DIÁRIO DE NATAL CLÍNICA ESPERA MAIS PACIENTES Centro de saúde instituído pelo cientista Miguel Nicolelis em Macaíba atende menos de um terço da capacidade “Temos condições de atender mensalmente 1,3 mil mulheres e crianças, mas nossa demanda atual é de apenas 400”. A afirmação é do neurocientista Miguel Nicolelis, sobre a subutilização do Centro de Saúde Anita Garibaldi, inserido no Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IINN-ELS), em Macaíba. Idealizador do instituto, Nicolelis – considerado um dos 20 maiores cientistas da atualidade segundo a revista Scientifc American – fez um apelo ao poder público, especialmente, aos prefeitos das cidades que compõem a Região Metropolitana, para encaminharem mais pacientes ao local. O espaço, segundo o cientista, conta com especialistas de diversas áreas e equipamentos de última geração, que foram doados pelo Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, mas só está utilizando um terço de sua capacidade total. São oferecidos na clínica serviços de média e alta complexidade à saúde perinatal – períodos anterior e posterior ao parto. “As mulheres, por exemplo, passam por consultas de pré-natal e prevenção do câncer de cólo de útero. O centro oferece ainda atendimento neonatal para crianças”, afirmou. Núcleo faz parte do Instituto de Neurociências Através do convênio firmado com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o Centro de Saúde Anita Garibaldi proporciona prática para as atividades acadêmicas e estágio curricular para os estudantes do curso de medicina desempenhando, com isso, o papel de Centro de Saúde Escola. A ideia da clínica é contribuir para a capacitação e atualização dos profissionais da rede de saúde pública conveniada, através do processo de educação médica continuada e multiplicação do conhecimento técnico científico. Pesquisa Além do Centro de Saúde, o Instituto Internacional de Neurociências conta com a Escola Alfredo Monteverde, Centro de Estudo e Pesquisa Professor César Timo-Iaria, ambos em Natal. A principal missão do IINN é promover a realização e o crescimento da pesquisa científica de ponta. Nicolelis afirmou nesta quarta, durante solenidade no Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern), que o projeto está sendo um sucesso e que “existe a intenção de ampliá-lo consideravelmente RN nos próximos meses”. Nicolelis lidera, atualmente, pesquisas em robótica e ferramentas computacionais, com o objetivo de restaurar a mobilidade dos membros superiores paralisados por trauma ou degeneração do sistema nervoso central. CEI DOS REMÉDIOS A vereadora Sargento Regina (PDT) pretende, até a próxima semana, convencer os demais colegas de bancada de oposição da Câmara Municipal de Natal – George Câmara (PCdoB), Júlia Arruda (PSB) e Ranieri Barbosa (PRB) – de que o também parlamentar Albert Dickson (PP) deve deixar a relatoria da CEI dos Medicamentos depois da polêmica em torno do contrato firmado entre uma clínica da qual foi proprietário e a prefeitura. Para Regina, duas coisas pesam contra Albert Dickson. A primeira é o aumento de mais de 300% do valor do convênio, que passou a custar R$ 13.325,25 aos cofres públicos. Já a segunda está ligada ao fato do vereador ter proposto a mudança ainda na gestão do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), cujo nome é um dos mais citados nas investigações. “Por mais que Albert seja um parlamentar sério, são detalhes que andam na contramão”, explicou. MEDICAMENTO PARA COMBATER A GRIPE Farmanguinhos fabricou 210 mil tratamentos para fazer frente ao Influenza A (H1N1). Lotes serão distribuídos no país O combate ao vírus Influenza A (H1N1) por meio de remédios ganha força no país. O laboratório Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), informou ontem que fabricou 210 mil caixas com tratamentos para a gripe suína, que começaram a ser entregues ao Ministério da Saúde para distribuição em todo o país. Os primeiros 150 mil tratamentos foram remetidos ontem e outros 60 mil seguem hoje ao governo. O Brasil confirmou até agora 59 mortes pela gripe. Cada caixa contém dez cápsulas com fosfato de oseltamivir, princípio ativo do antiviral Tamiflu, o medicamento que vem sendo recomendado para a maioria dos casos da gripe em todo o mundo. As dez cápsulas de cada caixa são suficientes para tratar individualmente um paciente. A maioria será enviada aos estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo, os mais afetados pela gripe. A patente sobre o Tamiflu pertence ao laboratório francês Roche, mas o Farmanguinhos obteve uma licença especial para fabricar tratamentos com o princípio ativo do remédio diante da gravidadeda pandemia. Segundo o laboratório, os remédios foram elaborados com uma pequena parte de uma carga de 9 toneladas de fosfato de osetalmivir em pó que o Brasil tinha em seus depósitos. A carga tinha sido importada pelo Ministério da Saúde em 2006, diante do temor de que o país fosse afetado pela expansão da epidemia da gripe aviária – o que nunca ocorreu. O Brasil encomendou os tratamentos ao laboratório para poder garantir a demanda do medicamento, atualmente em falta na maioria das farmácias do país, enquanto recebe as 800 mil caixas de Tamiflu que solicitou à Roche. O diretor do Farmanguinhos, Hayne Felipe da Silva, explicou que os tratamentos para a gripe foram encomendados pelo Ministério da Saúde há cerca de um mês. “A partir do princípio ativo, tivemos uma etapa de desenvolvimento tecnológico, ou seja, adaptamos o princípio ativo em uma forma farmacêutica, neste caso cápsulas, antes de começar a produzir em escala industrial o produto para atender a encomenda do Ministério da Saúde”, afirmou. De acordocom Silva, o Farmanguinhos poderá atender outras encomendas se o governo solicitar, já que conta com capacidade para produzir até 124 mil caixas do remédio por semana. TRIBUNA DO NORTE MÉDICOS ADVERTEM PARA RISCOS DA VIDA SEDENTÁRIA Prevenção ainda é a palavra mais usada entre os cardiologistas para que as pessoas, de um modo geral, não tenham de, no futuro, ter de conviver, sofrer ou até morrer por causa de doenças cardiovasculares. O presidente do 29º Congresso Norte/Nordeste de Cardiologia, médico Ênio de Oliveira Pinheiro, diz que “sempre estão surgindo coisas novas”, com relação à tecnologia para o tratamento e cura das cardiopatias. Mas, Pinheiro revela que a maior dificuldade no tratamento dos pacientes, que no Brasil em sua maioria não dispõe de recursos para fazer um tratamento, “que é caro”, é realmente a situação da saúde pública no país. Como o Brasil não dispõe de tantos recursos para investir em saúde como os países mais ricos, a melhor solução continua sendo a prevenção: as pessoas devem se tornar menos sedentárias e ter uma alimentação mais saudável. Tudo passa, segundo ele, também por questões de hábitos e de cultura alimentar, como também o modo de vida das pessoas atualmente. Pinheiro dá o exemplo das crianças, que passam hoje a maior parte do dia “na frente de um computador ou de um videogame”. “Criança tem de correr, jogar bola”, disse ele, preocupado com a obesidade que hoje alcança cada vez mais a infância. “As crianças de hoje podem ser os adultos cardiopatas de amanhã”, avisa ele. Segundo Pinheiro, as doenças cardiovasculares que no passado matava mais homens, hoje mais mais mulheres, na proporção de 32% para 35% dentre outras causas de morte. “No Brasil as doenças cardiovasculares são a primeira causa de óbitos”, continuou o médico, que apesar desse quadro, aponta como fato positivo, mesmo sem falar em números, “a diminuição do índice de fumantes”. Na área de exposição do evento chama a atenção uma máquina de circulação extracorpórea do sangue, fabricada na Alemanha e que custa atualmente cerca de R$ 400 mil. A máquina que estava sendo exposta é a única de Natal e foi adquirida há uns três meses pelo Hospital do Coração. O perfuncionista Paulo Menezes, é assim que se chama o enfermeiro qualificado para operar a máquina durante uma cirurgia cardíaca, diz que “ela é o que existe de mais moderno no mercado”. Presidente para a América Latina para o fabricante Maquet, Norman Guenther diz que a preocupação maior é em industrializar uma máquina econômica “e mais fácil de manusear”. Outra vantagem da máquina, segundo Guenther, é que o uso dela leva o paciente a ficar menos tempo na UTI e internado, além de levá-lo a uma recuperação mais rápida. Por analogia, ele cita o caso das cirurgias em que antigamente o cirurgião tinha de abrir o paciente e hoje, como na operação de pedras de rins, faz se apenas incisões na parede abdominal para a introdução de cateteres cirúrgicos Segundo Guenther, ao contrário das máquinas de fabricação nacional, que tem de resfriar o sangue, quando há necessidade de acordo com o tipo de cirurgia, é preciso o auxílio de gelo comum. A máquina alemã não, ela tem um dispositivo que ela própria resfria o sangue, “como se fosse um compressor de geladeira”. Acadêmicos de Enfermagem da Fatern também participavam do evento, com um estande onde mostravam a relação entre homens e mulheres hipertensivas atendidas pelo Programa Saúde na Família em Natal. Dados do programa Hiperdia, mostram que entre 2004 e 2009, o maior número de hipertensos eram mulheres. Segundo a pesquisa, em 2004 o número de homens doentes de pressão alta era de 207, contra 404 de mulheres. Em 2006, o pico, enquanto havia 839 mulheres hipertensas, o número de homens chegou a 390. No ano seguinte, essa proporção foi de 617 mulheres e 296 homens. No ano passado, devido o trabalho mais preventivo do PSF, esse número caiu bastante, 61 mulheres eram hipertensas e 25 os homens. PARANÁ CONFIRMA 180 CASOS DE GRIPE SUÍNA E QUATRO MORTES CAUSADAS PELA DOENÇA O último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Paraná confirma 180 casos de influenza A (H1N1) – gripe suína – e quatro mortes causadas pela doença no estado. Para evitar a transmissão do vírus Influenza H1N1 em locais de aglomeração de pessoas, o Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe-PR) recomendou a prorrogação das férias ou a paralisação das atividades nos estabelecimentos que já iniciaram as atividades do segundo semestre letivo, com retorno previsto para dia 10 de agosto. A data poderá ser adiada se houver necessidade. O sindicato representa cerca de 2 mil escolas de todo o estado. As secretarias de Educação e da Saúde de Curitiba também decidiram adiar para o dia 10 o retorno das aulas de creches e escolas municipais, que começariam no dia 4, atingindo aproximadamente 110 mil alunos de 175 escolas municipais e 30 mil crianças de 168 creches. Autoridades da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba estão recomendando às escolas estaduais e particulares e a cursinhos pré-vestibulares que suspendam suas atividades temporariamente para reduzir os riscos de contaminação. Algumas universidades e faculdades já decidiram suspender as aulas. A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) foi uma das primeiras a decidir pela paralisação das atividades até o dia 9, nos quatro campi da instituição: Curitiba, São José dos Pinhais, Londrina e Toledo. Na rede estadual de ensino, no entanto, as aulas não serão suspensas. A orientação da Secretaria Estadual de Saúde é que professores, alunos e funcionários com sintomas da nova gripe procurem uma unidade de saúde e evitem locais de aglomerações de pessoas. Para evitar transmissão do vírus em ambientes fechados, a prefeitura de Curitiba encaminhou ofício às empresas de transporte coletivo e aos motoristas de ônibus pedindo que os veículos circulem com as janelas abertas ou semiabertas. Dos 180 casos da doença confirmados, 111 são na capital paranaense. A Justiça do Trabalho também suspendeu todas as audiências marcadas no Fórum Trabalhista de 1º Grau de Curitiba até o dia 7, a fim de evitar aglomerações. Pelo menos 2 mil pessoas passam diariamente pelo Fórum Trabalhista de Curitiba. A orientação é que elas busquem informações sobre os processos por telefone e só compareçam ao fórum quando for imprescindível. Segundo a Justiça do Trabalho, as audiências serão agendadas novamente, em horários especiais, conforme a pauta de cada vara. Os exames de diagnóstico da doença em pacientes que moram no estado estão sendo realizados pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR), o quarto do país a fazer esse tipo de teste e o primeiro a ser descentralizado. Ontem (29), foram divulgados os primeiros resultados analisados pelo laboratório, de 145 amostras. Em 16 de julho, o Lacen deixou de enviar à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) as amostras de casos que não são considerados graves. Ao todo, 1.253 exames serão processados pelo Lacen nos próximos dias. O MOSSOROENSE PACIENTE NÃO RECEBE COLÍRIO PROMETIDO DURANTE MUTIRÃO DE SAÚDE O mototaxista Francisco Pereira denunciou a falta de compromisso do poder público e de uma empresa privada com o cidadão. Segundo Francisco, durante um mutirão de saúde realizado no dia 18 deste mês, no PAM, do Bom Jardim, uma unidade do Hospital Geral de Oftalmologia (HGO) foi instalada para atender os cidadãos e diagnosticar problemas oftálmicos. “Eu estive lá, fui consultado e descobriram que eu tinha glaucoma. Então me passaram um colírio para controlar a pressão no olho e disseram que eu poderia pegar no dia 24, sexta-feira. Foi quando começou o problema”, conta o trabalhador. Ele explica que quando chegou ao hospital para receber o medicamento funcionários do local informaram que não tinham autorização do auditor da Prefeitura, Gildvan Carneiro, para entregarem o colírio. “Então eu voltei lá ao PAM e me instruíram a ir à Secretaria de Saúde; fui até lá e falei com uma funcionária que fica na farmácia e fui informado que o HGO não está regular com a Prefeitura”, revela Francisco. Ainda segundo ele, na Secretaria de Saúde, ele foi informado que as empresas que estão cadastradas na Prefeitura continuam recebendo os medicamentos, mas nesse mutirão a responsabilidade era do hospital. “Eles ficam nesse impasse, e eu não recebo o medicamento, que inclusive custa R$ 50 na farmácia. Um órgão privado, o HGO, utiliza as instalações de um órgão público para o mutirão, e o cidadão vai até lá, se enche de esperança e não resolve seu problema”, critica o mototaxista. De acordo com a farmacêutica da Gerência da Saúde do município, Roseane Lima, vários pacientes procuram a gerência para informarem que estão tendo dificuldades de receber os medicamentos receitados durante o mutirão. “O HGO fez essa triagem e diagnosticou vários casos de glaucoma, mas é o próprio hospital que tem que entregar aos pacientes, não tem nada a ver com a Prefeitura”, afirma a farmacêutica. O jornal O Mossoroense tentou entrar em contato com a administração do hospital, anteontem, mas a administradora Gilmara disse que não poderia atender a ligação no momento e pediu para entrarmos em contato novamente outra hora. Ontem, voltamos a procurar a direção por três vezes. Na última vez, a recepcionista disse que ela estava, mas, quando passou a ligação, fomos informados que ela não estava e não viria trabalhar. PACIENTE É LIBERADO POR NÃO APRESENTAR SINAIS DA SÍNDROME RESPIRATÓRIA O paciente ainda não identificado que foi levado ao Hospital Wilson Rosado tinha apenas uma suspeita de caso da gripe A. Segundo o infectologista Alfredo Passalacqua, ele não apresentava nenhum dos sintomas que caracterizam a chamada síndrome respiratória grave. “Ele não apresentava sinais significativos da gripe, nem morbidades [doenças graves como diabetes, enfisemas ou problemas cardíacos] que pudessem ser potencializadas pelas suspeitas, por isso, foi liberado e já está em casa”, disse. Ainda de acordo com o médico, os pacientes que não apresentarem os sintomas não irão ficar de quarentena, e os que estiverem com indícios da Influenza A serão diretamente internados no Hospital Rafael Fernandes – que tem uma enfermaria com leitos especiais e reservados para o atendimento de possíveis casos da gripe. Na tarde de ontem, o hospital que atendeu o paciente foi novamente procurado pela reportagem do jornal O Mossoroense, mas não deu informações sobre o caso. Alguns sintomas da Influenza A, segundo o infectologista Alfredo Passalacqua: Febre constante acima de 38 graus; Tosse aliada à dor de garganta; Sinais gastrointestinais como náuseas, vômitos e diarreias e Falta de ar. Profissionais da saúde participaram de oficina promovida pela II Ursap Enfermeiros e médicos das Unidades Básicas de Saúde de Mossoró passaram a tarde de ontem recebendo orientação sobre como abordar, investigar e diagnosticar casos de Influenza A. O treinamento foi ontem em oficina de capacitação promovida pela II Unidade Regional de Saúde Pública (Ursap). Representantes do Estado e do município também participaram e informaram quais as ações que serão tomadas para evitar uma epidemia da doença. A coordenadora do Programa de Controle da Influenza A, da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Stella Rosa Sousa Leal, disse que o Governo do Estado estará enviando para os médicos de Mossoró um guia de bolso com informações sobre a doença – para que eles possam estar sempre atentos aos possíveis casos de gripe A, evitando que haja a confusão entre os tipos de gripe – e que estaria enviando ao Hospital Regional Tarcísio Maia tratamentos específicos para a doença. “Essa cartilha já está sendo usada em Natal, e eu vou solicitar o envio dela para os profissionais de Mossoró, pois ela serve como um auxílio na hora de identificar a doença”, disse. Stella ainda alertou os profissionais a sempre que tiverem dúvidas sobre um paciente, encaminhá-lo ao HRTM, pois este e o Hospital Rafael Fernandes são os locais especializados para o tratamento. No município, outras ações já estão sendo tomadas. Segundo o coordenador do controle desse vírus no município, Luís Gomes, a Gerência de Saúde já está analisando a possibilidade de implantar alguns serviços na cidade, como o Disque H1N1 – um número que esclarece as dúvidas da população. “O Rio de Janeiro lançou essa ação, e nós, do município, já estamos tentando implantar o Disque H1N1 aqui, para oferecer ajuda profissional àqueles que têm dúvidas com relação à doença”, explicou Luís. Além disso, o coordenador falou que o município está tentando aumentar o estoque de máscaras protetoras, remédios e leitos, para que nenhum paciente com suspeita fique sem atendimento ou tratamento. Já o infectologista Alfredo Passalacqua orientou os médicos e enfermeiros sobre como agir, dentro do seu local de trabalho, quando houver uma suspeita da doença; como diferenciar a síndrome respiratória grave [termo que usou para falar da gripe A], de uma gripe comum. Ele explicou que o uso das máscaras deve ser restrito aos pacientes que estiverem com a suspeita e aos profissionais que estiverem lidando com pessoas doentes. “Quem não está doente, não precisa usar a máscara, basta apenas tomar os cuidados básicos que evitam o contato com o vírus”. Ao final, o infectologista falou dos cuidados que os hospitais e as demais instituições de saúde devem ter com o isolamento dos pacientes, a vestimenta dos profissionais e a sua limpeza – já que o vírus pode ser transmitido através de superfícies. “Para tratar um paciente, o profissional deve estar todo paramentado com óculos, gorro, capote e máscara, já os materiais utilizados no tratamento devem ser muito bem higienizados”, falou. JORNAL DE FATO MOSSORÓ CAPACITA FUNCIONÁRIOS DA SAÚDE As notícias envolvendo a Gripe H1N1, popularmente conhecida como Gripe Suína, no Brasil têm deixado a população confusa. Diante do avanço do número de doentes no país e de vários casos suspeitos da doença registrados na região Nordeste, a Gerência Executiva da Saúde iniciou um trabalho preventivo nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) – do Santo Antônio e do Alto de São Manoel – com o objetivo de capacitar médicos e enfermeiros da rede pública municipal de saúde, no sentido de orientar na notificação da gripe e encaminhar o paciente para o devido tratamento. Os trabalhos estão sendo realizados em parceria com a Vigilância Sanitária Municipal, com as orientações de médicos infectologistas. Durante o dia de ontem (29), as ações de capacitação dos profissionais da área foram realizadas no auditório do Villa Oeste Hotel. O município ainda não registrou nenhum caso suspeito da Gripe, porém o objetivo da Gerência da Saúde é evitar que haja problemas nas UBS e UPAs se, por ventura, algum paciente for levado para atendimento médico apresentando sintomas da doença. “Estamos justamente capacitando nossos profissionais para, caso haja necessidade, atender o paciente da melhor forma possível”, comenta Jaqueline Amaral, gerente de Saúde. A Prefeitura de Mossoró solicitou ao Governo do Estado por intermédio da Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP), que o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) possa servir como hospital de apoio, caso haja necessidade de deixar pacientes em estado de observação. A gerente da Saúde informa que o secretário estadual de Saúde, George Antunes, ainda não respondeu aos ofícios encaminhados. “O Estado ainda não concluiu o PPI (Programa de Pactuação Integrada) e, por isso, não foi possível termos uma resposta”, explicou a titular da pasta, acrescentando que a confirmação de apoio deve ser oficializada até o mês de setembro. PMM pediu reforço ao Governo do Estado Segundo a Prefeitura, o Governo do Estado ainda não sinalizou para um convênio proposto pela Prefeitura de Mossoró no que diz respeito ao repasse de verba para pagamento de médicos do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). A gerente da Saúde, Jaqueline Amaral, frisa que o mesmo convênio já ocorre envolvendo o Governo e a Prefeitura de Natal. Atualmente, o Município está pagando plantões aos profissionais da unidade estadual de saúde. A gerente informa ainda que o secretário estadual de Saúde, George Antunes, definiu que iria autorizar o desconto na produção do Sistema Único de Saúde (SUS), liberado pelo Ministério da Saúde ao HRTM, para que a Prefeitura de Mossoró pudesse arcar com o pagamento de plantões de médicos do setor de ortopedia do hospital. “O município vai pagar os plantões da ortopedia, mas isso ocorrerá somente mediante autorização do secretário estadual de Saúde”, comentou Jaqueline. Assessoria de Comunicação do Cremern Telefone: 4006-5343 Contatos: Casciano Vidal: 9990-1473 Ana Carmem: 9911-6570
Clipping Cremern – 31/07/2009: Notícias da área médica nos principais jornais do RN
31/07/2009 | 03:00