TRIBUNA DO NORTE SAÚDE MENTAL NO RN VIVE SITUAÇÃO DE CAOS Ações judiciais e a interdição de um hospital abriram, no decorrer deste mês, feridas já existentes na prestação dos serviços de saúde a pacientes com transtornos mentais, que chegam a 26 mil doentes no Rio Grande do Norte, segundo estimativa da Associação das Famílias de Doentes Mentais. “È o número que temos cadastrados”, diz o seu presidente, Ailton Torres, que tem um parente nessas condições. A despeito da interdição ocorrida no Hospital João Machado, a finalidade de recuperar a sua infra-estrutura e melhorar o atendimento aos pacientes, Ailton Torres que antes mesmo disso, muitas famílias tinham de esperar por uma vaga de leito hospitalar. Quando os pacientes lá chegam, diz ele, “ficam aguardando até dez dias” para serem internados. Torres explica que os pacientes e parentes ficam no hospital, sem poderem voltar às suas casas, o que passou a ocorrer depois da tragédia envolvendo o pedreiro Evânio Fernandes da Silva, que há um ano e sete meses, depois de acometido de um surto de transtorno mental, acabou incendiando sua casa e matando dois filhos no Planalto, na Zona Sul de Natal. “Os pacientes graves que recebem o primeiro atendimento, ficam lá esperando por um leito”, continuou ele. JOVEM DE 20 ANOS É NOVA VÍTIMA DA GRIPE, DIZ SECRETÁRIO MUNICIPAL A nova gripe teria causado mais uma morte no Rio Grande do Sul. Um jovem de 22 anos, morador de São Sebastião do Caí (RS), morreu na noite de sábado (24), em um hospital de Montenegro (RS). Com a confirmação do caso, sobe para 12 o número de óbitos causados pela doença no estado e para 34 no país. Outros casos foram registrados em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Segundo o secretário de Saúde de São Sebastião do Caí, Fernando Cofferri, o rapaz foi internado pela primeira vez, em um hospital particular da cidade em que morava, em 11 de julho, com sintomas da nova gripe. Ele apresentou piora e foi encaminhado ao hospital de Montenegro na madrugada do dia 13, onde permaneceu internado. Cafferri informou que o resultado do exame que confirmou o diagnóstico saiu em 17 de julho. Fonte: G1 GRIPE SUÍNA IMPULSIONA PROCURA POR VACINA CONTRA GRIPE COMUM A vacinação contra a gripe sazonal (comum) teve um crescimento significativo neste ano nas clínicas particulares de todo o País. No Rio de Janeiro, houve um incremento de 400% em junho em relação ao mesmo período do ano passado. No Rio Grande do Sul, foi registrado aumento de até 300% no mês de julho. Também no mês de julho, São Paulo teve crescimento de 104%. Essa tendência, segundo especialistas, está relacionada ao fato de a gripe suína estar em evidência nos meio de comunicação. De acordo com eles, a maioria das pessoas que busca a vacina tem consciência de que ela não protege contra a gripe suína. De acordo com a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Associação Brasileira de Imunizações e diretora médica da Vaccini, rede de clínicas de vacinação no Rio de Janeiro, a vacina contra a gripe comum nesse período de pandemia da gripe suína ajuda a reduzir a circulação do vírus sazonal e ajuda na diferenciação do diagnóstico. A indicação do Ministério da Saúde referente à vacina contra o influenza sazonal é vacinar a população de 60 anos e mais, que são pessoas mais vulneráveis às complicações por gripe. Para definir esses grupos, são observados critérios epidemiológicos e estudos científicos. Segundo o órgão, “não existe nenhum estudo científico que corrobore a orientação mencionada”. GRIPE SUÍNA CHEGA AO PALÁCIO DE BUCKINGHAM A gripe suína chegou ao Palácio de Buckingham, residência oficial da rainha da Inglaterra, Elizabeth II, informa neste domingo a imprensa britânica. Segundo o dominical News of the World, dois funcionários do palácio foram contaminados pelo vírus AH1N1, mas ninguém da Família Real ficou doente. Um terceiro caso da doença foi registrado no Castelo de Windsor, que fica nos arredores da capital britânica e onde Elizabeth II e os familiares costumam passar o fim de semana. Preocupada, a rainha, de 83 anos, deu ordens para que os palácios reais sejam rigorosamente higienizados. Ela também reforçou aos serventes e assessores que estes devem seguir os conselhos do Serviço Nacional de Saúde (NHS) para evitar a propagação da gripe. Uma das pessoas contaminadas pelo vírus AH1N1 no Palácio de Buckingham trabalha na cozinha, preparando alimentos, destaca o News of the World. No início desta semana, o príncipe Andrew, segundo filho de Elizabeth II e do príncipe Phillip, teve que cancelar uma visita a uma fábrica inglesa devido a um suposto foco da doença. Fonte: EFE GRIPE SUÍNA JÁ MATOU 800 PESSOAS NO MUNDO Genebra (AE) – O vírus da gripe A H1N1 já pode ser encontrado em quase todos os países do mundo, informa a Organização Mundial da Saúde (OMS). “O vírus continua a se espalhar; 160 dos 193 países membros da OMS já registraram casos, então estamos chegando perto dos 100%”, disse Gregory Hartl, porta-voz da entidade. Hartl acrescentou que o vírus da gripe suína, que a OMS declarou ser uma pandemia em junho, resultou em cerca de 800 mortes. Porém, ele disse que não é possível dar o número de mortos pelo vírus, já que “não temos uma numerador e um denominador exatos”. Na semana passada, a OMS parou de divulgar o número de infectados em todo o mundo, mas a agência continua a observar o surgimento do vírus em novos territórios. Hartl disse também que muita coisa sobre o vírus ainda é desconhecida. “Nós não sabemos como o vírus vai mudar daqui para frente”. Outra incógnita é como o vírus vai se comportar no inverno do hemisfério norte, tendo em vista que ele surgiu durante a primavera nesta parte do mundo. O diretor-geral assistente da OMS, Keiji Fukuda, disse sexta-feira que a doença ainda está em seu estágio inicial, apesar de os relados de que mais de 100 mil novas pessoas foram infectadas apenas na Inglaterra no último final de semana serem plausíveis. Segundo Fukuda, tendo em vista o tamanho da população mundial, o vírus A H1N1 deve se espalhar ainda por um bom tempo. A OMS havia previsto, anteriormente, que 2 bilhões de pessoas poderiam ser infectadas pelo vírus nos próximos dois anos. “Mesmo se tivermos centenas de milhares de casos ou apenas alguns milhões de casos…estamos relativamente no início da pandemia”, disse Fukuda em entrevista no centro de operações da OMS em Genebra. A agência mundial de saúde parou de pedir que os governos informassem os novos casos na semana passada, dizendo que o esforço é muito grande, agora que a doença tornou-se tão comum em alguns países. Autoridades britânicas disseram que ocorreram novas 100 mil infecções apenas na Inglaterra no último final de semana. Nos Estados Unidos, autoridades de saúde estimam que o número de casos passou da casa de 1 milhão. Esses dados superam os 130 mil casos confirmados pela OMS em todo o mundo desde o início do surto. “Nós sabemos que o número total de casos confirmados em laboratório é apenas uma fração do número total de casos”, disse Fukuda. Ele também disse que não deve haver dúvidas sobre a segurança das vacinas para gripe suína antes de serem administradas ao público. Bate-papo: Edimilson Migowski – Infectologista O senhor concorda com a política do Ministério da Saúde de só medicar os casos graves? Eles pegaram o medicamento todo, tiraram das farmácias e clínicas particulares. Agora só disponibilizam para os casos graves e se esquecem de quem não é de risco, mas pode agravar subitamente. No início, estavam medicando todos os casos de H1N1, esquecendo-se das outras gripes. O Ministério alega que não quer estimular a automedicação porque pode criar uma cepa resistente. Mas o Tamiflu (oseltamivir) é tarja vermelha e, portanto, só pode ser vendido com receita. Que outras críticas o senhor faz em relação à atuação do Ministério da Saúde? O ministro insiste em dizer que a gripe A tem igual letalidade a gripe comum. No início da epidemia, quando todos receberam o medicamento e, em sua maioria, não tinham outros fatores de risco porque tinham condições de viajar, o porcentual de letalidade foi baixo. Mas eles não representam o perfil da população brasileira, que é composto por pessoas com menos de dois anos, diabéticas, com problemas e que nem sempre têm acesso a medicamento. O país está preparado para a pandemia? O alerta foi em abril, há quatro meses. O tempo todo o ministro dizia que estava preparado e agora, com a epidemia comendo solta, vemos que o País está longe de conseguir atender à toda população. Ao mesmo tempo em que o ministro diz que é uma gripe comum, obriga um avião comercial a descer em Brasília porque tinha um paciente com gripe e propõe o adiamento da volta às aulas nas escolas. A população fica doida sem saber se a situação é grave ou não. Concordo com a OMS de que a letalidade dessa gripe é maior, mas o ministro da saúde até agora não admitiu essa possibilidade. . AE – Qual é o cenário daqui para a frente? As ondas de influenza duram cerca de 6 semanas. Pode ser que, com o tempo esquentando e as escolas adiando a volta às aulas, entremos num período de calmaria daqui a duas ou três semanas. Aí teríamos que nos preocupar de novo só no ano que vem Por que a população está tão insegura? O Ministério da Saúde está informando mal. Tem que definir melhor o que é caso grave e dar autonomia ao médico para ele prescrever o medicamento. O caminhoneiro que morreu no Rio Grande do Sul tinha 28 anos, não se encaixava no perfil de risco e evoluiu para óbito. De quem é a culpa? Do médico que diagnosticou mal? Raramente os sintomas nas primeiras 48 horas (quando o remédio faz mais efeito) são graves. UTI DO VARELA SANTIAGO FICA ABERTA MAIS UM MÊS A direção do Hospital Infantil Varela Santiago (HIVS) deu um prazo de mais um mês à Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) para que se encontre uma solução para os salários da equipe de médicos intensivistas (ou plantonistas) que atuam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição. Em uma reunião, ontem de manhã, o secretário George Antunes ouviu do diretor superintendente, Paulo Xavier, e da diretora médica, Penha Paiva, do HIVS, que caso o impasse não se resolva até o dia 31 de agosto a UTI fechará as portas para atendimento. Ficou definido, de antemão, que a Sesap vai estudar uma alternativa de como aumentar o repasse financeiro do Varela Santiago. Já há um consenso de que as gratificações que já recebem os médicos que atuam na rede pública não podem podem ser destinados aos que atuam em instituições filantrópicas. A médica Ariete Gibson, plantonista ontem à noite na UTI do Hospital, explicou que os profissionais do Estado serão devolvidos à Secretaria de Saúde. “De acordo com o que foi acordado hoje de manhã (ontem) a Sesap vai ampliar os recursos e o próprio Hospital deve contratar uma nova equipe de médicos”, observou. Ela enfatizou a dificuldade destes médicos permanecerem no HIVS, uma vez que os plantões na rede estadual já irão preencher a carga horária da qual dispõem. “A equipe vai mudar com certeza”, frisou, lembrando que a principal preocupação no caso de fechamento da UTI é a falta de uma nova estrutura que possa receber os pacientes que necessitam de internação. O Hospital Maria Alice Fernandes, alerta, está com todos os leitos lotados. O anúncio de fechamento da UTI pediátrica do Hospital Infantil Varela Santiago (HIVS) já ocasionou em um inquérito civil (através da portaria de n.º 008/2009) da 47ª Promotoria de Justiça. Governo do Estado e Prefeitura de Natal receberam recomendação de n.º 012/2009, para que adotem as medidas necessárias com fim de evitar a suspensão do serviço, o que, se fato consumado, poderá ocasionar na paralisação da realização de neurocirurgias pediátricas, oncológicas e de alta complexidade. A promotora de Saúde municipal, Iara Pinheiro, deu um prazo de cinco dias para que as entidades se pronunciem. A prefeitura de Natal acenou com um aumento nos recursos que são encaminhados mensalmente. A secretária Ana Tânia autorizou a realização de um aditivo, no valor de R$ 80 mil, referente ao débito vencido da PMN com o hospital, e anunciou que o teto para o pagamento das internações do município vai aumentar de R$ 350 mil para R$ 485 mil. O contrato da PMN com a unidade hospitalar infantil corresponderá, por um período de um ano, a R$ 5.823.585,44 milhões, sendo a primeira parcela no valor de R$ 668.632,12 mil (incluindo-se aí os R$ 80 mil do aditivo) e as demais (onze no total) divididas igualmente em cifras de R$ 468.632,12 mil. Segundo Torres, atualmente a AFDM conta com 30 famílias associadas e vem realizando um trabalho de conscientização e orientação a famílias que têm pacientes com transtornos mentais. Ele critica, por exemplo, a política de implantação dos Centros de Atenção Psicossocial do governo estadual, porque no caso do CAPS III, destinado ao atendimento 24 horas, a previsão é de ter apenas oito vagas. “Vai ser uma porta de saída para os doentes mentais”, questionou ele. Ele também se queixa que a Central de Regulação subordinada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também não funciona como deve ser, pois, mesmo que o paciente seja cadastrado no João Machado, de onde sai a informação para a Central dizer se tem vaga em qualquer uma das unidades de referência no tratamento de doentes mentais, “passa-se dias aguardando a abertura de uma vaga, embora se saiba que ela existe”. O presidente da Federação Nacional dos Médicos para a Região Nordeste e preside da Comissão de Saúde Mental na instituição, psiquiatra Edson Gutemberg, diz que “infelizmente a gente diz isso, com o coração quase sangrando”, a assistência à saúde mental vive realmente um caos. “Se a saúde de um modo geral não vai bem, a saúde mental ficou relegada a um segundo plano”, diz ele, com relação a política públicas na área de psiquiatria por parte do poder público: “Não sei se por preconceito ou porque as pessoas entendem que pacientes psiquiátricos não morrem”. Edson Gutemberg disse que o transtorno mental não causam diretamente a morte dos pacientes, que tem de conviver com a doença, de outro modo levam a um custo material também muito grande, com a demanda de recursos financeiros para o país, além do “sofrimento individual tanto para o paciente como para a sua família”. Gutemberg faz parte da corrente dos psiquiatras que devem a manutenção dos hospitais destinados a internamentos de pacientes com transtornos mentais. “Não vai ser por decreto que vai acabar com isso, mas através do avanço da Ciência”, disse ele, citando o exemplo de patologias como a tuberculose ou da lepra, que antigamente precisava de hospitais específicos mas, hoje os doentes podem ser tratados em casa. Falta qualidade nos serviços oferecidos aos pacientes Mais dramático do que não ser ou ser mal atendido, são os traumas e as dificuldades que muitas famílias, algumas sem as mínimas condições socioeconômicas, experimentam com parentes em situação de transtorno mental. Casos como o da dona-de-casa Luciene Rodrigues Freire, a viúva do pedreiro Evânio Fernandes da Silva, que aos 32 anos, na madrugada de 31 de janeiro do ano passado ateou fogo em sua casa, no Planalto, e matou dois filhos, Evandro Jeferson, de dois anos e dois meses, e a pequena Eloisa Fernandes da Silva, de um ano e meio. Três dias depois o pedreiro, que foi linchado por populares, morreu no Hospital Walfredo Gurgel. Atualmente, Luciene Rodrigues atua como voluntária na Associação das Famílias dos Doentes Mentais (AFDM), que funciona, numa sala cedida pela direção, na Casa de Saúde Natal, no Tirol. Até hoje, ela não consegue dormir “sem tomar remédios controlados” e não esquece a tragédia que acometeu a sua família: “Revejo minha história sempre”. Luciene Rodrigues ainda lamenta que, na época da tragédia o seu marido, que nunca tinha passado por transtornos mentais “era a primeira vez” – não tenha recebido o atendimento adequado, porque depois de chegar ao Hospital João Machado, foi sedado e em seguida mandado de volta para casa. Para ela, muitas vezes as famílias dos doentes mentais são acusadas de maus tratos, quando na maioria das vezes, quando prendeu um parente em casa, “é porque querem evitar o pior. Segundo ela, se soubesse, como conhece bem, o que é um transtorno mental, não teria medido esforços “para trancar meu marido” em casa e não acontecer, continuou ela, o que ocorreu com a sua família. Segundo ela, hoje a sua filha do primeiro casamento que já tinha perdido o pai doente de câncer aos 10 anos e presenciou a morte dos irmãos, “está traumatizada, não quer saber de sua psiquiatra” e nem à escola que ir mais. Aos 14 anos, vive em casa trancada, não quer saber de médico: “Hoje a psiquiatra dela sou eu”, disse Luciene, que sobrevive com um salário mínimo do trabalho que conseguiu na Clínica Heitor Carrilho, com a ajuda da Associação. Na rua Presidente Costa e Silva, nº 195-A mora uma família de 12 membros, entre os quais dois doentes mentais. Tereza Pereira de Jesus cuida, com a ajuda do marido subempregado, de um irmão e uma cunhada e só não passa mais dificuldades porque o irmão doente passou a receber, há uns três meses, um benefício social: “Agradeço muito a ajuda da Associação das Famílias dos Doentes Mentais”, disse ela. Teresa de Jesus fala das dificuldades que têm para conter o irmão, de 44 anos, “que se não prender em casa, foge e ameaça as pessoas que passam na rua”. Segundo ela, o irmão sofre de transtorno mental desde a infância e acredita que as dificuldades aumentam, porque não consegue internar o irmão, ainda mais agora com a interdição do João Machado. Município vai reestruturar os Caps A secretária municipal de Saúde, Ana Tânia Sampaio, já avisou na semana passada, que até o fim do ano a rede de cuidados de atenção em Saúde Mental ficará a cargo do município. As ações serão, segundo ela, a curto, médio e longo prazo com vistas a priorizar a reestruturação e potencialização dos Caps – Centros de Atenção Psicossocial. “Com parcerias e decisão política podemos avançar”, frisou a secretária, durante reunião na SMS com os profissionais da Saúde Mental, no dia 22. A Secretaria Municipal de Saúde vai transformar dois Centros de Atenção Psicossocial – CAPS II em Caps III; implantar um Caps III no Distrito Sanitário Norte; qualificar os ambulatórios; e instalar três residências terapêuticas O Caps II que atende em regime semi – aberto usuários com transtornos mentais, psicose e neuroses graves; será ampliado para oferecer serviços 24 horas com Caps III com ampliação de 8 leitos para cada serviço. “A eficácia da ampliação dos serviços só será possível com a rede articulada com as ações básicas de saúde (PSF), unidade básica, ambulatório de saúde mental, as urgências e emergências e disponibilidade do Onofre Lopes”, destacou Ana Tânia, enquanto negocia com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) e o Hospital Universitário Onofre Lopes – HUOL a abertura de leitos em hospitais gerais. A coordenadora estadual do Programa de Saúde Mental, Liege Uchoa, explica que a responsabilidade do governo nessa área, é de implementar as políticas públicas, inclusive a capacitação de recursos humanos. Segundo ela, a crise no Hospital João Machado veio mostrar, exatamente isso. DIÁRIO DE NATAL VOO INFECTADO Uma passageira com sintomas da gripe AH1N1 foi detectada em avião que ia de Brasília e Goiana a Recife Os 151 passageiros do voo 1877 da Gol, que partiu ontem de Goiana (GO) e Brasília (DF) com destino ao Recife tiveram que esperar por mais de uma hora para descer da aeronave. Durante o voo, a tripulação identificou uma passageira com os sintomas da gripe AH1N1. A aeronave pousou no Aeroporto Internacional do Recife – Guararapes/Gilberto Freyre, por volta das 12h desse domingo. A tripulação acionou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e todos os passageiros tiveram que aguardar o resultado da inspeção antes de serem liberados. Seguindo o protocolo do Ministério da Saúde, eles passam a ser monitorados a partir de agora. A passageira de 26 anos, natural do Acre, foi levada pela ambulância da Infraero para o Hospital Oswaldo Cruz, referência no tratamento da gripe. Mas não ficou internada. Recebeu atestado para permanecer em isolamento domiciliar. Doente foi ao encontro da família em JP Como não é pernambucana e não tem parentes no Recife, ela pediu autorização para viajar para João Pessoa, onde tem familiares. De acordo com o setor detriagem do Hospital Oswaldo Cruz, a paciente foi orientada, conforme indicação da Vigilância Sanitária, para viajar de carro particular ou ônibus, desde que use máscara e permaneça em um assento isolado dos demais passageiros. A paciente informou que esteve na Bolívia, na última quarta-feira. “Sabemos também que ela passou por São Paulo, mas só teve os sintomas identificados durante esse voo para o Recife”, revelou a coordenadora da Anvisa no estado, Milca Adegas A mesma aeronave, depois de passar por um processo de descontaminação, embarcou para o Rio de Janeiro. O voo inicial estava previsto para às 14h45, mas o embarque só ocorreu às 15h20. Os passageiros foram informados que o avião havia passado por uma higienização, mesmo assim preferiram usar máscaras durante a viagem. De acordo com Adegas, foram substituídos os alcochoados da poltrona usada pela paciente, das duas poltronas da frente da dela, das duas de trás e mais as cinco de lado. As outras foram limpas com álcool a 70 graus. Os passageiros que estavam nesses assentos vão ser monitoradas de perto pela Anvisa. “É o procedimento padrão. Não havia mais risco de contaminação”, explicou Milca. Gripe A // NÚMERO DE MORTOS SOBE PARA 38 São Paulo – O número de mortos pela gripe suína no Brasil subiu oficialmente para 38 depois da confirmação de mais quatro falecimentos devido à doença no Rio Grande do Sul. O secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, disse em entrevista coletiva que cinco mortes provocadas pelo vírus A(H1N1) ocorreram entre os dias 16 e 25 de julho nas cidades de Caxias do Sul, Uruguaiana, Montenegro e Passo Fundo, sendo dois falecimentos apenas nesta última. As vítimas são duas mulheres grávidas, uma de 25 e outra de 31 anos; um jovem de 20 anos, com problemas de hipertensão provocados pela obesidade; um homem de 33 anos, que tinha problemas cardíacos; e uma aposentada de 63, que era diabética. O secretário de Saúde da cidade gaúcha de São Sebastião do Caí, Fernando Cofferri, já tinha informado ontem sobre a morte do jovem de 20 anos. O rapaz faleceu na noite deste sábado após ter sido diagnosticado com a gripe no último dia 17. A morte por causa do vírus A(H1N1) também foi confirmada por fontes do hospital no qual o jovem estava sendo tratado. Com os novos números, a gripe já matou 16 pessoas no estado de São Paulo, 16 no Rio Grande do Sul, cinco no Rio de Janeiro e uma no Paraná. O MOSSOROENSE SAMU DE NATAL QUALIFICA PROFISSIONAIS DA SAÚDE Visando garantir a qualidade dos serviços e prevenir acidentes de trabalho, o Núcleo de Educação Permanente – NEP do Samu vem realizando desde o início deste ano, treinamentos e cursos periódicos para os profissionais de saúde. “Com a capacitação ao longo do ano, os profissionais adquirem mais experiência, melhor atendimento, e maior segurança. Todo mês, estabelecemos um tema de saúde”, explica a coordenadora de enfermagem do Samu, Wilma Dantas. “De janeiro até agora, o Samu já realizou diversas capacitações desde conhecimentos práticos, como imobilizações em pacientes vítimas de traumas, conhecimentos teóricos, até os pronto atendimentos. “Estamos sempre renovando”, frisou Wilma. Para o enfermeiro do Samu, Raniere Dantas, qualificar significa renovar. “Acho que todas as instituições, tanto pública quanto privada, deveriam ter como meta a capacitação de seus profissionais, pois a área de saúde está em constante evolução”. Hoje, o Samu de Natal realiza capacitação sobre: imobilização em pacientes vítimas de traumas; suporte básico de vida; semiololgia aplicada a enfermagem; rolamento, transporte e prancha; capacitação para técnicos de enfermagem. condutores de motolâncias; avaliação clínica por profissionais de enfermagem. O Samu também já fez capacitação em suporte básico de vida e toda a rede do Safu – Sistema de Atendimento Fixo de Urgência; capacitação em suporte básico de vida através do Safu, capacitação de suporte avançado de vida com todos os médicos e enfermeiros em Atendimento Pré-Hospitalar, com o Grupo Águia do Rio de Janeiro. Estrutura conta com equipes diversificadas Em Natal, o Samu dispõe de nove ambulâncias básicas – para suporte com um técnico de enfermagem, 1 condutor socorrista, três ambulâncias UTI de suporte avançado – para casos mais graves e sete motolâncias que agora são conduzidas por técnicos de enfermagem. Os condutores além de conduzirem as motos, também prestam atendimento, reduzindo o tempo resposta e são profissionais da rede. Nos dias 22 e 23 deste mês, o Samu realizou o Curso de Biossegurança no Trabalho destinado aos profissionais, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores socorristas do Samu Natal e Samu Metropolitano. A capacitação que foi ministrada pela enfermeira do Samu Gracy Kelly e visou a dar proteção e prevenção dos profissionais contra as doenças transmissíveis, abordando acidentes biológicos, químicos e acidentes mecânicos e traumáticos, informações sobre a gripe Influenza A – H1N1. Durante a capacitação, os 180 profissionais foram imunizados contra a gripe comum. Assessoria de Comunicação do Cremern Telefone: 4006-5343 Contatos: Casciano Vidal: 9990-1473 Ana Carmem: 9911-6570
Clipping Cremern – 27/07/2009: Notícias da área médica nos principais jornais do RN
27/07/2009 | 03:00