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TRIBUNA DO NORTE MÉDICOS DO SAMU MANTÉM PARALISAÇÃO Os médicos do Serviço Móvel de Atendimento às Urgências (Samu) Metropolitano estão em greve. As reivindicações são várias, indo desde a regulamentação do pagamento de gratificação, passando pelo aumento do número de profissionais, até a renovação da frota de ambulâncias. Com a paralisação deflagrada desde o último sábado, as oito cidades que compõem – junto com Natal – a área metropolitana só estão contando com 50% dos médicos. Mesmo assim, os profissionais garantem que a prestação do serviço não está tão prejudicada, já que uma manobra na escala está sendo feita para garantir o atendimento. Na tarde de ontem, os grevistas se reuniram com o secretário estadual de Saúde, George Antunes, e apresentaram as propostas diretamente a ele. O secretário disse que conhecia os problema e prometeu dar uma resposta nos próximos dias. Enquanto isso, o movimento está mantido e os médicos esperam a resolução ao menos dos problemas mais simples. A greve foi deflagrada após 72h de indicativo. A medida foi tomada depois que o coordenador-médico do Samu Metropolitano entregou o cargo, já que os problemas impediam um bom serviço. Um entrave mais complicado se dava na hora de montar a escala dos médicos. Atualmente são quatorze deles, quando deveriam ser pelo menos 21. Eles se dividem entre a função de regulador – recebendo os telefonemas e decidindo sobre o atendimento a ser feito – e o socorro às vítimas mais graves, nas unidades de suporte avançado (UTIs móveis). Só que a carência de médicos torna o sistema defasado. “O ideal é que haja pelo menos dois médicos reguladores por plantão. Mas geralmente há só um. Há situações em que não há nenhum”, disse um médico-regulador que não quis se identificar. Ainda segundo ele, deveria haver permanentemente duas UTIs móveis de prontidão, o que não vem ocorrendo. “Há um ano pedimos uma ambulância deste tipo para a zona Norte e nada é feito”, disse o médico. Das duas ambulâncias de suporte avançado, somente uma funciona, exatamente por falta de médico para trabalhar na outra. “Essa falta de profissionais acaba causando uma sobrecarga de trabalho”, disse o médico. O Samu Metropolitano atende a uma população estimada em 500 mil pessoas. Um outro problema relatado pelos profissionais é a falta de pagamento de gratificação por insalubridade, o que é exigido em lei. “Temos um trabalho perigoso. Corremos risco de capotamento das ambulâncias, vamos para áreas onde há tiroteios. E mesmo assim não recebemos essa gratificação”, denuncia o doutor. Além do pagamento irregular, os médicos precisam conviver com condições inadequadas de trabalho. Algumas ambulâncias já tem mais de quatro anos de fabricadas, quando a lei diz que os veículos só podem ter no máximo três anos de atividades. Somam-se a isso, problemas como mofo nas paredes da sede, em Macaíba, e até mesmo um chuveiro quebrado. “Senti que o secretário se mostrou interessado em resolver os problemas. Vejo uma luz no fim do túnel para que pelo menos os casos mais simples sejam resolvidos”, disse o médico Vagner Nunes, que participou da reunião de ontem com George Antunes. O titular da pasta da Saúde disse não atendeu muitos dos pedidos ao longo dos meses pela situação complicada no sistema do Estado. A TRIBUNA DO NORTE tentou ouvir o secretário, mas não conseguiu localizá-lo. Enquanto a greve continua, os médicos estão mexendo na escala e no sistema do Samu, para que a população não fique desassistida. “Todo mundo que ligar será atendido”, garantiu Vagner Nunes. VISTORIA NO HOSPITAL DOS PESCADORES SERÁ NA SEXTA O diretor geral do Hospital dos Pescadores, Josenildo Barbosa, estima que na próxima sexta-feira, dia 12, o Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Corpo de Bombeiros voltem a vistoriar aquela unidade de saúde, com a finalidade de suspender a sua interdição, que agora chegou a duas semanas. Josenildo Barbosa informou que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já providenciou a substituição de um transformador e da fiação elétrica que vinha colocando em risco a segurança dos funcionários e pacientes do Hospital dos Pescadores, sediado nas Rocas e o único a atender a população da zona Leste de Natal. Segundo Barbosa, no momento a direção do Hospital está fazendo os reparos na calha, nas fissuras e pinturas de paredes que estavam com infiltração de águas de chuvas. Para tanto, informou Barbosa, estão sendo usados R$ 8 mil do suprimento de fundos, recursos que são repassados trimestralmente pela SMS para manutenção e reparos de instalações do Hospital dos Pescadores. Ele informou que a preocupação agora é fechar a escala de médicos daquele posto de atendimento, com a contratação de profissionais para as duas áreas: clínica geral e pediatria. Segundo Barbosa, a SMS já garantiu a contratação de dois clínicos gerais, elevando para 15 o número de profissionais: “Precisamos de mais quatro”. Barbosa também disse que o Hospital dos Pescadores conta atualmente com cinco pediatras, mas há necessidade de mais quatro. “Esperamos a vinda de mais profissionais à medida que responderem a convocação da SMS”, acrescentou. Com relação a outras áreas médicas, ele disse que não há muito problema, nem com o quadro de auxiliares de serviços gerais (ASGs). Segundo ele, até a volta do atendimento, os pacientes das Rocas continuam sendo encaminhados e atendidos nos postos de Mãe Luiza, Cidade Satélite, Cidade da Esperança e conjunto Pajuçara, na Zona Norte de Natal. Esta não é a primeira vez em que o Hospital dos Pescadores passa por uma interdição, pois em 2006, ocorreu coisa semelhante. A interdição feita no dia 26 do mês passado foi motivada por denúncia de uma enfermeira, que pediu socorro ao Corpo dos Bombeiros, depois que estourou um cano e água foi jorrada pelos corredores, impossibilitando o acesso às enfermarias. EX-SERVIDOR CONFIRMA DESPEJO DE REMÉDIOS A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal, presidida pelo vereador Hermano Moraes, ouviu ontem o ex-chefe do Setor de Abastecimento Médico, Odontológico e Laboratorial (Samol) da Secretaria Municipal de Saúde, Fábio Marques Brennand. Ele admitiu ter determinado e participado do despejo de medicamentos em um ralo e em um sanitário do Departamento de Material e Patrimônio (DMP), no ano passado. “Estava em uma situação limite. Tive de fazer uma escolha. Foi uma escolha errada”, reconhece. Segundo Fábio Brennand, a decisão foi tomada porque não haveria mais espaço para estocagem dos medicamentos dentro do galpão do DMP e a solicitação para o procedimento padrão de descarte (através do recolhimento por uma empresa especializada) não havia sido atendida em tempo hábil. “Tinha remédio para chegar e talvez tivesse de dizer para o caminhão voltar”, respondeu aos integrantes da CEI. O ex-chefe do Samol garantiu que a quantidade foi muito menor que a declarada por outros depoentes (que chegaria a milhares de litros), mas disse desconhecer o volume exato e afirmou que no sanitário, por exemplo, foram despejados “apenas” dois baldes com psicotrópicos. Os antissépticos jogados no ralo terminaram formando uma grande poça vermelha na avenida Coronel Estevam, chamando atenção dos moradores e dos farmacêuticos, que o alertaram da irregularidade no descarte e isso o teria feito suspender a prática. Em duas horas e meia de depoimento, ele criticou o galpão para o qual o DMP foi transferido em 2007, explicou que utilizava seu próprio computador para armazenar as informações devido às constantes quedas de energia no local e defendeu que o desperdício de medicamentos ocorre principalmente pela “deficiência no planejamento”. A testemunha negou que tenha aceitado no Samol notas fiscais sem serem acompanhadas dos devidos medicamentos e também descartou o recebimento de remédios já vencidos. Fábio Brennand lamentou a falta de farmacêuticos nas unidades de saúde e alertou que, sem esses profissionais, nem mesmo o mais eficiente dos programas de computador vai evitar problemas no abastecimento nos postos e hospitais. A CEI enviou ontem os convites aos ex-secretários de Saúde Aparecida França e Edmilson Albuquerque. DIÁRIO DE NATAL REMÉDIOS FORAM MESMO PARA O RALO Ex-funcionário da SMS confirmou em depoimento à CEI que houve descarte irregular de psicotrópicos Depois de ter sido citado em todas as sete rodadas de depoimentos da CEI dos Medicamentos, o ex-chefe do Setor de Abastecimento Médico-hospitalar Odontológico e Laboritarial da Secretaria Municipal de Saúde, Fábio Brennand, peça-chave das investigações, admitiu, na tarde de ontem, na Câmara Municipal de Natal, que descartou, após “decisão salomônica”, psicotrópicos vencidos pelos ralos e vasos sanitários do galpão pelo qual respondia. Brennand confirmou que, como não havia espaço no local para receber outros lotes de medicamentos, já que o novo endereço tinha um quarto da área do antigo e a incineração não acontecia com a frequência que deveria, o jeito foi solubilizar, em dois baldes, as drogas que agem no sistema nervoso central que estavam fora do prazo de validade e desprezá-las nas saídas de água e privadas do prédio. Segundo o farmacêutico, o episódio, classificado como “erro grave” por ele, aconteceu uma única vez, contrariando outros depoentes. Os fatos usados por Brennand para justificar o desprezo irregular aparecem nos relatórios do Ministério da Saúde e da Prefeitura de Natal. De acordo com eles, no primeiro galpão, com 10.360 metros quadrados, havia espaço suficiente para armazenar grandes quantidades de medicamentos, diferente do novo espaço, com apenas 2.660 metros quadrados. “Eu tive que escolher entre jogar os remédios vencidos fora ou mandar os caminhões cheios de novos produtos de volta aos lugares de origem. Fiquei com a primeira opção”, argumentou o ex-chefe da Samol. O farmacêutico também afirmou que datar notas fiscais de medicamentos não fazia parte da rotina do setor. Porém, alegou que essa era uma prática antiga, cuja iniciativa não partiu dele, ao contrário do que as servidoras Daniella Araújo e Lorena Veríssimo disseram em depoimento. Lorena, inclusive, voltou a ser citada por Brennand quando a “relação turbulenta” entre os dois veio à tona. Apesar de ter negado a recorrência dos conflitos, Brennand se levantou no plenário para pedir desculpas à também farmacêutica por qualquer eventualidade nos três anos em que trabalharam juntos no Samol que posso te-lâ magoado. HISTÓRIAS DE VIDA E SUPERAÇÃO Projeto Tenda do Conto estimula memória e socialização de pacientes de postos de saúde na Zona NorteOlívio Martins Viana passou mais da metade da vida sem saber escrever o próprio nome num pedaço de papel. Hoje, aos 88 anos, tem três livros de poesia lançados na praça, o primeiro publicado já perto dos 70. Nem todos creem em milagres, mas histórias milagrosas e de superação, como a do velho Olívio, existem sim. Muitas delas são contadas, há dois anos, por um grupo formado por pacientes – a maioria hipertensos e diabéticos – dos postos de saúde do Panatis e de Soledade, na Zona Norte. Através do projeto Tenda do Conto, eles redescobriram que existe vida além da solidão e da depressão das doenças que afligem os frequentadores das unidades de saúde da capital. Idealizado pela enfermeira Jaqueline Abrantes, a conversa acontece toda primeira quinta-feira do mês, no pátio do posto de saúde do conjunto Panatis. Por conta da reforma na unidade, a contação de histórias vem sendo realizada no espaço verde da área de lazer do bairro. O cenário montado pela turmatem uma cadeira de balanço e vários objetos antigos de família trazidos pelos próprios pacientes. Quem senta na cadeira, conta a história do objeto que trouxe e a importância que tem na vida de cada um. “Depois que começamos o projeto, a própria relação do funcionário com o paciente melhorou. Quando nos vemos no posto de saúde, perguntamos sobre a família, sobre os filhos, se aquele neto nasceu”, disse a enfermeira. “Eles pesquisam objetos antigos e isso mexe com toda a família. Teve um senhor que trouxe um dia o anel que deu à esposa, já falecida”. Jaqueline foi convidada para apresentar o “Tenda de Contos” no Seminário Nacional de Humanização, que acontece em junho, em Brasília. “O objetivo do projeto não é a cura, mas um exercício da saúde mental dos pacientes para eles saiam da depressão e da solidão”. Desafios A história de vida contada pelo vigilante aposentado Olívio Martins Vieira merece umas boas horas de atenção. Natural de Santa Cruz, fez o Mobral no município de origem para aprender a escrever o próprio nome, condição necessária para conquistar a vaga de vigilante em uma empresa. Ao sair de casa para o primeiro dia de aula, o recado da esposa: “Papagaio velho não aprende a ler não, Olívio!”. A resposta veio na hora: “Então vou ver se aprende ao menos um beliscão, mulé!”. Deu certo. Objetivo alcançado aos 48 anos, ele descobriu na feira da cidade, alguns anos depois, que queria ser poeta ao ver e ouvir a beleza dos versos cantados por uma dupla de repentistas. Escreveu três poemas numa folha de caderno e guardou até o dia em que conheceu o poeta José Alves Sobrinho, que apresentava um programa na TVU, nos anos 80. “Pedi permissão a meu patrão para entregar meus poemas ao poeta José Sobrinho. Como eu não sabia escrever bem, as palavras que tinham esse negócio de ‘sc’, ‘sh’, ‘ç’, ‘xc’ e ‘sx’ eu deixava em branco para as pessoas colarem para mim. Ele disse que eu era poeta bom e me deixou apresentar os versos no programa. Publiquei o primeiro livro com quase 70 anos e hoje já tenho três lançados”. O MOSSOROENSE HOSPITAL DO RIM INICIA SUAS ATIVIDADES EM MOSSORÓ Há nove anos, a dona-de-casa Lurdete Inácio Pereira, 56, faz tratamento de hemodiálise. Desde o ano passado, três vezes por semana, ela se deslocava de Assú até Caicó para fazer seu tratamento, em consequência da grande demanda de pacientes em relação ao número de vagas disponíveis para o serviço em Mossoró. No entanto, desde ontem, com o início das atividades do Hospital do Rim, o tratamento de Lurdete Inácio Pereira deu o primeiro passo para uma rotina melhor. Com o tratamento sendo feito em Mossoró, a dona-de-casa reduziu a distância da viagem e aumentou o tempo para o convívio familiar. “Isso vai melhorar bastante o tratamento”, diz. Assim, como d. Lurdete Inácio, outras 17 pessoas, que viajavam semanalmente a Caicó, agora podem fazer o tratamento na cidade. Embora o Hospital do Rim ainda não seja credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a unidade recebeu autorização da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) a fim de atender esses pacientes de Mossoró e região, até que o processo de credenciamento seja concluído. De acordo com um dos diretores da unidade, o nefrologista Bruno Almeida, o processo de credenciamento da unidade já foi iniciado. “Estamos aguardando a autorização do SUS, que deve sair o mais rápido possível”, informa. Ele destaca que o funcionamento do Hospital do Rim diminuirá o sofrimento de pacientes de Mossoró e região, que precisam fazer o tratamento de diálise em outras cidades. Inicialmente, o hospital está atendendo 18 pacientes, segundo a nefrologista Cecília Barreto. Mas a previsão é de que, no momento em que a unidade for credenciada, esse número aumentará significativamente. Atualmente, o hospital conta com 12 máquinas de diálise, que corresponde a uma capacidade para atender 72 pacientes. “A capacidade do hospital é para 34 máquinas. A previsão é de posteriormente passarmos a atender 200 pessoas”, frisa Bruno Almeida. A clínica ainda conta com uma equipe de 7 médicos nefrologistas, além de psicólogo, farmacêutico e equipe de enfermagem. Bruno Almeida ressalta que, além das consultas e do tratamento de diálise, que é a atividade primordial da unidade, o Hospital do Rim atuará também na parte preventiva das doenças renais. Conforme o nefrologista, a ideia é trabalhar ações educativas e informativas, em parceria com a secretaria municipal de Saúde, a fim de orientar a população sobre como desenvolver hábitos que possam evitar problemas nos rins. O profissional enfatiza que a diabetes, pressão alta e histórico familiar são os fatores de risco para desenvolver doenças renais. O profissional ainda informa que, além desses tratamentos, a clínica irá preparar os pacientes para serem transplantados, bem como inscrevê-los nas listas de espera para transplantes. “Para se fazer um transplante é preciso toda uma preparação física e psicológica. E é exatamente isso que vamos fazer com os pacientes”, afirma. JORNAL DE FATO SESAP AGUARDA PEDIDO DE NOVA AUDITORIA Uma série de irregularidades técnicas em quatro setores da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM) foi o que levou a auditoria da Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP) a interromper o processo de credenciamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da Maternidade Almeida Castro junto ao Ministério da Saúde (MS) como unidade de referência para gestação de alto risco. A falta de médicos especialistas na escala de plantão da UTI aparece como um dos maiores problemas detectados pelos auditores. O não-credenciamento da unidade inviabiliza o recebimento de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para a manutenção do serviço de alta complexidade e obriga a entidade a arcar com 70% dos custos do funcionamento, que gira em torno de R$ 100 mil/mês. Os outros 30% são garantidos pelo Governo do Estado. A situação levou a direção da Apamim a anunciar para 30 de junho o último dia de funcionamento da UTI neonatal da maternidade. Na última semana encerrou o terceiro prazo dado pelos auditores para a direção da Apamim acabar com as irregularidades detectadas e solicitar nova inspeção. “Mas isso não aconteceu até agora. Estamos esperando uma resposta da Apamim para fazer nova auditoria e se estiver tudo correto dessa vez não haverá problema no credenciamento da UTI neonatal”, disse a coordenadora de auditoria da Sesap, Simone Gomes do Amaral. Na primeira auditoria feita no serviço, em outubro do ano passado, o sistema municipal de auditoria identificou que a escala mensal de plantões na UTI neonatal não estava sendo preenchida pelos médicos. Mesmo com o problema, os auditores emitiram parecer favorável ao credenciamento do serviço, mas ressaltou que as pendências descobertas deveriam ser resolvidas num prazo de 90 dias. A Comissão Intergestores Bipartite da Sesap/RN tomou conhecimento do parecer e recomendou a realização de uma nova auditoria no local, com apoio da Vigilância Sanitária da Sesap. No dia 17 de março deste ano, as equipes fizeram a inspeção na UTI, mas considerando que o serviço funciona em um complexo assistencial de saúde, os auditores acharam viável inspecionar todos os setores da instituição. A inspeção foi feita no dia 6 de abril deste ano e as pendências detectadas na primeira auditoria foram novamente detectadas. “Não podemos credenciar o serviço se ainda existem pendências. Isso é uma coisa séria e temos de agir com rigor”, disse Simone Gomes. Ontem, o diretor-presidente da Apamim, Laíre Rosado, disse que parte dos problemas foram resolvidos e encaminhou ofício à Sesap pedindo uma nova auditoria na UTI neonatal da instituição. A unidade funciona com três leitos, mas após uma obra de ampliação e reforma da estrutura – que custou R$ 300 mil ao Governo do Estado – o serviço vai contar com seis leitos. ‘A responsabilidade é deles’ Depois de ser apontada pela direção da Apamim como uma das responsáveis pelo não-credenciamento da UTI neonatal, a Prefeitura de Mossoró apresentou esclarecimento, na manhã de ontem, através de uma coletiva à imprensa, concedida pela gerente de Saúde, Jaqueline Amaral, e pelo gerente da Cidadania, Francisco Carlos. Os dois disseram que a auditoria feita pelo município na Apamim emitiu parecer favorável, com ressalvas, ao credenciamento do serviço. Eles esclareceram também que o município tem encaminhado, mensalmente, um valor financeiro para o pagamento dos procedimentos de média complexidade feitos pelos médicos da Apamim. Entre janeiro e abril já foram mais de R$ 500 mil. “A responsabilidade é deles (direção da Apamim). Tanto o município quanto o Estado apontaram as pendências que deviam ser corrigidas antes do credenciamento. A Apamim foi quem não regularizou a situação e não solicitou nova inspeção. Esse serviço é muito importante para Mossoró e região e não pode acabar assim”, disse Francisco Carlos. Para a gerente executiva da Saúde, Jaqueline Amaral, a Apamim não poderia afirmar que a Prefeitura foi omissa ou ser responsabilizada pela suspensão dos atendimentos. “Isso não é verdade. Repassamos 137 mil além da tabela do Sus, de recursos próprios. Não é justo e nem verdadeiro dizer que o serviço vai parar porque a Prefeitura não ajudou”, disse. JORNAL DE FATO CIDADE TEM HOSPITAL EQUIPADO SEM PACIENTE Portalegre – O Hospital-Maternidade Doutor Antônio Martins, administrado pela Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Portalegre (APAMIP), tem 32 leitos, ala cirúrgica, clínica pediátrica e duas unidades de partos equipados, além de clínica médica masculina e feminina. É dotado também de unidades de pequenas cirurgias e consultas médicas, porém raramente um paciente é internado na unidade, que poderia ser referência na região. A história de fundação do Hospital-Maternidade Doutor Antônio Martins remota aos anos 50, fim do governo de Getúlio Vargas e início do de Juscelino Kubitschek. Foi fundado pela Diocese de Mossoró e décadas depois repassada a Apamip, que atualmente tem cerca de 40 sócios. O presidente da entidade até janeiro deste ano foi o médico Juraci Albuquerque Nobre. A estrutura foi transferida para o ex-prefeito e extensionista do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) Manoel de Freitas Neto. Segundo ele, a associação recebeu novos sócios em 2008, e que Juraci Albuquerque resolveu passar a gestão da unidade para ele com toda a estrutura e legalizada, pronta para firmar parcerias, por estar cansado e com a idade avançada. Até então, segundo o promotor de justiça Ricardo José da Costa Lima, o Hospital-Maternidade de Portalegre não fazia nem parto simples, havendo necessidade de serem adotadas medidas como assinatura de um termo de ajustamento de conduta (TAC) entre os gestores da unidade e do município, para que a população tenha a disposição dos serviços de saúde oferecidos pela unidade. Atualmente, o presidente da Apamip disse que a unidade já voltou a fazer partos, pequenas cirurgias, internamentos, entre vários outros serviços. “Mas temos pouco mais de dez mil reais/mês do Sistema Único de Saúde, o que é insuficiente para administrar toda a essa estrutura”, explica Neto da Emater, enquanto mostrava as instalações internas da unidade, tudo limpo e organizado. No dia que a reportagem do JORNAL DE FATO esteve na unidade hospitalar não havia nenhum paciente internado. Porém, segundo Neto da Emater, para a unidade funcionar e desafogar os hospitais de Pau dos Ferros e Alexandria, bastava apenas o governo autorizar a realização de cirurgias na unidade, além de contratar mais profissionais para garantir um plantão médico 24 horas. “Estamos nos colocando à disposição da Secretaria Estadual de Saúde para realizar procedimentos de média complexidade, como histerectomia, cesáreo, perínio, vesícula, cisto de ovário, fimose, entre vários outros procedimentos. Temos ótimo local e equipamentos de primeira. O que falta é o SUS liberar algumas autorizações de cirurgias para termos os recursos necessários e contribuir com a redução da superlotação dos hospitais da região”, finaliza. GAZETA DO OESTE MUNICÍPIO ESCLARECE PONTOS SOBRE FECHAMENTO DA UTI Foram destinados R$ 137 mil para os custos com médicos e serviços hospitalares da Apamim, além do pagamento de médicos obstetras Com o fechamento estimado para o dia 30 deste mês, a situação da UTI Neonatal preocupa gestores e o Ministério Público. Ontem a gerente executiva de Saúde, Jacqueline Amaral, e o secretário de Cidadania, Francisco Carlos, informaram que o Município não tem culpa sobre o descredenciamento do serviço de Terapia Intensiva Neonatal. Segundo a gerente de Saúde, o município não tem condições de arcar sozinho com os custos da UTI Neonatal da Casa de Saúde Dix-sept Rosado, e a falta de credenciamento do serviço com o SUS não é responsabilidade da prefeitura. Ela destaca que o município havia solicitado o credenciamento da UTI da casa de saúde desde o ano passado, juntamente com uma auditoria da Secretaria Estadual de Saúde. “Os recursos municipais destinados aos serviços de UTI Neonatal foram repassados. Foram destinados R$ 137 mil para os custos com médicos e serviços hospitalares da APAMIM, além da tabela do SUS com pagamentos de médicos obstetras e neonatologistas no valor de R$ 79.420,80. Mossoró destina 23,5% dos recursos ao setor de saúde, quando deveria ser 23,5%. Fizemos nossa parte”, afirma a gerente executiva de saúde. O secretário de Cidadania, Francisco Carlos, destacou que o município encontra dificuldades para atender pacientes provenientes das cidades vizinhas, anunciando que sem ajuda do Governo do Estado para arcar com o ônus até o dia 22 de junho, o município não terá condições de atender pacientes vindos de outras cidades. “Ou Mossoró deixa de atender esses pacientes vindos de fora ou a saúde vai entrar em colapso. O Governo Federal destinou um total de R$ 29 milhões para o Rio Grande do Norte, competindo a Mossoró R$ 2.127 mi, e a cidade não recebeu essa ajuda porque o Governo do Estado não repassou. Então o município não terá condições de bancar os custos sozinho”, ressaltou Francisco Carlos. Devido à impossibilidade de arcar com os custos mensais que chegam a cerca de R$ 77 mil, sem o credenciamento do SUS, a Casa de Saúde Dix-sept Rosado prevê para o dia 30 deste mês o fechamento da UTI neonatal. Somente este ano foram registradas na UTI 115 internações, mas desde a sua abertura já atendeu 345 recém-nascidos. DEFICIÊNCIAS — De acordo com o laudo emitido pela comissão bipartite, alguns elementos essenciais ao funcionamento da Uti neonatal não estavam em conformidades com as exigências estabelecidas, entre eles estão: setores de centro clínico e central de material de esterilização sem supervisão de enfermeiros, comissão de controle de infecção hospitalar constituída e , contudo, sem estar atuante, inexistência de educação continuada para profissionais de enfermagem, pessoal de limpeza e de processamento de roupas. Além disso, foram detectadas falhas na estrutura física: centro cirúrgico, centro obstétrico, central de material de esterilização, Unidade de Processamento de Roupas, abrigo de resíduos, Unidade de Terapia Intensiva e Setor de Nutrição estão em desacordo com a legislação vigente; revestimento das paredes com falta de azulejos, com salitre, presença de cimento e tijolo aparente, focos de cupim no teto, infiltrações, gesso quebrado e piso danificado. A auditoria também constatou que os banheiros não estavam adaptados para portadores de necessidades especiais, algumas portas e janelas danificadas, exaustores quebrados na área de esterilização. Na parte de equipamentos, a auditoria percebeu que alguns instrumentos cirúrgicos apresentavam pontos de oxidação, higienização deficiente e outros desgastados sem condições de uso; bomba de infusão e respirador danificados na UTI adulto; mobiliários com pontos de oxidação; colchões e cortinas danificados; foco cirúrgico com lâmpada queimada. CORREIO DA TARDE MATERNIDADE COM ATENDIMENTO REDUZIDO A reforma que durou dois anos da Unidade Mista das Quintas, zona oeste de Natal, não foi capaz de solucionar os problemas estruturais sofridos pela maternidade. Mesmo após a reabertura, desde outubro do ano passado, o centro cirúrgico ainda não funciona e as enfermarias não estão atendendo em sua totalidade. Segundo a diretora da Unidade, Lucineide Laurentino, a maternidade está passando por mais uma reforma devido às irregularidades encontradas nas obras passadas. “Algumas coisas estavam inadequadas. Onde deveria ter uma porta, tem uma janela, e vice-versa”, explica. Devido à poeira intensa causada pelas obras, dos 30 leitos da maternidade, apenas 18 estão atendendo às gestantes. Na semana passada, esse número era de apenas seis leitos. Apesar do atendimento, os problemas enfrentados pela maioria das unidades de saúde públicas do município também são visíveis na Maternidade das Quintas. Há carência de materiais hospitalares básicos como luvas, gases e remédios. “Nós sempre economizamos o máximo, justamente por causa dessa falta de insumos”, assegura Lucineide. Entretanto, a diretora-médica afirma que às vezes é necessário chamar a atenção de formas mais drásticas. “Quando a gente ameaça parar o atendimento, eles (Secretaria de Saúde) mandam os materiais”, relata. A unidade chegava a realizar uma média de 230 partos por mês, porém, com a inauguração da nova maternidade Leide Morais, na zona norte de Natal, esse número foi reduzido naturalmente. No mês de abril, foram feitos 170 partos. Segundo a Dra. Valdelúcia, a quantidade de partos está dentro do número esperado pela maternidade. Todos os partos realizados na unidade são normais e considerados de baixo risco. Caso a gestante esteja com alguma complicação, ela é encaminhada para as unidades do Santa Catarina ou Januário Cicco. Os partos cesários ainda não estão sendo realizados na unidade e o problema é antigo. De acordo com a diretora-médica, há mais de quatro anos a unidade está com o centro cirúrgico desativado. Hoje, o problema está no autoclave, aparelho responsável pela esterilização dos materiais, o qual desde março não funciona, e da falta de um gerador de energia, que segundo a diretora da maternidade, está em processo licitatório.Enquanto não volta a funcionar, os materiais são esterilizados na unidade de saúde de Mãe Luíza, todos os dias, e os anestesistas da unidade estão trabalhando no Hospital da Mulher Leide Morais. “Queremos que o centro cirúrgico volte a funcionar para evitar as transferências”, diz a diretora-médica. O centro cirúrgico está pronto, no entanto, não há previsão para sua inauguração. FECHAMENTO DE HOSPITAIS EM MOSSORÓ AUMENTA DEMANDA DO HRTM O fechamento do hospital Duarte Filho e da Casa de Saúde Santa Luzia, em Mossoró, resultou no aumento da demanda de pacientes que são encaminhados ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). Quem afirma é o diretor-geral do hospital, Marcelo Duarte. Ele reconhece a demora no atendimento quando se trata dos casos menos graves, e confirma a insuficiência de leitos, porém, isso se deve ao fechamento das duas unidades de saúde, visto que, os pacientes estão tendo recorrer ao Tarcísio Maia. “Falta espaço nos repousos e nas salas de internação, alguns pacientes são medicados, mas ficam esperando uma vaga. Porém quem chega à unidade recebe atendimento”, garante. O diretor informa que a situação já é do conhecimento do Ministério Público (MP). A idéia, de início, é que o órgão sugira a solicitação de uma parceria com os hospitais particulares, que prestam serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para que estes possam receber no setor de internação parte dos pacientes que são encaminhados ao HRTM, dessa forma, equilibrando a situação. Quanto ao problema no serviço de tomográfo Marcelo informou que não resultou em acúmulo de atendimentos. Os serviços vinham sendo feitos no Hospital Wilson Rosado, graças a uma parceria, que também atende pelo SUS. Isso significa que o retorno do serviço, há mais de uma semana, foi normalizado. A ampola (tubo de imagem) do tomógrafo havia apresentado defeito no final de abril “mesmo assim, o serviço nesse setor não foi prejudicado”, disse. PREFEITURA NÃO É RESPONSÁVEL PELA FALTA DE CREDENCIAMENTO NO SUS Hoje pela manhã, os responsáveis pelas Gerências da Saúde e da Cidadania do município, receberam a imprensa para tratar sobre o anuncio de fechamento da UTI Neonatal, pela Casa de Saúde Dix-sept Rosado. Durante a coletiva os representantes da prefeitura rebateram as afirmações de que o fechamento era inevitável devido a falta de empenho da prefeitura em conseguir o credenciamento junto ao Sistema Único de Saúde. A gerente da Saúde Jacqueline Amaral fez uma explanação dos compromissos assumidos pela gerência para a implantação da UTI Neonatal aqui em Mossoró, como a liberação de R$ 300 mil reais. De acordo com o anúncio do presidente da APAMIM, Dr. Laíre Rosado, a unidade continuará suas atividades somente até o próximo dia 30. Para Dr. Laíre Rosado, “o não credenciamento da UTI neo-natal junto ao SUS foi “falta de compromisso com a saúde pública”. No entanto, a gerente de saúde explica que não se pode dizer que a prefeitura é omissa em relação a situação da unidade. “a prefeitura paga com recursos próprios 100% acima da tabela do SUS para os profissionais que trabalham na unidade, já que eles ameaçaram entrar em greve por não aceitarem receber apenas o que é pago pelo sistema Único de Saúde”, enfatiza. Francisco Carlos, gerente da Cidadania, frisou que não é justo nem honesto, dizer que a unidade vai fechar por falta de compromisso da prefeitura. “Dr. Deveria ter responsabilizado quem é de fato responsável pelo não credenciamento da unidade junto ao SUS”, afirmou. Segundo os gerentes, a unidade não recebeu o credenciamento por não atender as exigências do SUS para o seu funcionamento, a escala de plantões ainda não está preenchida, o serviço de nutrição não é adequado, também não atende as exigências da Vigilância Sanitária. “É de interesse do município que a UTI Neonatal continue funcionando. Não tem como fechar sem esse serviço, principalmente, se recebeu dinheiro público para ser implantado”, completa Francisco Carlos. JORNAL DE HOJE VIOLÊNCIA AFASTA MÉDICOS DO POSTO DE SAÚDE Estrutura precária, falta de medicamentos, demora no atendimento. Esses fatores somados a dores, mal estar e impaciência levaram pacientes a atitudes extremas. Revoltados com as péssimas condições de funcionamento, os usuários do Posto de Saúde Básica das Rocas, zona Leste de Natal, freqüentemente, descontam a fúria em servidores, que não podem resolver a situação que compete a gestão pública. Há cerca de 20 dias, duas funcionárias – uma agente de saúde e uma auxiliar de enfermagem – foram agredidas fisicamente devido a falta de fichas para atendimento. A insegurança e constantes ameaças culminaram com o pedido de licença médica por estresse de dois dos três clínicos. A unidade encontra-se entregue a enfermeiros e técnicos que se desdobram, temerosos, para não suspender o atendimento. A agente de saúde responsável pela distribuição de ficha também está afastada. Segundo a diretora do Sindsaúde, Sônia Godeiro, este não é o primeiro ato violento contra servidores. Em março passado, segundo ela, outro agente de saúde já havia sido alvo da “insatisfação” da comunidade com o serviço oferecido, manifestada por meio de tapas e pontapés. “Alguns usuários chegam a colocar peixeira e revólveres para exigir que o atendimento seja feito, ou que o medicamento seja entregue. Ou seja, não há condições dos profissionais trabalharem em paz. O nível de estresse é alto. Solicitamos depois do ocorrido no dia 19, a presença permanente de guarda. São 3,2 mil pessoas atendidas mensalmente que estão sem médicos, por que não há segurança par trabalhar. Mas só esta semana foi enviada equipe e de forma temporária. Mais uma vez é a população penalizada pela falta de gestão”, denuncia a sindicalista. A unidade enfrenta ainda o desabastecimento hospitalar, na farmácia falta o “feijão com arroz” para atender a demanda de cerca de 150 pacientes que procuram diariamente o serviço. “Não tem captopril, dexametazona, amembendazol, atadura, esparadrapo, gases, sabão. Falta tudo é por isso que muitos se revoltam. O problema é que a gente que é funcionário, que também sofre com essa situação, é quem está pagando o pato”, lamenta a técnica de enfermagem Diana de Melo Medeiros. Segundo ela, todos os servidores trabalham tensos com o risco de “ser a próxima vítima”. “É uma vida que está em jogo. Trabalhamos com o medo de ser atacado e enquanto isso a prefeitura não toma providencias”, reclama o agente de saúde Manoel Ferreira de Araújo. Paciente de hipertensão, a dona de casa Edna Luz do Nascimento, 58, aguardava que alguma enfermeira fizesse o “favor” de prescrever o medicamento captopril e atelenol, para a compra com desconto em farmácia conveniada. “Sou inscrita no programa de hipertensos e tenho desconto especial, mas a cada quatro meses é necessário apresentar uma nova receita. Eu sei que elas não podem fazer isso, mas se não tem médico, o que eu vou fazer?”, questiona. REFORMA NO SANDRA CELESTE AMEAÇA PRAZO DADO PELO MP Interditado e transferido há um ano, o pronto-atendimento Infantil Sandra Celeste pode burlar mais uma vez o novo prazo estipulado pelo Ministério Público para a mudança para o novo prédio. Alugado há cerca de um mês, o imóvel localizado na avenida Jaguarari ainda encontra-se em reforma e pode não ficar pronto até o final de 15 dias, novo prazo dado pela Promotoria de Saúde. Neste prazo, segundo a direção do Hospital, apenas o pavimento inferior deve ser entregue. Desde junho de 2008, o atendimento de urgência e emergência está sendo feito nos corredores do pronto-atendimento da Cidade da Esperança. Apenas a parte ambulatorial, com consultas marcadas, continua na unidade da avenida Bernardo Vieira, esquina com a Coronel Estevam. “Passamos vários dias procurando, à pé, de rua em rua, o prédio ideal, que foi indicado. Mas desde que foi alugado pela Secretaria de Saúde não tivemos mais acesso e não sei em que pé anda a reforma. Mas mesmo assim, apesar de todos os problemas estruturais, falta de medicamentos e de material de trabalho, continuamos a prestar atendimento. Somos a única unidade que está com escala médica completa”, afirma a diretora Telma Lúcia de Araújo Pereira. Segundo ela, a unidade não recebe quaisquer reparo há cerca de seis anos. A estrutura antiga, na Bernardo Vieira, que atende uma demanda diária de 200 pacientes, tem problemas freqüentes de infiltração, mofo, instalações elétricas danificadas. Além disso, falta material de limpeza e hospitalar. A mudança para o novo prédio, segundo ela, não resolve a situação, mas melhora as condições de trabalho oferecidas aos servidores, que passarão a ser “dignas”. “O problema é administrar sem dinheiro. Todos os dias informamos as pendências, mas até chegar estoque ou serviços é outra história. “As unidades estão sucateadas, mas o que compete aos servidores está sendo feito. Não temos recursos e dependemos de uma política administrativa direcionada a outros setores”, afirma a diretora. Segundo ela, o “burburinho” da terceirização dos serviços é outro grave problema, apesar da afirmação da secretária municipal de Saúde, Ana Tânia Sampaio, ter descartado a hipótese. “Os funcionários estão trabalhando em clima de insegurança. Não creio que seja correto. Acredito que bens públicos devem ser administrados os servidores públicos qualificados como o que temos em nossos quadros”, destaca Telma Lucia. Assessoria de Comunicação do Cremern Telefone: 4006-5357 Contatos: Casciano Vidal: 9990-1473 Ana Carmem: 9911-6570

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