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TRIBUNA DO NORTE SERVIDORES DA SAÚDE PARAM POR 24 HORAS NESTA QUINTA-FEIRA Os servidores da saúde estadual, em campanha salarial, param as atividades nos principais hospitais do estado (mantendo a escala de 30% e 100% dos serviços de emergência) nesta quinta-feira (28) para marchar rumo a governadoria na tentativa de conseguir uma audiência. A manifestação terá concentração às 9h, no Machadinho, e às 10h segue em direção ao Centro Administrativo. O movimento é unificado com os servidores da administração indireta, também em campanha salarial. A pauta de reivindicação dos servidores de saúde foi entregue em 30 de março e até agora não houve avanço nas negociações. A pauta consiste em reajuste de 34%; mudança de nível; pagamento de indenização (plantão eventual) até o dia 10 do mês subseqüente; pagamento dos atrasados do PCCR dos aposentados; eleição direta para direção e cargos de chefia nas unidades de saúde; abastecimento de hospitais e unidades de saúde; convocação de todo o cadastro de reserva do concurso realizado em 2008; realização urgente de novo concurso e o direito de retorno dos servidores municipalizados. Depois de denunciar o desabastecimento nos hospitais da capital, os servidores de Natal se unem aos do interior nesta Marcha que promete ser a grande virada da campanha. Caso as negociações não avancem, a greve será a única saída. RN MANTÉM DOIS CASOS SUSPEITOS DE INFLUENZA A A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) mantém dois casos suspeitos de Influenza A (H1N1) no Rio Grande do Norte. Segundo o boletim divulgado pela Sesap nesta quarta-feira (27), mais dois pacientes estão sob monitoramento da equipe de Vigilância Epidemiológica do Estado. Até o momento seis casos foram descartados. Os pacientes com casos suspeitos regressaram de paises afetados pela doença, e apresentaram nos dias seguintes sintomas como tosse e febre. Ambos foram orientados a usar máscaras para evitar a contaminação de pessoas de contato próximo. A subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesap, Juliana Araújo, espera que até o fim desta semana saia o resultado dos dois exames realizados no Instituto Evandro Chagas, em Belém. No Brasil até o momento, 10 casos de Influenza A foram confirmados, mas oito dos pacientes receberam alta. O Ministério da Saúde acompanha ainda 16 casos suspeitos, em oito estados. PACIENTES ENFRENTAM DIFICULDADES PARA SEREM ATENDIDOS NA REDE MUNICIPAL Quem depende de atendimento nas unidades de saúde dos bairros tem que percorrer uma verdadeira via crucis. Na manhã de hoje, quem foi aos postos de saúde das Quintas, Felipe Camarão e Cidade da Esperança encontrou dificuldades para ser atendido. No Unidade Mista de atendimento de Quintas, um aparelho de ultrassonografia estava quebrado e a paciente Maria Zuleide de Oliveira, que estava no Posto desde ás 5h20 da manhã de hoje, voltou para casa sem conseguir que o sangue de sua filha de um ano e três meses fosse coletado. No Unidade Mista de Felipe Camarão faltam médicos na escala do plantão do pronto socorro. Na última segunda-feira já não houve atendimento. Uma enfermeira faz uma triagem nos pacientes e muitas vezes precisa ser orientada através do teleatendimento do Samu. Na unidade da Cidade da Esperança além da falta de médicos – apenas um estava atendendo hoje pela manhã – faltava gaze e espadrapo além das paredes estarem com infiltração em diversos pontos. Falta até saco de lixo e produtos para limpeza Os principais prejudicados são os pacientes. GRIPE SUÍNA // UE REGISTRA TRANSMISSÃO ENTRE PAÍSES Bruxelas (EFE) – A União Europeia (UE) detectou, ontem, os primeiros casos da gripe suína transmitidos entre dois países europeus. Foi entre estudantes gregos que contraíram a doença no Reino Unido. Entre anteontem e ontem, foram confirmados mais oito casos nos países-membros da UE mais Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein, o que eleva o total de contágios na Europa para 422, segundo os dados divulgados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, em inglês).As novas ocorrências na UE foram registradas na Bélgica, Finlândia, França, Irlanda, Polônia e Romênia, país que detectou seu primeiro caso. Segundo um comunicado do ECDC, todos os registros correspondem a pessoas que tinham viajado para os EUA. A Grécia confirmou que dois jovens do país que estudavam na mesma universidade em Edimburgo (Reino Unido) também contraíram a doença. O primeiro deles desenvolveu os sintomas em território britânico, o que aconteceu com o segundo apenas depois de voltar à Grécia. Estes são os primeiros casos confirmados em um país europeu “com provável exposição” em outra nação do continente, segundo o ECDC. GAZETA DO OESTE SESAP PROMOVE HOJE II FÓRUM DE MORTALIDADE MATERNA OESTE/ALTO OESTE – A Secretaria de Estado da Saúde Pública, através do Comitê Estadual de Mortalidade Materna e Neonatal e dos Comitês Regionais da II Unidade Regional de Saúde Pública (II URSAP) com sede em Mossoró, VI Unidade Regional de Saúde Pública (VI URSAP), com sede em Pau dos Ferros, em parceria com o Programa Saúde da Mulher e Ministério Público, promove hoje o II Fórum de Mortalidade Materna e Neonatal, das 8h às 16h, no Hotel Portal da Serra em Portalegre – RN. O evento tem como objetivo conscientizar, mobilizar, motivar e sensibilizar gestores, profissionais de saúde e a sociedade civil organizada para assumir o compromisso de reduzir a crueldade da morte de mulheres durante a gravidez, parto e/ou puerpério e do neonato. O Fórum tem como público-alvo prefeitos, primeiras-damas, secretários municipais de saúde, profissionais de saúde e a sociedade civil. Em 2008, foram notificados sete óbitos diretos sendo: Apodi (01), Baraúna (01), Felipe Guerra (01), Mossoró (01), Paraú (01) e Pendência (01). Foram notificados quatro óbitos maternos indiretos (fatores acidentais ou incidentais) em Mossoró. Em 2009, Mossoró (1), Baraúna (1), Governador Dix-sept Rosado (1) Apodi (1), Fernando Pedroza (1) Ipanguaçu (1) e Grossos (1). Segundo a presidente do Comitê de Mortalidade Materna e Neonatal da II Ursap, Roberta Fernandes, a sociedade precisa se organizar para apresentar boas propostas que resulte na redução da mortalidade materna e neonatal. “Precisamos discutir ações de conscientização que combata práticas de aborto clandestino e levar informação às comunidades carentes, para evitar que mais mulheres morram por falta de um pré-natal”, disse. Para a coordenadora do Comitê Regional de Mortalidade Materna e Neonatal da II Ursap, Alzineta Rocha, “é fundamental mostrarmos as causas ocultas por trás de cada morte: um aborto clandestino realizado em péssimas condições ou um exame de pré-natal ou um parto que foram malfeitos. É preciso um pré-natal de boa qualidade, qualificar e humanizar a atenção à mulher em situação de abortamento, qualificar a assistência obstétrica e neonatal nos estados e municípios e fortalecer a atenção básica no cuidado com a mulher”, enfatiza. “É preciso que haja uma conscientização maior na sociedade a cerca da importância de procedimentos que ajudam consideravelmente na diminuição da mortalidade materna e neonatal”, complementa a coordenadora do Comitê de Mortalidade Materna e Neonatal da VI Ursap, com sede em Pau dos Ferros, Gladys Diógenes Fernandes. VIGILÂNCIA DA SAÚDE VAI APRIMORAR A BUSCA POR CASOS DE HANSENÍASE NO RIO GRANDE DO NORTE A Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP), por meio do Programa de Controle da Hanseníase, estabeleceu como meta aprimorar a busca por casos novos de hanseníase no Rio Grande do Norte. A ação foi definida em oficina de planejamento estratégico, realizada nesta semana, na Sesap. Para o alcance da meta, serão realizadas, no período de junho a agosto deste ano, capacitações junto às equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) e aos agentes comunitários de saúde, para o diagnóstico precoce de casos da doença. Segundo a coordenadora do Programa de Controle da Hanseníase da Sesap, Handrezza Siqueira, “o diagnóstico na fase inicial do agravo é fundamental para seu tratamento e cura, bem como para a prevenção de sequelas”. Conforme a coordenadora, a maior dificuldade para se detectar a hanseníase consiste no preconceito que a envolve. Para contornar esse problema, as equipes do PSF e agentes serão capacitados para realizar um trabalho de orientação junto à população, incentivando-a a procurar ajuda profissional caso encontre qualquer sintoma da doença. A oficina de planejamento também contou com a participação de representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Estadual de Saúde, das Unidades Regionais de Saúde Pública, da Unicat e da ONG LRA. O MOSSOROENSE SINDSAÚDE RECLAMA DE REAJUSTE SALARIAL OFERECIDO PELA PMM Agentes Comunitários de Saúde (ACS) reclamam do reajuste salarial de 6,11% oferecido pela Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) aos servidores do município. A categoria deseja marcar para ainda esta semana uma audiência com o secretário municipal de Administração, Manuel Bizerra, para debater sobre o aumento. Para o diretor regional do Sindicato dos Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN), João Morais, a forma como foi feito o cálculo para estipular o reajuste dos servidores do município implicará em perdas salariais para a categoria. A comissão designada pela prefeitura informou que o reajuste dos trabalhadores seguiria o índice de inflação acumulada dos últimos três meses. “No entanto, como o reajuste á anual, o mais sensato seria calcular o índice de inflação dos últimos doze meses”, entende João Morais. Além disso, a categoria sentiu-se lesada quanto à progressão do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS). João Morais explica que conforme aprovado no ano passado, os 439 ACS deveriam ter avançado um nível ainda este ano. Porém, segundo João Morais, no encontro com Manuel Bizerra, foram informou que não era possível implementar as progressões dos PCCS aos agentes, uma vez que a categoria está como celetista e o plano abrange os servidores estatutários. “A progressão do PCCS era para beneficiar todos os servidores do município. No entanto, os agentes de saúde ficaram de fora da promoção porque a prefeitura não definiu a classificação dos trabalhadores. O avanço do nível representa um aumento de 3% no salário. E enquanto a situação não for definida, os agentes não receberão o aumento”, diz João Morais. O sindicalista informa que após o novo encontro com o secretário Manuel Bizerra, o sindicato marcará para o começo de junho, uma assembleia com os servidores para apresentar a posição do secretário e definir as próximas ações da categoria. “Vamos lutar para ter nossos direitos garantidos”, afirma. JORNAL DE FATO SAÚDE CONFIRMA DÉCIMO CASO DE GRIPE SUÍNA NO BRASIL Rio, 27 (AE) – O Ministério da Saúde confirmou nesta quarta-feira (27) o décimo caso de gripe suína no Rio. Segundo a nota oficial, ainda não há evidências de transmissão sustentada, ou seja, de que o vírus esteja circulando dentro do território nacional. O novo caso é o de um paciente que viajou aos Estados Unidos no dia 14 e retornou ao Brasil em 21 de maio. No dia seguinte, começou a apresentar os sintomas (tosse seca, cefaleia, mal estar e febre com temperatura aferida acima de 38º). No dia 24, ele procurou um serviço médico. A nota do ministério informa que o paciente “está em tratamento e passa bem”. É o quarto caso da doença confirmado no Rio, que tem o maior número de infectados até agora. Em São Paulo, foram confirmados três casos até o momento. Em Minas, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, um em cada Estado. Até o momento, foram detectados somente dois casos de transmissão autóctone, ou seja, dentro do território nacional, ambos com vínculo epidemiológico com um jovem que veio do México, onde está o epicentro da epidemia. CORREIO DA TARDE GOVERNO CULPA PREFEITURA POR CAOS NO WALFREDO GURGEL O clima tenso gerado entre a governadora Wilma de faria (PBS) e o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), durante o mandato do ex-gestor começa a se repetir também com a prefeita Micarla de Sousa (PV). Sempre que começa a crise no Hospital Walfredo Gurgel (HWG), por causa da superlotação, o governo culpa as prefeituras de Natal e de municípios da região metropolitana, mesmo sendo responsável pela administração da unidade de saúde. Com a última crise, não poderia ser diferente. Novamente, o HWG lotado, com pacientes nos corredores, faltando, até mesmo, esparadrapo para fazer curativos, como denunciou o deputado estadual Paulo Davim (PV), em entrevista ao CORREIO DA TARDE, durante o auge da gravidade. Mais uma vez, o governo tenta desviar o problema para a prefeitura de Natal, argumentando que a lotação no hospital é proporcionada pela falta de fornecimento no atendimento ambulatorial, que deve ser realizado pelo município. O problema de relacionamento entre as esferas estadual e municipal começa a de desenhar. Desde a última crise, no ano passado, a unidade de saúde se restringia ao atendimento de casos de urgência e emergência, justamente com o objetivo de desafogar o hospital. Mas, de uma hora para a outra, voltou a atender pacientes ambulatoriais. Uma fonte do hospital informou que muitos moradores não procuram sequer o posto de saúde do bairro, antes de se dirigir ao HWG. Se as relações entre a governadora e a prefeita já estavam restritas somente à administração, o impasse relacionado ao hospital poderá prejudicar ainda mais um entendimento com vistas às eleições de 2010. SAÚDE MONITORA DOIS CASOS SUSPEITOS Dois casos suspeitos da Influenza A são acompanhados pela Vigilância Epidemiológica do Rio Grande do Norte. Até esta terça-feira (26) mais dois pacientes são monitorados por apresentarem sintomas semelhantes aos da Influenza A e seis casos estão descartados. O segundo caso suspeito também segue as orientações de segurança e isolamento domiciliar, como no caso do primeiro suspeito, por apresentar sintomas leves, como febre e tosse. Os dois pacientes foram orientados a usar máscaras para evitar a contaminação de pessoas de contato próximo. Este segundo paciente com suspeita da Influenza A também regressou de viagem a país afetado pela doença. Chegou ao Brasil no dia 16 de maio, apresentou sintomas no dia 20 e dia 21 procurou atendimento médico. A coleta da secreção da garganta para realizar o exame que pode ou não confirmar a presença do vírus H1N1 se deu no dia 22 último. A subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Juliana Araújo, espera que até o fim desta semana saia o resultado dos dois exames. MATERNIDADE DE FELIPE CAMARÃO FUNCIONA COM PRECARIEDADE A situação em que se encontram algumas das unidades de saúde espalhadas pela capital potiguar denunciam o abandono do poder público com a saúde pública. Em Felipe Camarão, um dos bairros mais carentes da zona oeste de Natal, a Unidade Mista de Saúde, a qual funciona uma das maternidades municipais e o pronto-atendimento, é um exemplo do descaso com a saúde pública. Apesar de a maternidade realizar 120 partos por mês, a precariedade das instalações físicas aliadas à falta de materiais e de pessoal prejudica e dificulta o atendimento na unidade materna. São encontrados nos prédios infiltrações em locais de extrema importância, como a sala de repouso, onde as mães são levadas juntamente com os filhos após o nascimento dos bebês, a área de espera, além de problemas na instalação elétrica, macas enferrujadas e falta de materiais básicos para o atendimento tanto de urgência quanto relacionados ao trabalho de parto. Por todos os corredores é possível ver alguma coisa funcionando de forma inadequada. Esses problemas são decorrentes principalmente da falta de manutenção constate do prédio. Segundo a médica pediatra da unidade, Dra. Daniela Ferreira, os problemas já acontecem há um longo tempo. “O ambiente é insalubre tanto para nós, profissionais, quanto para os pacientes”. Ela revela que a maternidade já parou de funcionar no momento em que um parto estava sendo realizado por falta de energia. “A gente faz o melhor que pode com o pouco que tem”, afirma Dra. Daniela. De acordo com a diretora da Unidade Mista, Anailde Neto, os problemas de infiltração e mofo são decorrentes das constantes chuvas que vêm atingindo toda Natal. “Mas não há infiltrações na sala de parto”, garante Anailde. A falta de médicos também é um problema que preocupa as unidades de saúde. Em Felipe Camarão, a situação não é diferente. Apesar da escala da maternidade está funcionando “apertada”, os pacientes que procuram o atendimento de urgência se deparam com uma demanda muito alta para apenas quatro médicos plantonistas que chegam a trabalhar 18 horas em cada plantão. O enfermeiro-chefe da maternidade, Carlos Leite, revela que muitas vezes é preciso buscar materiais como gaze, álcool e algodão em outras unidades emprestado para não parar o serviço. Em busca de melhores condições de trabalho, a diretora da unidade afirmou que ontem (26), no período da tarde, houve uma reunião com a administração do distrito oeste para que as reivindicações de todas as unidades da zona oeste fossem expostas. Felipe Camarão III Outra unidade que sofre com os problemas já conhecidos pela população é a Unidade Básica de Saúde da Família de Felipe Camarão III, que assiste, num pequeno espaço, cerca de quatro mil famílias espalhadas pelo bairro. A falta de médicos aliada à carência na infraestrutura também são os maiores problemas enfrentados tanto por moradores quanto pelos profissionais. Os locais de espera não comportam todos os pacientes, fazendo com que vários deles permaneçam em pé enquanto esperam por atendimento. Os corredores são apertados, impedindo a circulação confortável de pessoas. A única sala adequada no posto é a que atende os pacientes com problemas odontológicos. Alexandra Nunes é testemunha da ineficiência do serviço público. Grávida há quatro meses, ela ainda não conseguiu se consultar para realizar o acompanhamento do pré-natal. “Eles ficam empurrando a gente entre médicos e enfermeiros”, garante. A administradora da unidade afirma que o caso de Alexandra está acontecendo devido à falta de médico e enfermeiros em umas das equipes do PSF que atendem no posto. No total são quatro equipes. Segundo a administradora da unidade, Eremita Avelino Félix, o número de famílias é muito alto para a quantidade de equipes que trabalham na região. “Infelizmente, a gente faz o que pode”, revela. JORNAL DE HOJE PROFISSIONAIS DA SAÚDE DEBATEM “FIM DA VIDA” Mais de 160 profissionais de Saúde que atuam com pacientes terminais participam, hoje, a partir das 19 horas, de mais um encontro, promovido no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern), sobre os dilemas éticos da área. Esta noite o tema abordado será a eutanásia, a distanásia e a ortotanásia – procedimentos relacionados à abreviação da vida. Convidados de todo o Brasil participam do debate, que ocorre mensalmente, abordando situações éticas conflitantes no dia-a-dia dos profissionais. “A sociedade tem medo de discutir este tema, mas é preciso. A morte é a etapa final da vida e precisamos debater os desafios que se relacionam ao tratar este tipo de doente”, observa o coordenador do Fórum Dilemas Éticos, Neuman Macedo de Figueiredo. Entre os assuntos já tratados, estão a doação de sangue e os Testemunhas de Jeová; e os consórcios na área da Saúde. O aborto e a doação de órgãos também devem constar na programação, cujo objetivo final é produzir uma publicação, com o conteúdo de todos os debates, para disponibilizar à sociedade. O lançamento da obra está previsto para 2010. A eutanásia é a antecipação da morte diante de uma doença incurável ou em estado terminal e movida pela compaixão ou piedade. Caso seja curável não caracteriza eutanásia, mas sim homicídio, tipificado no artigo 121 do Código Penal. A distanásia é o prolongamento artificial do processo de morte. Muitas vezes, o desejo de recuperação do doente, ao invés de ajudar ou permitir uma morte natural, acaba prolongando sua agonia. Já a ortotanásia significa morte correta, ou seja, a morte pelo seu processo natural. Neste caso, o doente já está em processo natural da morte e recebe uma contribuição do médico para que este estado siga seu curso natural. COMISSÃO DE MÉDICOS DENUNCIA FALTA DE CONDIÇÕES DE TRABALHO Uma comissão de médicos que trabalham no hospital dos Pescadores, o pronto-atendimento (PA) das Rocas, procurou o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern), ontem à tarde, comunicando que não há condições para trabalharem na unidade. “Eles disseram que as escalas estão incompletas, a estrutura física oferece riscos e não está adequada, especialmente, para pacientes graves”, relata o chefe do departamento de fiscalização da entidade, Jean Carlo Cavalcanti. O hospital continua impossibilitado de atender pacientes, depois da “inundação” na enfermaria, que ocorreu na última segunda-feira, comprometendo também a fiação elétrica. Diante da solicitação dos profissionais, que corrobora com a intenção de interdição ética por parte do Cremern, Jean Carlo agendou nova audiência com a secretária municipal de Saúde, Ana Tânia Sampaio, para amanhã, às 15 horas, com o objetivo de discutir, com mais ênfase, o caso do PA de Rocas. Depois da reunião, uma plenária será convocada no Cremern para definir sobre a interdição ética. “Não há a menor condição de aquele hospital continuar funcionando. Os Bombeiros já se anteciparam com relação à estrutura física e ainda há o problema das lacunas nas escalas”, frisa o chefe de fiscalização. Cerca de 20 a 25 médicos, entre as especialidades de clínica geral e pediatria, são necessários atualmente para fechar as escalas. No entanto, segundo o fiscal do Cremern, há apenas cinco pediatras e 13 clínicos para fecharem os plantões dos 30 dias do mês. De acordo com o diretor da unidade, Josenildo Barbosa de Lira, três médicos já se apresentaram e mais três devem se disponibilizar nesta semana, o que favorecerá a possibilidade de oferecer à população dois clínicos por turno. Josenildo Lira informa ainda que o laudo dos Bombeiros deve estar concluído hoje à tarde. O documento viabilizará ou não a liberação da enfermaria para o retorno dos pacientes internados, dos quais seis foram encaminhados para os hospitais Onofre Lopes e da Polícia Militar e os outros quatro receberam alta. “Eram casos de pacientes estabilizados, mas que precisam de acompanhamento”, informou Lira. A “inundação” na enfermaria ocorreu porque o cano rompeu devido a um serviço mal feito: a tubulação estava amarrada por um saco plástico e, com o volume de chuva, ela rompeu. Assessoria de Comunicação do Cremern Telefone: 4006-5357 Contatos: Casciano Vidal: 9990-1473 Ana Carmem: 9911-6570

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