TRIBUNA DO NORTE INSCRIÇÕES PARA O SAMU RN SÃO PRORROGADAS As inscrições para concorrer a uma das 696 vagas temporárias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram prorrogadas até o dia 26 de novembro, e podem ser feitas através do site www.funcab.org. Organizado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde (Copis-RN), o processo seletivo simplificado constará de análise curricular, experiências profissionais e prova de títulos, que serão avaliados pela Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab). A taxa de inscrição será de R$ 80 reais para médico, R$ 50 reais para os demais cargos de nível superior e R$ 30 para os outros cargos. As vagas estão disponíveis para 53 cidades de todo o Rio Grande do Norte, e os salários variam de R$ 9.282 reais para o cargo de médico a R$ 1.112 para os cargos de telefonista e rádio operador. O cadastramento dos dados pessoais e do currículo será feito pela internet, no sítio da Funcab. Há vagas para quem tem nível superior, médio e fundamental completo. Os profissionais de nível superior poderão concorrer às vagas para farmacêutico (3 vagas), médico regulador/intervencionista (63 vagas) e enfermeiro (35 vagas). Os candidatos de nível médio poderão concorrer aos cargos de técnico de enfermagem – para quem tem um curso técnico na área (com 185 vagas), telefonista auxiliar de regulação médica (15 vagas), condutor de veículo de urgência (90 vagas) e cinco vagas para rádio operador. Os médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, condutores de veículo de urgência e rádio operadores irão ter uma jornada de trabalho de 40 horas semanais em regime de plantão de 12 horas, que totalizam 144 horas distribuídas em escalas de serviço mensal. Os candidatos aprovados que não forem convocados vão compor o cadastro de reserva de profissionais do Copis-RN, que será estruturado conforme a ordem de classificação por cargo e município. Todas as informações acerca do processo seletivo para o Samu-RN estão disponíveis no www.funcab.org. MÉDICOS PEDEM PADILHA NA SAÚDE A presidenta eleita Dilma Rousseff esteve com seus médicos em São Paulo, sábado, e até conversou com eles sobre saúde pública, durante almoço no Hospital Albert Einstein. Eles pediram para Dilma incluir o Ministério da Saúde em sua cota pessoal, sem submetê-lo a interesses partidários. Todos defenderam para o cargo de ministro da Saúde o médico Alexandre Padilha, atual ministro de Relações Institucionais. Conselho médico Dilma ouviu os médicos Roberto Kalil Filho, que é amigo, Guilherme Almeida e Giovanni Cerri, futuro secretário de Saúde paulista. “Só participa do governo quem é ‘ficha limpa’” Agnelo Queiroz (PT), governador eleito do Distrito Federal Pele de bebê Após o almoço, Dilma esteve por duas horas com Guilherme Almeida, dermatologista conceituado, especialista em tratamento fácil a laser. Firmeza A crise financeira européia permeou toda a conversa de Dilma, ontem, com Nelson Barbosa, secretário da Políticas Econômicas do Ministério da Fazenda e um dos cotados para presidir o Banco Central. Helicóptero… Após a surra dos aliados para o Partido Colorado, na disputa pela prefeitura de Assunção, o paraguaio Fernando Lugo foi às compras: encomendou um helicóptero Bell 427 avaliado em US$ 5 milhões. Pluralidade Guilherme Almeida tem uma particularidade curiosa: é medico de Dilma e também do tucano José Serra, derrotado nas eleições presidenciais. Infraero tem receita Dinheiro é o que não falta à catatônica Infraero. Enquanto a estatal instala “puxadinhos” nos aeroportos, como em Brasília, para disfarçar sua incapacidade de realizar obras de ampliação, acaba de depositar mais R$ 1,6 bilhão em uma conta de remuneração no Banco do Brasil, arrecadados com taxas aeroportuárias, aluguel de espaço, publicidade, armazenagem, etc. Já as obras com vistas à Copa e Olimpíadas… …e sem ‘Aerolugo’ O ex-bispo Lugo, que engravidou cinco mulheres, inclusive menores, tentou fazer Itaipu Binacional comprar para ele um luxuoso jatinho de U$ 30 milhões, mas o presidente brasileiro Jorge Samek vetou. Respeito Ao contrário de artistas brasileiros, que atormentam plateias atrasando seus show às vezes por três horas, Paul McCartney subiu ao palco em São Paulo, domingo, apenas cinco minutos depois da hora marcada. Vacina O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) defende a reeleição desde que o terceiro mandato seja proibido ainda que não-seqüencial, como nos Estados Unidos. Ele chama a proposta de “vacina democrática”. Saúde nos trinques Após o encontro com Dilma, os médicos disseram a amigos que se sentiam “orgulhosos” com o ótimo estado de saúde dela. Jogou a toalha O governador da Bahia, Jacques Vagner (PT), desistiu de indicar o futuro presidente do Banco do Nordeste. O cargo será do governador Cid Gomes em aliança com o PT do Ceará. Sede própria A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, presidida por Reinaldo de Almeida Cesar, inaugura sua sede própria nesta quarta-feira, em Brasília, como parte das celebrações dos seus 34 anos. Apagão no ar A Anac finalmente proibiu o overbooking no fim do ano, mas o setor vive a expectativa de novo apagão aéreo a qualquer momento. Poder ambicionado Ao indicar o senador eleito José Pimentel (PT-CE) para a primeira-secretaria do Senado, o PT avisou que deseja herdar todos os poderes conferidos por José Sarney a Heráclito Fortes (DEM-PI), ocupante atual do cargo, que não se reelegeu. Mas falta combinar com o PMDB. Apagão em terra Aeroportos mais movimentados do País estão na iminência de apagão. Todos estão congestionados, com estrutura defasada. Pior não fica Em Congonhas (SP), os passageiros até são embarcados, mas a decolagem atrasa até por uma hora, por causa do tráfego de aviões. RN É OBRIGADO A FORNECER MEDICAMENTO A PORTADOR DE DOENÇA GRAVE O governo Estado do Rio Grande do Norte deve fornecer a R.A.A. a medicação Mabithera (Rituximabe) 500 mg, direcionada para quem sofre de “Purpua Trombocitopênica Imunológica”, doença caracterizada pela diminuição do número das plaquetas no sangue. A decisão é dos desembargadores da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, que mantiveram sentença da juíza da 3ª Vara da Fazenda Pública de Natal, Ana Cláudia Secundo da Luz, ao analisarem Apelação Cível interposta pelo Poder Executivo. A paciente alegou que não alcançou a distribuição gratuita do remédio e não dispõe de recursos financeiros para arcar com o alto custo do tratamento. Disse também que procurou assistência junto a UNICAT, contudo, não obteve êxito. “Tais prestações devem ocorrer nas doses, quantidades e períodos exatos, prescritos pelo médico, enquanto perdurar a necessidade”, assinalou a juíza. Em caso de descumprimento da decisão, fixou ainda multa diária de R$ 1.000,00. “O Estado tem obrigação de incluir, em seu orçamento, os recursos necessários para a saúde, inclusive para tratamento de doenças das pessoas sem recursos financeiros, notadamente em casos que demandam atendimentos urgentes”, enfatizou a magistrada. Os desembargadores decidiram por manter na integra a decisão de primeiro grau. Com informações do Tribunal de Justiça do Estado. DIÁRIO DE NATAL SAÚDE TERÁ R$ 1,2 BILHÃO EM 2011 Os recursos previstos no Orçamento Geral do Estado (OGE) para a Saúde Pública, cerca de R$ 1,2 bilhão, foram o tema central de uma audiência pública, realizada na manhã de ontem e proposta pelo deputado Paulo Davim (PV). Na ocasião, representantes do segmento e parlamentares se reuniram no plenarinho da Assembleia Legislativa para apresentar as necessidades da Saúde estadual, discutir e sugerir a distribuição desses recursos para o exercício financeiro e administrativo de 2011. Num universo de mais de R$ 9 bilhões, valor total do Orçamento, a verba estabelecida a um dos setores mais problemáticos de uma gestão foi considerado insuficiente pelos profissionais que atuam nesse contexto de deficiência. Para o deputado Paulo Davim, é preciso discutir o orçamento de maneira ampla, com a participação dos municípios pólos de cada região, como Mossoró, Caicó, Assu, entre outros. “Por muito tempo eu achei que os problemas da Saúde podiam ser resolvidos no âmbito do estado. Mas hoje eu sei que essa ajuda precisa vir dogoverno federal. Acho que deve ser aprovada a emenda 29, que prevê mais recursos para a Saúde, deve ser feita a separação das carreiras pública e privada e criar a carreira SUS. Quero que a Saúde seja uma prioridade nacional”, disse Paulo Davim. MEDICINA COLONIAL Livro descreve práticas médicas no Brasil entre os séculos 16 e 18: desconhecimento e crenças se fundiam O cenário idílico descrito por Pero Vaz de Caminha aos conterrâneos portugueses sugeria um paraíso cercado de abundância, beleza e bonança, livre das mazelas do Velho Mundo. Se em parte o escrivão da frota de Cabral estava certo – fartura e bonitezas não faltavam à Ilha de Vera Cruz -, por outro lado, seu relato desconsiderou a existência de seres bem diferentes das “três ou quatro moças, bem novinhas e gentis, com cabelos muito presos e compridos pelas costas”, que tanto impressionaram Caminha. Parasitas, micróbios e bactérias também proliferavam no Brasil pré-cabralino, tanto quanto ouro, madeira e água fresca. Há séculos infestando as carnes indígenas, não demoraram para se instalar nos colonizadores, que, por sua vez, trouxeram da metrópole mais do que a “civilização” e a cobiça. As doenças dos brancos viajaram com eles pelos mares “nunca dantes navegados”, assim como as moléstias africanas, transportadas pelos navios negreiros. O resultado do contato entre povos diferentes que viveram séculos isolados uns dos outros não foi somente a aclamada miscigenação brasileira. Pestes, epidemias e doenças desconhecidas assolaram portugueses, índios e escravos, fazendo com que a “visão do paraíso” muitas vezes se aproximasse mais da visão do inferno. As mazelas dos trópicos e as formas como eram combatidas no período colonial foram estudadas pela médica Cristina Gurgel, que uniu suas duas paixões – a história e a medicina – no recém-lançado livro Doenças e curas – o Brasil nos primeiros séculos (Contexto). Escrita para leigos, a obra é derivada da tese de doutorado de Cristina. No início, ela pretendia pesquisar plantas medicinais usadas no período colonial, mas decidiu ampliar os estudos. Por sugestão de sua orientadora, a médica resolveu adaptar o texto acadêmico para um livro de fácil acesso a qualquer pessoa. Professora da PUC de Campinas, clínica-geral e cardiologista, a autora encontrou tempo para se debruçar sobre centenas de registros e documentos históricos do período colonial. “Fiz nos intervalos, por pura paixão”, conta. PRÁTICAS ESTAVAM FORA DO CURRÍCULO Embora leitora voraz de livros sobre a história do país, Cristina não deixou de se surpreender quando fazia as pesquisas para a tese. “ma das coisas mais interessantes é que tanto os indígenas quanto os colonizadores achavam que todas as doenças vinham de fora. Por isso, tentavam se livrar daquilo que estava atrapalhando a saúde”, conta. Enquanto os europeus usavam métodos como a sangria – procedimento que provavelmente matou muita gente de anemia -, os índios brasileiros eram mestres na arte de provocar vômitos. Logo as raízes que cultivavam com esse objetivo começaram a ser exportadas e viraram sucesso na Europa. Estar doente, naquela época, era quase assinar o próprio atestado de óbito. Medicina e religião ainda estavam muito associadas, o que dificultava o estudo da anatomia humana. Abrir corpos para investigar órgãos era considerado um sacrilégio, e restavam aos médicos os cadáveres de animais, muito diferentes do homem. Sem entender o funcionamento do organismo, havia pouco a se fazer na busca pela curade diversas doenças. Os médicos estudavam muito – de acordo com Cristina, em Coimbra, eram 10 anos de curso -, mas do currículo quase não constavam matérias práticas. “Nos primeiros anos, eles aprendiam grego e latim, as línguas oficiais dos livros da época. O sistema de ensino era medieval: um professor lendo e os alunos escutando”, relata. Quase sem ter com quem contar, os pacientes apelavam para rezas, vomitórios, amuletos e práticas escatológicas, como a ingestão de fezes e urina humanas. A estranha farmacinha particular do Brasil colonial incluía outros itens, como pólvora e fluidos extraídos de cavalos. Deus, é claro, tornou-se o principal doutor do país. “No Brasil colonial, formou-se uma pequena multidão de curandeiros, benzedeiras, rezadores, que tentavam suprir a absoluta carência de profissionais habilitados e ligados ao processo de cura. O país, católico por imposição da metrópole, era resguardado por santos que socorriam a população”, escreve Cristina Gurgel. ” São Sebastião era o curador de feridas, São Roque curava e evitava as pestes, São Lourenço combatia a dor de dente.” PAJÉS ERAM OS MÉDICOS PRÓXIMOS Além dos santos, havia os pajés. A medicina indígena chegou a ser recomendada por um bispo brasileiro a seus fiéis, por considerá-la mais eficaz que os diplomados doutores de Coimbra. Observadores e ritualísticos por natureza, os nativos horrorizaram os europeus com algumas de suas práticas, como a de devorar os inimigos para incorporar suas qualidades, ficando mais fortes. Mas o canibalismo também podia fazer mal à saúde, pois carne humana, crua ou mal-cozida, resultava em doenças, como o mal de Chagas. Achacados por vermes, parasitas e protozoários, os índios buscavam a cura na natureza e na espiritualidade. “Alguns pajés sugavam a parte do corpo acometida pelo mal e tiravam da boca um espinho, graveto ou outro objeto qualquer, anunciando ser esse o causador da doença, na vã tentativa de materializá-la”, conta Cristina. Beberagens feitas de ervas e remédios como sangue humano, cauda de ofídios, gordura de onça, chifres, bicos e sapos queimados também faziam parte da “maleta do pajé”. No Brasil colonial, quem precisasse de cirurgias, que não contasse com o médico. Fazer sangrias, arrancar dentes e extrair tumores, entre outros, não eram considerados procedimentos dignos dos doutores. Para isso, existiam os cirurgiões-barbeiros, tal como ocorria na Europa. Já as operações mais simples ficavam nas mãos dos barbeiros, que não tinham estudo e, geralmente, eram analfabetos. Eram eles os responsáveis por sangrar os pacientes e aplicar sanguessugas. Olhando para trás, a medicina colonial parecia bárbara. Mas Cristina Gurgel acredita que, no futuro, o mesmo pode acontecer, quando estudarem as práticas médicas do século 21. “Hoje, por exemplo, uma terapêutica bastante utilizada é a anticoagulação. É necessária e, em alguns casos, imprescindível. No futuro, as pessoas vão pensar: ‘Nossa, eles podiam morrer sangrando!’ “, observa. América idealizada Publicado pela primeira vez em 1959, o livro Visão do Paraíso, do sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, analisa os mitos que marcam a narrativa do descobrimento e da colonização ao longo dos séculos 16, 17 e 18. No registro dos cronistas da época, a América é idealizada e associada às descrições bíblicas do Jardim do Éden, o paraíso. O MOSSOROENSE DIAGNÓSTICO PRECOCE AUMENTA EM 80% AS CHANCES DE CURA No Brasil, o câncer está em segundo lugar entre as doenças que mais matam crianças. Anualmente, no Brasil, cerca de 13 mil crianças são diagnosticadas. Em Mossoró, segundo a Associação de Apoio aos Portadores de Câncer de Mossoró e Região (AAPCMR), são diagnosticados cerca de 40 novos casos de câncer infantil por ano. Só em 2010 já foram 24. Pela gravidade do problema, entidades ligadas ao tratamento de pacientes usam o dia de hoje, 23, o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil (DNCCI), para alertar a sociedade: o diagnóstico precoce pode ajudar a salvar vidas. Diferentemente do câncer de adulto, o câncer da criança geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, enquanto que o do adulto afeta as células do epitélio, que recobre os diferentes órgãos (câncer de mama, câncer de pulmão). Os cânceres infantis, quando no início, são facilmente confundidos com patologias menores, comuns em crianças. Por isso, a ausência de um diagnóstico correto pode comprometer o tratamento. Especialista em tratamento de câncer infantil, a médica oncologista Edvis Serafim explica que não existem exames periódicos que ajudem a prevenir a doença. “O câncer infantil não é como o de mama ou de útero, que a pessoa deve fazer exames periódicos. Os pais devem aprender a observar os sintomas para começar a investigar”, diz. Em Mossoró, de acordo com a médica, a ocorrência mais comum é da leucemia, o câncer do sangue, seguida pelos tumores cerebrais, linfoma abdominal, tumores cervicais, tumores ósseos e tumor no olho, ou retinoblastoma. Cada um desses tipos possui sintomas diferentes. A exemplo da leucemia, que pode causar anemia, febre e manchas no corpo. Já os tumores cerebrais costumam causar dores de cabeça e vômito. Esse é considerado um dos mais difíceis tipos de câncer de ser diagnosticado. “O diagnóstico pode levar cerca de seis meses para ser fechado e por isso ele é muito pouco identificado. Muitas crianças morrem sem saber que a causa foi esse tipo de câncer. Podemos dizer que nesse caso há uma subnotificação”, afirma a especialista. Os linfomas abdominais podem causar aumento de peso, dores no abdómen, além do surgimento de gânglios no pescoço. Se aparecerem com mais de dois centímetros e persistirem por mais de 30 dias “precisam ser investigados”. Assim, como os tumores nos ossos, que provocam dores nas pernas e surgem normalmente na adolescência. O tumor no olho também é facilmente identificado, até mesmo em casa. “O tumor no olho, se não for diagnosticado cedo, pode levar a perda não só da visão, mas a retirada do olho. Se for diagnosticado cedo, esse procedimento não é necessário. Para perceber esse tipo de câncer, os pais só precisam olhar à noite ou no escuro para ver se o olho brilha. É chamado de ‘reflexo de olho de gato’, pois semelhante ao olho do gato, brilha no escuro”, explica a oncologista. Edvis recomenda que ao perceberem qualquer sintoma suspeito, os pais devem levar imediatamente o filho a um médico pediatra. “Se ele suspeitar da doença, ele vai orientar os pais a buscarem ajuda especializada”. A chance de cura em casos de diagnóstico precoce pode ser entre 70% e 80%. Em comunidades rurais, a deficiência no sistema de saúde pública pode comprometer a eficiência do diagnóstico. “Existe serviço de referência nas comunidades rurais, eles só precisam direcionar os pais a um especialista”. Na AAPCMR, o tratamento contra a doença é oferecido gratuitamente. “As crianças só precisam chegar até nós”. Há 13 anos a entidade atua filantropicamente fornecendo suporte aos pacientes com câncer na região. Atualmente, 160 pacientes infantojuvenis são atendidos, recebendo, além de tratamento específico, assistência social, que se estende também às famílias. Já a partir de março de 2010 a entidade ganhará também mais um aparato no combate ao câncer com a inauguração da UTI pediátrica. PROGRAMAÇÃO Desde a última terça-feira, equipes da AAPCMR estão realizando uma série de ações para alertar a população sobre os sintomas mais comuns do câncer infantil. Dentro da programação alusiva ao DNCCI, a entidade realiza hoje um café para o lançamento do projeto “De Olhos no Futuro”. O projeto é uma parceria da associação com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica). A programação deve ser encerrada no próximo dia 26, com a III Jornada de Onco-Hematologia Pediátrica de Mossoró, seguida do “Almoço Solidário”. A expectativa dos organizadores é que esta seja a maior campanha já realizada pela instituição. SERVIDORES DA SAÚDE PROTESTAM PELO PAGAMENTO DA MUDANÇA DE NÍVEL Cerca de 50 servidores da Saúde de Mossoró confirmaram presença na mobilização que está sendo organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde) para a próxima quinta-feira, 25. O ato público que será realizado em Natal reunirá servidores de todo o Estado que reivindicam o pagamento da mudança de nível e das férias. De acordo com o presidente da regional Mossoró do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde), João Morais, o governo realizou a avaliação de desempenho dos servidores para efetuar a mudança de nível. O benefício concedido pelo tempo de serviço garante o reajuste 3% a cada trabalhador. “O governo publicou desde o mês de outubro no Diário Oficial, mas ainda não pagou e está alegando que não tem condições de pagar”, explica. A mudança de nível é uma determinação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) dos servidores aprovados desde 2006. “Essa mudança deveria ter ocorrido desde 2007, pois o plano diz que ela deveria ser feita um ano após sua aprovação. Só conseguimos a mudança com a última greve realizada este ano e até agora não recebemos o benefício”, argumenta o presidente. Em Mossoró, todos os servidores da saúde, cerca de 3 mil, devem ser beneficiados com a mudança de nível. Além disso, os servidores aguardam também o pagamento das férias dos meses de novembro e dezembro. “Alguns tiraram férias no mês de outubro e ainda não receberam”. O Governo do Estado foi informado sobre a mobilização que será realizada quinta-feira, às 9h, em frente à Governadoria, mas até agora não se pronunciou. Além dos servidores de Mossoró e de Natal, trabalhadores da Saúde dos municípios de Caicó, Santa Cruz e Pau dos Ferros também confirmaram presença no ato público. “Os servidores de Natal já realizaram uma mobilização, mas desta vez decidiram convocar toda a categoria para pressionar o governo”, afirma João Morais. NEUROLOGISTA DO HRTM APROVADO EM CONCURSO É IMPEDIDO DE TOMAR POSSE O serviço de neurologia da cidade está agora ainda mais desfalcado. É que há dois meses o neurologista Paiva Lopes foi impedido de continuar no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). A decisão foi tomada pela assessoria jurídica da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que teria alegado irregularidade na posse do médico, aprovado recentemente em concurso. A direção do hospital, contudo, discorda da decisão. Até o final de agosto, o neurologista trabalhava no Tarcísio Maia como médico contratado. Primeiro, o vínculo era com o Estado; depois, com o município. Conforme o próprio Paiva Lopes, ele prestou mais de oito anos de serviço nestas circunstâncias. Decidiu, porém, realizar concurso público – aberto pelo hospital em abril deste ano -, para efetivar sua situação. Aprovado, chegou a tomar posse: trabalhou ainda um mês. Até receber o comunicado da Sesap. O que ocorre é que Paiva Lopes é funcionário aposentado do Ministério da Saúde. Segundo a assessoria jurídica do órgão de saúde estadual, legalmente seria impossível exercer dois cargos públicos ao mesmo tempo. Um dos fatores do impedimento seria a quantidade excessiva e incompatível de horas de trabalho. O diretor do HRTM, Marcelo Duarte, analisa a situação por outro ponto de vista. “Não entendo a alegação da Sesap. Quando uma pessoa é contratada, pode. Aí, quando faz concurso, é impedida? Além disso, ele é aposentado, evidentemente tem horas disponíveis. No meu entender e no do Ministério Público, a alegação não procede”, declara. Marcelo Duarte refere-se à ação movida pelo promotor da Saúde de Mossoró, Guglielmo Marconi, que pretende invalidar a decisão do Executivo estadual. A reportagem entrou em contato com o Ministério Público local para falar com o promotor, mas, segundo informou a assessoria do órgão, como estava doente, ele não foi trabalhar ontem, 22. Paiva Lopes explica as razões da discordância. Para ele, o MP estaria embasado no regime de horas estabelecido pela norma legislativa chamada Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) em casos de aposentadoria. De acordo com a norma, aposentados de um órgão público poderiam prestar até 20h para outro órgão. Mas o próprio neurologista ressalta sua incerteza: “Foi o que ouvi dizer”. A auxiliar administrativa do setor de Recursos Humanos da Sesap, Luzinete da Silva, afirmou ter conhecimento da existência da norma da CLT. “Mas que seja do meu conhecimento, não conheço quem tenha trabalhado nessas condições”, disse. Sobre o caso específico do HRTM, ela confessou não ter conhecimento. “São muitos casos que passam por aqui”. O documento que impedia a posse de Paiva Lopes não estava nem no setor de pessoal do órgão de saúde, como informou Luzinete, nem na assessoria jurídica – pelo menos, segundo a representante do setor, Camila Lima da Silva. Ambas, contudo, ressaltaram que devem haver “razões fortes” para o impedimento da posse, pois acreditam que a Sesap não tomaria decisão sem propósito. Para o diretor Marcelo Duarte, a perda do neurologista Paiva Lopes leva o HRTM a uma situação dramática no setor de neurologia. “Em Mossoró, só há dois neurologistas: Paiva Gomes e Xavier de Lima. Todos do Tarcísio Maia. Agora, ficamos apenas com o último”, diz. Ele ressalta ainda a importância do profissional para a cidade. “Profissional altamente qualificado e incansável no trabalho”. Marcelo explica ainda que há uma confusão entre a quantidade de profissionais na área em Mossoró. “Temos sete neurocirurgiões, mas é outro tipo de serviço. E, mesmo assim, destes sete, apenas dois são de Mossoró; o restante vem de Natal e presta serviços temporários”. Por isso, o diretor enfatiza que decidiu comprar essa luta “por achar justa e necessária para população e para o HRTM”. PROMOTORA AFIRMA DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA QUE GASTOS DA SAÚDE PRECISAM SER DE MAIS QUALIDADE NO ESTADO “Temos que discutir exaustivamente a qualidade do gasto em saúde antes de pensar em novas formas de financiamento”. A frase é da promotora de saúde Iara Pinheiro. O tema do debate era o financiamento da saúde para 2011 previsto no Orçamento Geral do Estado. A audiência pública lotou o auditório da Assembleia na manhã de ontem. A iniciativa do deputado Paulo Davim (PV) reuniu diversas entidades ligadas à saúde pública no nosso Estado, e contou com a participação dos deputados Fernando Mineiro (PT) e Gustavo Carvalho (PSB). As frases alarmantes surgiam a todo momento. O coordenador orçamentário e financeiro da Sesap (Secretaria de Estado da Saúde Pública), Ricardo Cabral, alertou como será o próximo ano para os gestores da saúde no Rio Grande do Norte: “Hoje já executamos mais do que está previsto no Orçamento Geral do Estado para 2011. O Orçamento de 2011 é suficiente? Não é”. Quando falou sobre repensar a gestão na saúde o representante da secretaria destacou a dificuldade em gerenciar tantas demandas judiciais. O propositor da Audiência Pública, deputado Paulo Davim, disse que o debate é importante para se buscar soluções. O parlamentar acredita que a solução definitiva para a saúde passa pelo Governo Federal, mas deixou claro que não defende aumento de impostos e cobrou a regulamentação da Emenda 29, parada no Congresso. O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Francisco dos Santos, denunciou que a lei estadual que obriga o orçamento da saúde ser aprovado primeiramente no Conselho não está sendo cumprida desde 2007. Na audiência pública, o procurador da Assembleia, Washington Fontes, fez uma exposição geral de como funciona o Orçamento do Estado e detalhou como estão previstos os recursos e gastos da Secretaria de Saúde. O Orçamento previsto para 2011 indica que o Governo vai gastar cerca de R$ 1,24 bilhão em saúde, sendo que R$ 65 milhões serão destinados a investimentos, todo o resto está comprometido com custeio da máquina. O Estado investe hoje 14,16% de todo o orçamento em saúde, o maior valor entre as secretarias, portanto cumprindo o percentual da lei federal que prevê o piso de 12%. Mesmo assim, o número é um pouco menor do que o registrado em 2007, quando o que foi gasto em saúde representou 17,53%. INSCRIÇÕES PARA O SAMU-RN SÃO PRORROGADAS As inscrições para concorrer a uma das 696 vagas temporárias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram prorrogadas até o dia 26 de novembro, e podem ser feitas através do site www.funcab.org. Organizado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde (Copis-RN), o processo seletivo simplificado constará de análise curricular, experiências profissionais e prova de títulos, que serão avaliados pela Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab). A taxa de inscrição será de R$ 80 para médico, R$ 50 para os demais cargos de nível superior e R$ 30 para os outros cargos. As vagas estão disponíveis para 53 cidades de todo o Rio Grande do Norte, com os salários variando de R$ 9.282 para o cargo de médico a R$ 1.112 para os cargos de telefonista e rádio operador. O cadastramento dos dados pessoais e do currículo será feito pela internet, no sítio da Funcab. Há vagas para quem tem nível superior, médio e fundamental completo. Os profissionais de nível superior poderão concorrer às vagas para farmacêutico (3 vagas), médico regulador/intervencionista (63 vagas) e enfermeiro (35 vagas). Os candidatos de nível médio poderão concorrer aos cargos de técnico de enfermagem – para quem tem um curso técnico na área (com 185 vagas), telefonista auxiliar de regulação médica (15 vagas), condutor de veículo de urgência (90 vagas) e cinco vagas para rádio operador. Os médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, condutores de veículo de urgência e rádio operadores irão ter uma jornada de trabalho de 40 horas semanais em regime de plantão de 12 horas, que totalizam 144 horas distribuídas em escalas de serviço mensal. Os candidatos aprovados que não forem convocados vão compor o cadastro de reserva de profissionais do Copis-RN, que será estruturado conforme a ordem de classificação por cargo e município. Todas as informações acerca do processo seletivo para o Samu-RN estão disponíveis no www.funcab.org. CORREIO DA TARDE ANA TÂNIA SAMPAIO É COTADA PARA SECRETARIA DE SAÚDE DE ROSALBA Ainda com a equipe de transição trabalhando para entender os problemas financeiros do Estado e tentar solucionar e evitar que eles voltem a se repetir durante sua gestão, a governadora eleita Rosalba Ciarlini (DEM) começa, sorrateiramente, a definir os nomes que irão compor o alto escalão para o próximo Governo. A enfermeira Ana Tânia Sampaio, a ex-secretária da Saúde de Natal começa a surgir como um dos cotados para assumir a Saúde do RN. Ana Tânia ajudou a montar o plano de governo da Saúde de Rosalba, juntamente com o médico e deputado estadual Paulo Davim (PV), que integra a equipe de transição de governo. Fontes ligadas ao próximo Governo, já adiantaram que Ana Tânia é um dos nomes que está sendo discutido para a área, mas que nada foi definido. A enfermeira, que já fez parte do secretariado de Micarla de Sousa (PV), tem boa circulação e articulação com os servidores da saúde e conta com o apoio das promotoras de Defesa da Saúde Iara Pinheiro, Karina Filgueira e Elaine Cardoso. Quando foi exonerada do cargo de secretária, a promotoria emitiu uma nota criticando a exoneração e elogiando a participação dela no secretariado. O trabalho de Ana Tânia, de acordo com a nota, “produziu resultados importantes mesmo diante do curto espaço de tempo da secretária no comando da Secretaria Municipal de Saúde, como por exemplo: o reordenamento do espaço da assistência farmacêutica, em importante parceria com a UFRN; abertura do PA infantil Sandra Celeste; o senso médico municipal; a efetivação do contrato para o serviço ambulatorial de atenção ortopédica e a aprovação da Lei que institui a ouvidoria SUS municipal, apoiando amplamente a escolha democrática do ouvidor SUS”, consta. Ana Tânia ainda tem prestígio junto à governadora, a Robinson Faria (PMN), deputado estadual presidente da Assembleia Legislativa e vice-governador eleito. A governadora eleita já informou que só irá se pronunciar a cerca dos nomes que irão compor o seu secretariado após analisar a real situação financeira do Estado, que conta com um rombo de R$ 180 milhões com previsão de aumento devido aos gastos previstos exatamente na área da Saúde. ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL É AMPLIADO EM NATAL A Secretaria Municipal de Saúde inaugurou no final da manhã desta segunda-feira (22), o Centro de Atenção Psicossocial – Caps III, em Petrópolis. A nova unidade tem como objetivo garantir o atendimento a pessoas com transtornos mentais graves que residam na região leste da cidade. A idéia é implantar um serviço diferenciado, com atendimento participativo, comunitário, contínuo e preventivo. O centro funcionará 24 horas, incluindo feriados e fins de semana. “O Caps III conta com oito leitos de internação e desenvolverá atividades diárias de saúde mental, através de uma equipe multidisciplinar, composta por clínico geral, psiquiatra, enfermeiro, terapeuta ocupacional, psicólogo, arte-educador, entre outros profissionais”, adianta o secretário de saúde, Thiago Trindade. O serviço oferecido no CAPs também vai garantir o atendimento ao usuário em crise. “O CAPS III possibilita o acolhimento noturno em curto período e que não prejudica o convívio social e familiar do usuário”, destacou a coordenadora do Núcleo de Saúde Mental, Cristiana Leite. A capacidade de atendimento do local é de aproximadamente 300 usuários por mês. Assessoria de Comunicação do Cremern Telefone: 4006-5343 Contatos: Casciano Vidal: 9990-1473 Ana Carmem: 9909-4100
INSCRIÇÕES PARA O SAMU RN SÃO PRORROGADAS – Leia mais notícias no Clipping Cremern 23/11/2010
23/11/2010 | 02:00