TRIBUNA DO NORTE PACIENTES COMPRAM MATERIAL BÁSICO A solidariedade é a solução encontrada pelos pacientes do Hospital Walfredo Gurgel para driblar a falta de respeito do poder público. Sofrendo há vários dias com o desabastecimento que assola a rede estadual, familiares e pacientes se juntam para comprar material básico para a realização de curativos. Do contrário, permaneceriam com ferimentos “abertos”, sob o risco de infecção hospitalar. Falta: gazes, luvas para os enfermeiros, crepom para enfaixar membros fraturados, entre outras coisas. Além disso, pacientes esperam dias no corredor por falta de vagas. Francisco Pereira do Nascimento espera há 17 dias por uma vaga na rede conveniada para fazer uma cirurgia no tornozelo esquerdo. Ele caiu de cima do muro, quando tentava entrar em casa após ter esquecido a chave do lado de dentro. A entrada dele ao hospital foi no dia 15 de agosto. Após alguns dias de sufoco no corredor do HWG, ele finalmente foi levado para a enfermaria, mas os problemas não terminaram. Três dias depois ainda não haviam trocado o curativo do ferimento. Nesse momento, foi preciso improvisar. Uslania Batista, esposa de Francisco, se juntou com outros acompanhantes e adquiriu quatro pacotes de crepom, gazes, luvas para os enfermeiros, entre outros materiais. Isso foi na semana passada. Na última sexta-feira, os pacientes fizeram nova cota e compraram mais material hospitalar. “O curativo já estava inflamando, há mais de três dias sem ser trocado. As enfermeiras diziam não ter material no hospital, então tivemos que comprar. E pelo visto vamos ter que comprar de novo”, diz Uslania, e recebe a confirmação silenciosa dos colegas de enfermaria. São 10 pacientes em cada sala. O vendedor Sandro Iério, de 27 anos, teve o azar de chegar no dia seguinte à mais recente “vaquinha” para comprar luvas e gazes. Por conta disso, ele ainda tem resquícios de sangue na perna direita, inchada, onde um fixador foi colocado para deixar o osso no lugar. Um acidente de moto no último sábado é o motivo do internamento. Assim como 10 outros pacientes, de acordo com informações da Assessoria de Imprensa do Hospital Walfredo Gurgel, Sandro está na fila por uma cirurgia ortopédica nos dois hospitais conveniados à rede municipal de Saúde, Memorial e Médico-cirúrgico. Segundo o médico intensivista Sebastião Paulino, ex-diretor do Walfredo Gurgel, a situação do abastecimento na farmácia do Hospital permanecia a mesma, até o fim da manhã de ontem, sem medicamentos, fios de sutura e materiais básicos. Funcionários do Walfredo Gurgel foram obrigados a pegar luvas emprestadas de uma ambulância do Samu para conseguir trabalhar na Unidade de Terapia Intensiva. Além disso, a superlotação da unidade fazia com que 20 pessoas aguardassem vagas para a UTI em local inapropriado, de acordo com a Unidade de Gerenciamento de Vagas. Havia ontem 60 pacientes alojados em macas nos corredores do Hospital Walfredo Gurgel, em franca desobediência à decisão judicial do juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Ibanez Monteiro, expedida no início do ano. A superlotação é reconhecida pelo Walfredo Gurgel e pela Secretaria Estadual de Saúde, que informam estar trabalhando para resolver o problema. No caso do desabastecimento, há uma licitação em curso. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com o Ministério Público para falar com a promotora Iara Pinheiro, mas ela respondeu, através de sua Assessoria de Imprensa, que só falará no dia 9 de setembro, após uma reunião para tratar do assunto com os diretores do Hospital Walfredo Gurgel. Atraso na realização de exames piora situação O retorno do atendimento nos corredores do Walfredo Gurgel foi diagnosticado pela Secretaria Estadual de Saúde em meados de julho de 2009. Entre essa data e fevereiro desse ano, uma comissão especial conseguiu controlar a superlotação do Hospital, através de um trabalho rigoroso na regulação. Contudo, o êxito durou pouco. No dia 20 de julho, a Sesap enviou ao Conselho Regional de Medicina um ofício requisitando fiscalização no Walfredo Gurgel. Nesse documento, assinado pelo secretário estadual de Saúde, George Antunes, a Sesap admitiu a volta do problema. O motivo apontado pela Secretaria foi a permanência, por tempo superior ao necessário, dos pacientes nos leitos do Hospital. Diz um trecho do documento: “Importante mencionar que um dos fatores indicados pela referida equipe quanto ao excesso de pacientes internados no HWG foi a excessiva demora na alta dos pacientes internados nas enfermarias”. Durante uma visita ao Hospital, George Antunes encontrou o caso de uma paciente com aparente bom estado de saúde ainda internada no Hospital. O Cremern realizou a fiscalização, segundo declarou o presidente do Conselho, Luiz Eduardo Barbalho. Dentro do Hospital, não foi encontrado nenhum deslize ético, ou seja os responsáveis pela “excessiva demora na alta de pacientes” não eram os médicos. Mas as condições de trabalho. “É uma questão administrativa, uma falha na gestão do Walfredo Gurgel”, diz Luiz Eduardo. O chefe de fiscalização, Jeancarlo Cavalcanti, complementou dizendo que o atraso na realização de exames de alta complexidade contribui com o problema. De acordo com a chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Saúde, Romy Christine, a comissão de acompanhamento específica para a superlotação do Walfredo Gurgel voltará a trabalhar amanhã, após três meses de paralisação causada pela saída de dois servidores. Com isso, espera-se conseguir agilizar a alta dos pacientes já recuperados e diminuir a superlotação no Hospital. A direção do Walfredo Gurgel também foi procurada, mas preferiu não se pronunciar. Falta de medicamentos tem sido constante A falta de medicamentos no Rio Grande do Norte tem sido uma constante. No dia 25 de agosto, a TN divulgou o sofrimento de pacientes com Alzheimer que estão sem receber os remédios Erans de 5 mg e Exelon, 1.6 mg, em falta na Central de Agentes Terapêuticos – Unicat. A promotora de Justiça do Idoso, Iadya Gama Maio, instaurou inquérito civil para apurar a falta de medicamentos na Central há 5 meses. Os medicamentos que estão faltando tem como princípio ativo a Donepezila e a Rivastigmina, inibidores de enzimas que atacam regiões do cérebro responsáveis por transmitir impulsos nervosos. Sem o tratamento, os pacientes apresentam uma avanço nos lapsos de memórias, uma das características da doença, ao provocar o esquecimento da memória passada e recente. Para a psiquiatra Euglena Lessa a falta do remédio atrapalha o tratamento, por causa da rápida evolução da doença. “Sem cura o Alzheimer tem que ser combatido com os remédios, somado a um tratamento multidisciplinar, através de uma equipe formada por diversos profissionais, desde geriatras até fisioterapeutas”. A médica disse que a composição dos remédios de combate ao Alzheimer é diferente de acordo com o princípio ativo. “Cada um age em uma enzima específica, por isso não pode ser substituído um pelo outro”. A promotora disse que a secretaria tinha alegado falta de recursos para aquisição desses medicamentos, além da burocracia nos processos de compra. A assessoria de comunicação da Sesap confirmou que o empenho foi realizado e que a situação será normalizada. SAÚDE VÊ RISCO ALTO DE DENGUE NO VERÃO DO RN O Ministério da Saúde elaborou uma nova ferramenta para avaliar o risco de epidemias de dengue nos estados e municípios e orientar ações imediatas para evitar que elas se tornem realidade. Batizada de “Risco Dengue”, ela utiliza cinco critérios básicos: três do setor Saúde – incidência de casos nos anos anteriores, índices de infestação pelo mosquito Aedes aegypti e tipos de vírus da dengue em circulação; um ambiental – cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo; e um demográfico – densidade populacional. A nova metodologia reforça o caráter intersetorial do controle da dengue e permite aos gestores locais de Saúde intensificar as diversas ações de prevenção nas áreas de maior risco. O Risco Dengue parte de dados já disponíveis nos municípios e estados e define ações a serem realizadas por todas as esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Para os 26 estados e o Distrito Federal, o risco de epidemia aumenta em municípios de maior porte e regiões metropolitanas que não tenham enfrentado epidemia recentemente nem tenham alta circulação do sorotipo viral predominante no país. Ausência ou deficiência dos serviços de coleta de lixo e abastecimento de água, além do índice de infestação pelo mosquito transmissor, também são indicadores importantes de risco. Com base no cruzamento destes dados, o Ministério da Saúde alerta que, para o verão de 2010/2011, dez estados brasileiros têm risco muito alto de enfrentar epidemia de dengue, nove estados, incluindo Rio Grande do Norte, têm risco alto e cinco estados mais o Distrito Federal têm risco moderado. O Ministério sugere a inclusão de mais seis municípios no controle do mosquito (LIRAa). Atualmente o trabalho é realizado em Natal, Mossoró e Parnamirim. MÉDICOS DA REDE MUNICIPAL DECIDEM POR INDICATIVO DE GREVE Os médicos de Natal decidiram pelo indicativo de greve para o próximo sábado (4), em assembleia realizada hoje à noite, na sede do Sinmed/RN. Após uma audiência no final da tarde com o secretário do Gabinete Civil, Kalazans Bezerra, os médicos deram por encerradas as negociações de propostas de mudança do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) dos funcionários da Saúde. Sexta-feira (3), será realizada uma nova assembleia e, caso não haja nenhuma negociação com o poder público, toda a rede municipal será paralisada a partir da manhã do sábado e permanecerá por tempo indeterminado. A vice-presidente do Sindicato dos Médicos, Mônica Andrade, disse que a categoria está “totalmente aberta a novas propostas”. As alterações expostas pela categoria e rejeitadas pelo Gabinete Civil dizem respeito à Gratificação de Atividade Médica que, na opinião da categoria, deve ser estendida a todos os médicos, inclusive os municipalizados, do Samu e ao Programa Saúde da Família. DIÁRIO DE NATAL CIRURGIAS RETOMADAS Suspensas desde julho devido à falta de pagamento do governo do estado, as cirurgias vasculares realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital do Coração devem ser retomadas a partir de hoje, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Até a tarde desta quarta-feira, nenhum paciente internado no Hospital Walfredo Gurgel à espera de cirurgia vascular havia sido submetido ao procedimento cirúrgico. Das 13 pessoas que estavam na fila de espera, três já foram encaminhadas para o Hospital Universitário Onofre Lopes, onde devem passar por um angioplastia (procedimento cirúrgico mais simples), e outras duas tiveram membros amputados devido a demora na realização do procedimento, de acordo com o chefe do serviço da cirurgia vascular do Walfredo Gurgel, Edison Barreto. Na última quarta-feira, o juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública, Luiz Alberto Dantas Filho, condenou o governo do estado a pagar 57 cirurgias vasculares já realizadas no Hospital do Coração de Natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a custear mais 13 cirurgias vasculares agendadas. Para garantir o pagamento, o juiz determinou o bloqueio de R$ 853.528,56 da conta do estado. Deste total, R$ 668.792,06 seriam usados para quitar a dívida e R$ 184.736,50 para assegurar a realização das outras cirurgias. Foi dado um prazo de dez dias para o governo do estado retomar as cirurgias. Nesta quinta-feira, a determinação da Justiça completa sete dias. Oito pacientes ainda permanecem em leitos do hospital à espera da cirurgia. O primeiro da lista é Belarmino Lopes Filho, 65 anos. O idoso deu entrada no Walfredo em maio deste ano. Na época, seu Belarmino estava com uma ferida no calcanhar. Quatro meses depois, a ferida se estendeu por todo o pé. O outro pé também está ferido. Quando deu entrada, seu Belarmino pensou que ficaria internado uma semana. “Quando eu vim pra cá, achei que faria a cirurgia e voltaria para casa. Já se passaram quatro meses e eu continuo aqui esperando”, disse ao Diário de Natal no dia 21 de agosto. No dia 6 de agosto de 2010, a promotora de Defesa da Pessoa Idosa, Iadia Gama, enviou um ofício ao secretário estadual de saúde, George Antunes, recomendando que seu Belarmino fosse submetido a cirurgia vascular no prazo máximo de 48h. Até ontem ele continuava aguardando. Seu Belarmino é o paciente que aguarda cirurgia há mais tempo. Os outros estão lá há um, dois e até três meses. Memória O Ministério Público do Rio Grande do Norte, através da Promotoria do Idoso, ajuizou ação civil pública no final de 2008. Na época, 11 pessoas aguardavam realização de uma cirurgia vascular no Walfredo Gurgel. Na época, o MP-RN conseguiu através de uma liminar na Justiça obrigar o estado a realizar a cirurgia de todos os idosos que estavam na fila de espera, mas o problema voltou a se repetir em 2010. DEMORA PODE SER FATAL De agosto de 2009 a agosto de 2010, 450 pessoas que deram entrada no Walfredo com problemas vasculares foram amputadas. Na lista, estão incluídos pacientes que demoraram a ser submetidos ao procedimento cirúrgico e pessoas que já foram internadas em estágio avançado, a maior parte delas proveniente de municípios do interior. O número é considerado bastante alto e, segundo Edison Barreto, poderia ser reduzido com a prevenção ao pé diabético na rede básica de saúde. Segundo ele, a maioria das pessoas na fila de espera são idosos. Alguns têm outros problemas de saúde, que se agravam com o período longo de internamento. Edison esclarece que pacientes com necrose nos pés ou pernas em decorrência de problemas circulatórios deveriam ser submetidos a cirurgia na mesma semana que deram entrada no hospital, como ocorre em hospitais privados da cidade. “O ideal é realizar quatro, cinco dias após”. Segundo Edison, a demora pode ser fatal. A gangrena pode evoluir rapidamente e o paciente morrer por infecção generalizada. CIRURGIAS RETOMADAS Operações vasculares custeadas pelo SUS devem voltar a ser realizadas a partir de hoje Suspensas desde julho devido à falta de pagamento do governo do estado, as cirurgias vasculares realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital do Coração devem ser retomadas a partir de hoje, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Até a tarde desta quarta-feira, nenhum paciente internado no Hospital Walfredo Gurgel à espera de cirurgia vascular havia sido submetido ao procedimento cirúrgico. Das 13 pessoas que estavam na fila de espera, três já foram encaminhadas para o Hospital Universitário Onofre Lopes, onde devem passar por um angioplastia (procedimento cirúrgico mais simples), e outras duas tiveram membros amputados devido a demora na realização do procedimento, de acordo com o chefe do serviço da cirurgia vascular do Walfredo Gurgel, Edison Barreto. Na última quarta-feira, o juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública, Luiz Alberto Dantas Filho, condenou o governo do estado a pagar 57 cirurgias vasculares já realizadas no Hospital do Coração de Natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a custear mais 13 cirurgias vasculares agendadas. Para garantir o pagamento, o juiz determinou o bloqueio de R$ 853.528,56 da conta do estado. Deste total, R$ 668.792,06 seriam usados para quitar a dívida e R$ 184.736,50 para assegurar a realização das outras cirurgias. Foi dado um prazo de dez dias para o governo do estado retomar as cirurgias. Nesta quinta-feira, a determinação da Justiça completa sete dias. Oito pacientes ainda permanecem em leitos do hospital à espera da cirurgia. O primeiro da lista é Belarmino Lopes Filho, 65 anos. O idoso deu entrada no Walfredo em maio deste ano. Na época, seu Belarmino estava com uma ferida no calcanhar. Quatro meses depois, a ferida se estendeu por todo o pé. O outro pé também está ferido. Quando deu entrada, seu Belarmino pensou que ficaria internado uma semana. “Quando eu vim pra cá, achei que faria a cirurgia e voltaria para casa. Já se passaram quatro meses e eu continuo aqui esperando”, disse ao Diário de Natal no dia 21 de agosto. No dia 6 de agosto de 2010, a promotora de Defesa da Pessoa Idosa, Iadia Gama, enviou um ofício ao secretário estadual de saúde, George Antunes, recomendando que seu Belarmino fosse submetido a cirurgia vascular no prazo máximo de 48h. Até ontem ele continuava aguardando. Seu Belarmino é o paciente que aguarda cirurgia há mais tempo. Os outros estão lá há um, dois e até três meses. Memória O Ministério Público do Rio Grande do Norte, através da Promotoria do Idoso, ajuizou ação civil pública no final de 2008. Na época, 11 pessoas aguardavam realização de uma cirurgia vascular no Walfredo Gurgel. Na época, o MP-RN conseguiu através de uma liminar na Justiça obrigar o estado a realizar a cirurgia de todos os idosos que estavam na fila de espera, mas o problema voltou a se repetir em 2010. DENGUE // RN TEM RISCO ALTO DE EPIDEMIA O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou ontem que dez estados do Brasil correm risco muito alto de epidemia de dengue no primeiro semestre de 2011, período no qual as incidências da doença aumentam. Outros nove apresentam risco alto e cinco, mais o Distrito Federal, foram considerados como áreas de risco moderado. O Rio Grande do Norte faz parte do grupo com risco alto, ao lado de Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, São Paulo e Tocantins. O risco muito alto está presente nos estados Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernanbuco, Piauí, Rio de Janeiro e Sergipe. GAZETA DO OESTE HOSPITAL RAFAEL FERNANDES ESTÁ SEM AMBULÂNCIA PRÓPRIA O ex-funcionário da empresa JMT Serviços de Locação de Mão de obra, Lauro Alves Júnior, procurou a reportagem do jornal GAZETA DO OESTE para denunciar a falta de ambulância no Hospital Regional Rafael Fernandes (HRRF). Lauro trabalhou como prestador de serviços no Rafael Fernandes durante um ano e quatro meses. Segundo Lauro Alves Júnior, há cinco meses os pacientes do hospital não utilizam os serviços da ambulância. “Várias vezes eu vi pacientes serem levados para fazer exames em carros normais, sem ser em ambulâncias. Lá só tinha uma ambulância que estava lá desde o governo de Garibaldi”, disse. O diretor do Rafael Fernandes, Paulo Henrique, afirmou que a ambulância está realmente em Natal, há cerca de 40 dias para reparo. “Somos um hospital de referência, não temos pronto-socorro, por isso a ambulância não é tão utilizada, a não ser quando um paciente está em outro local como o Tarcísio Maia, ou as UPAs, mas eles vêm nas ambulâncias desses locais. Aqui quando precisa é para fazer algum exame em outro hospital, aí nós utilizamos o Samu”, disse Paulo Henrique. Ele afirmou ainda que o hospital tem cerca de 30 pacientes por mês e esses não precisam sair diariamente do local, não vendo a necessidade constante da ambulância. “Fora a ambulância, está tudo funcionando normalmente. Sabemos que a ambulância está em Natal em uma fila de espera, até porque é uma única empresa para todos os carros do governo”, afirmou. O Hospital Regional Rafael Fernandes trata as doenças infectocontagiosas, como Aids, Hepatites, meningites, leishmaniose. SÃO ROMÃO RECEBE POSTO DE ATENDIMENTO A Prefeitura de Mossoró entrega nesta quinta-feira (02/09) mais um benefício na área da saúde. Às 16h, a prefeita Fafá Rosado inaugura o ponto de apoio ao Programa Saúde da Família (PSF) na comunidade rural de São Romão. O investimento do município com recursos próprios é da ordem de R$ 60 mil. “É mais um compromisso com a população da zona rural, em particular da antiga Maisa, que estamos resgatando neste dia”, diz a prefeita Fafá Rosado. “Saúde é prioridade em nossa gestão. Hoje, aplicamos 25% do nosso Orçamento em saúde, quando a Constituição determina 15%”, declara Fafá. Com 1.500 famílias, a Maisa, hoje denominada Eldorado dos Carajás II, é o segundo maior assentamento agrícola do país. A Prefetura de Mossoró desenvolve diversas ações em São Romão e nas comunidades circunvizinhas, onde a Gerência Executiva da Saúde conta com a prestação de diversos serviços. As ações são desenvolvidas por uma das equipes do Programa Saúde da Família (PSF) que atendem à antiga Maisa. O posto de atendimento de São Romão atenderá a outras cinco comunidades: Real, Km 31, Montana, Apama e Paulo Freire. No total, serão beneficiadas com posto cerca de 530 famílias. A inauguração do posto de atendimento trará uma série de benefícios para os moradores de São Romão e comunidades adjacentes. “As famílias que moram nessa área da zona rural passarão a receber assistência clínica e odontológica próximo de suas casas, evitando grandes deslocamentos para serem atendidas em unidades de saúde”, explica a gerente da Saúde, Jaqueline Amaral. O posto médico também atenderá às necessidades das equipes do PSF, que terão um local adequado para desenvolver suas atividades e prestar a melhor assistência em saúde à população. “Cuidar bem das pessoas, promovendo o bem-estar do cidadão, é marca registrada na gestão Fafá Rosado, e isso inclui uma rede de saúde estruturada e eficiente”, avalia Jaqueline Amaral. O investimento: R$ 60 mil Famílias beneficiadas: 530 Comunidades atendidas: 6 Gastos com saúde: 25% do OGM SECRETARIA DE SAÚDE REALIZA EVENTO CONTRA TABAGISMO CORONEL JOÃO PESSOA – Diversos profissionais da saúde se reuniram com a comunidade no último dia 31 de agosto, na Câmara Municipal deste município para fazer alguns esclarecimentos e conscientizar a população sobre o risco do fumo e a importância do combate ao Tabagismo. O evento aconteceu em homenagem ao Dia Mundial do Combate ao Tabagismo, celebrado dia 29 de agosto. Diversos temas foram abordados através de palestras em que profissionais da saúde que trabalham no município explanaram os prejuízos causados pelo vício aos seus pacientes e como a participação da sociedade e das famílias nesta luta é importante. Temas como expectativa de vida dos fumantes e dos não fumantes, fatores de risco, estimativas e dados reais foram apresentados, além de assuntos como câncer bucal, prejuízos a voz, cânceres de cabeça e pescoço e problemas de fala e deglutição ocasionadas pelo fumo constante foram tratados por profissionais da área numa abordagem bastante esclarecedora. Questionamentos sobre a necessidade de fumar e diversas questões individuais e coletivas também estiveram em pauta, com ênfase ainda para as mulheres fumantes, os fumantes passivos e a necessidade da consciência da doença e os primeiros passos para o tratamento. Acompanhando a secretária municipal de Saúde Liduína Silva, que foi a moderadora das palestras, esteve presente também a equipe de enfermeiras representada pela profissional enfermeira Eugênia, que iniciou o ciclo de palestras e em seguida a odontóloga Ênia Reis, a fonoaudiologa Najara Batalha e a psicóloga Erika França. Liduína Silva complementou que nos próximos dias será realizada uma programação sobre o mesmo tema em escolas municipais e será organizado um cronograma para a zona rural do município. O MOSSOROENSE MÉDICOS DISCUTEM SERVIÇOS DE EXAMES E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Ontem (1º), em Natal, o Conselho Estadual de Saúde se reuniu com o Conselho Municipal de Saúde de Mossoró e representantes da Secretaria Municipal de Saúde para debater dois assuntos urgentes no Rio Grande do Norte, relacionados aos serviços públicos de saúde. Um é para todo o território potiguar: qualidade dos serviços de hemodiálise e transplante de rins. Outro trata especificamente de Mossoró: problema da marcação de exames de tomografia e ressonância magnética. O último, referente a Mossoró, é o mais grave. De acordo com o presidente da Associação Médica de Mossoró (AMM), João Firmino, a situação do serviço público no município é crítica. Ele diz que aqui, principalmente com relação a exames de tomografia, no geral demora-se um ano para marcar uma consulta. “Isso mesmo: um ano. Às vezes, mais, às vezes menos. Mas, com certeza, não menos de seis meses”. Exames de tomografia e ressonância magnética servem principalmente para diagnosticar problemas no cérebro e na coluna. O presidente explica que essas são duas partes do corpo difíceis de tratar e que precisam de um diagnóstico preciso e precoce. Segundo Firmino, a população de Mossoró sofre principalmente com a hérnia de disco. “Existe uma quantidade enorme de pessoas com essa doença na cidade”. Ele explica que, como a demora para ser atendido é grande, há casos de pessoas que pararam de andar enquanto esperam atendimento. “Todos os casos de urgência aqui ficam comprometidos”, diz. E não é só isso: “Sem o exame, muitas vezes o tratamento recomendado pelo médico é incorreto”. Para saber sobre o que se planeja com relação aos atendimentos de hemodiálise e tomografia, O Mossoroense tentou falar, pelo telefone fixo e celular, com a titular da Gerência Executiva de Saúde, Jaqueline Amaral, mas não obteve êxito. Até o fechamento desta edição, a presidente do Conselho Estadual de Saúde, Luzia Bessa, estava em reunião na Secretaria de Saúde, em Natal. Mossoró tem um total de seis aparelhos para pacientes do SUS e particulares Em Mossoró, há dois aparelhos para ressonância magnética e quatro para tomografia. No primeiro caso, os hospitais em que o serviço pode ser encontrado são: Oitava Rosado e Wilson Rosado. Para o segundo caso, há também os dois citados e mais dois: Tarcísio Maia e Dix-sept Rosado. As instituições privadas têm convênio com o Governo do Estado. Para atendimento público, as consultas são marcadas no prédio da central da Samu, na rua 6 de Janeiro. Os atendimentos privados podem ser marcados nos próprios hospitais. Pagas, as consultas são realizadas no mesmo dia. Custam entre R$ 600 e R$ 500 as ressonâncias e entre R$ 350 e R$ 300 as tomografias. Para o presidente da Associação Médica de Mossoró (AMM), João Firmino, esta quantidade é “mais do que suficiente para Mossoró”. Ele diz que o problema da demora no atendimento no serviço público tem duas causas: a falta de organização dos médicos para marcar os exames e a falta de investimentos na área. “Os exames são considerados de alto custo, muito caros, então é necessário um investimento maior para que possam ser realizados”, explica. “Outra coisa que ocorre é que os médicos marcam uma quantidade excessiva de análises, algumas vezes, desnecessárias”. A solução estaria, ainda de acordo com João Firmino, num remanejamento de verbas e uma reeducação dos médicos. “O Conselho Estadual de Saúde é o órgão mais apropriado para solucionar essas questões, porque ele pode fazer tanto um remanejamento de verbas como pedir mais recursos ao Governo Federal, além de debater essas questões com a classe”, conclui. RN É INCLUSO EM LISTA DE ESTADOS COM ALTO RISCO DE EPIDEMIA O Rio Grande do Norte, juntamente com nove outros Estados, mais o Distrito Federal, é apontado pelo Ministério da Saúde, como local de alto risco para epidemia de Dengue. A estimativa é apontada pelo novo sistema de avaliação aplicado pelo Ministério da Saúde, o Risco Dengue, que leva em conta cinco indicadores, com enfoque intersetorial e aponta a necessidade de intensificação imediata das ações preventivas. O alerta parte da nova ferramenta destinada a avaliar o risco de epidemias de dengue nos estados e municípios brasileiros e orientar ações imediatas para evitar que elas se tornem realidade. Batizada de Risco Dengue, ela utiliza cinco critérios básicos: três do setor Saúde; incidência de casos nos anos anteriores, índices de infestação pelo mosquito /Aedes aegypti /e tipos de vírus da dengue em circulação; um ambiental; cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo; e um demográfico; densidade populacional. A nova metodologia reforça o caráter intersetorial do controle da dengue e permite aos gestores locais de Saúde intensificar as diversas ações de prevenção nas áreas de maior risco. O Risco Dengue parte de dados já disponíveis nos municípios e estados e define ações a serem realizadas por todas as esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Para os 26 estados e o Distrito Federal, o risco de epidemia aumenta em municípios de maior porte e regiões metropolitanas que não tenham enfrentado epidemia recentemente nem tenham alta circulação do sorotipo viral predominante no país. Ausência ou deficiência dos serviços de coleta de lixo e abastecimento de água, além do índice de infestação pelo mosquito transmissor, também são indicadores importantes de risco para dengue. Com base no cruzamento destes dados, o Ministério da Saúde alerta que, para o verão de 2010/2011, dez estados brasileiros têm risco muito alto de enfrentar epidemia de dengue, nove estados têm risco alto e cinco estados mais o Distrito Federal têm risco moderado. Levantamentos prévios devem ser intensificados Além do Risco Dengue, os Estados e municípios devem manter a realização do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), como vem sendo feito no mês de novembro desde 2003. Nos municípios, a aplicação do Risco Dengue leva em conta não apenas a situação da doença no momento, mas também um estudo dos anos anteriores, considerando a circulação viral, a incidência de casos e os bairros e quarteirões que, historicamente, concentram os índices mais altos de infestação. Assim, a ferramenta permite identificar os chamados locais onde as ações de prevenção e controle devem ser intensificadas antes do início das chuvas. “Como no Brasil 70% dos casos de dengue concentram-se entre janeiro e maio, estamos alertando todo o SUS com quatro meses de antecedência, para que as ações comecem imediatamente”, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O Risco Dengue foi desenvolvido como experiência-piloto no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Boa Vista. Em cada um desses municípios, foram identificados distritos, bairros ou quarteirões com maior risco. A recomendação do Ministério é que o Risco Dengue seja aplicado em todas as unidades da federação e nos municípios de maior porte, para nortear o planejamento de ações de prevenção. JORNAL DE FATO HOSPITAL RAFAEL FERNANDES PRECISA DE MAIS RECURSOS PARA LIDAR COM AIDS Uma comissão de profissionais do Hospital Rafael Fernandes irá detalhar a realidade da instituição quanto ao tratamento e assistências aos pacientes com HIV/Aids. O Rafael Fernandes é uma unidade de referência no tratamento de doenças infectocontagiosas. O levantamento faz parte do plano de adesão para o Fortalecimento das Estratégias para o Tratamento com Antiretrovirais do estado. O Ministério da Saúde estabeleceu que os exames deveriam ser descentralizados e o Governo do Estado tenta viabilizar a sorologia nos hospitais regionais do Oeste e Seridó, além de Natal. A expectativa é que diminua em pelo menos 50% o tempo de espera pelos exames. A assistente social Antônia Araújo explica que os representantes começarão a discussão interna sobre os pontos que serão levados ao próximo encontro. Hoje, o maior problema dos Serviços de Assistência Especializada (SAE) é quanto à demanda de profissionais para atender ao número de pacientes. Em Mossoró, por exemplo, a equipe é formada por profissionais de diferentes áreas, porém, ainda falta um pediatra para acompanhar as 4 crianças soropositivos, as crianças portadoras do vírus e as 22 expostas ao vírus. Segunda a enfermeira da unidade, Dulce Neiva, são consideradas expostas aquelas crianças com até 2 anos de idade cuja mãe ou pai são portadores do vírus. Ela explica que o acompanhamento básico é feito, como a medição da carga virial e a realização de exames. Já quando a situação se agrava, as crianças são acompanhadas em Natal. Encontra-se aí, um segundo problema, devido à falta de ambulância e à redução de transportes, o translado é feito em parceria com a Prefeitura. O número de infectologista também é pequeno: apenas um profissional. Segundo dados colhidos até o mês de julho, cerca de 466 pessoas fazem acompanhamento. Desse montante, 338 são soropositivos, sendo que os homens têm a maior fatia, com 179 casos e 152 mulheres. Outros 106 apenas portam o vírus, sendo 52 mulheres e 45 homens e 1 adolescente. “Um dos nossos maiores esforços é buscar mais incentivos para o Serviço”, reforça Antônia Araújo, que participou do encontro. 85% DAS CRIANÇAS ESTÃO VACINADAS CONTRA PÓLIO; CAMPANHA SEGUE ATÉ DIA 10 Falta pouco menos de 10% para Mossoró atingir a meta de vacina contra poliomielite (paralisia infantil). O Ministério da Saúde estabelece a meta de 95% da população de até 5 anos de idade. Em Mossoró, devem receber a dose cerca de 19.400 crianças. Para conseguir atingir o estipulado pela Saúde, a Gerência Executiva de Saúde prorrogou o prazo da campanha, que continuará dando as doses de vacinação contra poliomielite até o próximo dia 10. A titular da pasta, Jacqueline Amaral, reforça que mesmo as crianças que ainda receberam a primeira dose da vacina devem ser imunizadas. “Estamos convocando os pais que ainda não levaram seus filhos para o reforço da pólio que vá até a Unidade de Saúde mais próxima para que a criança seja imunizada. Mesmo quem não tomou a primeira dose também deve receber a vacina”, falou Jacqueline. As crianças podem receber a dose de imunização em qualquer uma das unidades básica de saúde, porém, os pais não devem se esquecer de levar a caderneta de vacinação da criança. “Os pais devem levar a caderneta e pedir que o profissional de saúde verifique se há alguma vacina em atraso e em caso positivo providenciar a atualização”, destacou Jacqueline. Até agora foram vacinadas em Mossoró 16.499 crianças contra pólio. O número representa pouco mais de 85% da meta preconizada pelo Ministério da Saúde. Assessoria de Comunicação do Cremern Telefone: 4006-5343 Contatos: Casciano Vidal: 9990-1473 Ana Carmem: 9909-4100
PACIENTES COMPRAM MATERIAL BÁSICO – Leia mais notícias no Clipping Cremern 02/09/2010
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