O déficit de leitos nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) neonatal e pediátricas no Rio Grande do Norte e as propostas para o setor foram os temas debatidos nesta segunda-feira (20), em audiência pública na Assembleia Legislativa. A discussão foi de iniciativa da deputada estadual Márcia Maia, que durante a audiência fez um apelo aos colegas deputados pelo encaminhamento de emendas parlamentares para serem aplicadas nas unidades infantis.

Durante o debate, o médico Madson Vidal, coordenador do projeto Criança Viva, apresentou um diagnóstico sobre a situação atual das UTIs neonatais e pediátricas do Estado. De acordo com o levantamento, que considera hospitais públicos e privados, o RN dispõe hoje de 103 leitos neonatais e 39 pediátricos. Os dados revelam um déficit total de 301 vagas, sendo 93 neonatais e 209 pediátricas. Cada leito de UTI é suficiente para salvar 40 crianças por ano. A proporção atual é de 40 leitos para cerca de 800 mil crianças no Estado.

O presidente do Conselho Regional de Medicina, Marcos Lima de Freitas, foi até a tribuna para mencionar o que a instituição tem feito para cobrar a abertura de novo leitos de UTI, como uma Ação Civil Pública aberta pelo Conselho desde 2012 solicitando providências ao Governo do Estado. Marcos Lima destacou também dados nacionais do último levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Medicina – CFM, em que “nos últimos 5 anos o país perdeu 24 mil leitos de internação. Quase 8 entre 10 cidades brasileiras não tem UTIs, sendo o setor de pediatria um dos mais afetados. “Os cuidados intensivos para as nossas crianças passa hoje por uma das piores crises já vistas no nosso estado e no nosso país”, argumentou Dr. Marços Lima de Freitas.

A audiência pública foi realizada em parceria com o projeto Criança Viva, iniciativa que atua em favor da ampliação das UTIs infantis e contou com a participação, além do presidente do CREMERN, da vereadora Julia Arruda (PDT), representante da Secretaria de Saúde, Vitória Régia, promotor de Justiça de Saúde do MPRN, Carlos Henrique Rodrigues, representante da Defensoria Pública do RN, Igor Melo, diretora médica da Maternidade Januário Cicco, Maria da Guia Medeiros, representante da Sociedade Norte-riograndense de Terapia Intensiva, Antônio Fernando Coelho, representante do Hospital Giselda Trigueiro, Bosco Barbosa e o superintendente do Hospital Onofre Lopes, Stenio Gomes da Silva.

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