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TRIBUNA DO NORTE FALTAM LEITOS PARA A PSIQUIATRIA A reforma na ala feminina do Hospital João Machado deve ficar pronta até o final deste mês e a obra do pronto-socorro deve começar até a próxima semana. Apesar da urgência, a situação dos pacientes de saúde mental é bastante crítica porque eles só podem recorrer ao Hospital dos Pescadores, nas Rocas, atualmente com sete leitos para atender a demanda. Geni de Oliveira Galvão, acompanhante da paciente Maria das Dores estava na tarde de ontem no Hospital dos Pescadores em busca de atendimento. “Já viemos de outras unidades e nos mandaram para cá, mas pelo jeito ela não vai poder ser internada porque não tem leito”, disse. Para protestar contra a atual situação de atendimento das urgências psiquiátricas no Estado o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde) e os integrantes da Associação de Amigos, Familiares e Doentes Mentais (AFDM) se apresentaram na manhã de ontem em frente ao prédio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap). Uma das reivindicações foi a falta de espaço para atender as necessidades dos 25 funcionários do Hospital João Machado que foram transferidos para o hospital das Rocas. “Os plantonistas ficam deitados no chão ou nos bancos de madeira que tem lá junto com os pacientes para poder descansar. Além disso, os banheiros não são suficientes para todo mundo”, contou a presidente do Sindsaúde, Sônia Godeiro. Outra reclamação foi a insuficiência de leitos. De acordo com o diretor de comunicação do Sindsaúde, Paulo Martins, o Hospital dos Pescadores só conta com sete leitos para atender mais de 20 pacientes na lista de espera. A Casa de Saúde de Natal e a Clínica Santa Maria também estão atendendo alguns casos da urgência psiquiátrica, mas, segundo os funcionários, já estão lotadas. O diretor geral do Hospital dos Pescadores, Josenildo Lira confirmou os problemas apontados pelo Sindicato. “Na verdade, esses leitos são um improviso, nós pegamos sete leitos da ala feminina e disponibilizamos para a psiquiatria. A cada plantão de 12 horas, tenho 12 profissionais a mais que estão usando nosso espaço e não têm onde repousarem. A nossa relação é tranquila, mas a infra-estrutura está prejudicando os atendimentos sim”, disse. Mas para Josenildo Lira, os problemas não ficam só nas questões físicas. “A demanda do paciente com problemas mentais é mais qualitativa do que quantitativa. O paciente vem às vezes com surtos ou agressivo, então tem que ser imobilizado e, às vezes, cria um transtorno com os outros pacientes porque o pessoal fica com medo, o atendimento é misturado”, disse. O grande temor que ronda os trabalhadores é que o HJM acabe sendo fechado. “É assim que eles fazem. Vão tirando aos poucos, nunca fecham tudo de uma vez. Se aproveitam de uma crise, para fechar o lugar. Já aconteceu com várias outras unidades de saúde”, disse Sônia Godeiro. O Sindicato quer que, enquanto o pronto-socorro da unidade não fica pronto, os atendimentos emergenciais sejam transferidos para a clínica médica do HJM, que, segundo eles, tem condições de receber os pacientes. O médico do HJM, Francisco Rodrigues, partilha da mesma opinião. “São 45 leitos que estão desativados por causa disso. Apesar de precisar de algumas adequações, a clínica médica receberia essas emergências em condições muito melhores do que as que estão sendo oferecidas no Hospital dos Pescadores”, disse. Urgência psiquiátrica será responsabilidade do município Em entrevista concedida à imprensa na manhã de ontem, o secretário estadual de Saúde George Antunes informou que a urgência psiquiátrica do Estado será agora responsabilidade do Município. Entretanto, a transferência ainda não tem data para acontecer porque a atual situação da saúde municipal não permite receber novas demandas. Enquanto isso, o serviço continua no Hospital dos Pescadores e, quando a reforma estiver concluída, volta para o pronto-socorro do João Machado. O secretário explicou ainda que as readequações que precisam ser feitas na clínica médica para os atendimentos emergenciais psiquiátricos exigiriam um gasto de R$100 mil, mas a reforma prevista para a clínica já é de R$150 mil, então não seria viável fazer as duas obras. “Nós visitamos muitas unidades de saúde, antes de escolher qual seria a melhor para ficar recebendo esses pacientes e o Hospital dos Pescadores foi a opção menos traumática que encontramos”, disse. O secretário garantiu que o Hospital João Machado (HJM) não corre o risco de ser fechado. “Em hipótese alguma isso poderia acontecer. O João Machado é um hospital muito tradicional nessa área e as internações sempre vão continuar sendo feitas”, disse. CASA DURVAL PAIVA COMPLETA 14 ANOS DE LUTA CONTRA O CÂNCER “Estes anos foram de muitas lutas, vitórias e também derrotas, mas no final o saldo é positivo na perspectiva de cura, de vida, da inclusão social no enfrentamento da doença, na celebração da vida, no desenvolvimento humano”,. O depoimento é de Rilder Campos, presidente da Casa Durval Paiva de Apoio à criança com Câncer, comentando os 14 anos de fundação da organização, enfatizando que o que mais o marcou nesse tempo foi a perseverança dos pacientes e seus pais, demonstrado pelo enfrentamento da doença no dia a dia. Desde o início, foram atendidas 1.179 crianças na instituição. Tudo começou quando Rilder descobriu que seu filho estava com retinoblastoma – um tipo de câncer no globo ocular. A busca por melhores condições de tratamento e cura levou a família a Filadélfia, nos Estados Unidos, sendo hóspede de uma casa de apoio mantida pela empresa McDonalds. O filho de Rilder, Fernando, sobreviveu ao câncer, mas a doença deixou sequelas e o garoto perdeu a visão. No entanto, a experiência que teve motivou na fundação da Casa Durval Paiva – o nome representa uma homenagem ao pai de Fernando Paiva, seu sogro, que fez a doação da residência onde foi iniciado o trabalho, criado com objetivo de ajudar as pessoas que passam pela mesma situação. Ao longo do tempo a instituição cresceu, graças ao apoio e solidariedade de doadores sensibilizadas e comprometidas com o outro, pessoas que passam por dificuldades num momento difícil da vida. A Casa trabalha com assistência social, fazendo a doação de cestas básicas, material de higiene, reformas e reconstrução de casas, além do atendimento individualizado na área de pedagogia, psicologia, odontologia, nutrição e fisioterapia, entre outras ações. Para marcar a data, a Casa abre suas portas para uma comemoração no próximo dia 15, a partir das 16h, na sede da organização, no barro vermelho. Neste dia, além da apresentação do Coral Bem Viver, formado por crianças, seus pais e voluntários, haverá a exposição de trabalhos produzidos pelas crianças na oficina de desenho Ricardo Tinoco e a reinauguração da Sala Viva Leitura, projeto apoiado pelo BNB Cultural. CEI E EX-PREFEITO DISPUTAM VALIDADE DA CONVOCAÇÃO A polêmica sobre a ida de Carlos Eduardo Alves à Comissão Especial de Inquérito (CEI) dos Medicamentos será decidida na Justiça. A Câmara Municipal ingressou ontem com uma ação, solicitando que o Judiciário obrigue o ex-prefeito a prestar depoimento no dia 16 e os advogados de Carlos Eduardo apresentaram a contra-argumentação. A defesa afirma que ele não tem obrigação legal de comparecer. O processo foi distribuído para o juiz da 7ª Vara Criminal, Ivanaldo Bezerra. Ontem, o juiz afirmou que vai se pronunciar liminarmente a respeito do pedido até terça-feira. A solicitação, que é tecnicamente chamada de “pedido de condução coercitiva de testemunha”, foi elaborada pela Procuradoria da Câmara a pedido dos vereadores integrantes da CEI, logo após a confirmação de que o ex-prefeito não atenderia à segunda convocação para prestar depoimento. Já na primeira sessão, na segunda-feira, Carlos Eduardo enviou uma carta aos integrantes da Comissão, informando que não prestaria depoimento. Ele argumentou que não quer “compactuar” com a farsa que estaria sendo montada pela atual gestão de Micarla de Sousa e reforçada pela bancada de apoio à prefeita na Câmara. O ex-prefeito lembrou ainda que a Comissão já ouviu os depoimentos dos dois secretários de Saúde de seu governo, que deram “todos os esclarecimentos necessários”. “Nada teria eu a acrescentar”, disse. Carlos Eduardo reclamou também de ter recebido o processo incompleto, sem importantes documentos que foram citados pelos vereadores durante depoimentos anteriores. Os vereadores, contudo, rebateram a informação e o presidente da CEI, Hermano Morais (PMDB), garantiu que o convocado teve e tem acesso a todas as página do processo, que já somam mais de 11 mil, em 39 volumes. Os vereadores leram na sessão de ontem da CEI, dois textos publicados no Diário Oficial do Município e que trazem explicações a respeito da convocação do ex-prefeito e também sobre a forma como os documentos foram cedidos aos advogados de Carlos Eduardo. “Não nos restou outro caminho a não ser determinar à Procuradoria Legislativa que tome as medidas cabíveis, a fim de garantir, se possível, a presença dele, para que contribua com a investigação que está sendo feita”, declarou Hermano Morais. ‘CEI não tem os poderes de uma autoridade judicial’ A iniciativa dos vereadores da CEI dos Medicamentos de irem à Justiça para tentar fazer com que o ex-prefeito Carlos Eduardo atenda a convocação da Comissão tem um erro de origem: “Comissão Parlamentar de Inquérito Municipal não tem poderes próprios de autoridade judicial, muito menos para coagir terceiros a lhe prestar depoimentos”, segundo precedentes firmados pelo Supremo Tribunal Federal. Essa é parte da argumentação apresentada pela defesa do ex-prefeito ao juiz da 7ª Vara Criminal, Ivanaldo Bezerra. Assinada pelo advogado Rodrigo Alves Andrade, a peça de defesa argumenta ainda com as evidências de que há motivações políticas por trás da convocação do ex-prefeito, uma vez que ignora depoimentos dos ex-secretários de saúde (Aparecida França e Edmilson Albuquerque) que eximem Carlos Eduardo, e não inclui como objeto das investigações o período de 90 dias da atual administração municipal durante o qual nada foi feito para sanar possíveis irregularidades na estocagem dos medicamentos. Leia, abaixo, a entrevista com o advogado Rodrigo Alves. Por que há um erro de origem na iniciativa da CEI em ir à Justiça para ouvir o ex-prefeito? Penso que devemos considerar inicialmente que a Câmara dos Vereadores atropelou o seu próprio Regimento Interno. Nos termos da norma da própria Câmara, que regula o funcionamento da comissão, a iniciativa de tal medida somente poderia partir do Ministério Público, o que não foi observado, de forma a atingir frontalmente direito de Carlos Eduardo. Os vereadores argumentam que há decisões de tribunais, anteriores, em sentido contrário. O Supremo Tribunal Federal não confere às comissões de inquerito municipais poderes próprios aos de autoridade judicial. Diferentemente do que ocorre com comissões de inquérito federais ou estaduais, às comissões parlamentares de inquérito municipais não é dado quebrar sigilo fiscal ou telefonico ou fazer busca e apreensão. A atuação de uma CEI se circunscreve à convocação de servidores municipais, e de concessionários ou permissionários de serviços públicos municipais O ex-prefeito estaria fora dessa circunscrição que inclui servidores? O Supremo Tribunal Federal entende pacificamente que o Poder Legislativo não pode convocar o Chefe do Executivo a depor. No caso, não há dúvida de que os eventos se relacionam parcialmente à época em que Carlos Eduardo exercia a Chefia do Executivo, e, como tal, ele não pode ser compelido a comparecer ao Legislativo, assim como um ex-magistrado não pode ser compelido a depor em comissão parlamentar de inquérito sobre o conteúdo jurisdicional de suas decisões. A norma da Lei Orgânica municipal que autoriza tal procedimento é flagrantemente inconstitucional. Daí que, também por decorrência do princípio constitucional da separação de poderes, o ato de convocação não deve subsistir. Não há jurisprudência pela convocação, nem mesmo no âmbito de CPIs? É sintomático, aliás, que não se consiga enxergar no Regimento do Senado Federal e no da Camara dos Deputados norma que autorize as comissões parlamentares de inquérito de tais casas legislativas a fazerem convocação de ex-presidente, por fato relacionado ao exercício da Presidencia, nos termos que a camara de vereadores que se irroga. O ex-prefeito teve acesso aos documentos da CEI? Embora o Presidente da Comissão Parlamentar tenha, de forma correta, possibilitando o acesso aos autos do procedimento, o fato é que inúmeros documentos mencionados em depoimentos e pelo próprio Relator da comissão, pura e simplesmente não constam dos autos do procedimento. É nítido que tal situação também viola o devidoprocesso legal, e, portanto, disso resulta que não tem como subsistir a convocação em exame. Onde está configurado que a motivação da CEI, insistindo na convocação do ex-prefeito, é política? A revelar o palco político em que se pretende transformar a comissão, não faltou vereador que fosse nesta semana a toda a imprensa decretar a condenação do ex-prefeito, como se lhe competisse tal tipo de ilação. É com base em tais fundamentos que aguardamos respeitosa e confiantemente o pronunciamento judicial. Ex-secretária de Saúde critica convocação A ex-secretária de Saúde de Natal, Aparecida França, considerou “absolutamente desnecessária” a convocação do ex-prefeito Carlos Eduardo para depor na Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal, que investiga possíveis irregularidades no armazenamento e distribuição de remédios. “Sinto-me ofendida, pois me convidaram a testemunhar, mas parece que não tomaram meu depoimento como verdadeiro”, lamentou. Segundo ela, desde a sua ida à CEI, no dia 15 de junho, já havia ficado claro que não seria necessário ouvir Carlos Eduardo, uma vez que os problemas registrados no Departamento de Material e Patrimônio (DMP) da Secretaria de Saúde vinham sendo solucionados internamente e não foram levados ao conhecimento do então prefeito. “Todos os esclarecimentos, se é que eles queriam, nós nos dispusemos a dar”, afirmou, referindo-se ao também ex-secretário de Saúde, Edmilson Albuquerque Júnior, que depôs no mesmo dia. Em seu depoimento, o ex-secretário Edmilson Albuquerque explicou aos vereadores que até o fim da última gestão o armazenamento de medicamentos vinha ocorrendo de forma regular e as obras de adequações necessárias no galpão onde ficavam os remédios tinham se iniciado. O quadro, aliás, seria diferente do que foi mostrado três meses depois pela atual gestão. Edmilson confirmou que os problemas de estrutura do DMP também não eram levados ao conhecimento do prefeito. A ex-secretária de Saúde Aparecida França reforça: “Acho um desrespeito conosco, parece que estão duvidando do que dissemos. Se fosse Carlos Eduardo eu também teria a mesma atitude de não ir.” “Não há explicação plausível para o fato de não se ter dado continuidade à contratação da última adaptação que faltava, o rebaixamento do teto para instalação do ar condicionado. Ao invés, a nova administração manteve o galpão nas mesmas condições em que o encontrou, malgrado advertida com lealdade antes da posse, e, pior, agravou a situação, tornando o almoxarifado, que até 31 de dezembro funcionava regularmente, no descalabro exibido na televisão mais de noventa dias depois da posse da Prefeita”, escreveu o ex-prefeito, em carta enviada aos vereadores que integram à Comissão Especial de Inquérito dos Medicamentos. DIÁRIO DE NATAL BRIGA DA CEI PARA NA JUSTIÇA Juiz Ivanaldo Bezerra decide hoje se Carlos Eduardo será forçado a depor na Câmara sobre o escândalo dos remédios Ficou para hoje a decisão do juiz Ivanaldo Bezerra, titular da 8ª Vara Criminal, sobre o comparecimento forçado do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), à Câmara Municipal da cidade para prestar depoimento à CEI dos Medicamentos, solicitado pelos vereadores membros da comissão por meio de ação judicial como medido cautelar. Carlos Eduardo não atendeu à reconvocação marcada para ontem, dando início a uma briga judicial que pode atrasar os trabalhos de conslusão das investigações com data para terminar. A ação tramita na esfera criminal porque a legislação que vigora na CEI sugere esse caminho em caso de não comparecimento de testemunhas. Quem se sentir prejudicado com a sentença do juiz pode pedir sua reformulação. Caso o descontentamento persista, qualquer uma das partes pode recorrer ao Tribunal de Justiça, ao Supremo Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, sequencialmente. Porém, para o ex-prefeito, há um obstáculo à vista: o fato do STF ter emitido pareceres favoráveis às comissõesanteriormente. Uma mesa cheia de papéis, em resposta às acusações de sonegação de documentos feitas por Carlos Eduardo, o aguardava na Câmara, mas a recepção montada foi em vão. Dessa vez, o ex-prefeito nem enviou comunicado, já que, segundo ele, as explicações dadas na segunda-feira valeriam para qualquer outra convocação. O vereador Hermano Morais (PMDB), que preside a CEI, encerrou a audiência deixando claro que os autos do inquérito, inclusive os que foram citados como ausentes na justificativa de Carlos Eduardo, estiveram à disposição dele e dos seus advogados durante toda a semana mas ninguém foi buscá-los. Na defesa do ex-prefeito, pronta desde quarta-feira, a falta de documentos e a ilegailidade da sindicância que desencadeou as investigações na Câmara estão entre os argumentos. Por lei, os trabalhos da comissão devem ser concluídos em 120 dias, podendo ser prorrogados por mais um mês. No entanto, a briga na Justiça travada entre Carlos Eduardo e a CEI pode comprometer o tempo disponível. Os vereadores querem ouvir o ex-prefeito na próxima quinta-feira.Só resta saber se a sucessão de recursos vai terminar até lá. Boa notícia // DENGUE DIMINUI 93,4% NO RN Ao contrário dos registros epidemiológiscos do ano passado, os casos de dengue tiveram uma queda de 93,4% no Rio Grande do Norte nas primeiras 23 semanas de 2009 (entre 1 de janeiro e 13 de junho) , em relação ao mesmo período de 2008. O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante coletiva para a imprensa realizada no próprio ministério, em Brasília, quando também apresentou o documento Diretrizes nacionais para a prevenção e controle de epidemias de dengue que será aplicado em todo o país. “Esse plano de ação do Ministério da Saúde para 2009 e 2010 objetiva padronizar, organizar e agilizar as ações de combate nas três esferas públicas, a exemplo do que vem ocorrendo com a gripe”, exemplificou Temporão. Ele lembrou que a participação da sociedade é de extrema importância para o controle da doença. O RN foi o segundo estado do Brasil que apresentou a maior redução da doença, perdendo apenas para o Rio de Janeiro e ficando bem a frente da média nordestina, que foi de 47,3%, e da média nacional de 49,8%. Nas primeiras 23 semanas de 2008, o estado registrou 38.729 casos, contra 2.570 no mesmo período deste ano. Em 2008 o RN era o segundo estado da região com maior número de casos da doença, já em 2009 está em terceiro lugar no ranking daqueles estados com menos casos, ficando atrás apenas da Paraíba (716) e do Maranhão (1.522). Além desses dados positivos, o RN está entre os estados que não registraram óbitos nos casos graves da doença. Na região Nordeste, o único estado que não apresentou redução no número de casos da dengue foi a Bahia, onde os números praticamente triplicaram de 2008 (31.132) para 2009 (92.420). Entre as regiões do país, somente o Centro-Oeste registrou o aumento de 13,8% nas notificações da doença. A maior queda foi registrada no Sudeste (65,5%), seguida pelo Sul (47,3%), Nordeste (47,3%)e Norte (29,9%). “Esse é o primeiro passo no combate è doença, ainda estamos longe de afirma que temos a doença sob controle no país, por isso ressaltamos a necessidade do trabalho em conjunto com as três esferas governamentais e com a sociedade que é a maior responsável por essa”, ressaltou Temporão. O ministrou justificou que a queda nos números da doença está nas ações que vem sendo realizadas, desde outubro passado, pelo Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias municipais e estaduais, para evitar uma epidemia em 2009. Foi investido R$ 1bilhão nas ações de combate que iniciaram antes do maior período de transmissão da doença, entre os meses de janeiro e maio que concentram 70% das notificações. Diretrizes Durante a coletiva, o Ministério da Saúde, em parceria com os Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais (Conass) e Municipais (Conasems) de Saúde, lançaram o documento inédito Diretrizes nacionais para a prevenção e controle de epidemias de dengue, dotado de orientações para a unificação das ações de vigilância e assistência em saúde para o combate à dengue no Brasil. A ideia é manter os gestores em alertadurante todo o ano, além de evitar epidemias e reduzir o número de casos e de óbitos. O documento reforça a necessidade da mobilização de toda a rede de saúde para adotar a classificação da gravidade dos sintomas como forma de orientar o atendimento aos pacientes, ou seja, cada paciente será classificado por uma cor que vai variar de acordo com seu estado de saúde, e isso também vai indicar a prioridade no atendimento. “Com isso pretendemos reduzir o tempo de atendimento, diminuir os riscos da doença se agravar e, consequentemente, diminuir o número de óbitos”, informou o ministro da Saúde José Gomes Temporão. Cada estado e município também atualizará na internet o número de casos da doença, para que a sociedade possa acompanhar a evolução da dengue em sua cidade. GAZETA DO OESTE CASOS DE DENGUE CAEM 93,4%; ÍNDICE É O MAIOR DO NE O Rio Grande do Norte registrou redução de 93,4% no número de casos de dengue nas primeiras 23 semanas deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, revela balanço divulgado pelo Ministério da Saúde (MS) ontem. O índice de queda do Estado foi o maior do Nordeste. Segundo informações enviadas pela Secretaria de Estado da Saúde do RN, 2.570 pessoas contraíram a doença entre 1º de janeiro e 13 de junho. No mesmo período de 2008, o número de infectados foi de 38.729. Em todo o país, o número de notificações foi de 361.552 nas primeiras 23 semanas deste ano. Significa uma redução de 49,8% em relação ao mesmo período de 2008, em que foram registradas 719.593 infecções pelo Aedes aegypti. A queda foi registrada em quatro regiões do país. As reduções foram de 65,5% no Sudeste, 49,9% no Sul, 47,3% no Nordeste e 29,9% no Norte. O Centro-Oeste, porém, registrou aumento de 13,8% nas notificações da doença. O índice nesta região foi puxado, principalmente, pelo número de infecções em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, de 29.825 e 11.740, respectivamente. Para o diretor de Vigilância Epidemiológica do ministério, Eduardo Hage, a dengue deve ser combatida todos os dias, mesmo nos períodos em que as chuvas diminuem. Isso porque, explica ele, o ovo do mosquito pode se manter em condições para eclodir e virar larva por um período de até 400 dias. “Alem disso, a sociedade deve participar com ações simples como trocar a água do vaso de planta e lavar as laterais e bordas do recipiente com bucha, pois nesses locais os ovos também podem eclodir”, afirma Hage. DESTAQUES – A redução foi verificada em 19 estados e no Distrito Federal. Além disso, mesmo com registro de casos graves de dengue, os estados do Amapá, Tocantins, Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Alagoas, São Paulo e Paraná, não notificaram óbitos. TUBERCULOSE TERÁ PLANO DE CONTROLE E ATENDIMENTO QUALIFICADO Com o objetivo de aumentar o percentual de cura da tuberculose, a Secretaria Municipal da Cidadania determinou que seja elaborado um plano de controle da doença para ser implantado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Atualmente, o índice de cura é de 77% dos casos. A elaboração do plano ficará sob a responsabilidade da Gerência Executiva de Saúde e irá atender os requisitos do Ministério da Saúde, que preconiza a implantação de dois tipos de tratamento (autoadministrativo e supervisionado), realizado pelo Ministério da Saúde. “Essa portaria irá respaldar todo o trabalho que vem sendo feito pelos profissionais de saúde, garantindo ao usuário um atendimento qualificado e eficaz”, explicou o secretário da Cidadania, Francisco Carlos Carvalho. No ano passado, foram notificados 100 casos de tuberculose, sendo 84 pacientes novos, oito recidivos, quatro reingressos após abandono do tratamento, e quatro transferências de outros municípios. Entre as estratégias para controle da doença, uma série de medidas foram tomadas, como a capacitação permanente dos profissionais especializados e garantia de medicamento para todos os pacientes diagnosticados. Além disso, o município dispõe de dois laboratórios que realizam o exame de baciloscopia, para diagnóstico de tuberculose. Além disso, foi instituída a entrega de cestas básicas durante seis meses (período de tratamento da doença). O controle da doença conta também com o Sistema de Informação Laboratorial de Tuberculose, do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) no diagnóstico de tuberculose e HIV. O município envia semanalmente ao Ministério da Saúde todas as informações relativas à doença que é de notificação compulsória. O MOSSOROENSE MÉDICO FALA DO MILAGRE QUE A FÉ EM DEUS OPEROU EM SUA VIDA O médico ginecologista Gustavo Bisi, de Camboriú (SC), estará hoje em Mossoró para dar um testemunho da presença de Deus em sua vida. O profissional irá explanar sobre como a fé o ajudou a trilhar uma carreira de sucesso, tanto pessoal quanto profissional. A palestra faz parte de um evento promovido pela Associação dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno (Adhonep). O encontro terá início às 20h, no restaurante do Hotel Thermas, e constará de um jantar, seguido da apresentação do médico. De acordo com o presidente da Adhonep em Mossoró, Jansen Nogueira, o evento reunirá pessoas que acreditam em Deus, independente de religião, em um momento agradável de renovação espiritual. O testemunho de vida do médico é um incentivo para que os demais participantes possam reforçar a sua fé em Deus e acreditarem que Ele pode mudar a vida de qualquer um. Jansen Nogueira explica que a Adhonep é uma associação que reúne empresários, profissionais liberais e comerciantes em momentos de encontro com Deus. Semanalmente, os membros se reúnem e compartilham as experiências passadas durante a semana. “Em cada encontro, contamos nossas alegrias, tristezas, vitórias e obstáculos. Assim, ao compartilhar a vivência de cada associado com o grupo, ajudamos-nos um ao outro e alimentamos a esperança de dias melhores. Tudo dentro da palavra de Deus”, diz o presidente. Ele acrescenta que a cada dois meses, a associação promove jantares para a população, como o que haverá hoje. Jansen Nogueira informa que cada evento sempre se encerra com um testemunho de vida de uma pessoa bem-sucedida. “Com isso, nós incentivamos os empresários a buscarem estar cada vez mais perto de Deus”, reforça. O médico Gustavo Bisi informa que relatará, de maneira simples e descontraída, um pouco da história de sua vida e de como o encontro com Deus foi fundamental para mudanças positivas que aconteceram em sua caminhada. Para o profissional, a religião foi o divisor de águas em sua vida. E é essa mudança que ele quer passar para os participantes do evento. “Depois que a pessoa sentir o amor de Deus em sua vida, ela nunca mais será como antes”, ressalta. A Adhonep existe desde 1956 e possui sede em todo o mundo, onde propaga o lema “Sua Bandeira Sobre Nós é o Amor”. Jansen Nogueira destaca que somente no Brasil são 1.300 capítulos (filiais) da associação, sendo que a sede de Mossoró é o capítulo 135. Segundo ele, a associação não quer impor uma religião específica, mas, sim, fazer com que as pessoas experimentem o amor de Deus. SECRETARIA DA SAÚDE CAPACITA PESSOAL SOBRE PROTOCOLO DE AGROTÓXICOS Teve início na manhã de ontem, no auditório do Conselho Regional de Medicina, a 1ª Capacitação do Protocolo de Agrotóxicos. O evento promovido pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), através do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), tem o objetivo de capacitar médicos e enfermeiros do Estado que atuam em emergências e urgências de casos de intoxicações por agrotóxicos, no sentido de aprimorar a capacidade de diagnosticar, tratar e notificar os agravos sofridos pelos trabalhadores expostos a esses produtos. A capacitação está sendo ministrada pela coordenadora do Cerest de Minas Gerais, Jandira Maciel, uma das colaboradoras para construção do “Protocolo de Atenção à Saúde dos Trabalhadores Expostos a Agrotóxicos”, lançado em 2007 pelo Ministério da Saúde. Ontem, foram abordados os impactos dos agrotóxicos na saúde humana, visto que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxico do mundo, “devido ao uso elevado de agrotóxico, os riscos de intoxicações e agravos à saúde dos trabalhadores e consumidores preocupam, além da poluição causada no meio ambiente”. No Rio Grande do Norte, a coordenadora do Cerest/RN, Sidneide Ferreira, explicou que há uma subnotificação muito elevada por intoxicação por agrotóxico, o que significa que há casos, e que eles são tratados, mas os profissionais de saúde que recebem o paciente não fazem uma notificação sobre o agravo.”Queremos poder intervir e educar os trabalhadores e empregadores que trabalham com agrotóxicos, porque o Estado tem uma produção agrícola muito grande, para tanto esses casos precisam ser notificados”, concluiu. A capacitação sobre agrotóxicos, segue hoje, a partir das 8h30, no Conselho Regional de Medicina. Na oportunidade, serão tratadas as diretrizes para implantação do protocolo de agrotóxico na rede de saúde do RN, visando a melhoria da rede de atenção à saúde do trabalhador. JORNAL DE FATO GOVERNO ADMITE FALHAS NO CONTROLE DO VÍRUS DA GRIPE SUÍNA São Paulo, 9 (AE) – O sistema de vigilância sentinela do vírus da gripe suína no Brasil tem “falhas e descontinuidades” em “grande parte” da sua rede, segundo admite o Ministério da Saúde em protocolo contra a doença divulgado anteontem (8). O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, no entanto, havia dito nesta semana que a rede “em grande parte funciona”. Operado por Estados e municípios, o sistema tem 62 unidades que devem monitorar os tipos de vírus influenza (o vírus da gripe) circulantes para auxiliar na produção de vacinas e verificar se há novos tipos afetando a população. É muito importante no momento atual, em que o País poderá ter o vírus da nova gripe suína circulando em alguns meses. Até agora foram confirmados 977 casos no País. Para o monitoramento, cada uma das unidades deve coletar no mínimo cinco amostras de secreções de pacientes semanais para testes, além de registrar o número de atendimentos por gripe, por faixa etária, e comparar com o volume de outros atendimentos das mesmas faixas feitos por outras áreas. No entanto, segundo o documento do ministério, “a análise dos dados de atendimento e coleta registrados no sistema de informação (…) tem apontado para a necessidade de fortalecimento das ações preconizadas para esta vigilância, considerando que ainda há muitas falhas e descontinuidade das atividades em grande parte da rede e que esta é uma estratégia que pode captar casos de influenza pelo novo vírus de influenza A(H1N1) na comunidade.” Apesar do documento oficial falar em problemas em “grande parte” da rede, a pasta, via assessoria, informou nesta quinta-feira (9) que as falhas são da “minoria”, mas não forneceu os locais em que os problemas foram detectados nem concedeu entrevista. Informou apenas que existiriam falhas no número de amostras coletadas. AGENTES DE ENDEMIAS TRABALHAM SEM EPIS Os agentes de endemias denunciaram em assembleia da categoria o manuseio irregular dos inseticidas usados no combate à dengue em Mossoró. A reclamação ocorreu durante a reunião realizada ontem na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do RN (SINDSAÚDE). O presidente do Sindicato Regional de Mossoró, João Morais, afirma que a Gerência da Saúde não forneceu aos trabalhadores os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e não colocaram à disposição uma equipe médica para casos de intoxicação. Os trabalhadores já estão sofrendo reações alérgicas após o manuseio do produto químico. “Alguns dos agentes de campo já estão apresentando sintomas após aplicar o produto. Em poucos dias, várias pessoas estão apresentando reações como coceira, pele irritada, dor de cabeça. O produto acaba respingando nas mãos dos agentes, que espalham no cabelo ou no rosto”, afirma o sindicalista. O inseticida “Diflubenzuron” é classificado como altamente tóxico pelo laboratório “Sinon”, que fabrica o produto, sendo recomendado para ser utilizado no setor agrícola. “O novo produto fornecido pelo Ministério da Saúde é bem mais forte e perigoso”, diz João Morais. O inseticida começou a ser usado há uma semana no combate à dengue em Mossoró. De acordo com João Morais, o sindicato vai enviar um ofício na próxima semana à gerente executiva da Saúde, Jaqueline Amaral, reclamando que a Vigilância Sanitária havia informado que o novo material não traria risco à saúde. “Infelizmente não é o que está acontecendo”, reclama. “Queremos deixar claro que os agentes não estão se recusando a trabalhar com o produto, mas precisamos de segurança”, acrescenta. A reportagem do JORNAL DE FATO tentou entrar em contato com Jaqueline Amaral e com o chefe do Departamento de Vigilância à Saúde, Sodré Rocha, mas não obteve êxito. LICITAÇÃO O secretario da Cidadania, Francisco Carlos, informou, através da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, que o Governo Municipal vai finalizar um processo licitatório para a compra dos Equipamentos de Proteção Individual. A previsão é de que dentro de 30 dias os equipamentos sejam adquiridos. Agentes sofrem com efeitos da intoxicação Ao todo, são 147 agentes de endemias que saem em campo, divididos em dez turmas, e estão expostos aos perigos do material tóxico. O trabalho dos agentes é supervisionado por outros dez profissionais da saúde, que diluem e preparam a solução venenosa. “Acredito que os supervisores também não estão manuseando o produto com a proteção adequada”, afirma João Morais. Uma das “vítimas” da intoxicação é a agente Ana Lúcia. Ela trabalha há 11 anos na função e afirma que não tem alergia a nenhum produto químico, mas agora ficou com a pele irritada. “Já a partir do segundo dia de aplicação comecei a sentir coceira e os braços e pernas grossos”, afirma Ana Lúcia. A agente de endemia afirma que chegou a pedir ajuda ao chefe da Vigilância, Sodré Rocha, mas ele tinha orientado a procurar um dermatologista. “Precisei comprar um par de luvas para trabalhar, mas outros colegas estão sofrendo com tontura e mal-estar”, lamenta Ana Lúcia. CUIDADOS Devido à composição perigosa, a recomendação do Ministério da Saúde para a aplicação do inseticida Diflubenzuron aponta a seguinte vestimenta: macacão de algodão com mangas compridas por cima do punho das luvas e das calças das botas, avental, máscara, touca árabe, luvas e óculos de segurança com proteção lateral. CORREIO DA TARDE CARLOS EDUARDO FALTA DE NOVO À SESSÃO E VEREADORES VÃO À JUSTIÇA Depois de mais uma falta do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), ao plenário da Câmara Municipal de Natal (CMN), para prestar esclarecimentos à Comissão Especial de Inquérito (CEI) dos medicamentos, na manhã de hoje, os vereadores que participam da investigação decidiram acionar a Justiça para garantir o depoimento do pedetista. Na reunião de hoje, os parlamentares contestaram, mais uma vez, a justificativa dada pelo ex-prefeito para não comparecer à Casa Legislativa. O presidente da Comissão, vereador Hermano Morais (PMDB), ao abrir os trabalhos, reforçou a isenção das investigações e disse que forneceu todos os documentos que constam nos autos do processo aos advogados do ex-prefeito, diferentemente do que foi escrito por Carlos Eduardo, em carta enviada à CEI, na última segunda-feira (6). O vereador Heráclito Noé (PPS), membro da Comissão, leu, em plenário, dois documentos publicados hoje no Diário Oficial do Município, que desmente a suposta sonegação de documentos. “Esta Comissão nunca se negou a fornecer qualquer cópia de documentos que estejam nos autos do processo. Tanto é que enviamos todos os dados a Carlos Eduardo”, disse o vereador. Ao tomar a palavra novamente, Hermano Morais afirmou que os argumentos de Carlos Eduardo para não prestar depoimento não tinham consistência. Ele informou que os documentos, aos quais Carlos não teve acesso, são somente os que foram recebidos pela CEI após a entrega das cópias. “Após a ausência da última segunda-feira, ele poderia ter solicitado a cópia dos documentos que por ventura ele ainda não teve acesso, mas preferiu não vir novamente”, declarou. O peemedebista também enfatizou que as últimas atitudes do ex-gestor da capital só mostram a necessidade do depoimento dele. “A postura do ex-prefeito de se negar, sem justificativa plausível, a ajudar a esclarecer os fatos, com seu depoimento como testemunha. É lamentável essa atitude. Não nos resta outro caminho, agora, a não ser acionar a Justiça”, lamentou. De acordo com o presidente da CEI, os parlamentares não deixarão que Carlos Eduardo prejudique o rumo das investigações. “É frustrante essa insistência do ex-prefeito. Além de ter acesso aos documentos, permitimos que ele tirasse as cópias em uma empresa de sua família. Os autos do processo continuam à disposição dele, na hora que precisar”, ofereceu o parlamentar. Composta por Hermano e pelos vereadores Ney Júnior (DEM) – vice-presidente; Albert Dickson (PP) – relator; Paulo Wagner (PV) e Heráclito Noé (PPS), a CEI investiga irregularidades na aquisição, acondicionamento e distribuição de medicamentos, por parte da Secretaria Municipal de Saúde, nos anos de 2007 e 2008, período em que Carlos era prefeito. Até o momento, foram ouvidos 37 depoimentos. A previsão era para que o relatório final fosse apresentado até 18 de julho. No entanto, com a resistência do pedetista em comparecer à Câmara para prestar depoimento, a conclusão do inquérito deverá ser adiada. Ney Júnior prevê convocação judicial do ex-prefeito para, no máximo, 15 dias Ao comentar a segunda desobediência do ex-prefeito à convocação da CEI, o vereador Ney Lopes Júnior, que é advogado, fez uma previsão de, no máximo, 15 dias para que a convocação judicial de Carlos Eduardo seja efetivada. Ele explica que esse tempo máximo só ocorrerá se o ex-chefe do executivo municipal recorrer da provável medida cautelar que será solicitada pela Câmara para garantir seu depoimento. O democrata também adiantou que, caso não haja com espontaneidade e vá ao plenário prestar esclarecimentos à Comissão, após ser convocado pela terceira vez, o ex-prefeito poderá ser conduzido ao local do depoimento por agentes da Polícia Militar. “A Justiça poderá usar foca judicial, para que o depoimento seja tomado”, advertiu o parlamentar. Além do vice-presidente da CEI, o procurador da CMN, Heriberto da Costa Neves, também comentou o pedido a expectativa para a decisão judicial. “Hoje ou amanhã estaremos entrando com um pedido de medida cautelar para fazer valer a decisão da CEI. O juiz deverá obedecer à lei, que garante esse recurso às CEI’s. Então, esperamos conseguir a intervenção judicial o mais breve possível”, declarou. O procurador explicou que o pedido pode ser feito em qualquer vara criminal e que conta com respaldo jurídico legal para tanto. De acordo com a lei, disse ele, após duas faltas sem justificativa plausível, o depoente pode ser convocado a comparecer obrigatoriamente à Casa Legislativa. FALTA DE CONDIÇÕES PREJUDICA ATENDIMENTO DE PACIENTES DO HOSPITAL JOÃO MACHADO A mudança provisória do pronto-socorro psiquiátrico do Hospital Psiquiátrico Dr. João Machado, o qual permanece interditado, para o Hospital dos Pescadores, localizado no bairro das Rocas, zona leste da capital potiguar, cujo atendimento é voltado para a urgência clínica e pediátrica, tem causado vários transtornos tanto para os funcionários quanto para os pacientes que procuram atendimento no pronto socorro das Rocas. Devido a problemas na infraestrutura do prédio, o Hospital dos Pescadores havia sido interditado para reparos ainda no mês de maio. Com a conclusão das obras, o hospital, além de voltar a funcionar com a demanda apertada devido o fechamento de outras unidades de saúde do município, teve que receber o pronto socorro psiquiátrico do Hospital João Machado, que também se encontra interditado devido à falta de estrutura. De acordo com o diretor do Hospital dos Pescadores, Josenildo Barbosa, a situação é provisória. “Recebemos a recomendação de acomodar os profissionais do hospital psiquiátrico por um tempo, apenas para o serviço de pronto atendimento”, afirma o diretor. No entanto, várias medidas tiveram que ser tomadas. O Hospital dos Pescadores não comporta os 11 funcionários plantonistas, nem a demanda dos pacientes psiquiátricos. O local para o pronto atendimento dos pacientes com distúrbios mentais foi improvisado na Sala de Observação Feminina do prédio, com apenas sete leitos. Agora, as pacientes que precisam de observação, ficam na mesma ala que os homens, devido à falta de espaço. O número de consultórios no Hospital dos Pescadores está sendo dividido para os dois prontos socorros e os funcionários de plantão precisam disputar as vagas da Sala de Repouso por causa do grande número de funcionários presentes no local. Aliado a esses problemas, os pacientes que procuram o Hospital das Rocas se sentem receosos com a forma cujos pacientes psiquiátricos são tratados. “Esses pacientes, pela sua natureza, muitas vezes precisam de uma abordagem diferente por parte da equipe de profissionais”, explica Barbosa. O diretor revela que vários pacientes precisam ser até imobilizados, o que causa assustando e espantando quem espera pelo atendimento clínico ou pediátrico. Para o diretor Josenildo Barbosa, o Hospital dos Pescadores não tem condições de manter esta situação por um logo período. No entanto, ainda não há nenhuma resposta por parte da Secretaria Estadual de Saúde Pública, nem do município. “Acreditamos que a situação irá se consertar, mas ainda não chegou nenhum comunicado oficial”, revela o diretor. Profissionais não aceitam medida A classe dos profissionais da saúde também reivindicou contra a medida do poder de público de transferir o pronto socorro do Hospital Psiquiátrico João Machado para o hospital das Rocas. Na manhã de hoje, militantes do Sindsaúde se reuniram no largo Rua João Pessoa, centro de Natal, para debater a situação da psiquiatria no Rio Grande do Norte. De acordo com a diretora do Sindsaúde, Sônia Godeiro, a intenção do Governo é repassar o atendimento psiquiátrico para o Município. “Há 20 dias que esse pronto socorro está funcionando no lugar da clínica médica. O governo quer passar a responsabilidade para a Prefeitura, mas se nem os postos de saúde não funcionam, como o hospital psiquiátrico vai funcionar?”, indaga Sônia Godeiro. A reivindicação do Sindicato é que o pronto atendimento seja implantado nas instalações do anexo do João Machado, onde funcionava a clínica médica do Hospital Walfredo Gurgel. Segundo Sônia Godeiro, os 71 pacientes que estavam internados sob responsabilidade do Walfredo Gurgel foram transferidos para outros hospitais da rede pública e provada da Grande Natal. “Só aceitamos que o município seja responsável pelos atendimentos psiquiátricos caso seja dada toda a infraestrutura, como a construção de um Hospital Psiquiátrico e a contratação de novos profissionais”, aponta Sônia. Após a manifestação, os militantes seguiram para a Sesap a fim de tentar falar com o secretário da Saúde do Estado, George Antunes. OFICINA VAI DISCUTIR REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO RN O Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), realiza dias 13 e 14 uma oficina destinada à pactuação de compromissos para regionalizar a saúde do Rio Grande do Norte e implementar redes de atenção à saúde. O evento ocorrerá a partir das 8h, no auditório do Centro de Formação Pessoal (Cefope), na Avenida Alexandrino de Alencar, no bairro de Tirol, em Natal. Tendo como foco discutir a operacionalização das redes de atenção do RN, a oficina possui a finalidade de pactuar compromissos e ações para o desenvolvimento do “Território Integrado de Atenção à Saúde’, que irá otimizar o fluxo do usuário aos serviços de saúde nas oito regiões que compõem o Estado. Segundo a coordenadora de Promoção à Saúde da Sesap e também articuladora do processo de regionalização do RN, Celeste Rocha, o evento representa um grande avanço para o SUS no Estado, especialmente devido à instituição dos colegiados de gestão regional, instâncias de negociação e decisão para a implementação das redes de atenção à saúde. Participarão da oficina representantes do Ministério da Saúde, do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da UFRN, Conselho de Secretários Municipais de Saúde do RN (Cosems), além dos técnicos da Sesap que atuarão junto aos colegiados de Gestão Regional do Estado. A Sesap terá assento nos Colegiados de Gestão Regional com 32 representantes. HOSPITAIS DEVEM VIABILIZAR TRANSPLANTES O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF), por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, encaminhou recomendações a 12 hospitais e a oito clínicas de hemodiálise de todo o estado. A recomendação tem o objetivo de minimizar as dificuldades operacionais na realização de transplantes de rim e múltiplos órgãos do estado. A procuradora regional dos Direitos do Cidadão Caroline Maciel recomenda aos hospitais o cumprimento da Portaria nº1262/2006 do Ministério da Saúde, que determina a apresentação mensal dos relatórios de atividades à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos. Os hospitais devem fornecer a composição da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecido para Transplante, com a apresentação dos responsáveis pela equipe de diagnóstico de morte cerebral. Para o MPF/RN, há indícios de que hospitais e clínicas não estão cumprindo as determinações do Ministério da Saúde e da Anvisa. “A Central Estadual de Transplantes enfrenta uma série de dificuldades para operacionalizar os transplantes de rim e múltiplos órgãos no Rio Grande do Norte. Há precariedade no desempenho dos serviços de saúde necessários à captação e realização dos transplantes, por parte dos hospitais”, alerta a procuradora Caroline Maciel. Com relação às clínicas de diálise e hemodiálise, a recomendação tem por objetivo garantir o cumprimento da resolução da Anvisa, que determina o prazo de 90 dias, após o início do tratamento de hemodiálise, para que a clínica apresente ao paciente a opção de inscrição na Central de Notificação, Capacitação e Distribuição de Órgãos. A recomendação estabelece um prazo de 10 dias para que as clínicas enviem ao MPF os documentos que comprovem que os pacientes receberam a informação de que podem se inscrever na Central de Notificação, Capacitação e Distribuição de Órgãos e o número daqueles que fizeram a referida opção, discriminando os inscritos. Já os estabelecimentos hospitalares têm o prazo de 10 dias para comprovar as notificações dos diagnósticos de morte encefálica feitas, nos últimos dois anos, à Central de Notificação de Transplantes. SINDSAÚDE PROMOVE ATO PÚBLICO PARA PEDIR AGILIDADE NA REFORMA DO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO JOÃO MACHADO O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) promoveu um ato público hoje pela manhã, em frente ao prédio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) em prol da boa manutenção da saúde psiquiátrica do estado, que vem sofrendo desde que a sua única unidade de referência, o Hospital Psiquiátrico João Machado, foi interditada há três semanas. Estiveram presentes no local sindicalistas e servidores do HJM, pedindo, principalmente, pela reativação do pronto-socorro da unidade. Atualmente, ela está funcionando no Hospital dos Pescadores, em apenas duas salas e com sete leitos disponíveis para uma média de 20 pacientes, que são atendidos diariamente. Os servidores plantonistas do João Machado que prestam atendimento no Hospital dos Pescadores classificaram essa situação de “insustentável” e sinalizaram com uma possível paralisação, caso a Sesap não tome providências emergenciais. Eles sugerem que o espaço da Clínica Médica do Walfredo Gurgel seja usado como pronto-socorro, já que está desocupado e não será mais usado para relocação dos pacientes da ala masculina. As associações que representam esses profissionais também já foram oficialmente informadas das condições precárias de trabalho a que estão sendo submetidos. O titular da Coordenadoria de Operações de Hospitais e Unidades de Referências (COHUR), José Renato, disse que a clínica servirá como uma ala especial, para a qual ainda estão sendo feitos estudos que irão decidir que especialidade será direcionada para lá. Ele não falou sobre uma possível volta do pronto-socorro do HJM à sua própria estrutura. De acordo com o diretor do Sindsaúde/RN, Paulo Martins, o outro objetivo do ato público é repudiar a possível ação do estado de municipalizar a saúde psiquiátrica. “Eles simplesmente jogaram o pronto-socorro do João Machado para o Hospital dos Pescadores, sem nenhum apoio. Querem repassar a urgência e emergência para o município. Se o município não consegue nem agüentar o que já é de sua responsabilidade, vide o caos na saúde, como vai conseguir dar o tratamento correto para os pacientes do estado? Nenhum funcionário do estado quer ir para o município também, está todo mundo contra essa medida”, alegou. Mas, de acordo com o secretário adjunto da Sesap, João Albérico, o que se pede do município é apenas que eles cumpram com a sua responsabilidade de manter as unidades básicas funcionando corretamente. Essa medida irá refletir imediatamente na superlotação dos hospitais da rede estadual, que irá diminuir gradativamente, caso o usuário do SUS receba um bom tratamento da rede básica. Os servidores do HJM se reuniram ontem para discutir se paralisavam ou não as atividades, como forma de pressionar a Sesap para que essa dê maior agilidade às obras de reforma da unidade psiquiátrica. Eles decidiram que, por enquanto, não param, mas convidaram diversos órgãos reguladores e fiscalizadores para visitar o Hospital dos Pescadores. Com isso, eles querem que órgãos como o Conselho Regional de Medicina (que mantêm a decisão de interditar toda a estrutura do HJM), se certifiquem de que a estrutura oferecida pela unidade das Rocas é ainda mais precária que a que o HJM tem a oferecer. Assessoria de Comunicação do Cremern Telefone: 4006-5357 Contatos: Casciano Vidal: 9990-1473 Ana Carmem: 9911-6570

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