CRM Virtual

Conselho Regional de Medicina

Acesse agora

TRIBUNA DO NORTE MATERNIDADES TERÃO DE EMITIR CERTIDÕES DE NASCIMENTO São Paulo (AE) – A partir de outubro, a criança que nascer em qualquer maternidade ou hospital, público ou privado, terá certidão de nascimento. A emissão do documento será gratuita e online, conforme definido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Unidades interligadas vão garantir comunicação imediata e segura entre os cartórios e as maternidades. O sistema informatizado será feito com o uso de certificação digital. Assim que a criança nascer, o responsável credenciado pelos registradores oficiais para atuar no centro médico solicitará os documentos da mãe e do pai, fará a digitalização dos dados e transmitirá as informações ao cartório. Em seguida, os dados serão conferidos e registrados, possibilitando que, também por via eletrônica, a certidão volte para a maternidade e lá seja devidamente impressa e entregue à mãe, no momento da alta médica. Os credenciados serão treinados pelos registradores e por suas entidades, em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. O registro de nascimento será feito no cartório da circunscrição de residência dos pais ou no local de nascimento, conforme a opção dos interessados. Em alguns Estados, como São Paulo, o serviço já existe e visa a facilitar a vida dos pais na hora da emissão do registro civil de nascimento. Caso a criança não tenha a paternidade reconhecida, a informação será remetida a um juiz, que chamará a mãe e dará a opção de informar o nome e o endereço do suposto pai – posteriormente, a responsabilidade imputada poderá ser averiguada e confirmada. A medida tomada pela Corregedoria Nacional de Justiça do CNJ integra o Compromisso Nacional pela Erradicação do Sub-Registro Civil de Nascimento, lançado por decreto em 6 de dezembro de 2007. Compromisso semelhante já havia sido firmado em 1999, quando a taxa de sub-registro civil no País era de 31,79%, conforme projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados de partos ocorridos em maternidades públicas e número de registro. Os Estados campeões em sub-registros eram Maranhão (84,26%), Piauí (78,01%) e Tocantins (71,25%). Mas, desde que o registro se tornou gratuito, pela Lei 9 534/1997, a taxa de sub-registro vem caindo ano a ano. A meta do governo é que a média nacional fique abaixo de 5% até dezembro deste ano – índice aceito pela Organização das Nações Unidas (ONU) para definir a erradicação do sub-registro. A média nacional hoje é de 8,9%. “Divino Amor” comemora dois anos na segunda-feira A coordenação de educação e saúde da Maternidade Divino Amor, reconhecida como Hospital Amigo da Criança pelo Ministério da Saúde, comemora dois anos de funcionamento nesta segunda-feira. Inaugurada em setembro de 2008 pelo então prefeito Agnelo Alves e pelo ministro José Gomes Temporão, a unidade realiza atualmente uma média de 20 partos por dia, sendo quinze normais e cinco cesárias. O parto humanizado é a característica da maternidade que busca aproximar a mãe do filho após o parto. “Nossa equipe de assistência social e psicologia trabalha com a família desde o pré-natal. O pai pode acompanhar o parto e logo em seguida, o filho fica com a mãe no mesmo quarto”, destacou a diretora Irinalma Oliveira. As crianças que precisam de atendimentos de urgência permanecem na própria maternidade. Ao todo são dez leitos de UTI para atender crianças prematuras ou que necessitam de atendimento de urgência. Entre os serviços oferecidos na maternidade, destacam-se os testes da orelhinha e do pezinho, exames de ultrassonografia, acompanhamento de neonatologia – no momento em que as crianças recebem alta da UTI neonatal -, ambulatório de aleitamento materno, ambulatório de pediatria para crianças de até 6 meses, entre outros. Atendimentos na área de fonoaudióloga e assistência social também são realizados na unidade. Além de atender pacientes de Parnamirim e de uma dezena de municípios conveniados, inclusive de Natal, a maternidade serve de escola para os alunos do curso de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), com quem a prefeitura tem parceria. Computador ajuda a tratar bebês prematuros São Paulo (AE) – Pesquisadores da Universidade Stanford (EUA) criaram um programa de computador que prevê, com até 98% de acerto, se um bebê prematuro enfrentará problemas de pouca importância no desenvolvimento ou terá complicações graves nas primeiras semanas de vida. A estimativa é importante para orientar a conduta clínica dos médicos e a decisão de levar a criança a um centro especializado de saúde com suporte para terapias mais agressivas. As técnicas atuais permitem uma precisão de, no máximo, 74% ou utilizam métodos de diagnóstico invasivos. O PhysiScore, como foi batizado, precisa apenas dos dados colhidos pelos equipamentos presentes em qualquer unidade de terapia intensiva neonatal, como as frequências cardíaca e respiratória e a oxigenação do sangue no recém-nascido. Três horas de dados bastam para gerar um prognóstico muito preciso. A inovação mereceu um artigo, divulgado pela prestigiosa revista “Science Translational Medicine”. No trabalho, os cientistas descrevem como chegaram ao algoritmo – a “receita” para realizar as previsões. Eles analisaram dados vitais de 138 bebês na UTI neonatal do Hospital Infantil Lucile Packard, em Palo Alto (Califórnia). Todos foram internados entre março de 2008 e março de 2009 e tinham menos de dois quilos. Bebês que nascem antes da 38.ª semana de gestação são considerados prematuros, mas o estudo só incluiu recém-nascidos com menos de 34 semanas. Com métodos computacionais, os pesquisadores descobriram certos padrões nos dados obtidos de bebês que enfrentaram complicações graves nas semanas seguintes ao parto – normalmente quadros de infecção intestinal ou problemas cardiorrespiratórios. Criaram então um software que processa os dados e identifica os padrões. “O objetivo é descobrir potenciais problemas antes de se tornarem clinicamente óbvios”, diz Anna Penn, da Faculdade de Medicina, de Stanford. Ela recorda que, em alguns casos, as complicações só se tornam evidentes tarde demais. Anna compara o PhysiScore a uma forma eletrônica do índice de Apgar, método muito usado para aferir as condições clínicas de recém-nascidos. Francisco Eulogio Martinez, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), recorda que o índice surgiu há mais de 50 anos, em 1953, e ainda é útil. “Contudo, ele não foi feito para prematuros”, sublinha Martinez. “Por isso, são necessárias adaptações.” A escala avalia cinco variáveis – a frequência cardíaca, a respiração, o tônus muscular, a irritação em resposta a estímulos e a cor da pele no recém-nascido – e oferece parâmetros objetivos para o médico avaliar a saúde da criança logo depois do parto. Em boa medida, o índice de Apgar reconhece padrões evidentes. A pesquisadora Daphne Koller recorda que o uso do computador no PhysiScore permite o reconhecimento de padrões sutis e, portanto, mais precisos. A doutoranda Suchi Saria avalia que não seria caro integrar o PhysiScore às UTIs neonatais. “Não seria preciso comprar nenhum equipamento. Eles já estão lá: basta instalar o programa no computador ao lado do berço”, afirma. O software ainda não está disponível no mercado. A equipe pretende utilizar o mesmo método para criar algoritmos para outros tipos de pacientes, como crianças que enfrentam o pós-operatório. DIÁRIO DE NATAL UPA NO RIO // CAPACIDADE PARA ATENDER 9 MIL PESSOAS Rio – A prefeitura do Rio de Janeiro abriu ontem uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) no bairro Engenho de Dentro. A nova unidade tem capacidade para atender 9 mil pessoas por mês. A criação da unidade amplia a rede básica de saúde, estratégia para diminuir as filas dos hospitais e melhorar o atendimento. A prefeitura anunciou que na próxima semana Madureira, receberá uma unidade. A UPA está equipada com consultórios médicos e odontológicos, sala de imobilização e sutura, laboratório de análises clínicas, raio X e farmácia. MÃE E FILHA COM POUCAS CHANCES DE VIDA Com Julinda, a sequência ocorreu em questão de horas, chegando à Síndrome de Hellp. Depois de ter várias convulsões, quando chegou ao hospital em Brasília o coração já batia lentamente, o fígado e os rins não funcionavam e a função cerebral estava comprometida. Ela expelia sangue pelos poros, pelo nariz e por outros orifícios. Uma cesariana de urgência foi feita e os médicos deram 1% de chance de sobrevivência para as duas. O estado de mãe e filha era crítico. As convulsões comprometeram o bebê, que precisou ser reanimado e, três meses depois, ainda está na UTI. “Julinda ficou em coma, correu risco de ficar cega e paralítica. Foi necessário fazer transfusão de sangue e hemodiálise. Graças a Deus, depois de 15 dias entre a vida e a morte, ela conseguiu dar a volta por cima e não ficou com nenhuma sequela”, conta o comerciário Lécio de Souza, marido de Julinda. Isabela nasceu com apenas 760g. Ao longo dos últimos 90 dias, engordou 1kg. “Infelizmente, não sabemos a dimensão das lesões neurológicas, mas temos esperança de que a alta ocorra em 15 dias. Diante do que presenciei, se minha mulher sobreviveu e está bem, pode acontecer o mesmo com a minha filha”, espera Lécio. De acordo com o obstetra Petrus Sanchez, não há como prevenir a pré-eclâmpsia e seus desdobramentos. O tratamento definitivo é o parto. Quando é possível, o controle da hipertensão pode ser feito com medicamentos e monitoramento atencioso. “Muitas gestantes ficam internadas para receberem esses cuidados. Quando a pré-eclâmpsia surge muito precocemente, o grande desafio dos médicos é avaliar o melhor momento para interromper a gestação sem colocar em risco a vida da mãe e da criança”, pondera. Mulheres muito jovens (abaixo de 19 anos), acima de 40, hipertensas e diabéticas, obesas, grávidas de gêmeos e com casos da doença na família estão mais suscetíveis ao problema. “Ainda não conseguimos trabalhar a prevenção porque não sabemos a causa da doença. Alguns autores acreditam que a pré-eclâmpsia é originária de uma placentação inadequada, ou seja, de um processo de adesão da placenta ao útero de forma imprópria”, completa o obstetra Ricardo Cavalli. Saiba mais Sérias complicações A pré-eclâmpsia é uma condição específica da gestação caracterizada pelo surgimento de hipertensão arterial, associada a inchaço de mãos e face e/ou significativa proteinúria – perda de proteínas na urina, o que a deixa espumosa após a 20ª semana de gravidez. Pré-eclâmpsia e eclâmpsia A pré-eclâmpsia pode desencadear a falência de diversos órgão e evoluir para a eclâmpsia, que apresenta convulsões, complicação que leva ao coma. As duas condições podem levar à morte da gestante quando não tratadas adequadamente. Perigos Mães O aumento da pressão sanguínea provoca efeitos maléficos sobre diversos sistemas, principalmente o vascular, o hepático, o renal e o cerebral. Essas complicações promovem a alta incidência de mortalidade e morbidade materna. Bebês A pré-eclâmpsia reduz o fornecimento de sangue ao feto e pode causar o despendimento prematuro da placenta da parede uterina, fatores que impedem que o oxigênio e nutrientes cheguem em quantidades ideais ao bebê, afetando o crescimento. Apré-eclâmpsia também causa abortamento, prematuridade e sofrimento fetal agudo e crônico. Fatores de risco l Hipertensão e diabetes melito pré-existentes l Componente genético, já que de 25% a 31% de filhas de mulheres com pré-eclâmpsia desenvolvem a doença l Obesidade – Idade acima de 40 anos l Doenças crônicas que afetem o sistema circulatório, como lúpus e problemas renais l Gravidez de gêmeos ou mais Sintomas l Dor de cabeça persistente l Dor do lado direito (sob as costelas) l Visão embaçada l Inchaço repentino dos pés e das mãos l Vômitos Diagnóstico O diagnóstico é clínico – feito em consultório – e confirmado quando: l A pressão arterial diastólica (mínima) está igual ou superiro a 90 mmHg ou a pressão arterial está acima de 15 mmHg antes da 20ª semana de gestação l Quando a hipertensão estiver associada à proteinúria – valores iguais ou maiores a 300mg de proteína no material coletado durante 24 horas Números l A pré-eclâmpsia é responsável por cerca de 37% das mortes obstétricas diretas -relacionadas com complicações surgidas durante a gravidez, parto ou puerpério -, o que a torna uma das principais causas de óbito materno l Mulheres com hipertensão arterial pregressa tem o risco de desenvolver pré-eclâmpsia aumentado em 25% l A frequência de pré-eclâmpsia varia de 2% a 10% das gestações SAÚDE // IMPLANTAÇÃO DE NOVO SERVIÇO COMEÇA HOJE Começa hoje a implantação do serviço de Telemedicina pelo governo do estado em todo o Rio Grande do Norte. Os municípios receberão, em comodato, o aparelho de eletrocardiógrafo portátil e o treinamento, feito pela Associação Médica do Rio Grande do Norte, para operar o sistema. A Secretaria Estadual de Saúde irá instalar o equipamento. O eletrocardiograma é um teste simples que detecta e registra atividade elétrica do coração para localizar problemas cardíacos. Ao todo serão entregues 238 eletrocardiógrafos em todos os municípios do Estado. De acordo com o coordenador de Tecnologia da Informação da Sesap, Carlos Eduardo Costa, primeiro será feita a capacitação na Grande Natal e gradativamente o sistema será implantado nas outras regiões do Rio Grande do Norte. No treinamento estarão presentes representantes dos hospitais regionais do Rio Grande do Norte, Secretarias Municipais de Natal, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibú, Extremoz e Açu e as unidades hospitalares da capital – Walfredo Gurgel, José Pedro Bezerra (Santa Catarina), Giselda Trigueiro, João Machado e o Maria Alice Fenandes. GAZETA DO OESTE COTA MENSAL DE MAMOGRAFIA NÃO É ATINGIDA EM MOSSORÓ A mamografia de rotina, principal exame para detectar o câncer de mama, é um exame preventivo gratuito através do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, em Mossoró sobram vagas diariamente para sua realização. O único hospital que realiza o exame pelo SUS é o Instituto de Mamas, cuja marcação é feita com o cartão do SUS, através do Sistema de Regulação (SISREG). A marcação de uma consulta com mastologista, ou exame de mamografia é feita pelo Programa de Saúde da Família (PSF), em cada Unidade Básica de Saúde (UBS), nos bairros. O Instituto de Mamas trabalha com uma cota de 60 exames de mamografia nas terças, quintas e sextas-feiras. Nas segundas e quartas a cota é de 32 exames. “Mesmo atendendo a pacientes de toda Mossoró e de alguns municípios da região, dificilmente essa cota é atingida”, disse a recepcionista do Instituto de Mamas, Fátima Vieira. Segundo Fátima, ultimamente tem sido comum o não preenchimento das vagas para o exame. “No começo do mês, até preenche, às vezes, mas quando se aproxima do dia 20 diminui. Hoje (terça-feira), por exemplo, das 60 vagas, só foram preenchidas 27”, afirmou. Na Unidade Básica de Saúde do Bairro Pereiros, a gerente Gracita Lima lembrou que cada área de PSF tem uma cota de marcação mensal. “Nós temos uma cota de seis vagas por mês, e esse mês aumentou para 12 vagas, mas se precisar de mais, assim para qualquer outra especialidade nós buscamos no Sisreg e se houver vagas lá, nós agendamos. Mas o exame de mamografia nunca precisa, as mulheres nunca procuram a mais que a cota”, disse. O problema, de acordo com a gerente da UBS é a falta de interesse por parte das mulheres, visto que em muitos casos elas marcam, mas não comparecem para fazer o exame, e quando comparecem, algumas não vão pegar o resultado. “Nós ligamos para as pacientes, porque já recebemos ligações do Instituto de Mamas informando sobre a falta, mas muitas não se interessam. Temos toda uma dificuldade de marcar, às vezes são casos que os médicos destacam como urgência, mas as pacientes não se interessam”, continuou Gracita Lima. “Se a pessoa marca e não comparece, o nome fica no sistema e só marca novamente com 30 dias, aí reclama pela demora”, disse ela. Gracita lembrou que a cota para agosto aumentou de seis para 12 vagas, mas que até o final dessa semana tinham apenas oito mamografias marcadas, e quatro vagas sobrando. “A marcação depende muito da especialidade, às vezes a paciente já é atendida para o exame dois dias após a consulta, quando isso acontece o agente de saúde vai até a casa da pessoa avisá-la”, afirmou. Outra dificuldade citada pela gerente foi de que muita gente quer escolher o especialista. “A vaga existe, mas nem sempre com o especialista que a pessoa quer. Quando se trata de um retorno é compreensível, mas quando é uma consulta, os médicos são todos bons profissionais”, disse. DESINTERESSE? – A coordenadora da Central de Regulação do município, Adriana Cunha afirmou que o prestador, no caso o Instituto de Mamas tem um contrato com o município e uma cota mensal de exames. Dependendo da gravidade do problema, esse agendamento também pode ser feito para Natal. “Não existe fila de espera para exame de mamografia, existe sim, muitas pessoas que agendam e faltam”, afirmou. Ela explicou que a paciente recebe um código secreto, como uma espécie de comprovante de pagamento da consulta, e na hora da prestação de contas é baixo o número das mulheres que comparecem às consultas. “A oferta de cotas do Sisreg e do Instituto de Mamas é suficiente, mas há um desinteresse das pacientes”, constatou. Alerta: diagnóstico precoce A importância do exame da mamografia para detectar o câncer de mama é imprescindível. Mulheres que já passaram por essa experiência contam que o exame ajuda no diagnóstico precoce. A dona de casa Neide Melo, de 51 anos, descobriu um caroço no seu seio ao trocar de roupa, mas como ainda estava em tamanho pequeno teve a possibilidade de tratar e se curar da doença. Ela contou que a descoberta do caroço no seio foi em janeiro de 2009. “Eu tinha feito uma mamografia em outubro de 2008 e não tinha nada ainda, mas já em janeiro de 2009 eu senti quando ajeitava a roupa no corpo para dormir, então fiz o autoexame e senti melhor o caroço. Foi aí que começou a maratona de exames, consultas e cirurgias”, lembrou Neide. A notícia do diagnóstico foi complicada para ela e sua família. “Foi um choque para a família e principalmente para mim. No primeiro mês foi tudo muito difícil, mas tive muito apoio de todos. Eu ia para hospital e quando via a situação das outras mulheres, iguais ou piores a minha, voltava para casa arrasada”, contou. A mamografia e a ultrassonografia mamária foram o início de todo o processo, até a primeira cirurgia que foi para fazer a biópsia. “Na biópsia ficamos cientes que se tratava de um carcinoma, mas ainda em fase inicial, pois se não fosse teria detectado na mamografia que eu fiz meses antes”, continuou. Hoje Neide Melo está curada, mas continua com o acompanhamento com profissionais que segundo ela deve durar até cinco anos após o fim da doença. “Passei por tantos médicos, fiz tantas consultas e exames que tive que fazer uma agenda para poder organizar os horários”, lembrou. Com o sucesso do tratamento, ela atribui a sua cura também ao diagnóstico precoce. “Eu sempre fiz a mamografia uma vez por ano e continuo assim. O índice de câncer de mama está muito alto e as mulheres têm mesmo é que se prevenir, não só com a mama, mas com todo o corpo. Pelo que os médicos me disseram, o meu diagnóstico precoce foi um dos meus maiores aliados”, concluiu a dona de casa. Incidência de câncer de mama O mastologista José Vieira, médico responsável pelas consultas no Instituto de Mamas, alertou que o índice de câncer de mama sempre foi grande em Mossoró. “O diagnóstico é feito pela mamografia, que é um exame preventivo, apesar da genética através dos genes BRCA1 e BRCA2, indicarem. Quando a mulher já teve um caso de câncer de mama na família ele pode indicar a sua probabilidade de também ter”, explicou o médico. Ele lembrou ainda que a mamografia é um exame gratuito para mulheres de acima de 40 anos pelo SUS. “Toda mulher acima de 40 anos deve realizar esse exame todo ano e as de acima de 35 devem fazer a cada dois anos”, disse o médico. Quando ao desinteresse das mulheres quanto ao exame, ele afirma que não acredita nessa possibilidade. “Já vi sim, muitas chegarem aqui afirmando que tem dificuldade de marcação dos exames nos postos de saúde”, falou. Ele afirma que diagnostica em torno de quatro a cinco mulheres com resultados positivos de câncer de mama por mês em Mossoró. “O diagnóstico precoce ajuda muito no tratamento e na recuperação da paciente. O câncer de mama tem cura”, concluiu o médico. SECRETARIA DE SAÚDE PROMOVE TREINAMENTO PARA IMPLANTAÇÃO DAS VACINAS PNEUMOCÓCICA EM APODI APODI – Os agentes comunitários de saúde de Apodi participaram durante toda essa semana de treinamento e esclarecimentos sobre a implantação da vacina Pneumocócica no calendário básico da vacinação do Ministério da Saúde, que atenderá a toda rede municipal de saúde de Apodi. O treinamento foi realizado pela Prefeitura do Apodi, via Secretaria de Saúde e Coordenação do Programa Agente Comunitários de Saúde (PACS), nas dependências do Centro de Saúde no conjunto habitacional Coab. Além dos agentes comunitários de saúde, ainda participaram do treinamento todos os técnicos de imunização do município, onde discutiram as estratégias de aplicação e implantação da vacina que passou a constar no calendário básico oficial de vacinação do Ministério da Saúde. A vacina Pneumocócica é destinada para grupos suscetíveis ao streptococus pneumoniae (pneumonia) e será incorporada em 2010 no calendário básico de vacina da criança a partir dos dois meses de idade a menor de 24 meses. Até pouco tempo a vacina era disponibilizada apenas em clínicas particulares. A capacitação foi conduzida pela enfermeira Leila Kalina de Morais Silva e tem recebido atenção especial dos profissionais que atuam no campo da imunização no território apodiense. “O custo dessa vacina era alto e agora temos a Pneumocócica disponibilizada gratuitamente pelo Ministério da Saúde. Poderão receber a dose crianças com idade até um ano, 11 meses e 29 dias”, comentou a enfermeira Leila Kalina. Segundo Leila Kalina, a vacina Pneumocócica protege contra a bactéria pneumococo, principal causador de infecções em neonatos e crianças até dois anos de idade e responsável por 45% das pneumonias adquiridas na comunidade; responsável também por pneumonias, otites, sinusites, meningites e bacteremias na infância. Doenças – Principal causa de meningite bacteriana no Brasil, a doença meningocócica pode se manifestar como uma inflamação nas membranas que revestem o cérebro (meningite) ou como uma infecção generalizada (meningococcemia), que pode levar rapidamente à morte. O pneumococo, por sua vez, é a segunda maior causa de meningites bacterianas (pneumocócicas) no Brasil. O pneumococo também é o principal agente causador de pneumonias em todas as faixas etárias. Com a introdução da vacina, o calendário básico de vacinação do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério passará a ter 12 tipos de vacinas para proteger contra 19 doenças. Além disso, a oferta total do PNI, considerando as imunizações especiais, passa a ser de 28 tipos de vacinas (nacionais e importadas). O MOSSOROENSE RN GANHARÁ 100 NOVOS LEITOS HOSPITALARES A rede pública estadual hospitalar vai ter um acréscimo de 100 novos leitos. O Governo do Estado firmou contrato de locação com o Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Rio Grande do Norte – o antigo Itorn para uso de toda a estrutura da unidade hospitalar, localizada na rua Joaquim Manoel, no bairro Petrópolis, incluindo mobília e utensílios indispensáveis ao funcionamento de um hospital. A unidade entrará em funcionamento até o final deste mês. O contrato, publicado na edição do Diário Oficial do Estado de quinta-feira (9), tem vigência de um ano. Pelo documento, funcionarão ali 100 novos leitos, dos quais, 84 são clínicos e 16, de terapia intensiva (UTI). O valor total do investimento é da ordem de R$ 2,4 milhões, referente ao valor mensal de R$ 200 mil pelo período de 12 meses. “A rede pública hospitalar do Estado terá um incremento a partir da implantação destes novos leitos, mas as nossas ações na área de Saúde não se limitam à expansão de leitos; também estamos convocando novos profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, adquirindo novos equipamentos, como tomógrafos, para os hospitais públicos e universalizando a cobertura do Samu no Rio Grande do Norte, levando o serviço a todas as regiões do Estado”, informou o governador Iberê Ferreira de Souza. Assinaram o documento, pelo Governo do Estado, o secretário estadual de Saúde, George Antunes, responsável pela administração da nova unidade, e o médico Cipriano Correia, proprietário do Instituto de Traumatologia e Ortopedia – Itorn. ESTRUTURA Para colocar a nova unidade em funcionamento e melhorar o atendimento em outras, em especial, os hospitais regionais, o Governo do Estado está convocando mais profissionais de saúde aprovados do último concurso público. O governador Iberê Ferreira de Souza autorizou a convocação de mais 422 profissionais, de 26 especialidades, como anestesistas, cirurgiões, clínicos, infectologistas, farmacêuticos, ortopedistas, psiquiatras, pediatras, biomédicos, enfermeiros, entre outras. Os convocados serão encaminhados para as unidades hospitalares de todas as regiões do RN. CORREIO DA TARDE SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA ALERTA PARA O CRESCIMENTO DO NÚMERO DE CRIANÇAS OBESAS De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, nos anos 80 apenas 3% das crianças eram obesas. Hoje esse percentual representa 15%. Além disso, estudos comprovam a ligação da obesidade na juventude com doenças na vida adulta como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o excesso de peso já atinge metade da população adulta, uma em cada três crianças (de 5 a 9 anos) e um quinto dos adolescentes no país. Para o especialista em obesidade Reynaldo Quinino, o índice de obesidade infantil no Brasil é uma preocupação, porque pode causar uma epidemia daqui a alguns anos, como ocorre nos EUA. “Não há dúvidas que este consumo excessivo pode iniciar-se em fases muito remotas da vida, nas quais as influências culturais e os hábitos familiares possuem um papel fundamental”, esclarece. O médico diz que os pais devem prestar atenção se a criança passa por um aumento excessivo de peso em seu primeiro ano ou se teve um crescimento rápido entre o nascimento e os dois anos de idade. As crianças que costumam passar horas em frente a TV também correm risco. “O hábito de assistir à TV não só estimula o sedentarismo, como encoraja a ingestão de guloseimas”, completa. A Escola Espaço Educação adotou medidas para que os alunos tenham uma alimentação mais saudável. Para a diretora e pedagoga Ivone Costa a educação alimentar depende diretamente dos hábitos da família. Para ela, os pais são exemplos para os filhos também na hora de comer e explica que a escola tem um dia especifico na semana para culinária. “É um momento onde as crianças aprendem a fazer alimentos saudáveis como saladas, sopas de legumes e verduras, e pizzas com recheios leves, um momento onde se brinca e incorpora novos hábitos”, ressalta. A diretora do Colégio Prince, Silvia Helena, contratou uma nutricionista há 12 anos. Para ela, a escola tem papel fundamental na formação dos hábitos alimentares, pois ocupa praticamente um terço da vida ativa do aluno. “Para aqueles que preferem trazer o próprio lanche, promovemos o Dia da Fruta com intuito de valorizar a alimentação natural”, afirma. Já a Escola Carrossel tem o projeto das frutas em sala de aula e uma dieta alimentar elaborada por nutricionista para os alunos do ensino integral. Uma criança é considerada obesa quando ultrapassa em 15% do peso médio correspondente à sua idade. No entanto, não é fácil estabelecer parâmetros que definam, com precisão, o limite entre peso normal, sobrepeso e obesidade. “De maneira geral crianças obesas são conhecidas por ter grande chance de serem adultos obesos e fatores como herança genética, ambiente familiar com obesos e educação alimentar errada contribuem para evolução dos casos”, afirma Dr. Reynaldo Quinino. Assessoria de Comunicação do Cremern Telefone: 4006-5343 Contatos: Casciano Vidal: 9990-1473 Ana Carmem: 9909-4100

Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.