se, com as discussões, contribuir para a resolução dos conflitos judiciais que têm nas questões de saúde seu tema principal.
Segundo Nobre, outra proposta é criar um banco de dados para ajudar a subsidiar decisões na área da saúde. “Quando a pessoa afirma que vai morrer se não tiver um remédio, a primeira reação do juiz é liberá-lo. Com o banco de dados, queremos dar informações técnicas sobre a necessidade real do remédio para deixar os juízes mais confortáveis para decidirem”. O banco de dados também deve informar os medicamentos proibidos pelas autoridades brasileiras.
O conselheiro ainda informa que o governo tem se mostrado preocupado em reduzir as demandas judiciais envolvendo a saúde pública. “O Ministério da Saúde e a AGU têm sido grandes parceiros nas questões que temos levantado no fórum”.
TRIBUNA DO NORTE – 02-05-2011
Secção: Natal
Link: http://tribunadonorte.com.br/noticia/cooperativas-solucao-ou-problema/180001
Publicado no dia 01/05/11
COOPERATIVAS: SOLUÇÃO OU PROBLEMA?
Os investimentos em determinadas áreas do governo, independente da esfera, sempre parecem estar aquém do esperado. Principalmente para os cidadãos que dependem diretamente dos serviços públicos. Saúde, Educação e Segurança são as pastas mais complexas de serem geridas, apontam governantes. No Rio Grande do Norte, na área da Saúde, o Governo busca, através da contratação de cooperativas médicas, preencher uma lacuna do complexo emaranhado que é a prestação gratuita e imprescindível deste serviço. Para 2011, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), estima gastar mais de R$ 20 milhões somente com as sociedades médicas. E o investimento não deve parar por aí. Novos contratos com cooperativas médicas já estão sendo estudados pelo Estado.
A contratação de cooperativas é uma tendência nacional, mas divide opiniões. O que seria uma ação temporária está se tornando substitutiva. Para o membro da Mesa Diretora do Conselho Nacional de Saúde, o potiguar Francisco Batista Júnior, a contratação de cooperativas fere leis constitucionais. “O Ministério Público é contra a contratação de cooperativas pelo SUS. É intermediação de mão de obra”, analisa.
Já o secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, defende com veemência que entidades privadas prestem serviços ao Governo. Principalmente quando este não tem condições de arcar com os custos de novas construções, equipamentos e contratação de mão de obra para um empreendimento hospitalar próprio ou ampliação dos já existentes. Para defender a tese, ele argumenta que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impede, pelo menos temporariamente, a nomeação de profissionais aprovados em concursos já realizados. Complementa a defesa explicando que o limite prudencial do Estado está acima do recomendado e qualquer ação se tornaria em improbidade administrativa. Por isso, a terceirização do serviço.
Há aproximadamente três anos, o movimento de formação de cooperativas médicas eclodiu no Brasil. A associação de médicos se deu como consequência das baixas remunerações pagas pelos Governos Estaduais. No RN, já são cerca de três cooperativas em atuação. Além dos serviços dos médicos cooperados, o Estado passou a contratar leitos em hospitais da rede privada para garantir, teoricamente, a oferta aos pacientes atendidos através do SUS. São aproximadamente 300 cirurgias mensais somente na área ortopédica em hospitais como o Memorial, Médico Cirúrgico e, mais recentemente, na Prontoclínica Dr. Paulo Gurgel.
Concomitantemente, a demanda de pacientes em diversas outras áreas aumenta diariamente. O próprio Domício Arruda afirmou que não há previsão para a construção de um novo hospital. Segundo ele, a Sesap não tem condições financeiras e erguer um novo complexo demandaria um período de tempo considerável. Às vésperas da Copa do Mundo, este se torna um fator preocupante para a realização do mundial. O único hospital de urgência e emergência estadual, o Walfredo Gurgel não comportaria a quantidade de pacientes advindos de um acidente de grandes proporções.
Gastos com exames superam R$ 161 milhões
Do montante orçado para utilização da Sesap em 2011, cerca de R$ 161,5 milhões serão consumidos na realização de exames de média e alta complexidade. O repasse desta quantia não significa, porém, que os cidadãos que dependem do SUS terão acesso aos diagnósticos em tempo hábil. Determinados processos laboratoriais, a maioria deles requisitados por especialistas em câncer e cardiologia, demoram até oito meses para serem realizados na rede pública.
Há duas saídas para quem precisa da realização de um exame: é arcar com os custos na rede de saúde privada ou esperar pelo SUS e correr o risco da doença progredir. Um outro agravante, neste caso, é a remuneração oferecida pelo Ministério da Saúde aos hospitais e clínicas privadas que não são atrativos. Os empresários, consequentemente, não se dispõem a realizar os exames via convênio. Se o valor pago pelo SUS fosse mais atrativo, a expectativa era de diminuição nas filas dos hospitais públicos.
De acordo com o secretário de Saúde, Domício Arruda, não existe complementação de tabela de valores para exames ambulatoriais. “Temos dificuldades para a contratação de serviços privados pela Tabela SUS em função dos valores praticados não serem atrativos para o mercado”, afirmou.
Na policlínica da Liga Contra o Câncer, por exemplo, um exame de alta complexidade como a colonoscopia (exame endoscópico do intestino grosso para identificar tumor) chega a custar R$ 595. Numa clínica particular, os custos variam de acordo com as especificações médicas.
Terceirização eleva custos para a rede pública
Uma das soluções encontradas pelos gestores para atender a crescente demanda da rede pública de saúde é terceirizar os serviços. O problema é que na maioria das vezes o custo do serviço prestado pela rede privada é bem superior ao que seria gasto se o mesmo procedimento/serviço fosse realizado na rede pública.
Para se ter uma ideia, or um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por exemplo, a média diária cobrada por um complexo hospitalar particular, gira em torno de R$ 900. Os leitos não-cadastrados no SUS são adquiridos de forma complementar e o pagamento é feito com recursos próprios do Estado (60%) e Município (40%). Cada plantão pago a um médico cooperado, custa aos cofres públicos potiguares, cerca de R$ 918 – cerca do dobro do que recebe um médico concursado.
Há neste e em outro casos, a complementação dos valores pagos aos serviços prestados pelos profissionais contratados. “O valor médio da AIH (Autorização de Internação Hospitalar) varia de acordo com a especialidade, tempo de permanência e procedimentos realizados”, esclareceu o secretário estadual de saúde, Domício Arruda. No final do ano passado, no auge da crise financeira que aterrorizou o Governo Estadual, as cooperativas médicas decretaram greve. O resultado da paralisação foi o aumento de pacientes à espera de cirurgias eletivas de ortopedia e a postergação de exames de alta complexidade, dentre outros problemas decorrentes do movimento.
Para o membro da Mesa Diretora do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Batista Júnior, este é apenas um lado da moeda. “O fato das cooperativas estarem prestando um serviço ao SUS está gerando uma insatisfação entre os trabalhadores médicos concursados que não fazem parte das associações e ganham menos pelos plantões”, afirma. Para ele, a população está pagando um custo muito alto pelos serviços dos cooperados e acredita que o Governo Estadual pode se tornar um refém destas entidades. “O ideal seria equipar os hospitais existentes e ampliar o atendimento”, disse.
Para Domício, o Estado não se tornará refém das cooperativas se souber articular com os diretores das associações. Em Manaus, por exemplo, a situação foi diferente. O governo local teve que recuar nas negociações com as cooperativas devido aos sucessivos aumentos cobrados pelos serviços.
TRIBUNA DO NORTE – 02-05-2011
Secção: Natal
Link: http://tribunadonorte.com.br/noticia/ames-participam-de-dia-d-de-vacinacao-contra-a-gripe/180033
Publicado no dia 01/05/11
AMES PARTICIPAM DE “DIA D” DE VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE
A Secretaria Municipal de Saúde abriu ontem a campanha de vacinação contra a Gripe, reforçando a importância da prevenção. As AMEs – Ambulatório Médico Especializado de Natal participaram do dia “D” de Vacinação. A vacina foi aplicada das 8h às 17h, ao grupo indicado pelo Ministério da Saúde.
A campanha deve imunizar toda a população a partir dos 60 anos, além da população indígena, funcionários da saúde, gestantes e crianças com idade mínima de seis meses até dois anos. Em Natal, a meta é imunizar 111.928 pessoas. Além das AMEs e de cinco unidades móveis, 130 postos de saúde aplicaram vacina durante todo o dia “D” de Vacinação.
A dose oferecida é uma combinação de três vírus e protege inclusive contra o H1N1, da Gripe A. Foram para a atividade serão oferecidas 100 mil doses da vacina. Os médicos recomendam que crianças tomem meia dose de casa vez, sendo que a segunda deve ser exatamente 30 dias depois da primeira.
No decorrer da semana, a vacinação continua nas AMEs e nos 130 postos de saúde do município de Natal.
TRIBUNA DO NORTE – 02-05-2011
Secção: Natal
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Publicado no dia 01/05/11
CAMINHADA EM FAVOR DA SAÚDE NO RN REÚNE MÉDICOS E TRABALHADORES DA SAÚDE
Apesar da chuva que caiu durante esta manhã a caminhada promovida pelo Sindicato dos Médicos do RN em favor da saúde contou com grande participação da classe médica e trabalhadores da saúde.
Munidos com faixas, bandeiras e microfone os médicos saíram por volta das 9h da concentração em frente à Associação Médica e seguiram em caminhada até o hospital Walfredo Gurgel.
Em frente ao hospital os médicos e representantes de sindicatos da saúde proferiram seus discursos de mobilização e alerta para os gestores e para toda a sociedade, que precisa se mobilizar, também, na luta em busca de melhorias para a saúde pública.
“Esta luta não é apenas minha ou dos médicos, mas de todos nós, cidadãos que precisam de respeito e dignidade. Seja o trabalhador que precisa de condições de trabalho adequada, seja o paciente que precisa ter garantia do seu atendimento”, falou o presidente do Sinmed RN, Geraldo Ferreira.
Na sequencia os participantes da caminhada seguiram até o Parque das Dunas onde foi servido um café da manhã, ao som de Diogo Guanabara e Macaxeira Jazz.
Além dos médicos e trabalhadores da saúde do RN participaram também da caminhada os conselhos regionais de medicina e odontologia, presidentes de sindicatos médicos de todo o Brasil, o presidente da Federação Nacional, Cid Carvalhaes, o Secretário Estadual de Saúde, Domício Arruda e o senador Paulo Davim.
A caminhada foi uma realização do Sindicato dos Médicos do RN (SINMED) em parceria com o Sindicato dos Servidores da Saúde (SINDSAÚDE), Sindicato dos Odontologistas (SOERN), Sindicato dos Técnicos de Radiologia (SINTAR) e o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem (SIPERN).
TRIBUNA DO NORTE – 02-05-2011
Secção: Brasil
Link: http://tribunadonorte.com.br/noticia/campanha-contra-gripe-reduziu-em-60-internacoes-por-pneumonia/180037
Publicado no dia 30/04/11
CAMPANHA CONTRA GRIPE REDUZIU EM 60% INTERNAÇÕES POR PNEUMONIA
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse hoje (30) que a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que existe há 13 anos, foi responsável pela redução em 60% dos casos de pneumonia no país. Padilha afirmou que a inclusão de grupos específicos – como indígenas, grávidas e crianças de seis meses a dois anos – tem o objetivo de atingir a sociedade como um todo.
“Já implantamos a campanha de vacinação [contra a gripe] no Brasil há 13 anos e, nesse período, ela contribuiu para reduzir em 60% as internações por pneumonia, pois a gripe ajuda a complicar outras doenças”, disse o ministro durante o programa Revista Brasil, da Rádio Nacional. “A estratégia é proteger quem mais precisa de cuidados.”
Padilha ressaltou que 90% da vacina utilizada na campanha são de fabricação nacional, garantindo o abastecimento aos 65 mil postos de saúde em todo o país e assegurando a independência em relação à ajuda externa.
“Noventa por cento das doses aplicadas no Brasil são produzidas por laboratórios públicos nacionais, numa pareceria do Ministério da Saúde com o Instituto Butantan”, afirmou o ministro. “Isso garante que a gente possa ter acesso a toda a população brasileira. Não precisamos ficar dependendo de outros países.”
O ministro lembrou que a vacina usada no Brasil é totalmente segura. “Ela é extremamente segura, tanto é que a própria presidenta da República [Dilma Rousseff] tomou a vacina na segunda-feira [25]”, afirmou, acrescentando que há restrições para não tomar a vacina em casos bem definidos, como quem está fazendo algum tipo de tratamento, entre eles o de combate ao HIV. Ele recomendou que as pessoas procurem seu médico para obter orientações.
Os postos de saúde ficarão abertos até as 17h para a vacinação contra a gripe, que é feita em uma única dose para todos os grupos, com exceção das crianças – os menores de dois anos vão receber duas doses, aplicadas em um intervalo de 30 dias.
A meta do Ministério da Saúde é imunizar pelo menos 23,8 milhões de pessoas até 13 de maio – quando acaba a campanha.
TRIBUNA DO NORTE – 02-05-2011
Secção: Natal
Link: http://tribunadonorte.com.br/noticia/hospitais-suspendem-cirurgias/179939
Publicado no dia 30/04/11
HOSPITAIS SUSPENDEM CIRURGIAS
As três principais unidades credenciadas junto ao município de Natal para realizar cirurgias ortopédicas e desafogar o atendimento da rede pública interromperam a prestação dos serviços. O motivo é o atraso no pagamento dos procedimentos realizados. Ao Hospital Memorial, a Prefeitura do Natal deve R$ 300 mil, referentes a janeiro/2011. E esse valor é só parte da dívida. O reflexo dessa crise está à vista nos corredores do Hospital Walfredo Gurgel, que estão lotados.
Na tarde de ontem, 52 pacientes – 31 somente da ortopedia – estavam internados em macas nos corredores da unidade. Ontem, o diretor geral do Hospital Walfredo Gurgel, Mozar Dias de Almeida, disse que há uma semana o hospital está sem poder encaminhar pacientes para as unidades credenciadas. “Não temos para onde mandar esses pacientes. As três unidades credenciadas não estão recebendo por causa do atraso nos repasses”.
Além disso, o Hospital Deoclécio Marques está operando com grande volume de atendimentos, sem condições de dar suporte maior, segundo ele. Em entrevista a Tribuna do Norte, a promotora de Justiça da Saúde, Kalina Filgueira, garantiu que a Prefeitura de Natal deverá ser acionada na Justiça a pagar a dívida que possui com o Hospital Memorial. O município havia se comprometido a realizar o pagamento ontem (sexta-feira, 20/04), mas até o final da tarde nenhum depósito foi realizado.
A promotora aguarda, no início da próxima semana, informação sobre o repasse para decidir se processa ou não o Executivo municipal. Ela não soube informar o valor exato da dívida relativa às três unidades. Segundo a direção do hospital Walfredo Gurgel, a superlotação nos corredores ocorre porque o hospital tem alta demanda de pacientes crônicos e críticos, com longa permanência.
O provável pedido de execução da dívida por parte do Ministério Público Estadual será integrado a uma ação civil pública já julgada, onde o Município de Natal foi considerado responsável por resolver o problema das filas para cirurgia ortopédica. Segundo a promotora, o objetivo é fazer com que os serviços prestados retornem à normalidade, sem prejuízo para os pacientes.Além da suspensão temporária das cirurgias ortopédicas, o atendimento de urgência também está mais seletivo no Memorial. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE conseguiu apurar durante visita na manhã de ontem que estão ocorrendo apenas as cirurgias eletivas de pacientes do interior do estado. Informação que não confirmada pelo diretor Francisco Gomes.
Filas voltam ao Walfredo Gurgel
Nos corredores do hospital Walfredo Gurgel, pacientes crônicos com problemas de cardiopatia e diabetes dividem o estreito espaço com vítimas de trauma. Ontem 32 pessoas aguardavam por cirurgias ortopédicas e, por falta de leito, estavam nos corredores . Moacir Ferreira, 44 anos, está numa maca há nove dias.
Ele aguarda transferência para o hospital Memorial, mas depende do acerto entre a Prefeitura e a unidade. Dona Francisca Caetana Nogueira, 50 anos, vítima de atropelamento, chegou na noite da quinta-feira, foi atendida somente na manhã de ontem e estava sem previsão de quando seria cirurgiada.
A TN entrou em contato ontem a tarde com o secretários das pastas da Saúde e Planejamento, que confirmaram a negociação os hospitais credenciados. Antônio Luna disse que a previsão de pagamento é para a próxima semana. Na segunda-feira passada, a Secretaria Municipal de Saúde informou ter quitado parte da dívida com os hospitais conveniados para a realização de cirurgias ortopédicas, com um repasse de R$ 230 mil.
TRIBUNA DO NORTE – 02-05-2011
Secção: Natal
Link: http://tribunadonorte.com.br/noticia/agentes-do-combate-a-dengue-de-natal-entram-em-greve/179937
Publicado no dia 30/04/11
AGENTES DO COMBATE À DENGUE DE NATAL ENTRAM EM GREVE
O duelo entre o Sindicato dos Agentes de Saúde (Sindas) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem uma nova e decisiva batalha, a greve. Após o cancelamento de uma reunião que estava marcada para ontem, às 11 horas, com o secretário municipal de Saúde, Thiago Trindade, os representantes do Sindas decidiram protocolar o indicativo de paralisação e cruzarão os braços a partir da próxima segunda-feira. A decisão dos profissionais, porém, pode resultar em exonerações. Diante de incertezas, na guerra contra o mosquito, quem perde é a população.
“O secretário não nos recebeu e quis protelar a audiência para a próxima segunda-feira. Nós não aceitamos”, disse o secretário do Sindas, Cosmo Mariz. De acordo com ele, o cancelamento foi informado pelo assessor Carlos Fernando. “A desculpa que ele nos deu foi de que o secretário iria inaugurar uma obra, depois conceder entrevista e à tarde despachar com a prefeita”, complementou Mariz.
Diante da greve dos agentes de saúde municipais, o combate ao dengue está ameaçado. Os 150 profissionais contratados pela organização social terceirizada pela Prefeitura, ainda não tiveram nenhuma experiência em campo. Cosmo Mariz fez uma ressalva quanto ao perigo do manuseio do larvicida utilizado nas residências para as ações contra a dengue. O diflubenzuron 4 causou reações alérgicas em diversos agentes experientes.
De acordo com a bula do inseticida Trulymax, do laboratório Sinon, o componente é extremamente tóxico. Além disso, os mecanismos de toxicidade em humanos não são conhecidos. “Hoje (ontem), nós flagramos uma situação absurda. Todos os supervisores foram convocados para uma reunião no Posto de Saúde do Bairro Nordeste. Quando lá chegamos, estavam os agentes contratados esperando por treinamento prático”, comentou Cosmo. De acordo com ele, o período mínimo para o correto manuseio do larvicida é de um mês ao lado de pessoas experientes treinando.
O secretário do Sindas afirmou que a dosagem incorreta do diflubenzuron 4 pode causar envenenamento. Além disso, os técnicos que regulam o trabalho dos agentes municipais, não irão atestar o trabalho dos terceirizados sem eles comprovarem que sabem realizar todo o procedimento de uma visita domiciliar ou de campo corretamente.
Para Thiago Trindade, se os agentes não recorrerem da decisão, o Município poderá tomar medidas extremas. “Vale ressaltar que os agentes estão em estágio probatório e poderão sofrer sanções administrativas. A possibilidade de exoneração não está descartada”, alertou o secretário.
O documento assinado pelo diretor do Sindas, José Salustino, foi encaminhado à Procuradoria do Município. A ilegalidade da greve, baseado no estado de emergência decretado pela Prefeitura, será solicitada à Justiça.
TRIBUNA DO NORTE – 02-05-2011
Secção: Natal
Link: http://tribunadonorte.com.br/noticia/caixas-d-agua-requerem-cuidados/180004
Publicado no dia 01/05/11
CAIXAS D’ÁGUA REQUEREM CUIDADOS
Na busca por garantir mais tranqüilidade quanto à oferta de água, historicamente, as pessoas passaram a construir ou comprar caixas d’águas para suas residências ou estabelecimentos comerciais. Armazenar se tornou um hábito bastante comum, mas durante uma reforma ou construção, o consumidor sempre fica pensando sobre qual deve ser o tamanho adequado do reservatório para a sua casa ou estabelecimento comercial. Neste planejamento, também entra no departamento das preocupações, os custos envolvidos para aquisição da caixa. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) orienta a população a construir reservatórios, fundamentais para garantir o armazenamento do produto especialmente quando há necessidade de interromper o fornecimento por algum motivo.
Muitas vezes a prestadora do serviço tem de suspender o fornecimento a fim de realizar melhorias na rede de abastecimento, conter vazamento ou substituir tubulações. Nehilton Barreto, gerente da regional Mossoró da Caern, destaca que “atualmente 99% da população utiliza algum tipo de reservatório superior (caixa d’ água) ou inferior (tambores, tonéis), e em algumas situações utilizam ambas as formas”.Em locais onde a oferta de água é alternada é bastante comum consumidores utilizarem uma ou delas ou as duas formas de armazenamento. Porém, em algumas áreas, como o bairro de Mãe Luiza, em Natal, pelo menos 30% dos imóveis não possuem caixa d’água, o que agrava o problema de abastecimento quando é necessário realizar algum serviço de manutenção na rede.
Segundo Josildo Lourenço, gerente de projetos da Caern, quando se idealiza um reservatório deve-se seguir as normas de construção hidráulica, planejando o suprimento da água por no mínimo dois dias. Entretanto, esse número pode variar em função da localização da casa e do tipo de utilização do reservatório. Este deve ter a capacidade de acumular um volume útil que supra as demandas de equilíbrio, de emergência e antiincêndio.
Precauções
O cálculo para a construção do reservatório deve tomar por base a quantidade de moradores, a indicação de normas brasileiras que preveem que a caixa tenha capacidade de armazenar o líquido para pelo menos dois dias e uma média de consumo de 150 litros por pessoa. Como exemplo, para uma casa de seis pessoas, uma caixa projetada para suprir o consumo de dois litros deverá ser calculado da seguinte forma: 6 (pessoas) x 150 (litros/pessoa.) x 2 (dias) = 1.800 litros. Durante o planejamento deve-se levar em conta que 1.000 litros de água, um reservatório pesa 1.000 quilos, assim, quanto maior a capacidade, mais resistente tem de ser a estrutura.
Apesar do armazenamento, o cidadão deve adotar o uso racional da água, fazendo dessa prática uma rotina diária. O consumidor pode reutilizar água para lavar calçadas, fechar a torneira enquanto se ensaboa ou escova os dentes, além de reduzir vazamentos. Procedimento como estes aliviarão o bolso do consumidor tanto na conta de água, como na estrutura a ser investida no reservatório para garantir a oferta do produto.
Dengue
Importante lembrar que em tempos de epidemia de dengue os cuidados com os reservatórios de água precisam ser constantes. No caso de reservatórios como tambores e tonéis, eles devem ser lavados semanalmente com o auxílio de uma escova na parte interna, além de mantê-los bem fechados, evitando a proliferação de focos de dengue.
Em relação às caixas d’água, a recomendação é verificar as tampas e, se possível, colocar uma tela para que o mosquito não consiga penetrar na água. Reservatórios residenciais destampados ou com tampa de amianto já desgastada pelo tempo e cheia de fissuras, facilitam a proliferação do mosquito da dengue. A população deve manter os reservatórios limpos a cada seis meses e vedados. Esses dois aspectos devem ser observados porque, os ovos do mosquito são resistentes. Aderidos às bordas das caixas, os ovos acompanham o nível da água. Em contato com ela, os ovos eclodem e se transformam em novos mosquitos.
DIÁRIO DE NATAL – 02-05-2011
Secção: Cidades
Link: http://www.diariodenatal.com.br/2011/05/01/cidades3_0.php
Publicado no dia 02/05/11
A VIA CRUCIS POR UMA CONSULTA MÉDICA
Dormir na fila ou chegar antes das 4h da manhã e, depois, ainda aguardar horas para ser atendido, mesmo com hora marcada. É essa a realidade de quem necessita de atendimento nos centros clínicos do município. Mesmo utilizando o sistema nacional online de marcação de consultas, fornecido pelo Ministério da Saúde, não é possível agendar atendimentos nos centros clínicos de Natal com mais de um dia de antecedência. Apesar da grande demanda de pessoas nas quatro policlínicas espalhadas pela cidade, a única reclamação perene nos corredores é sobre a dificuldade em conseguir agendar um atendimento, e não a falta de médicos.
“A minha esposa veio e madrugou na fila. Ela chegou aqui às quatro horas da manhã de ontem (27) para poder conseguir marcar a minha consulta para hoje (28)”, informou o comerciário Francisco das Chagas Sousa, 37 anos, que buscava um dermatologista há mais de cinco meses para tratar de uma dermatite que se espalhava pelo corpo. Ele questiona sobre o porquê das consultas não poderem ser agendadassem a necessidade de enfrentar filas diárias. “Hoje em dia, quando tudo está modernizado, deveria ser possível marcar, através da internet, para daqui a uma semana, um mês”, exemplificou o comerciário, que estava pela primeira vez na Policlínica Norte, no bairro de Santa Catarina.
A dona de casa Conceição Silva, 53 anos, já é paciente da Policlínica Norte há cerca de oito anos. Desde que teve o diagnóstico de depressão, as consultas com a psiquiatra são realizadas semanalmente. “Para marcar o retorno é mais tranquilo. Eles (os médicos) dão um papelzinho”. Conceição, que mora no Soledade I, afirmou que não lembrava a última vez que foi a um posto de saúde. Segundo ela, não há médicos na unidade. “Quando preciso ir ao médico, peço encaminhamento à doutora (psiquiatra)”. Conceição revela ainda que algumas pessoas aproveitam a dificuldade na marcação das consultas para ganhar dinheiro. “Tem gente que fica na fila de madrugada e vende o lugar por cinco, ou até dez reais, para marcar o exame. Quando tinha o ambulatório funcionando era pior”. Mesmo afirmando que não é complicado marcar os retornos, Conceição madrugou na unidade. “Ontem (27) eu cheguei às 3h e marquei a consulta para hoje (28), às 8h”.
A também usuária da policlínica em Santa Catarina, Antônia de Souza, 60 anos, endossou a dificuldade em marcar as consultas. “Não há mais médico no posto do Soledade II, então não tem como pegar encaminhamento. Consegui em outra consulta aqui no centro”, informou ela, que chegou às 6h para ter uma consulta com um médico gastroenterologista que começaria a atender às 8h, por ondem de chegada. A reclamação sobre a dificuldade para marcação de consultas nos centros clínicos também permeia a unidade do Distrito Leste, na Ribeira.
Secretária admite deficiências e promete adequações
A secretária adjunta da saúde de Natal, Perpétua Nogueira, argumentou que o agendamento de consultas deve ser realizado nos postos de saúde e não nos centros clínicos, mas admitiu que o Sistema Nacional de Marcação de Consultas ainda enfrenta dificuldades técnicas.
Ela informou que adequações precisam ser feitas ainda neste semestre. “Ainda há problemas com a internet e com o sistema que é fornecido pelo Ministério da Saúde. Entretanto, nós estamos tentando resolver essa situação”.
Perpétua Nogueira disse ainda que o sistema permite o agendamento de consultas pelo período de uma semana, e não somente de um dia para o outro. “Não sei por que não está sendo feito o agendamento para a semana, tenho que me informar”.
A auditora Luana Maria Almeida Fernandes, da Central de Regulação de Consultas e Exames da Secretaria Municipal de Saúde, acredita que está havendo algum desencontro de informações. “Deve estar acontecendo um mal entendido entre quem está marcado e quem está querendo marcar. O sistema mostra a agendado médico para os próximos oito dias. Mas existem especialidades que há dificuldades em encontrar vagas não só pelo SUS, por exemplo, neurologista”.
A técnica informou que o sistema permite a visualização da agenda do médico por até um mês, mas que essa possibilidade não está disponível devido ao grande número de faltas. “A gente tem um índice de faltas muito alto. Se você marcar a consulta com muita antecedência, você esquece”, argumentou Luana Fernandes.
Exames de média e alta complexidade são selecionados por uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde de Natal de acordo com a gravidade do paciente. Entre os chamados exames regulados estão o teste ergométrico, a endoscopia, as ultrassonografias e os eco doppler venoso e dos membros inferiores.
“A seleção é feita por uma equipe médica e os postos apenas cadastram o paciente no sistema e aguardam. A agenda de exames regulados não é visível para os postos”, explicou a auditora Luana Fernandes. Os pacientes são informados pelo posto de saúde do bairro sobreagendamento dos procedimentos e o local, geralmente, com 48h de antecedência.
Demora para entrar no consultório, rapidez para sair
As horas gastas para marcar a consulta ou exame, mais as do tempo de espera, são transformadas em apenas alguns minutos de conversa entre médico e paciente. O tempo varia de acordo com cada especialidade. No Centro Clínico da Ribeira, as consultas com a reumatologista, por exemplo, duram em torno de 3 a 5 minutos. Na unidade do Santa Catarina, as que são feitas com dermatologista duram entre 5 a 26 minutos.
O zelador licenciado Erivan José da Silva, 50 anos, afirmou que marcou a consulta no posto de saúde do bairro das Quintas sem precisar madrugar na fila, entretanto não foi tão fácil. “Precisei ir algumas vezes para conseguir marcar”. Entretanto, sua consulta com a reumatologista durou apenas três minutos. O suficiente para a médica solicitar um raio-x, para avaliar as dores nos ossos do paciente.
A autônoma Genária Maria Dantas Maia, 44 anos, não tem dificuldades em realizar a marcação de consultas, devido ao fato de uma amiga trabalhar no centro clínico. “Foram dois dias para minha amiga conseguir marcar. Pelo posto não dá. É sorte minha conhecer uma pessoa que trabalha aqui”. Ela entrou às 9h41 e saiu às 9h45 do consultório da reumatologista, também com solicitação para raio-x para avaliar a situação do braço que estava parcialmente imobilizado.
O diretor do Distrito Sanitário Leste, responsável pelo Centro Clínico da Ribeira, Alexandre Araújo, informou que o tempo de duração das consultas varia de acordo com cada especialidade. Segundo ele, é difícil seguir a recomendação dos Conselhos Regionais de Medicina que estipulam o tempo de 20 minutos. “Cada médico atende em média de 12 a 15 pessoas a cada duas horas e meia. Se o tempo for maior, vai faltar para as outras pessoas”, argumentou.
GAZETA DO OESTE – 02-05-2011
Secção: Mossoró
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Publicado no dia 02/05/11
PEDIATRIA: CATEGORIA NÃO TEM INCENTIVO EM MOSSORÓ
Em reportagem especial, o médico pediatra Dix-sept Rosado comenta sobre o setor. Para ele, Não é uma coisa que está acontecendo só em Mossoró, é no Brasil todo. “As principais dificuldades vivenciadas são a pressão e a responsabilidade sobre o pediatra. A cobrança, que é de, praticamente, 24 horas”, diz ele.
Alguns problemas que a categoria enfrenta são: Excesso de trabalho, indefinição de horários, sobrecarga de responsabilidade, condições inadequadas para o exercício da profissão, falta de incentivo, acúmulo de pacientes e salários que não condizem com a realidade profissional.
O médico lembra que, quem cuida de crianças tem que acompanhá-las e o volume de trabalho de um pediatra é maior do que o dos profissionais de outras especialidades. Além disso, os clínicos dessa área não têm hora para sair do trabalho. Ele mesmo conta que, durante as suas escalas já chegou a entrar pela madrugada, quando o horário previsto para a saída era bem antes. Isso acaba prejudicado a saúde do próprio médico. “Outro aspecto importante é o pagamento mesmo. Os salários são baixos para um pediatra. Os planos de saúde pagam pouco por consulta. lém disso, os preços, os valores que o SUS paga são muito baixos”, diz.
GAZETA DO OESTE – 02-05-2011
Secção: Saúde
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Publicado no dia 02/05/11
SUS VAI FORNECER APARELHO ORTODÔNTICO E IMPLANTE DENTÁRIO
Aparelhos bucais para corrigir a posição dos dentes e a mordida, os chamados aparelhos ortodônticos, e implante dentário passarão a ser ofertados pelo programa governamental Brasil Sorridente, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os novos serviços devem ser incluídos pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde, segundo o Ministério da Saúde.
Com os dois novos tratamentos, o governo federal estima atender mais 1,15 milhão de brasileiros este ano. Em 2010, foram 25 milhões de atendimentos nos centros de odontologia do programa em todo o país.
PROGRAMA BRASIL SORRIDENTE
Lançado em 2004 pelo Ministério da Saúde, o Programa Brasil Sorridente está inserido na Estratégia Saúde da Família (ESF) e tem como objetivo garantir as ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal dos brasileiros.
O aumento da oferta de serviços públicos de saúde bucal e de ações preventivas poupou a extração de 400 mil dentes por ano no país.
A segunda Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2010) constatou, para a população adulta, redução de 30% no número de dentes cariados, queda de 45% no número de dentes perdidos por cárie, além do aumento de 70% no número de dentes tratados, entre 2003 e 2010.
O estudo também revelou crescimento de 57% nos atendimentos odontológicos no SUS.
Os bons indicadores da SB Brasil 2010 ajudaram o Brasil a ser classificado (segundo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde) como país com baixa prevalência de cárie.
A proporção de crianças livres de cárie aos 12 anos cresceu de 31% para 44%. Isso significa que 1,4 milhão de crianças não têm nenhum dente cariado atualmente – 30% a mais que em 2003.
GAZETA DO OESTE – 02-05-2011
Secção: Saúde
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Publicado no dia 02/05/11
TIPOS DE CÂNCER MAIS COMUNS NA INFÂNCIA SÃO LEUCEMIA, LINFOMAS E TUMORES CEREBRAIS
A Associação de Apoio as Portadores de Câncer de Mossoró e Região (AAPCMR) promoveu, durante dois dias, a V Jornada de Onco-Hematologia de Mossoró. O evento, realizado no Hotel VillaOeste contou com uma série de palestras, ministradas por profissionais da saúde, e um cronograma cultural, desenvolvido pelos próprios pacientes que recebem apoio da associação.
Uma das palestrantes da programação foi a médica Edvis Serafim, que abordou duas temáticas “Coagulopatias e hemofilia na infância” e “Diagnóstico precoce do câncer infantil”. Segundo ela, na infância o diagnóstico do câncer é ainda mais difícil, pois diferentemente do que ocorre nos casos de câncer de mama, por exemplo, onde as mulheres são orientadas a realizar a mamografia a partir dos 40 anos, com as crianças não há uma idade específica para os cuidados, embora as faixas etárias de maior incidência sejam entre três e cinco anos de idade e na adolescência.
Ela comenta que os sintomas e sinais apresentados pelas crianças com câncer são sintomas comuns de infecções pediátricas, como a anemia, sendo que, no caso do câncer, ela vem acompanhada de sangramento e febre.
GAZETA DO OESTE – 02-05-2011
Secção: Saúde
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Publicado no dia 02/05/11
ANS MUDA REGRA PARA TROCA DE PLANO DE SAÚDE
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou ontem norma alterando as regras de portabilidade de carência para beneficiários de planos de saúde. Segundo especialistas, o avanço foi parcial. A principal novidade foi a extensão do direito a portadores de planos coletivos por adesão. Os coletivos empresariais, que representam quase 60% do mercado, e os contratos anteriores a 1999 continuam sem o benefício.
Outro avanço importante foi em relação à abrangência geográfica do plano, que deixa de ser empecilho para a migração. Isso quer dizer, por exemplo, que um portador de contrato de abrangência municipal poderá optar por um plano de abrangência estadual ou nacional.
Além disso, o prazo para a mudança de contrato foi ampliado. Segundo a norma anterior, de 2009, a migração poderia ser feita no mês de aniversário do contrato ou no mês seguinte. Agora, os consumidores terão o mês de aniversário e os três seguintes para solicitar a mudança. As operadoras, por sua vez, ficaram obrigadas a informar no boleto de cobrança a data de início e término do prazo de migração.
Segundo Fabio Fassini, da ANS, é inviável estender a portabilidade para contratos empresariais, pois existem obstáculos técnicos que impedem a comparação de preços. \\”Além disso, qualquer empresa com mais de 30 funcionários pode fazer a migração sem período de carência\\”.
De acordo com as novas normas, que entram em vigor no dia 27 de julho, a migração poderá ser feita de um plano individual para outro do mesmo tipo, de um plano coletivo por adesão para um plano individual, de um plano individual para uma plano coletivo por adesão ou de um plano coletivo por adesão para outro do mesmo tipo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O MOSSOROENSE – 02-05-2011
Secção: Brasil
Link: http://www.omossoroense.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=71:usuario-pode-mudar-de-plano-sem-carencia&catid=43:brasil&Itemid=49
Publicado no dia 02/05/11
USUÁRIO PODE MUDAR DE PLANO SEM CARÊNCIA
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) publicou resolução no “Diário Oficial da União”, que amplia as regras de portabilidade de carências de planos de saúde –a carência é o período no qual o usuário paga as mensalidades, mas ainda não tem acesso a coberturas previstas no contrato.
Com a norma, os beneficiários têm o direito de mudar de plano de saúde sem cumprir novos prazos de carência. Desde de abril de 2009 isso já era permitido para planos contratados a partir de 2 de janeiro de 1999. As mudanças só valerão para esses planos chamados novos –os anteriores a janeiro de 1999 não sofrerão alteração.
A agência estima que cerca de 12 milhões de pessoas sejam beneficiadas com a medida e informou que, entre os principais ganhos para o consumidor estão “a extensão do direito para os beneficiários de planos coletivos por adesão e a instituição da portabilidade especial para clientes de planos extintos”. (UOL)
JORNAL DE FATO – 02-05-2011
Secção: Economia
Link: http://defato.com/economia.php#mat2
Publicado no dia 02/05/11
GESTANTES E CRIANÇAS COMPARECEM A POSTOS NO DIA ‘D’ CONTRA GRIPE
Por volta do meio-dia de ontem, a família Gomes foi receber a vacina contra a gripe. Luciana e Jucikleiton preenchem todos os requisitos do novo público-alvo definido neste ano pelo Ministério da Saúde: são profissionais da saúde (odotontólogos), têm um filho pequeno e ela está grávida.
Débora Santos também está grávida, de quatro meses, e igualmente foi tomar a vacina. Segundo ela, sua irmã também foi ao posto de saúde para vacinar a filha de 11 meses.
A partir de 2011, além do público idoso e indígena, o Ministério da Saúde determinou que deverão ser imunizadas crianças entre seis meses e dois anos, gestantes e profissionais da saúde.
A enfermeira Adriana Alves, responsável pela vacinação no posto de saúde Dr. José Fernandes de Melo, no bairro Lagoa do Mato (zona sul), disse que até o meio-dia de ontem 35 pessoas foram se imunizar contra a influenza. O número é baixo, mas está dentro das expectativas da Secretaria de Saúde, que trabalha dentro dos comportamentos culturais da população. “As mães arrumam as crianças para vacinar no final da tarde”, disse Adriana.
A coordenadora de imunização do Município de Mossoró, Norma Sena, disse que a expectativa é de vacinar pelo menos 80% do público-alvo, atingindo a meta nacional.
Norma informou que foram enviadas pela Sesap apenas 31 mil doses, o que é insuficiente para atender o contingente de 33.609.
A campanha de vacinação contra a gripe começou na segunda-feira, 25, e segue até o próximo dia 13, porém a equipe de saúde do Município concentrou suas atenções ontem, no “Dia D”, quando todas as unidades de saúde permaneceram abertas das 8h às 17h.
Para a campanha de 2011, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) recebeu do Ministério da Saúde 510.090 doses da vacina, que estão sendo distribuídas para 1.746 postos de saúde. A expectativa é que 466.690 sejam vacinadas.
Em todo o Brasil, a vacinação acontece em 65 mil postos. A meta é imunizar 23,8 milhões de pessoas – 80% da população-alvo.
JORNAL DE FATO – 02-05-2011
Secção: Estado
Link: http://defato.com/estado.php#mat1
Publicado no dia 02/05/11
SERVIÇO CONTINUA NAS MÃOS DO ESTADO
Desde setembro de 2010, os hospitais regionais do Estado foram desobrigados a fazer prontoatendimento de casos considerados de baixa complexidade, por serem de responsabilidade dos Municípios. A medida, fruto de uma decisão judicial, proveniente de um acordo do Ministério Público com o Governo, tem o propósito de desafogar as unidades hospi-talares para que possam atender melhor os casos mais complexos.
Teoricamente a mudança traria benefícios para a comunidade, mas na prática a história é bem diferente. Em Pau dos Ferros, o prontoatendimento permanece no Hospital Regional Cleodon Carlos porque os municípios do polo não dispõem de profissionais suficientes.
Segundo a promotora Patrícia Antunes Martins, os municípios mal conseguem manter os Programas de Saúde da Família (PSFs). “Na prática, o Regional ainda está recebendo, mas isso foi negociado com a direção do hospital e prefeituras”, explicou.
Segundo Patrícia Antunes, o ideal seria que cada Município tivesse seu prontoatendimento, com médicos 24 horas, mas os municípios não têm os recursos, nem existem profissionais suficientes no mercado para atender a demanda do Estado. “Houve um diálogo com os municípios da região, para que fizessem um consórcio”, explicou a promotora, mas essa discussão não passa da vontade dos gestores.
De acordo com o secretário de Saúde de Pau dos Ferros, vice-prefeito Fabrício Torquato, o Município precisa dispor de pelo menos R$ 120 mil para atender a esses pacientes. Ele diz entender que se trata de uma obrigação do Município, no entanto reclama a falta de incentivo financeiro, visto que as administrações estão cada vez mais sobrecarregadas de despesas. “Essa é mais uma medida que onera as contas públicas, forçando os gestores a remanejar orçamento, prejudicando outras áreas”, completa.
O município de Caraúbas tem gestão plena na saúde, o que dá ao Executivo a responsabilidade com os serviços de média complexidade, ou seja, a Prefeitura é quem recebe os recursos do Ministério da Saúde e repassa de acordo com a produção do Hospital Regional Agnaldo Pereira da Silva.
No entanto, a secretária de Saúde, Juliana Car-los, reclama que tem feito uma peregrinação até a capital para tentar ver uma forma de solucionar questões básicas da unidade. A dificuldade em Caraúbas é a mesma de ambos os lugares: falta de médico. “O Estado autorizou que a Prefeitura contratasse médicos para atuar no hospital, mas até o momento não liberou a verba para isso”, disse ela. O Município tem carência de anestesiologista, pediatra e traumatologista, especialidades que não estão disponíveis a contento no mercado nacional.
JORNAL DE FATO – 02-05-2011
Secção: Mossoró
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Publicado no dia 02/05/11
CRIANÇAS ALIADAS NO COMBATE À DENGUE
Desde 2008, o Município vem travando uma maratona de ações para conter a proliferação do mosquito da dengue. Entra ano e sai ano, os índices de pessoas acometidas pela dengue assustam as autoridades e deixam a população sempre em alerta. Foi assim em 2008, quando a cidade viveu uma epidemia; em 2009, os números recuaram; em 2010, chegaram a assustar, e neste ano, a situação volta a ser desconfortável.
No entanto, um novo aliado nas ações de controle da doença começa a dar resultado, principalmente nos bairros com maiores casos confirmados. A Vigilância à Saúde encontrou nas crianças as características perfeitas para se aliar na diminuição dos casos. O projeto “Agentes Mirins” capacita estudantes da rede municipal de ensino para atuar como agentes multiplicadores na sua rua.
A estratégia é simples: uma equipe da Vigilância vai a escolas e lá começa uma maratona de ações envolvendo oficinas, treinamento, dinâmicas e capacitação com as crianças com relação aos cuidados preventivos para evitar a proliferação do mosquito, os cuidados, caso apareçam os sintomas e os caminhos traçados para o paciente no sistema de atendimento médico. “Todos esses passos se dão na escola. São conhecimentos transversais e interdisciplinares. Ou seja, são atividades e conteúdos que podem ser aplicados em todas as disciplinas e atividades lúdicas na escola com foco na sociedade”, explica a coordenadora de combate à Dengue na Vigilância, Tereza Cristina.
Segundo ela, a iniciativa começou depois que o Município percebeu a dificuldade em convencer a população para tomar atitudes simples. “O adulto não pode alegar falta de informação quanto aos perigos e as ações de combate à dengue. A mídia, os próprios agentes, enfim… o apelo para evitar a concentração de água parada veio por todos os meios”, diz ela, complementando que “mesmo assim é muito recorrente encontrarmos recipiente com água parada no quintal e até mesmo dentro de casa”.
E é dentro de casa que entra o papel principal de capacitar as crianças. Depois da maratona de atividades sobre o assunto dentro da sala de aula, o papel do aluno é aplicar os novos conhecimentos dentro do seu lar. “A criança é mais sincera e fácil de ensinarmos. Certamente, se ela detectar alguma situação potencializadora para o mosquito, ela vai agir, chamar a atenção dos pais”, argumenta a coordenadora.
A Vigilância desenvolve o trabalho em todas as escolas da rede municipal. Segundo Tereza Cristina, a ação vem através da capacitação da equipe pedagógica. “No ano passado, desenvolvemos um extenso trabalho na Semana Pedagógica realizada pela Gerência de Educação antes de iniciar as aulas”, lembra ela. Já, nas escolas sediadas nos bairros com maior incidência, o trabalho é mais direto.
“Vamos até a escola e a nossa equipe mesmo faz o trabalho. Treinamos e acompanhamos as crianças em todas as atividades.”
Conhecimento da escola é aplicado dentro de casa
Os resultados aparecem em todos os pontos. A coordenadora da campanha, Tereza Cristina, relata o exemplo do Belo Horizonte, quando em 2008 foram diagnosticadas sete crianças com dengue hemorrágica. “Obviamente que nossa preocupação aumentou e tínhamos que agir para reduzir o número de casos. Foi aí que entramos com o projeto, principalmente porque percebemos que as crianças ocupavam boa parte das estatísticas.”
No bairro, todo o processo, fase a fase, foi realizado dentro da escola com os alunos. Chegou à casa das crianças, mas a coordenadora diz que as atividades ainda eram poucas. “Precisávamos de mais para diminuir os índices.” A saída encontrada pela escola e pela Vigilância foi ir às ruas, entrar de casa em casa e chamar a atenção dos moradores.
“E foi o que fizemos. Realizamos campanha nas ruas, levamos as crianças para elas mesmas chamarem a atenção dos adultos”, explica Tereza Cristina. Segundo ela, os resultados foram percebidos de imediato com a diminuição de casos na região. “Teve rua que chegamos a zerar”, exemplifica.
Ela pondera ainda, no entanto, que, embora as crianças tenham participação importante no processo, “a iniciativa dos adultos ainda é de extrema relevância porque as ações devem ser tomadas por elas”, destaca.
Uma luta para diminuir os altos indicadores
A participação das crianças, mais do que nunca, tornou-se importante no combate à dengue, principalmente porque os números não param de crescer. O período mais crítico para a proliferação da doença é na fase invernal, em que o mosquito encontra condições adequadas para soltar seus ovos.
Somente neste ano, a Vigilância à Saúde já notificou mais de 1.130 casos. O problema maior é porque mais da metade desses (673) já foram confirmados com a doença. Até quarta-feira, 27 de março, estavam descartados casos de dengue com o tipo 4, como já foram confirmados no Ceará, Paraíba e Pernambuco.
Porém, o número de casos de dengue com complicações já somam 18 e o total de casos confirmados de pessoas com dengue hemorrágica (FHD) já são cinco, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Embora a Vigilância à Saúde ainda não trate a situação como epidêmica, também não descarta que a situação esteja em status de “risco”.
A situação de “luta” contra a doença no Estado já segue alguns anos. O ano de 2011 já começou com a batalha de reduzir e sanar a situação de infestação resultante do ano passado. Das nove cidades acompanhadas pelo Ministério da Saúde quanto aos índices de infestação predial, Mossoró foi uma das quatro cidades (juntamente com Ceará-Mirim, Caicó e São Miguel) a terminar o ano com “risco de surto”.
O indicador averigua o percentual de infestação pela quantidade de construção; até 3,9% de incidência a situação já é de alerta. No ano passado, terminou com 4,6% de infestação. Percentual que já foi um pouco menor, quando um ano antes era de 4,2%. Entre as cidades que o ministério acompanha trimestralmente, Ceará-Mirim apresentou a pior situação, com 11,4%, e a segunda pior entre as 83 cidades nordestinas na tabela de acompanhamento do Ministério.
A pior situação foi registrada no município de Afogados da Ingazeira (PE), que tem a maior quantidade de cidades monitoradas – um total de 39 -, seguido pela Bahia (24) e o Rio Grande do Norte (9).
CORREIO DA TARDE – 02-05-2011
Secção: Correio Mossoró
Link: http://www.correiodatarde.com.br/editorias/correio_estado-62385
Publicado no dia 30/04/11
UNIDADES DE SAÚDE INTENSIFICAM CAMPANHA DE VACINAÇÃO HOJE
Hoje, é o Dia “D” de vacinação contra a gripe. A mobilização é nacional e em Mossoró, a imunização acontece em todos os bairros da cidade e também na zona rural.
Neste ano, a campanha tem como meta imunizar idosos (pessoas com mais de 60 anos), profissionais de saúde, crianças entre seis meses e dois anos, grávidas (em qualquer fase da gestação) e indígenas.
Neste Dia Nacional de Mobilização, 30 de abril, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Mossoró estão abertas para campanha de vacinação contra gripe. Neste sábado, todos os postos de vacinação estão funcionando desde as 8h da manhã e só vão fechar às 17h. No entanto, quem perder o prazo ainda terá até o dia 13 de maio para comparecer a unidade de saúde mais próxima e receber a imunização.
Hoje pela manhã, por volta das 10h, o secretário da cidadania Francisco Carlos e o gerente executivo da saúde, Benjamim Bento, fizeram oficialmente a abertura do dia “D” da campanha, na unidade básica José Leão, no Alto da Conceição.
O aposentado Edson Calistrato Nascimento, de 76 anos, disse que sempre participa das campanhas para evitar a gripe. ” Participo sempre, e nunca mais soube o que foi ter uma gripe, no máximo eu já contrai um pequeno resfriado, mas gripe forte, nunca mais”, declarou.
Na unidade básica José Leão, quem também estava participando da campanha, foi dona Jussara Moura, de 32 anos, que levou a filha Juliana Keely Moura, de um ano. ” Me preocupo bastante com o calendário de vacinação dela, não perco nada, compareço na data certa a todas as doses de vacinas que são necessárias, e essa vacinação contra a gripe é muito importante, porque só quem sabe o quanto é ruim uma criança pequena com gripe, é quem passa por esse problema, e eu não quero passar”, destacou.
No caso das crianças, é preciso uma atenção maior dos pais ou responsáveis, pois eles deverão levá-las duas vezes aos postos de vacinação. Em cada vez, será aplicada meia dose de vacina. Para garantir proteção contra a gripe, é fundamental que a criança retorne ao posto de saúde 30 dias após receber a primeira dose da vacina.
Além dos idosos, devem receber a vacina todas as gestantes, crianças de seis meses a 2 anos incompletos, além dos profissionais de saúde. Em Mossoró, a meta é vacinar 33.609 pessoas ou pelo menos 80% desse público. A vacina protege contra os três principais vírus que circularam no hemisfério Sul, entre eles o da influenza A (H1N1).
Contra-indicação
Só não deve tomar a vacina quem tem alergia à proteína do ovo. Pessoas com deficiência na produção de anticorpos, seja por problemas genéticos, deficiência no sistema imunológico (de defesa do organismo) ou tratamento de doenças como câncer e aids, devem consultar o médico antes de tomar a vacina.
CORREIO DA TARDE – 02-05-2011
Secção: Correio Mossoró
Link: http://www.correiodatarde.com.br/editorias/correio_mossoro-62419
Publicado no dia 30/04/11
EPIDEMIA DE CONJUNTIVITE DO TIPO VIRAL É PREOCUPANTE EM MOSSORÓ
Olhos vermelhos, com sensação de formigamento e ardência: Conjuntivite. Uma epidemia de conjuntivite, principalmente do tipo viral, está assolando Mossoró.
As Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) e também os postos de saúde de Mossoró, estão sempre lotadas com pessoas procurando atendimento médico em busca de cura para essa doença.
De acordo com informações do oftalmologista Igor Allamo, o clima chuvoso é a causa da proliferação da doença. ” Grande parte dos casos de conjuntivite encontrados na cidade é do tipo viral, causado pelo Adenovírus. Existem outros dois tipos da doença: bacteriana e alérgica”, explicou.
Allamo destacou que algumas medidas podem ser adotadas para fugir do contágio, como evitar ambientes aglomerados, lavar as mãos com freqüência, usar toalha individual e não coçar os olhos.
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva: membrana delgada que cobre a região branca do olho. Essa irritação provoca a dilatação dos vasos sanguíneos causando, dentre outros sintomas, vermelhidão, inchamento das pálpebras, coceira e lacrimejamento. Ela tem origem infecciosa, alérgica ou pode ser resultado de exposição a algum agente irritante.
A conjuntivite pode acontecer em apenas um ou nos dois olhos e, obviamente, apenas no primeiro caso é que ela será contagiosa, durando cerca de três dias, quando é feito o tratamento, e quinze dias na ausência deste. Nos dois outros casos citados, o afastamento do agente irritante cessará a reação.
A ausência ou não de secreção e, caso tenha, as características desta, é um dos principais fatores que indicará o tipo de conjuntivite que está se manifestando no indivíduo. Em caso de alergia e irritação química, por exemplo, a secreção é clara e pegajosa. Na conjuntivite viral, a mais frequente, há mais lacrimejamento do que secreção, esta de cor clara, e formação de uma pseudomembrana na pálpebra. Finalmente, no caso de uma conjuntivite bacteriana, o lacrimejamento dá lugar a uma secreção com pus e a visão permanece inalterada. “A conjuntivite, apesar de ser um problema comum e, na maioria das vezes, de fácil tratamento e cura, incomoda e causa uma grande irritação na visão, por isso não é bom fazer automedicação”, destaca.
Para tratamento, o oftalmologista pode indicar, além de compressas com água fria, para aliviar os sintomas, colírios à base de cloreto de sódio. Produtos com antibióticos podem ser receitados, em casos de conjuntivites infecciosas; e anti-histamínicos em quadros alérgicos.
É muito importante que não se faça o uso de fármacos e tampouco água boricada sem auxílio médico, já que estes podem acentuar ainda mais a inflamação. Lavar as mãos com frequência e não coçar os olhos, além de prevenir este último problema em potencial, evita a contaminação do outro olho ou de outras pessoas. Por este mesmo motivo, deve-se interromper o compartilhamento de maquiagem, toalhas, piscinas e lentes de contato.
Outros cuidados incluem não encostar o frasco da pomada ou colírio nos olhos e lavar as mãos antes e depois de aplicar a medicação. Dando atenção a estas questões, a conjuntivite pode ser curada em torno de cinco dias, sem que outras pessoas sejam contagiadas.
Se você já está com a doença, a orientação é procurar um médico, que vai fazer o diagnóstico e indicador o tratamento correto, feito a base de colírios. ‘É importante que a pessoa ao contrair a doença não use as soluções caseiras. O indicado é lavar os olhos com água gelada ou soro fisiológico até procurar o oftalmologista’, destacou Allamo.
A atenção deve ser redobrada com crianças e idosos, que são as principais vítimas da conjuntivite.