TRIBUNA DO NORTE SERVIDORES DA SAÚDE AMEAÇAM FAZER GREVE Os servidores da saúde estadual ameaçam fazer mais uma greve caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas. Na manhã de ontem, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde) e servidores de vários hospitais do RN fizeram um protesto para pressionar o governo. Cerca de 150 pessoas caminharam do ginásio Machadinho até a frente da governadoria. Gritando palavras de ordem e cantando músicas de protestos, os servidores pediam, entre outras coisas, reajuste salarial de 34%, pagamento dos atrasados do Plano de Cargos para os aposentados, pagamento de indenização dos plantões eventuais. “Também estamos protestando contra o desabastecimento dos hospitais. As pessoas pensam que as coisas melhoraram, mas continuam faltando material e medicamento. Já fizemos outras tentativas de negociação, mas até agora não tivemos nenhuma resposta. Esperamos que o governo se sensibilize com a situação da saúde do RN. Estamos só no começo do movimento…”, disse o diretor de comunicação do Sindsaúde, Paulo Martins. Enquanto a presidente do Sindsaúde, Sônia Godeiro, estava em reunião com o secretário adjunto do Gabinete Civil, Wellington Tavares, a quem as reivindicações foram apresentadas, os manifestantes ficaram em frente à governadoria, onde realizaram até uma quadrilha junina, sob o olhar atento da Polícia Militar. “Eu nunca participei de nenhum movimento do sindicato, mas a situação da saúde chegou a um ponto que não podemos ficar parados. Trabalho no Hospital Santa Catarina e lá está faltando tudo. A gente está fazendo assepsia com água porque não tem álcool”, disse o técnico de enfermagem, Rogério de Melo. Ao final da reunião com o secretário adjunto do Gabinete Civil, Sônia Godeiro disse que Wellington Tavares não fez nenhuma sinalização sobre as reivindicações. “Ele apenas ouviu as propostas e disse que conversaria com Vagner Araújo para formar uma equipe de governo e discutir as reivindicações da categoria. Não dá para saber o posicionamento do governo porque ele é apenas um porta voz”, disse Sônia Godeiro. Ainda segundo a representante do Sindsaúde, na próxima quarta-feira, às 11h30, vai haver uma nova reunião. No mesmo dia, só que às 9h30, o Sindsaúde vai participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa sobre o desabastecimento dos hospitais. “Tudo indica que vai haver greve, não sei dizer uma data. Mas se as negociações não avançarem, a possibilidade é grande de paralisarmos as atividades”, advertiu Sônia Godeiro. CONFIRMADO 11º CASO DE GRIPE SUÍNA NO BRASIL O Ministério da Saúde informou ontem que foi confirmado o 11º caso de infecção pelo vírus da influenza A (H1N1), a chamada “gripe suína” no Brasil. Segundo nota divulgada no final da tarde, o 11º caso está localizado em Santa Catarina. “O paciente viajou aos Estados Unidos no último dia 10 de maio e retornou ao Brasil no dia 21. No dia 24 de maio apresentou sintomas compatíveis com a doença, procurou o serviço de saúde no dia seguinte. Está internado, em tratamento e passa bem. Todos os contatos próximos estão em monitoramento”, afirma a nota. Este é o segundo caso de gripe suína em Santa Catarina. Ministério da Saúde informa ainda que acompanha vinte casos suspeitos de Influenza A (H1N1), inclusive quatro no Rio Grande do Norte. Além disso, outros 19 casos estão sendo monitorados em 16 estados. De acordo com o MS, oito dos 11 casos confirmados já receberam alta. O ministério reafirma que não há evidências de sustentabilidade da transmissão de pessoa a pessoa do vírus A (H1N1). De acordo com a nota, os casos detectados até o momento de transmissão dentro do território nacional são de pessoas com “vínculo epidemiológico” com um dos infectados procedente do México. Nos Estados Unidos já foram confirmados 7.927 casos. SERVIDORES DA SAÚDE AMEAÇAM FAZER GREVE Os servidores da saúde estadual ameaçam fazer mais uma greve caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas. Na manhã de ontem, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde) e servidores de vários hospitais do RN fizeram um protesto para pressionar o governo. Cerca de 150 pessoas caminharam do ginásio Machadinho até a frente da governadoria. Gritando palavras de ordem e cantando músicas de protestos, os servidores pediam, entre outras coisas, reajuste salarial de 34%, pagamento dos atrasados do Plano de Cargos para os aposentados, pagamento de indenização dos plantões eventuais. “Também estamos protestando contra o desabastecimento dos hospitais. As pessoas pensam que as coisas melhoraram, mas continuam faltando material e medicamento. Já fizemos outras tentativas de negociação, mas até agora não tivemos nenhuma resposta. Esperamos que o governo se sensibilize com a situação da saúde do RN. Estamos só no começo do movimento…”, disse o diretor de comunicação do Sindsaúde, Paulo Martins. Enquanto a presidente do Sindsaúde, Sônia Godeiro, estava em reunião com o secretário adjunto do Gabinete Civil, Wellington Tavares, a quem as reivindicações foram apresentadas, os manifestantes ficaram em frente à governadoria, onde realizaram até uma quadrilha junina, sob o olhar atento da Polícia Militar. “Eu nunca participei de nenhum movimento do sindicato, mas a situação da saúde chegou a um ponto que não podemos ficar parados. Trabalho no Hospital Santa Catarina e lá está faltando tudo. A gente está fazendo assepsia com água porque não tem álcool”, disse o técnico de enfermagem, Rogério de Melo. Ao final da reunião com o secretário adjunto do Gabinete Civil, Sônia Godeiro disse que Wellington Tavares não fez nenhuma sinalização sobre as reivindicações. “Ele apenas ouviu as propostas e disse que conversaria com Vagner Araújo para formar uma equipe de governo e discutir as reivindicações da categoria. Não dá para saber o posicionamento do governo porque ele é apenas um porta voz”, disse Sônia Godeiro. Ainda segundo a representante do Sindsaúde, na próxima quarta-feira, às 11h30, vai haver uma nova reunião. No mesmo dia, só que às 9h30, o Sindsaúde vai participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa sobre o desabastecimento dos hospitais. “Tudo indica que vai haver greve, não sei dizer uma data. Mas se as negociações não avançarem, a possibilidade é grande de paralisarmos as atividades”, advertiu Sônia Godeiro. DIÁRIO DE NATAL VEREADORES COLHEM NOVOS DEPOIMENTOS A CEI dos Remédios ouviu o depoimento de mais cinco servidores da Secretaria Municipal de Saúde na manhã de ontem, na Câmara Municipal. A primeira depoente foi a farmacêutica do Departamento de Material e Patrimônio, Danielle Araújo da Silva Wesner. Segundo ela, os profissionais de saúde receberam uma ordem para que deixassem de receber os medicamentos, trabalho que passou a ser realizado pelos almoxarifes. Daniella também afirmou que as compras dos remédios não eram feitas de acordo com a demanda. Essa Informação foi desmentida pela ex-chefe do DMP, Alian Paiva de Arruda. O também farmacêutico Joaquim Otaviano da Costa Neto informou que três relatórios sobre o estado de condicionamento dos medicamentos foram enviados à chefia do departamento para que, em seguida, chegasse às mãos dos secretários. A servidora Lorena Mafra Veríssimo disse que os profissionais do DMP nunca tiveram certeza se os documentos foram mesmo entregues aos titulares da Secretaria. Jéferson Frederico de Oliveira Freitas, que chefiou o almoxarifado de 2006 ao início de 2009, explicou que o gerenciamento dos remédios era feito manualmente. Contrariando outros depoentes, Jéferson disse que as mercadorias chegavam ao departamento com nota fiscal. Representantes do Conselho Municipal de Saúde e das empresas citadas pelos depoentes serão ouvidos na próxima segunda-feira. MATERNIDADE CLAUDINA PINTO VAI RECEBER R$ 50 MIL MENSALMENTE DA PREFEITURA DE APODI APODI – A Associação Apodiense de Amparo à Maternidade e à Infância (APAMI), administradora da Maternidade Claudina Pinto, que por mais de 30 anos foi controlada pelo então prefeito José Pinheiro Bezerra, agora está sob novo comando que já sinaliza perspectivas de melhoras na unidade de saúde do Apodi que também atende pacientes de várias outras cidades do Médio Oeste Potiguar. A oficialização do convênio entre a Prefeitura do Apodi foi definida depois de uma reunião entre a prefeita Goreti da Silveira Pinto, chefe de gabinete Klinger Pinto, secretário de Saúde, Ivanildo Lima, diretoria da Apami na ocasião representada pelo presidente João Sérgio e os membros Zaid Gama e Francisco das Chagas e a Comissão de Fiscalização formada por Ítala Sena, Karizia Marinho e Gloria Galvão e o setor financeiro da municipalidade. De acordo com Ítala Sena, a Maternidade Claudina Pinto foi encontrada em situação de total deteriorização, sem as mínimas estruturas de funcionamento. “As macas, mesas cirúrgicas, lavanderia consumidos pela ferrugem, as camas dos leitos sem colchões, lençóis e cobertores, instalações elétricas e hidráulicas comprometidas, sem falar na farmácia e material médico hospitalar que praticamente estava a zero”, comentou Ítala Sena, que está criando uma campanha de arrecadação de doações junto à comunidade para dotar a unidade de melhores condições. Além da falta de estrutura da Martenidade Claudina Pinto, a nova administração da unidade quando assumiu os destinos da entidade em 2 de abril deste ano, também se deparou com um débito de algo em torno de R$ 80 mil reais que já está sendo quitado. Segundo Ítala Sena, a nova diretoria da Associação administradora da Maternidade Claudina Pinto, já dispõe de um relatório fotográfico com todas as dificuldades da maternidade e que estão sendo preparados projetos que serão encaminhados aos Governos Municipal, Estadual e Federal para que a unidade passe urgentemente por uma reforma física em sua estrutura. “A maternidade é um patrimônio do povo de Apodi já é hora dos apodienses através de todos os seus segmentos abraçarem essa bandeira e se unir ao nosso projeto de revitalização da maternidade, vamos bate a porta dos deputados e senadores para nos ajuda”, garantiu Ítala Sena. A vontade de ver a Maternidade Claudina Pinto funcionando já mostra sinais de conquistas. Depois do convênio entre a Apami e Prefeitura de Apodi, a unidade também receberá recursos do Governo do Estado para aquisição de novas mesas cirúrgicas e outros equipamentos para o centro cirúrgico. Em visita ao município de Apodi, o deputado estadual Gustavo Carvalho (PSB), acompanhado do ex-vereador Eliesio Gomes e do secretário de Saúde, Ivanildo Lima fez uma visita a Maternidade Claudina Pinto e ficou perplexo com a falta de estrutura na unidade de saúde e prometeu abraçar a causa. “Vou colocar uma Emenda no Orçamento Geral do Estado e garantir recursos para a reforma dessa maternidade”, disse Gustavo Carvalho. O casal de médicos, José Pinheiro Bezerra e Lourdes Bezerra que há muitos anos administram a Maternidade Claudina Pinto, continuam trabalhando na unidade de saúde e prestando serviços a população apodiense. CONHECENDO – A Maternidade Claudina Pinto foi instituída em Apodi há cerca de 50 anos, sendo que há 38 anos estava sobre o controle da família de José Pinheiro. Atualmente tem cerca de 40 servidores, entre médicos, enfermeiros e ASGs. Por mês, faz algo em torno de 70 partos. A entidade atende as mulheres de várias cidades da região. GAZETA DO OESTE ESTOQUE DO BANCO DE SANGUE SE ENCONTRA EM ESTADO CRÍTICO Em função do período de chuvas que dificultou a locomoção da população aos locais de doação de sangue e, além disso, as viroses e outras doenças típicas do período que deixaram muitas pessoas impedidas de fazerem esse gesto, o estoque do Hemocentro está em situação crítica. Segundo a assistente social Efiran Targino, a escassez se estende a todos os tipos sanguíneos. “Nós estamos lutando todos os dias para conseguir repor os estoques de sangue. As pessoas contraíram muitas viroses, gripe e não puderam doar no período porque não estavam saudáveis, isso também prejudicou bastante”, conta a assistente. Além disso, Efiran revela que os alagamentos impediram as visitas semanais da unidade móvel do Hemocentro a outros municípios do interior do Estado. “Nós deixamos de fazer a coleta aos sábados em muitos municípios por causa das chuvas”, disse a assistente social. Efiran faz um apelo para que as pessoas colaborem e ajudem a compensar o estoque do Hemocentro. A unidade móvel para a doação fica no Centro de Mossoró, em frente à Câmara Municipal, nas terças, quartas e quintas-feiras. Já o Hemocentro funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 17h, e aos sábados até às 11h. Aos sábados a unidade móvel se dirige a uma cidade do interior para fazer coletas. “Os pré-requisitos básicos para doar são: ter entre 18 e 65 anos, pesar a partir de 52 quilos, estar bem de saúde, fazer a doação alimentado, portar um documento de identificação expedido por um órgão oficial, não ter ingerido bebida alcoólica 24h antes da doação e não ter fumado duas horas antes”, frisa a assistente social do Hemocentro. O MOSSOROENSE ESTADO REGISTRA QUATRO SUSPEITOS DE INFLUENZA ‘A’ O Rio Grande do Norte registra mais dois casos suspeitos da influenza A, sendo um total de quatro pacientes aguardando resultado dos exames realizados pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém. Em monitoramento está um paciente, e seis casos foram descartados. Os últimos dois pacientes registrados pela Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Estado da Saúde Pública, apresentam quadro clínico leve e estão em isolamento domiciliar, sendo acompanhados pelos profissionais da Unidade de Resposta Rápida da Sesap. Eles receberam máscaras da Suvige para evitar a transmissão do vírus entre os contatos próximos. Apesar do registro de mais dois pacientes, a Vigilância Epidemiológica afirma que são casos isolados, sem ligação entre os pacientes. Eles são procedentes de países com registro da influenza A, mas não tiveram o mesmo destino de viajem e nem regressaram na mesma data. O resultado dos exames dos dois primeiros suspeitos deve chegar até amanhã à Sesap. CORREIO DA TARDE FARMACÊUTICA DA PREFEITURA REVELA NOVAS IRREGULARIDADES COMETIDAS Dando continuidade aos depoimentos tomados pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) dos medicamentos, que investiga o desperdício de cerca de sete toneladas de remédios na gestão passada, os vereadores começaram a manhã de hoje ouvindo a farmacêutica Daniele Araújo Silva Wesne, funcionária concursada que trabalha no acondicionamento de remédios na prefeitura desde 2004. Respondendo aos questionamentos dos vereadores, a farmacêutica declarou que o depósito da Secretaria Municipal de Saúde, além de sempre ter tido péssimas condições, nunca teve um controle de estocagem para conferir se os medicamentos recebidos correspondiam aos informados pela nota fiscal. Daniele também revelou que a prefeitura comparava algumas quantidades de remédios em excesso, taxada por ela de aquisição irracional, enquanto que outros tipos de remédios que estavam em falta não eram comprados. Ela ainda disse que os dados referentes aos produtos ficavam armazenados no computador portátil e pessoal do chefe do setor, Fábio Brenand. No decorrer do depoimento a farmacêutica disse que os medicamentos, que antes eram recebidos pelos farmacêuticos, há cerca de um ano passaram a ser geridos pelos almoxarifes, que não têm condições de fazer o controle de qualidade. “Além disso, ouvi dizer, que remédios vencidos eram despejados no ralo e na privada. Também há comentários de que existiam notas fiscais que chegavam, mas os remédios correspondentes não”, concluiu. Além de Daniele, prestaram depoimento quatro ex-funcionários comissionados da gestão do ex-prefeito Carlos Eduardo: Alian Paiva, ex-chefe do DMP; Jéferson Freitas, chefe do SAG; Joaquim neto, ex-chefe do SAF; e Laureta Veríssimo, farmacêutica exonerada. Os depoimentos ocorrerão sempre às segundas, durante o dia todo, e quintas, pela manhã. Ao todo serão ouvidas aproximadamente 35 testemunhas. Na próxima semana, será a vez da ex-secretária municipal de Saúde, Aparecida França. ESTUDIOSOS SE REÚNEM PARA DISCUTIR EPIDEMIOLOGIA E INFECÇÕES HOSPITALARES A Associação Norte-rio-grandense de Epidemiologia Hospitalar vai realizar, de 31 de maio a 2 de junho, no Praia Mar Hotel, o II Congresso Norte-Nordeste de Epidemiologia e Controle das Infecções Hospitalares. O evento contará com a participação dos principais especialistas do país, além de três pesquisadores estrangeiros – entre eles a brasileira Denise Cardo, médica infectologista que ocupa uma das diretorias do poderoso Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos – CDC, referência mundial para o controle e prevenção de doenças. Foi o CDC que identificou o vírus H1N1, da nova gripe Influenza A. Denise fará a conferência de abertura do Congresso “Eliminação de infecções hospitalares: um grande desafio”. Ela virá acompanhada do marido Kenneth Leeper, que também trabalha no CDC e participará de um simpósio na segunda-feira sobre “Pneumonia associada à ventilação (PAV) – prevenção e tratamento”. A necessidade de maiores investimentos na área, em pessoal e equipamentos para as Unidades de Saúde torna importante a discussão sobre temas como a mudança da própria denominação da enfermidade e como contrair uma das IRAS – Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. CORPO DE BOMBEIROS ORIENTA FECHAMENTO DO HOSPITAL DOS PESCADORES, NAS ROCAS Os bancos que costumam ficar lotados por pacientes que esperam atendimento, hoje amanheceram vazios. Desde o domingo (24) o hospital dos Pescadores, localizado no bairro das Rocas, está sem funcionamento e interditado por causa de infiltrações no teto que atingiram a parte superior onde se encontram todas as enfermarias. Quem buscava o atendimento de urgência, se surpreende com a notícia de que o hospital não estava funcionando. O aposentado Pedro Paulo da Cunha, 66, procurou o hospital depois de ter ido a outras unidades de saúde, que não estavam funcionando. “Dizer na televisão que está tudo bem é uma vergonha”, se indignou. “Agora eu só procuro um médico se piorar do meu problema”, completa. Seu Paulo reclamava de um inchaço no lado esquerdo da boca. Os únicos trabalhadores que permanecem no local são os funcionários terceirizados responsáveis pela limpeza do prédio, os policiais da guarda municipal e a administração do hospital. Médicos e pessoas de outras funções, não estão trabalhando. Dos dez pacientes que permaneciam internados na unidade, seis foram remanejados para outros hospitais em Natal, dentre eles o Onofre Lopes, Walfredo Gurgel e Hospital da Polícia, e quatro receberam alta. A direção do hospital achou mais prudente transferi-los por motivo de segurança, uma vez que a parte elétrica do prédio estava sendo atingida pela água. A interdição do prédio se deu por causa de um cano que permanecia estourado há algum tempo no teto do prédio, sem que houvesse o conhecimento dos funcionários. Fazendo com que uma verdadeira piscina se formasse na parte superior da laje. Com a incidência constante das chuvas, a situação se agravou a ponto de infiltrar dentro das instalações do hospital. O Corpo de Bombeiros visitou o local e sugeriu a interdição provisória do prédio até que os reparos sejam feitos. De acordo com o diretor do hospital, Josenildo Barbosa, nenhum equipamento foi danificado pela água. “O hospital não foi interditado no sentido literal da palavra. O Corpo de Bombeiros apenas sugeriu que isso acontecesse”, aponta Barbosa. Além da vistoria das infiltrações, os bombeiros encontraram outras irregularidades estruturais, como o acesso à quantidade de corrimãos, altura dos extintores e nomeação das caixas onde se encontram os interruptores. Falta de Médicos Assim como várias unidades de saúde em Natal, o Hospital dos Pescadores também enfrenta dificuldades nas escalas de médicos. Segundo o diretor Josenildo Barbosa, faltam 12 médicos para que a escala ficasse completa. Devido a esse déficit, o hospital que possui 23 leitos, estava funcionando apenas com a metade desse número. Há cerca de 30 dias, o CRM-RN (Conselho Regional de Medicina) mandou uma notificação afirmando que impediria o funcionamento da unidade caso os médicos não fossem contratados. JORNAL DE HOJE SERVIDORES DA SAÚDE AFIRMAM QUE GREVE NÃO ESTÁ DESCARTADA Cerca de 200 servidores estaduais da Saúde, liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde), realizaram, na manhã de hoje, caminhada de protesto do Machadinho até a frente da Governadoria, no Centro Administrativo, por melhores salários e condições de trabalho nos hospitais. Entre as reivindicações foram incluídos o cumprimento do acordo, firmado na última greve do Sindsaúde, em outubro do ano passado; o reajuste salarial diante da perda de mais de 35%; e o desabastecimento das unidades hospitalares. “Também queremos que se cumpra a tabela de acréscimo de 3%, a cada dois anos, conforme o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), além do pagamento dos atrasados para os aposentados, porque só os trabalhadores ativos receberam”, observa Paulo Martins, integrante da diretoria do sindicato. Ele diz ainda que diversas tentativas de negociação foram feitas e, se não houver negociação, uma nova greve não está descartada. No início da semana, os sindicatos também realizaram protesto no hospital Santa Catarina, na zona Norte. A lista de materiais simples e básicos para um unidade hospitalar foi apresentada: faltam materiais indispensáveis para a higiene hospitalar que evitam infecções, como luvas, álcool, hipoclorito, sabão líquido, máscara e, até mesmo, papel higiênico e açúcar. “O nosso salário está muito defasado. Um aposentado ganha apenas R$ 220. Isso é uma vergonha”, contou a servidora inativa, Eliete Gomes, durante a caminhada de hoje. Outra manifestante, a enfermeira Aleide Bezerra, reclamou da falta de materiais e medicamentos nas unidades e dos salários muito baixos. Ela conta que, ontem, no hospital psiquiátrico João Machado não havia médicos de plantão na clínica médica. A presidente do Sindsaúde, Sônia Godeiro, foi recebida pelo secretário adjunto do Gabinete Civil, Wellington Tavares, enquanto a manifestação ocorria. “Agendamos uma data, mas queremos que o governo organize uma comissão, chefiada pelo secretário Vagner Araújo, para começarmos a negociação”, disse Sônia Godeiro. A pré-agenda ficou para a próxima terça-feira, dia 3, às 11h30. Na mesma data, está marcada uma audiência pública, na Assembléia Legislativa, para discutir soluções para a Saúde estadual, com a participação dos deputados, representantes do Ministério Público Estadual (MPE) e das secretarias estadual e municipal de Saúde. Amanhã, o Sindsaúde visitará o posto da Saúde de Vale Dourado, alternando as denúncias em serviços públicos gerenciados pelo Estado e pelo Município. MÉDICOS DENUNCIAM DESCASO DA PREFEITURA COM A MATERNIDADE DE FELIPE CAMARÃO Mesmo com condições precárias de trabalho, o que inclui estrutura física deteriorada e deficiência de profissionais, os servidores da casa de parto de Felipe Camarão apostam no trabalho de orientação às gestantes da comunidade para continuar sem nenhum óbito materno, em cinco anos de atividade. Hoje é o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna e, para lembrar a data, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), por meio do Comitê Estadual de Mortalidade Materna e Neonatal e do Programa de Saúde da Mulher, promove o 2º Fórum de Mortalidade Materna e Neonatal, em Portalegre (RN). De 2006 a 2008, a Sesap registrou uma média de 25 mortes maternas por ano no Estado, índice considerado alto pelo Comitê Estadual de Mortalidade Materna e Neonatal, na medida em que cerca de 95% das mortes são decorrentes de causas evitáveis. No bairro da zona oeste da capital potiguar, Felipe Camarão, as mulheres convidadas pelo agente de saúde da área recebem informações semanais sobre os cuidados que devem ter durante a gestação e depois que o bebê nascer, assim como acompanhamento com exames. “Tudo começa no pré-natal, que constitui uma assistência imprescindível para um trabalho de parto bem sucedido. O Programa de Saúde da Família (PSF) faz uma busca ativa às pacientes para que consigamos evitar a gravidez patológica”, relata a pediatra Daniella Ferreira. A dona de casa, Rosileide Costa Dias, que acaba de dar à luz a sua menina, também concorda que o pré-natal foi importante. “Este acompanhamento ajudou o bebê a nascer com saúde”, diz. Mesmo com o funcionamento da maternidade Leide Moraes, na zona Norte de Natal, a média mensal de 110 de partos em Felipe Camarão não diminuiu. Por isso, os profissionais denunciam a necessidade urgente de reforma na unidade, além de questões como o desabastecimento de materiais médico-hospitalares e o sucateamento dos equipamentos e mobiliários. Há constantes “apagões” elétricos na maternidade e não existe espaço para o pai ou o acompanhante da gestante estar próximo no momento do parto, o que é fundamental para diminuir a ansiedade da mãe. A equipe também é reduzida, composta por 11 obstetras, 10 pediatras e sete enfermeiros, que se revezam um por turno. “Já fizemos inúmeros pedidos, mas sentimos um descaso com esta maternidade em relação a das Quintas e principalmente à Leide Morais”, conta Daniella Ferreira. Diante desta realidade, os funcionários elaboraram um relatório, com a descrição de todos os problemas e enviaram o documento às entidades médicas – Sindicato dos Médicos e Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte – e também para a Secretaria Municipal de Saúde. A titular da SMS, Ana Tânia Sampaio, visitou hoje o local para verificar as necessidades. Recentemente, um levantamento feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre o desenvolvimento social no Nordeste, mostrou que o Rio Grande do Norte supera outros Estados da região nas análises sobre desnutrição e mortalidade infantil, que diminuiu, não somente em relação à média do NE, mas à nacional de 17% em cada mil nascimentos. No RN, a cada mil crianças nascidas vivas, 16,3% morrem após nascerem. Assessoria de Comunicação do Cremern Telefone: 4006-5357 Contatos: Casciano Vidal: 9990-1473 Ana Carmem: 9911-6570
Clipping Cremern – 29/05/2009: Notícias da área médica nos principais jornais do RN
29/05/2009 | 03:00