TRIBUNA DO NORTE COLÍRIOS ESTÃO EM FALTA NA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE Há mais de seis meses os portadores de glaucoma não recebem os colírios utilizados para o controle da pressão interna ocular. A entrega do medicamento é feita para as pessoas cadastradas previamente pela Secretaria Municipal de Saúde através de atestado médico. Apesar de distribuído pela rede municipal de saúde, a verba para compra dos produtos vem do governo federal. O glaucoma atinge 2% da população mundial, sendo mais comum em adultos e idosos. Os colírios mais caros utilizados no tratamento da doença custam em média R$ 90 nas farmácias. A maioria das famílias que procuram o serviço público não tem condições de efetuar a compra da medicação e estão aflitas com a falta do produto. “O desuso do colírio pode levar à cegueira”, afirma o oftalmologista Dr. Carlos Alexandre. O glaucoma consiste no aumento da pressão do olho e destrói gradativamente o nervo ótico com a perda do campo de visão. Os casos mais comuns são entre os adultos e idosos, porém também ocorrem em crianças, é o caso de Pedro Gomes, 6 anos. O caso de Pedro é chamado de glaucoma congênito, pois ele nasceu com a doença. O garoto passou por cinco cirurgias em Natal e uma em São Paulo devido à gravidade do seu diagnóstico. Os colírios são de suma importância para o tratamento de Pedro e devem ser usados diariamente. “Meu filho precisa usar o colírio todos os dias. O que seria de nós se não comprássemos o medicamento na farmácia? Gastamos em média R$ 250 por mês com o tratamento”, desabafa o corretor de imóveis Werley Andrey, pai da criança. Ele diz que quase todos os dias procura o Centro Clínico Zeca Passos, na Ribeira, onde o medicamento é distribuído e sempre dizem que em 15 dias tudo estará regularizado. Isso ocorre desde o mês de março. A falta de medicamentos na saúde municipal não é um caso novo e não se restringe a medicamentos de alto custo. Questionado sobre a recorrência da falta do colírio na rede municipal, Dr. Carlos comenta que é comum. “Sempre faltam colírios nos postos de saúde que fazem a entrega para população. É um problema sério, crítico”. Uma outra vítima do descaso da saúde municipal é o bancário Airton de Medeiros Brito. “Não aguento mais ouvir que o caso está sendo solucionado e que no dia 20 os colírios serão entregues. Todo mês é isso e nada de resolverem. Eles vão esperar quantas pessoas cegarem, quantos idosos?”. O bancário já ameaçou denunciar a Secretaria Municipal de Saúde ao Ministério Público e diz que fará se mais uma vez o problema persistir. “Sabemos que a verba para a compra dessa medicação é federal e vem regularmente. Onde a prefeitura coloca esse dinheiro?”, questiona Airton. O único colírio que está disponível no Centro Clínico Zeca Passos é o betaxolon, um dos mais baratos do tratamento. O secretário municipal de Saúde, Thiago Trindade, informa que todo o problema de falta de medicamentos será resolvido com a implantação do Programa Farmácia da Gente a ser lançado em outubro. A Prefeitura comprará medicamentos da rede comercial com o objetivo de sanar as necessidades de todas as unidades de saúde. Em relação ao problema da falta dos colírios na rede municipal que afeta crianças, adultos e idosos, ele diz que o processo de compras está concluído. “O processo de aquisição desses itens está pronto e ainda essa semana começaremos a distribuir os colírios.” TAXA DE MORTES POR CÂNCER CAI NAS CAPITAIS BRASILEIRAS Rio (AE) – A taxa de mortalidade por câncer nas capitais brasileiras caiu no período entre 1980 e 2004, aponta pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) publicada na revista da Associação Médica Brasileira. A redução foi de 4,6% entre homens e 10,5% entre mulheres, ao longo dos 25 anos estudados – o que faz dessa uma das mais longas séries históricas sobre mortalidade por câncer com dados nacionais e não regionais. Em 1980, morriam 105 mulheres, em 100 mil habitantes, por câncer Em 2004, a taxa havia caído para 94 por 100 mil. Entre os homens, essa queda foi mais discreta – de 147,4 para 140,6 por 100 mil. O que mais contribuiu para a redução foi a queda da mortalidade do câncer de estômago, afirma o médico Luiz Augusto Marcondes Fonseca, pesquisador do Departamento de Medicina Preventiva, que dividiu a autoria do trabalho com os professores José Eluf-Neto e Victor Wunsch Filho. “Possivelmente está diminuindo a incidência (por câncer de estômago) e isso ocorre em boa parte do mundo. Câncer é doença de longa produção, então, o que se pensa é que a qualidade da comida está melhorando. Para preservar os alimentos, não se usa mais salgar ou defumar, pois produzem substâncias carcinogênicas, por que se tem a geladeira”, afirma Fonseca. A mortalidade masculina caiu de 25 para 13 por 100 mil, e a feminina, de 12 para 6 por 100 mil habitantes. Por outro lado, houve aumento pequeno da taxa de mortalidade de mulheres por câncer de colo de útero e pulmão. Nos homens, subiu a mortalidade por câncer de próstata (de 12 para 18 por 100 mil) “É correta a estratégia do Ministério da Saúde de focar campanhas que tratem da saúde do homem. Historicamente, sempre se teve programa de saúde infantil, materno-infantil, saúde da mulher. E o homem é quem menos se cuida.” Os pesquisadores buscaram os dados brutos sobre óbitos no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Fizeram os cruzamentos das mortes por diversos tipos de câncer e, com a ajuda de cálculos matemáticos, isolaram a influência que o envelhecimento da população tem sobre essas mortes. “O dado bruto indica que aumentou a mortalidade por câncer. Mas a população está envelhecendo e o câncer, na maioria dos casos, é doença que mata, no mínimo, pessoas de meia idade e idosos. Essas pessoas vão ter mais câncer, naturalmente. Mas se eu retirar a influência do envelhecimento na população, eu posso analisar se a incidência aumentou, se o número de casos se manteve ou se subiu. E posso especular sobre as possíveis causas do que ocorreu”, explica Fonseca. Em 2002, já havia sido publicado trabalho semelhante, comparando a taxa de mortalidade por câncer no Brasil no período entre 1980 e 1995. O estudo, que também apontava redução da taxa de mortalidade pela doença, foi alvo de críticas por conta da baixa qualidade dos dados a respeito de óbitos no Brasil nos anos de 1980 e 1990. Por essa razão, os pesquisadores se debruçaram, desta vez, somente sobre as informações registradas nas capitais “Os dados de mortalidade que se baseiam nas declarações de óbito são mais completos e mais fidedignos nas capitais, principalmente na década de 1980”, afirma Fonseca. Pacientes buscam cura com ‘extraterrestre’ em São Paulo São Paulo (AE) – Cerca de 400 pessoas esperavam na tarde da última terça-feira para passar por uma consulta com a médica Shellyana, uma extraterrestre que vive na constelação de Plêiades. Não, não se trata de um filme de ficção científica. Medicina e vida fora da Terra se encontram em São Paulo, mais especificamente na Vila Mariana, zona sul da capital paulista, na figura da médica cirurgiã Mônica de Medeiros, de 53 anos, formada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Vem dela o conceito de medicina extraterrestre, prática que já chamou a atenção do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). O portão azul é o endereço da Casa do Consolador, definido por Mônica como um Centro Universalista, sem religião definida, que atende cerca de 7 mil pessoas por mês com base no que ela chama de ‘fraternidade universal’. São feitos trabalhos em prol de crianças carentes e de animais abandonados. Por lá, o conceito de medicina extraterrestre é comum tanto entre os que buscam atendimentos quanto entre os voluntários. Há quem diga que já tomou vacinas contra a gripe aviária produzidas por extraterrestres, distribuídas gratuitamente. Outros levaram suas crianças para passar por uma mudança de DNA, sob a promessa de adquirir imunidade contra todos os tipos de doenças. “Sabia que ela falava que curava mas nunca vi laudos de cura de aids, câncer ou qualquer outra doença. Se ela diz que cura precisa provar porque as pessoas que estão doentes e as famílias acabam se apegando a isso”, diz a pesquisadora metafísica Angela Cristina de Paschoal, que afirma ter trabalhado com Mônica. A investigação do Cremesp, que abriu uma sindicância para apurar o caso, corre em sigilo e também leva em conta alguns vídeos sobre a medicina extraterrestre que circulam pela internet. Neles, Mônica fala sobre cura – inclusive para câncer e aids. A investigação foi iniciada em 18 de junho depois que a profissional declarou que atendia no centro, enquanto médium, pessoas abduzidas por extraterrestres. A informação foi dada à reportagem do jornal “Folha da Região de Araçatuba”, no interior do Estado, em 2009. Sobre os vídeos, a médica garante que não passam de montagens feitas por gente disposta a prejudicá-la. Antes de ouvir Mônica, a reportagem frequentou a Casa do Consolador durante dois dias, como paciente, em busca de ajuda espiritual para uma doença nos pés. Nos atendimentos espirituais, a recomendação era a de que o tratamento médico convencional não deveria ser abandonado. DIÁRIO DE NATAL MAL DE ALZHEIMER // SECRETARIA PROMOVE EVENTO Para marcar o Dia Mundial do Alzheimer (21 de setembro), a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) está preparando uma série de atividades com orientações para a doença. O objetivo é alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, bem como os cuidados familiares e tratamentos para aqueles que já convivem com a doença. O Mal de Alzheimer, que é um problema de causa desconhecida, atinge 5 % da população com mais de 65 anos. Após os 80 anos, a prevalência da doença é de 15%. No Brasil, estima-se que pelo menos 700 mil pessoas sofrem com o mal. CORREIO DA TARDE ANTIGO ITORN SE TRANSFORMA EM NOVO HOSPITAL DO ESTADO Foi assinado, pelo governador Iberê Ferreira, o decreto denominando o novo hospital estadual de Ruy Pereira dos Santos, ex-secretário de Estado, falecido no dia 11 de fevereiro deste ano. O governador visitou na tarde de ontem (15), ao lado do secretário nacional de saúde, Alberto Beltrame, as dependências do local que entrará em funcionamento ainda este mês, com 100 leitos, sendo 84 para atendimento clínico e 16 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Durante a visita, Alberto Beltrame anunciou o aumento do teto da Saúde do Estado que passa de R$ 385 milhões para R$ 403 milhões por ano (mais R$18 milhões). “Em apenas cinco meses de governo estamos garantindo um novo hospital para atender a população de Natal e do Rio Grande do Norte. Estamos enfrentando e vencendo o desafio de melhorar a assistência de saúde pública do Estado”, afirmou o governador. Segundo o titular da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), George Antunes, a demanda do novo centro de atendimento será suprida tanto por médicos remanejados de outras unidades quanto pelos aprovados no último concurso público. O número total de profissionais, e a logística de redirecionamento, contudo, ainda não foram definidos. A informação do secretário é de que até amanhã (17), o setor de RH do órgão público tenha este dimensionamento em mãos. Além disso, ainda não foram comprados os equipamentos necessários para realização de um novo procedimento que passará a ser oferecido pelo hospital: a cirurgia vascular. Também será necessário adquirir novos arcos cirúrgicos, além de outros instrumentos específicos. “Ainda estamos em fase de pesquisa mercadológica, porém isso não representa um custo alto. Os equipamentos que faltam são apenas complementares, no contexto das operações que serão realizadas aqui”, afirmou o secretário durante visita de autoridades à unidade de saúde. Segundo ele, se não inaugurarem com todos os procedimentos, pelo menos o farão com a grande maioria. Além das cirurgias vasculares, serão feitos atendimentos de clínica-geral, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e trauma-ortopedia. O novo hospital estadual promete reduzir a superlotação no Walfredo Gurgel. Para viabilizar a nova unidade hospitalar, o Governo do Estado firmou contrato de locação com o Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Rio Grande do Norte, o antigo ITORN, para uso de toda a sua estrutura, incluindo mobília e utensílios indispensáveis ao funcionamento de um hospital. O contrato para a locação do local, publicado na edição do Diário Oficial do Estado do último dia 9, tem vigência de um ano. O valor total do investimento é da ordem de R$ 2,4 milhões, referente ao valor mensal de R$ 200 mil pelo período de 12 meses. Ruy Pereira Médico sanitarista, formado em Recife, Ruy Pereira dos Santos, chegou ao Governo do Estado, em 2005, para ser o titular da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Depois, foi secretário de Assuntos Institucionais e, em seguida, em junho de 2008, assumiu a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEEC), órgão em que permaneceu como titular até a data de seu falecimento. Antes de fazer parte da equipe de auxiliares do Governo do Estado, Ruy Pereira trabalhou como assessor especial do Ministério da Saúde e foi prefeito do munícipio de Serra Negra do Norte. Assessoria de Comunicação do Cremern Telefone: 4006-5343 Contatos: Casciano Vidal: 9990-1473 Ana Carmem: 9909-4100
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17/09/2010 | 03:00