DIÁRIO DE NATAL REMÉDIOS ENTRAM ILEGALMENTE EM NATAL Alerta sobre venda clandestina é feito pela Covisa. Outro problema é comercialização de antibióticos sem receita Depois do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgar que antibióticos estão sendo vendidos de forma ilegal em Natal, a Coordenadoria de Vigilância Sanitária municipal (Covisa) alerta para a entrada clandestina dos medicamentos Cialis, Pramil e Vick Vaporub na cidade. A venda do Pramil (remédio indicado para disfunção erétil) é ainda mais grave. O medicamento não tem registro no país e, por isso não pode ser comercializado no Brasil. Embora a Covisa tenha começado a investigar a entrada ilegal dos três medicamentos, a equipe conseguiu apreender apenas lotes de Vick Vaporub – boa parte proveniente de países da América Latina, como a Venezuela. Segundo a Covisa, o medicamento é ilegal, porque não tem registro no Brasil e, por isso, entra de forma barateada no país. O levantamento divulgado pelo Idec não surpreendeu a Vigilância Sanitária de Natal. Para a chefe do núcleo de medicamentos da Covisa municipal, Marlene Paiva, a venda ilegal de antibióticos ocorre em todo o Brasil. Como razão, ela aponta a dificuldade em levantar provas contras as fármacias e de autuá-las. Como a venda desse tipo de medicamento não prevê retenção da receita (a receita não fica na fármacia), as drogarias podem alegar que o cliente apresentou a receita no ato da compra e depois a levou embora. De acordo com o estudo, 104 estabelecimentos de 11 cidades vendem antibióticos de maneira ilegal, entre elas a cidade do Natal. Os estabelecimentos ficam nas cidades de São Paulo (SP), Santo André (SP), Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Tubarão (SC), Belo Horizonte (MG), Natal (RN), Jequié (BA), Belém (PA) e Recife (PE). As 104 drogarias visitadas pelo Idec pertencem a 76 empresas – entre elas, Droga Raia, Drogaria Onofre, Carrefour, Drogão, Drogaria São Paulo e Farmácia Preço Popular. Em Natal, pesquisadores do Centro de Defesa do Consumidor (parceiros do Idec no estudo) visitaram 10 fármacias. Todas venderam antibióticosde forma ilegal, sem receita médica. Em São Paulo, os pesquisadores conseguiram comprar medicamentos por internet e telefone. Também não foi preciso receita. “Não podemos dizer que a situação de Natal é pior. O Brasil tem um quadro muito complicado”, esclarece Mirtes Peinado, consultora do Idec. Segundo ela, o instituto vem cobrando medidas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Fiscalização Segundo Marlene Paiva, da Covisa municipal, a Anvisa vai enviar representantes para fiscalizar a venda ilegal de antibióticos em Natal até o final do ano. Antibióticos são remédios de tarja vermelha e deveriam ser vendidos apenas com prescrição. Por trás da venda sem prescrição médica e do uso indiscrimado de antibióticos, há uma série de riscos. DIÁRIO DE NATAL POUCOS FISCAIS PARA MUITO TRABALHO Marlene afirma que o número de funcionários na Covisa municipal está aquém do ideal. Atualmente, são 10 farmacêuticos para fiscalizar drogarias, fármacias de manipulação, distribuidoras de medicamentos, saneantes (detergente, produtos de higiene e limpeza), produtos para saúde (seringas, agulhas, equipamentos médico-hospitalar), laboratórios clínicos, laboratórios de citopatologia e transportadoras de medicamentos (para coibir a entrada de produto ilegal ou carga roubada), além de monitorar a entrada clandestina de remédios e a venda ilegal. “A gente acaba priorizando a inspeção para liberar o alvará de funcionamento das fármacias em dentrimento de situações mais complicadas, como uma investigação como essa”, relata. Em relação aos medicamentos Cialis e Pramil, Marlene explica que a vigilância sanitária municipal ainda não apreendeu nenhum lote, mas suspeita que estejam entrando na cidade de forma clandestina assim como o Vick Vaporub. Os dois remédios para disfunção erétil lideram o ranking de medicamentosmais falsificados e vendidos de forma ilegal no Brasil, de acordo com ela. Resolução Segundo o vice-presidente do Conselho Regional de Fármacia (CRF), Jairo Sótero, uma resolução da Anvisa, que deve entrar em vigor nos próximos meses, vai transformar antibióticos em remédios controlados. Depois que esse tipo de medicação começar a ser vendido sob retenção de receita médica, a venda ilegal vai cair, na avaliação do vice-presidente do conselho. Para ele, a venda ilegal de antibióticos é reflexo da falta de farmacêuticos nas drogarias. Apesar de ser uma determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), algumas drogarias em Natal não contam com a presença de um farmacêutico 24 horas por dia. O descumprimento da determinação foi motivo de um Termo de Ajustamento de Conduta (Tac) assinado em 2005. Cinco anos depois, parte das fármacias ainda conta com a presença de um farmacêutico. DENGUE // AGENTES ABREM IMÓVEIS Os agentes de vigilância à Saúde da SMS realizaram na manhã de ontem mais uma abertura de imóvel para vistoria contra o mosquito da Dengue, desta vez na Zona Norte de Natal, nos bairros de Igapó e Nossa Senhora da Apresentação. Em Igapó foi encontrado foco na caixa de água e na área externa do terreno em um depósito que continha água. A primeira etapa dessa abertura de imóveis será finalizada na manhã desta sexta-feira 18 de Junho, com a abertura de imóvel na Zona Sul. PÓLIO // VACINAÇÃO SEGUE ATÉ AMANHÃ A Secretaria Municipal de Saúde convoca pais de crianças menores de 5 anos a levarem-nas a um posto de saúde para a vacinação contra a paralisia infantil. Até sexta-feira a expectativa é vacinar mais de 59 mil crianças só na capital. A campanha de vacinação contra a Poliomielite começou no último sábado. No primeiro balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde os números mostraram que Natal atingiu, no dia D da campanha o índice de 51,64% que corresponde a 32.137 crianças vacinadas. A SMS recebeu mais de 87 mil doses de vacinas para esta campanha e espera vacinar pelos menos 59.121 crianças, para cumprir a meta do Ministério da Saúde que corresponde a 95%. O MOSSOROENSE PARA FALAR DE HEMORRÓIDAS PIORA DOENÇA Ao contrário do que a popularização do nome sugere, hemorroidas são um conjunto de veias responsáveis por proteger, manter regular o orifício anal e realizar drenagem venosa da região. A doença é causada pela dilatação dessas veias que, submetidas à pressão excessiva, podem inchar ou sofrer dilatação. Excessos alimentares e alcoólicos podem ser um dos causadores do mal, bem como passar muito tempo sentado ao vaso sanitário. Como em qualquer outro caso, quanto mais cedo se procura um médico, maiores são as chances de cura. Muitas pessoas adiam o tratamento por medo ou vergonha da situação constrangedora que a doença cria. Contudo, deve-se estar consciente de que, quando atinge um grau muito avançado, a dilatação das hemorroidas só podem ser corrigidas com cirurgia. “O paciente deve se lembrar que, para nós, trata-se de um caso de doença convencional, nada fora do padrão, não é preciso ter vergonha”, diz o dr. José Edivan. De acordo com ele, os sintomas são facilmente identificáveis. Sangramento e dores na região anal são os mais comuns. Coceira também é comum, e muito associado às hemorroidas. “Muita gente pensa que hemorroidas podem dar câncer, por causa da semelhança dos sintomas. Mas elas nada têm a ver com câncer, nem predispõem ao câncer. “Sangramento anal, especialmente em pessoas acima de 40 anos (faixa etária de maior incidência do câncer do reto), devem ser avaliados imediatamente por um proctologista”, alerta o dr. Edivan. “As pessoas não devem se impressionar com os sintomas”. Outro mito diz respeito à prática de sexo anal. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Essas coisas devem acabar, como acabou a crença de que masturbação causava pêlos nas mãos, é uma bobagem”. Como sempre, exercícios físicos e uma boa alimentação são recomendações essenciais. A dieta deverá ser rica em fibras e com boa hidratação, para que as fezes se tornem mais pastosas, e desta forma, traumatizem menos a região anal. Deve-se lembrar que a utilização de fibras colabora muito na resolução do sangramento anal. Tratamento Clínico O tratamento clínico consiste de cuidados locais a orientação com a dieta, e tem sucesso na maior parte dos pacientes sintomáticos e com queixas de sangramento, irritação e ardência, além do prurido. Deve-se sempre lembrar que o tratamento tem que ser prescrito por médico, após avaliação individual de cada caso. Localmente, o paciente deverá realizar higiene anal somente com água, sem a utilização de papel higiênico, banhos de assento com água morna para que haja um efeito anti-inflamatório, e utilizar pomadas analgésicas e anestésicas. Quando o prurido anal e irritação são intensos, podem ser utilizados cremes e pomadas à base de corticoides. Nos casos com dor anal forte, como ocorre na trombose hemorroidária, os analgésicos por via oral também podem ser utilizados. Nesses casos ainda podem ser utilizados medicamentos que aumentem o tônus do plexo venoso e a sua permeabilidade, fazendo com que o fluxo sanguíneo seja incrementado nas veias obstruídas pelos coágulos, com consequente diminuição do volume das hemorroidas comprometidas. O MOSSOROENSE VIGILÂNCIA SANITÁRIA INTENSIFICA AÇÕES EM BAIRROS DE NATAL PARA EVITAR PROLIFERAÇÃO DO AEDES AEGYPTI NATAL – Visando manter o controle da dengue em Natal, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Vigilância Sanitária em parceria com a Vigilância Ambiental, está realizando uma operação de abertura de imóveis fechados ou abandonados na capital para fazer vistorias. De acordo com a última pesquisa de índices para o Aedes aegypti realizada no início do mês de maio, no município de Natal, foi registrada uma infestação de 2,4%, considerada pelo Ministério da Saúde como índice de médio risco para transmissão da dengue. O aumento das chuvas pode significar uma maior vulnerabilidade para a ocorrência da doença no município, devido ao possível aumento de criadouros e ao consequente aumento de infestação vetorial. De acordo com o exposto, a SMS solicita à população maior atenção quanto à limpeza e manutenção dos grandes depósitos que acumulam água (caixas d’água, cisternas, piscinas, entre outros), bem como aqueles outros depósitos possíveis de se transformar em criadouros do mosquito transmissor da dengue, como vaso de plantas, copos descartáveis, pneus e demais depósitos. No dia 16, os agentes de Vigilância à Saúde da SMS realizaram mais uma abertura de imóvel para vistoria contra o mosquito da dengue, desta vez na Zona Norte de Natal, nos bairros de Igapó e Nossa Senhora da Apresentação. No imóvel do bairro de Igapó foi encontrado foco do Aedes aegypti na caixa de água e na área externa do terreno em um depósito que continha água. No segundo imóvel aberto no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, não foi encontrado foco. O técnico de Vigilância Sanitária, Fabiano Carvalho, explicou que não é comum encontrar foco nas caixas d’água, e sim nos ambientes externos de cada imóvel, pois é o local onde pode se encontrar garrafas ou recipientes que possam acumular água e se transformar em possíveis focos do mosquito. Ação identifica risco em residências fechadas Na semana passada foram abertos dois imóveis, um no bairro da Candelária, onde não se encontrou foco do Aedes aegypti, e outro no bairro de Petrópolis, onde foi encontrado foco de mosquito em uma garrafa pet, entretanto não foi confirmado se o foco era realmente do mosquito da dengue, portanto também foram feitos tratamento focal e eliminação externa. A primeira etapa dessa abertura de imóveis será finalizada na manhã da sexta-feira, 18, com a abertura de imóvel na Zona Sul. “A equipe da SMS vem trabalhando nos imóveis fechados atendendo denúncias da população desde a semana passada. Até agora foram realizados tratamentos focais com larvicida pelos agentes de endemias em sete imóveis”, explicou o técnico da Vigilância Ambiental, Fabiano Carvalho. Além de intensificar o trabalho domiciliar dos agentes e a fiscalização em locais de difícil acesso e imóveis fechados, a Vigilância Sanitária de Natal está divulgando um alerta à população da capital para os riscos de aumento dos casos de dengue com a chegada do período das chuvas, caso os moradores não mantenham os cuidados para evitar o acúmulo de água parada. CORREIO DA TARDE CHUVAS PODEM ACARRETAR NOVOS CASOS DE DENGUE Com o objetivo de alertar à população quanto aos cuidados a ser tomados nesse período de chuvas e evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, divulgou nota técnica na manhã de hoje (16). De acordo com a última pesquisa de índices para o Aedes aegypti realizada no início do mês de maio, no município de Natal, foi registrada uma infestação de 2,4%, considerada pelo Ministério da Saúde como índice de médio risco para transmissão da dengue. O aumento das chuvas pode significar uma maior vulnerabilidade para a ocorrência da doença no município, devido ao possível aumento de criadouros e ao conseqüente aumento de infestação vetorial. Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Saúde solicita à população maior atenção quanto à limpeza e manutenção dos grandes depósitos que acumulam água (caixas d’água, cisternas, piscinas, entre outros) e outros possíveis criadouros do mosquito transmissor do dengue, como vaso de plantas, copos descartáveis, pneus e demais depósitos. “O trabalho de controle e combate a dengue é ininterrupto, agora no período do inverno o que fazemos é intensificar as campanhas e medidas de controle. Também já estamos programando a volta do carro fumacê. A nota foi para alertar a população já que o período facilita a proliferação da doença e também para os profissionais de área de saúde ficarem atentos aos sintomas e tratamento adequado da doença”, explicou Isabelle Ribeiro do setor de epidemiologia do programa municipal de controle da dengue. Sintomas de dengue A doença manifesta-se através de sintomas como febre, dor retro-orbitária (dor nos olhos), mialgia e artralgia (dores no corpo), cefaléia (dor de cabeça), manchas vermelhas no corpo, dentre outros sintomas. Ao apresentar alguns desses sintomas, a pessoa de procurar o mais rápido possível a unidade de saúde mais próxima de sua residência. CORREIO DA TARDE SERVIDORES DA SAÚDE ESTADUAL ANUNCIAM INICIO DA PARALISAÇÃO PARA SEGUNDA-FEIRA Os servidores da saúde estadual decidiram, nesta terça-feira (15), iniciar uma greve por tempo indeterminado com inicio na segunda-feira, 21, para obrigar o governo a cumprir a lei que prevê um reajuste salarial para a categoria. Esta decisão foi tomada durante assembleia realizada no Hospital Walfredo Gurgel. A categoria decidiu, por unanimidade, começar uma greve geral caso o governo do Estado não repasse os reajustes previstos para o mês de junho. Os trabalhadores começarão a greve com um Ato público no dia 21, às 9h, em frente ao prédio da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). No dia 11 de junho, uma comissão foi recebida na governadoria pelo secretário chefe de gabinete e pelo secretário de administração, Paulo César de Medeiros, que garantiram dar uma resposta na segunda-feira (14), o que não ocorreu. Caso o repasse não seja feito, o sindicato afirma que a greve se torna inevitável. De acordo com Wilson Farias, secretario de organização sindical do Sindsaúde, a greve é uma consequência das atitudes do Governo de não colocar em prática as decisões tomadas nas leis de reajuste salarial e de reestruturação de planos de carreira aprovadas na gestão de Wilma de Faria. A alegação do Governo para não honrar com o compromisso é que os gastos com o pagamento do funcionalismo precisam diminuir, já que o executivo ultrapassou, pelo segundo quadrimestre consecutivo, o limite de gastos com o pagamento da folha estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O representante do sindicato diz que o orgão acompanhou de perto todo o processo do Projeto de Lei que prevê um reajuste aos servidores da saúde. São 45% para os de nível fundamental, todo em junho e 21% para os níveis médio e superior, sendo a primeira parcela de 15%, em junho e a segunda, de 6%, em dezembro. Representantes do Sindsaúde acompanharam a aprovação, a sanção e a publicação do Diário Oficial. E, a dúvida sobre o cumprimento do acordo surgiu ainda na posse do governador Iberê Ferreira de Souza, quando ele atrelou o cumprimento do acordo à LRF, voltando atrás em seguida. No dia 6 de junho, seus secretários voltaram a se manifestar na imprensa destacando que o limite do governo com gasto de pessoal já havia sido superado e que todos os acordos assinados pela então governadora, Wilma de Faria, seriam cancelados. O presidente do Sindsaúde Marcelo Melo, afirmou que o governo estadual não procurou dar esclarecimentos à categoria acerca do repasse dos reajustes. “O dinheiro para o reajuste está garantido por lei desde março. Eles deveriam começar a economizar em outras áreas, que não o pagamento dos servidores, que já estavam prejudicados sem o repasse há mais de quatro anos”. De acordo com as decisões tomadas na assembléia, os servidores também deverão ingressar com uma ação judicial de cobrança do cumprimento da Lei e convocar o Sinte e o Sinai, pois eles também estão ameaçados de não receber o reajuste, além de fazer reuniões por local de trabalho e avisar a população. A paralisação começará nos principais hospitais de Natal e, em seguida, se disseminará pelo resto do estado. A partir da próxima segunda-feira, o atendimento no Santa Catarina, Walfredo Gurgel e João Machado funcionarão com apenas 30% do seu quadro de funcionários. Assessoria de Comunicação do Cremern Telefone: 4006-5343 Contatos: Casciano Vidal: 9990-1473 Ana Carmem: 9909-4100