DIÁRIO DE NATAL RN TEM 12 GERIATRAS PARA 333 MIL IDOSOS Escassez é realidade nacional, mas piora no estado pela distância dos polos de formação desses profissionais Considerado problema nacional, o número reduzido de geriatras penaliza a população idosa, que precisa recorrer a inúmeros especialistas e é privada de um atendimento humanizado. Diferentemente de outros especialistas que receitam uma série de medicamentos de forma desvinculada, o geriatra vê o idoso de forma global, levando em consideração os aspectos físico, social, emocional e psíquico de idosos e familiares. De acordo com a geriatra Miriam Aparecida Reiko Yto, primeira especialista titulada a trabalhar no Rio Grande do Norte, o estado possui apenas 12 geriatras. Segundo ela, existem menos de 500 especialistas titulados em todo o Brasil. “O número reduzido de geriatras é um problema nacional”, esclarece a geriatra. O baixo número de especialistas no Nordeste se deve à concentração dos centros de formação em geriatria nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Segundo Miriam, não há nenhum centro de formação em geriatria no Nordeste. Voltar para o Nordeste não compensa do ponto de vista financeiro. A situação é ainda mais crítica no Rio Grande do Norte. O sistema público de saúde não oferece nenhum atrativo aos especialistas em geriatria. Uma prova disso é a disparidade no número de especialistas. Do total de 1,5 mil médicos concursados e 50 contratados temporariamente pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), apenas um é geriatra – o que significa que a Sesap dispõe de apenas um especialista para atender toda a população idosa do Rio Grande do Norte. Já a Secretaria Municipal de Saúde Pública (SMS) dispõe de 782 especialistas distribuídos em 72 unidades de saúde, sendo apenas quatro geriatras. Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o número de pessoas com mais de 60 anos no Rio Grande do Norte chega a 333 mil – cerca de 10% da população do estado. Salários A baixa remuneração também pesa na escolha pela especialidade. Em busca de melhores salários, os geriatras do Rio Grande do Norte montam consultórios e firmam convênio com planos de saúde privados, que também não pagam o valor exigido pelos geriatras. Enquanto uma consulta particular varia de R$ 100 a R$ 150, os planos de saúde pagam apenas R$ 38 por consulta. As longas filas de espera que se formam dentro e fora dos consultórios obrigam os idosos a esperarem atendimento por vários meses. Segundo Miriam Yto, o número reduzido de geriatras nos sistemas público e privado de saúde não consegue atender a demanda reprimida. Para ela, num país em ritmo acelerado de envelhecimento, formar geriatras e investir na formação de uma rede de atenção ao idoso se torna uma necessidade urgente. Miriam diz que é preciso investir agora para não sofrer as consequências depois. Preocupados com este quadro, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação realizaram uma pesquisa em todo território nacional. Divulgado em outubro de 2009, o Estudo da Necessidade de Médicos Especialistas no Brasil apontou desequilíbrios regionais na oferta de especialistas e escassez de algumas especialidades. Para tentar reverter este quadro, a comissão interministerial de Gestão da Educação na Saúde elaborou o Programa Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégias (Pró-residência), que tem como objetivo estimular a formação de especialistas na modalidade Residência Médica em especialidades e regiões prioritárias. ENVELHECIMENTO POPULACIONAL AUMENTA PREOCUPAÇÃO No estudo A dinâmica demográfica brasileira e os impactos nas políticas públicas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recomenda investimento na formação de especialistas em Geriatria e Gerontologia. Com base nos Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil 2009, o IBGE conclui que “em síntese, as informações sobre a esperança de vida ao nascer apontam, claramente, para um processo de envelhecimento populacional no país, o que vai exigir novas prioridades na área das políticas públicas a serem direcionadas para grupos populacionais específicos, como por exemplo, a formação urgente de recursos humanos para atendimento geriátrico e gerontológico”. Queda na taxa de fecundidade, inserção da mulher no mercado de trabalho, redução na taxa de natalidade são alguns dos fatores por trás da mudança da pirâmide etária brasileira. A expectativa é que o número de idosos supere o número de crianças, jovens e adultos em todo o país entre 2035 e 2040. O indíce de envelhecimento (divisão do número deidosos pelo de crianças) revela que entre 2035 e 2040 a população idosa (65 anos ou mais) poderá alcançar um patamar 18% superior ao de crianças (0 a 14 anos). Resta saber se o Sistema Público de Saúde vai estar preparado para atender esta demanda. É preciso prevenir na juventude os problemas que podem se manifestar na terceira idade. Alimentação balanceada, exercícios físicos e lazer continuam sendo grandes aliados para quem pretende envelhecer com saúde sem depender de medicamentos nem orientação médica. H1N1 // SANGUE DE TRIPULANTE COLETADO Rio de Janeiro – Técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) coletaram amostra de sangue do tripulante de um transatlântico que aportou no Rio de Janeiro. O homem, que apresentava sintomas semelhantes aos da influenza A (H1N1) – gripe suína, já estava sendo tratado com antibióticos e mantido em isolamento dentro da embarcação. A hipótese de se tratar de um caso da doença foi descartada, pois segundo Marcelo Felga, coordenador de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa no Rio, o quadro indicava apenas síndrome gripal. “A situação foi verificada durante uma inspeção de rotina a que todas as embarcações que chegam ao Rio são submetidas. Mas não há a hipótese de gripe suína, ele teve apenas uma gripe comum, tanto que nenhum passageiro foi impedido de desembarcar no Rio e o navio até já seguiu viagem”, afirmou. De acordo com Felga, o material foi encaminhado ao Hospital Central do Exército, na zona norte do Rio, onde será analisado, mas como “não se trata de um caso de emergência”, não há prazopara que o resultado fique pronto. O transatlântico, que havia passado pelo Nordeste brasileiro, tinha como destino a capital argentina, Buenos Aires. TRIBUNA DO NORTE APROVEITAMENTO DE PULMÕES PARA TRANSPLANTES É DE APENAS 5% NO PAÍS A média de aproveitamento dos pulmões para transplantes no Brasil é de apenas 5%, enquanto no restante do mundo chega a 10% ou 15%. Dois fatores interferem diretamente nesse baixo índice: a dificuldade para identificar um doador em potencial e a fragilidade do órgão. O médico assistente do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor) e professor da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Pego Fernandes, explica que de todos os órgãos sólidos transplantados, o pulmão é o único que tem contato direto com o meio ambiente e por isso fica muito mais exposto a infecções do que o rim, o fígado e o coração. Outro problema, segundo Fernandes, é a maior incidência de traumas no Brasil em relação a países mais desenvolvidos, onde a grande maioria dos doadores são vítimas de derrame e morte cerebral. “Esse tipo de morte oferece menos trauma do que um acidente de motocicleta, carro, um tiro. Ele observa, ainda, que há dificuldades no momento em que a pessoa é atendida, especialmente no que se refere aos cuidados para que não ocorra infecção no pulmão desse paciente e possível doador. No InCor, 60 doentes estão na fila de espera por um pulmão. Em 2008 foram realizados 23 transplantes. “Seria uma fila de espera para três anos. O tempo está em 18 meses, o que é relativamente alto”, disse Fernandes. Para tentar mudar essa realidade e a captação de órgãos, o InCor realizou em novembro um curso para orientar os profissionais de cidades do interior a identificar melhor os possíveis doadores. Os pré-requisitos básicos para que o pulmão seja doado são a ausência de pneumonia, não estar broncoaspirado (quando o paciente regurgita e aspira) e não ter infecção em outro órgão. Além disso, o paciente não pode ser muito idoso e deve ter a pressão arterial razoável, com condições circulatórias adequadas. O número de transplantes no Brasil cresceu 24,3% no primeiro semestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008. De janeiro a junho foram transplantados 2.099 órgãos em todo o país, contra 1.688 no mesmo intervalo no ano passado. De acordo com o Ministério da Saúde, o transplante de rim aumentou 30,28% no período e o de fígado, 23,17%. No entanto, no mesmo período, os transplantes de coração e de pulmão – que têm mais dificuldades na captação e manutenção dos órgãos – caíram 20,4% e 15,38%, respectivamente. GAZETA DO OESTE ALIMENTAÇÃO INFANTIL: MAUS HÁBITOS PODEM OCASIONAR PROBLEMAS DE SAÚDE NAS CRIANÇAS A alimentação de uma criança é de vital importância. A infância é um período crucial para o desenvolvimento dos hábitos nutricionais. À medida que crescem, as crianças ganham maior liberdade e começam a alimentar-se fora de casa, mas a maioria já começa a ter maus hábitos alimentares desde o princípio. A dona de casa Andressa Sales Maia afirma que seu filho Ian Rafael, de dois anos dá muito trabalho para comer alimentos saudáveis. “Ele gosta de bagana mesmo, pipoca, balas, doces, macarrão instantâneo. Bagana ele quer comer toda hora. A comida que ele ainda gosta que não é tão prejudicial é o mingau”, disse a mãe. Ela explica que Ian mamou até os três meses e que desde cedo já começo a comer bagana. “O pai dele traz um pirulito às vezes, mas também é contra que ele como essas coisas. Nós tentamos com brincadeiras, com toda a paciência, aí ele come um pouquinho de caldo de feijão, arroz de leite. Mas quando ele não quer, não tem brincadeira que dê jeito”, disse Andressa. A nutricionista Sarah Negreiros destaca que a alimentação das crianças deve ser balanceada, com vitaminas e minerais, para que a ela possa ter um bom desenvolvimento físico e mental. “Quando a criança adquire o hábito de comer bagana, é difícil os pais tirarem, mas é bom que eles acostumem a comer pelo menos só uma ou duas vezes por semana”, disse. Ela afirma ainda que a maioria das mães está oferecendo cada vez mais cedo refrigerantes, macarrão instantâneo, bolachas recheadas para as crianças, o que acaba prejudicando-as futuramente. “Macarrão instantâneo, pipocas, salgadinhos industrializados e sopinhas pré-prontas não são refeições e causam sérios problemas renais devido à alta concentração de sal”, alertou a nutricionista. Se alimentar com essas comidas também pode acarretar uma deficiência de vitaminas e minerais, ou anemia. “Cada excesso desses alimentos pode interferir diretamente no desenvolvimento físico e mental da criança. Os pais devem procurar alimentá-los mesmo com frutas, verduras e alimentos com vitaminas e proteínas”, concluiu Sarah Negreiros. CRIANÇAS COM CÂNCER TERÃO O NATAL SOLIDÁRIO Com o objetivo de alegrar o Natal de crianças portadoras de câncer, há mais de quatro anos os funcionários e cooperados da Unicred Mossoró ajudam a realizar o desejo dessas crianças com o Natal Mais Solidário Unicred. A Árvore de Natal Solidária montada na sede da cooperativa está decorada com 46 nomes de crianças assistidas pela Associação de Apoio aos Portadores de Câncer de Mossoró e Região (AAPCMR), para que funcionários e cooperados sejam o Papai Noel de cada uma delas. Segundo o presidente da cooperativa, o médico Nilson Pedro Siqueira Chaves, a Campanha Natal Mais Solidário Unicred existe há mais de quatro anos e dezenas de crianças já foram contempladas. “O Natal Solidário Unicred é uma campanha muito bem aceita por todos nós. Já é muito bom fazer uma criança feliz e neste período, diante de todas as dificuldades de um tratamento de câncer, é gratificante para todos nós levar essa alegria para elas”, comenta Nilson Pedro. Os cooperados e colaboradores que quiserem participar só precisam ir à sede da Unicred e escolher uma das crianças para presentear. Os próprios funcionários da Unicred farão a entrega especial dos brinquedos na instituição. “Eu já fui vários anos entregar os brinquedos e é algo marcante em nossas vidas”, revela o funcionário Christian Soares. CREMERN ORIENTA MÉDICOS SOBRE MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA A GRIPE H1N1 Tendo em vista o registro de novos casos confirmados de gripe pelo vírus influenza A H1N1 em Natal e em municípios do interior do Rio Grande do Norte, uma evidência de que o vírus está circulando no nosso Estado, o Cremern, preocupado com a preservação da saúde da população orienta aos médicos: 1. Toda a atenção do médico deve ser priorizada às pessoas que apresentem sintomas gripais, febre alta e persistente, seguida de dificuldade respiratória, devendo receber o tratamento adequado. Nos casos de agravamento ou de pessoas que façam parte do grupo de risco para Gripe H1N1, os pacientes deverão ser encaminhados a um dos 68 hospitais de referência do Estado. 2. Apenas os pacientes com agravamento do Estado de saúde nas primeiras 48 horas desde o início dos sintomas e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave serão medicados com antiviral, medicação de distribuição gratuita e exclusivamente liberada pelo Ministério da Saúde. 3. demais casos terão os sintomas tratados de acordo com indicação médica. O objetivo é evitar o uso desnecessário e uma possível resistência ao medicamento. 4. O RC-PCR é o único método validado para o diagnóstico em amostras clínicas de secreções respiratórias (swab) e só é realizado em Laboratório de Referência, fora do Estado (Belém – PA). 5. O exame laboratorial para diagnóstico específico de influenza A H1N1 (RC-PCR) só está indicado em casos de doença respiratória aguda grave e em surtos de síndrome gripal em comunidades fechadas, ou que pessoas que estiveram em aglomerados. 6. O material coletado deve ser encaminhado ao Laboratório Central (LACEN), seguindo o protocolo elaborado pela Sesap, devidamente divulgado entre as equipes de saúde dos hospitais. 7. As Unidades de Saúde Pública de Referência de Natal e dos municípios do Estado têm equipes treinadas para a coleta das amostras e para o envio de material ao Lacen. 8. Os hospitais privados também dispõem de equipes treinadas para o procedimento da coleta das amostras e são responsáveis pelas orientações sobre o envio do material ao Lacen. 9. O resultado do exame da coleta do material enviado ao Instituto Evandro Chagas, Belém, PA, tem um prazo de no mínimo dez dias para retornar, a contar da data do envio da amostra. 10. É importante ressaltar que o exame (RC-PCR), através de coleta de secreção do nariz e da garganta é gratuito, mesmo que a coleta seja feita em hospital da rede privada. 11. O médico também deve estar atento e solicitar teste rápido para afastar o diagnóstico de dengue, que pode se manifestar com quadro infeccioso grave e com dificuldade respiratória. Deve ser afastada a possibilidade da forma hemorrágica da dengue. 12. Os médicos devem reforçar as recomendações quanto aos hábitos de higiene, pois servem para prevenção de outras doenças transmitidas por vírus, bem como orientar a manter-se em ambientes ventilados, procurando não circular em aglomerações e locais fechados. O Cremern sente-se solidário com a população que passa por esta pandemia global, colocando à sua disposição os meios necessários para diminuir os riscos e prevenir maiores agravamentos do surto ora instalado, solicitando precauções individuais e reiterando que cada um seja co-responsável pelas medidas de prevenção. SESAP ABRE PROCESSO SELETIVO PARA MÉDICO INTENSIVISTA A Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP) abre dois processos seletivos que serão publicados neste sábado, 28, no Diário Oficial do Estado. As seleções – baseadas nos editais 09 e 10/2009 – serão realizadas para suprir, respectivamente, a demanda das unidades de Natal e região metropolitana e das regiões Oeste e Alto Oeste. Um dos editais contempla a área de terapia intensiva e disponibiliza 20 vagas para especialistas visando atender a necessidade do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. As inscrições custam R$ 20,00 e serão realizadas de 1º a 8 de dezembro, das 8h às 17h. Além de intensivistas, o edital nº 09/2009 disponibiliza vagas para médicos especialistas em anatomia patológica (6), anestesiologia (15), neurocirurgia (6) e psiquiatria (3). Para o nível médio, são oferecidas 100 vagas para técnico em enfermagem e seis para ASG/Necrotomista. O salário-base para os médicos que atuam em regime de 20 horas é de R$ 1.050,00 e para quem trabalha 40 horas, R$ 2.100,00. A gratificação de alta complexidade é de R$ 550,00 e R$ 1.100,00 para os médicos que trabalham, respectivamente, 20 e 40 horas semanais. Além de verbas variáveis como a insalubridade, que é relativa a 20% do salário-base, e o adicional noturno corresponde a 25% da hora de trabalho, quando for o caso. Como incentivo, existe uma produtividade com valor variável que, para intensivista, por exemplo, fica em torno de R$ 1,6 mil para quem trabalha seis horas diárias e R$ 3,2 mil para 12 horas. OESTE E ALTO OESTE – A seleção Nº 10/2009, que contempla as regiões Oeste e Alto Oeste, disponibiliza vagas para médicos com especialidade em anestesiologia (6), infectologia (2) e trauma ortopedia (8) para atuarem na primeira região. O Alto Oeste tem seis vagas para trauma ortopedia. Serviço: Endereços para inscrição – Natal e região metropolitana: Avenida Deodoro da Fonseca, 730 – 9º andar. Cidade Alta, Natal/RN Telefone: (84)3232-2679 – Oeste e Alto Oeste: Avenida Deodoro da Fonseca, 730 – 9º andar. Cidade Alta, Natal/RN Telefone: (84)3232-2679 – II Ursap: Avenida João Marcelino S/N, Nova Betânia – Mossoró/RN Telefone: (84) 3315-3446 – VI Ursap: BR 405 – KM 4, Pau dos Ferros/RN Telefone: (84) 3351-9801 SUS TRATARÁ TRÊS NOVAS DOENÇAS E AMPLIARÁ SISTEMA Três novas doenças serão tratadas no Sistema Único de Saúde (SUS) e outras 28 terão o tratamento ampliado. Pela primeira vez, pessoas com hipertensão arterial pulmonar, artrite psoriática (dor nas articulações) e púrpura trombocitopênica (doença sanguínea) terão acesso à assistência ambulatorial na rede pública de saúde, desde os estágios iniciais até os mais avançados das enfermidades. E 100 novas indicações de medicamento auxiliarão no tratamento de outras doenças. Desse total, 14 são incorporações de novos remédios nunca antes oferecidos pelo SUS. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União nesta semana. O tratamento das três novas doenças é feito com 17 fármacos, sendo que dois não eram oferecidos no SUS. Os medicamentos serão oferecidos para pessoas com diagnóstico confirmado conforme as recomendações dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, do Ministério da Saúde (MS). O diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do MS, José Miguel do Nascimento Júnior, explica que, com a ampliação do tratamento medicamentoso dessas 28 enfermidades, uma lista de 79 doenças que demandam cuidados especiais receberá atenção integral no SUS. “Queremos garantir à população a integralidade dos tratamentos na forma de linhas de cuidado. Em muitos casos, embora o SUS oferecesse medicamentos, havia lacunas em determinadas fases evolutivas da doença”, disse. Os portadores de epilepsia com crise parcial, por exemplo, contavam com três opções de tratamento, todas voltadas para a fase mais avançada da doença. Agora, poderão ser tratados com nove fármacos, o que permite a assistência também no início dos sintomas. No caso da esquizofrenia, o SUS oferecia medicamentos para o tratamento da fase inicial da doença e a oferta não era obrigatória por parte dos municípios. A partir de agora, os municípios deverão disponibilizá-los. Além disso, quando os pacientes apresentarem intolerância aos medicamentos, o MS manterá o financiamento da assistência com a segunda linha de tratamento (quando a primeira não apresenta resultado). JORNAL DE FATO AO SUSPEITAR DA DOENÇA, VÁ AO MÉDICO Diante da quantidade de casos de gripe suína (H1N1) confirmados em Natal (eram 79 casos e 10 óbitos até a última sexta-feira), a equipe médica de Mossoró montou esquema especial para detectar e tratar os possíveis casos da doença em Mossoró. O município já teve seu primeiro caso confirmado e aguarda resultado de outros três exames que foram enviados para o laboratório em Belém (PA), que é referência para todo o Nordeste. O pneumologista Luiz Gomes diz que, por enquanto, não há motivo para alarde ou pânico, mas ao suspeitar da doença, a orientação é procurar imediatamente atendimento médico. “Ao ter febre, dor de cabeça, dor de garganta procure o seu médico de confiança, ou a Unidade de Saúde, ou mesmo a UPA – Unidade de Pronto-Atendimento”, destacou o médico. Ele explicou que as amostras para exames só serão colhidas em quem realmente estiver no chamado “grupo de risco”, formado por crianças menores de dois anos, idosos, gestantes e pessoas com imunodeficiência. Independente disso, o município já está abastecido com o Tamiflu – medicamento de tratamento da H1N1 – e será administrado segundo orientação médica, independente do resultado do exame. “Quando o profissional suspeitar da gripe suína, ele já pode começar o tratamento com o Tamiflu porque os exames demoram para ficar prontos, já que saem de Mossoró para Natal e de lá seguem para Belém”, afirmou o médico, acrescentando que o tempo médio do resultado dos exames varia de 15 a 20 dias. O pneumologista esclarece que méis caseiros, normalmente usados em casa para tratar gripes comuns, não interferem na evolução da gripe suína. Luiz Gomes, que também coordena uma comissão montada especialmente para traçar estratégias de combate à doença em Mossoró, afirmou que o Município está preparado para tratar possíveis casos da doença na cidade. Antes mesmo do primeiro caso da doença ser confirmado na cidade, a Gerência Executiva da Saúde realizou vários treinamentos com a equipe médica e de enfermagem que atua nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e também nas UPAs. Na última sexta-feira, o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CREMERN) divulgou nota de recomendação aos médicos com orientações sobre como proceder diante das suspeitas de novos casos da doença no Estado. São recomendações de orientações à população e também de rotina técnica com o objetivo de controlar a doença. JORNAL DE FATO DISTRIBUIÇÃO DE REMÉDIOS SERÁ AGENDADA Um projeto do Ministério da Saúde vai permitir que a entrega de remédios pelo Sistema Único de Saúde (SUS) seja agendada pelos que precisam de medicamentos. O Hórus – Sistema Nacional da Assistência Farmacêutica – já está sendo implantado como projeto-piloto em 16 cidades e permitirá aos municípios o acompanhamento individualizado do uso de remédios e o controle da distribuição e do estoque em tempo real. As demais cidades, que não estão inclusas nessa primeira fase, já podem fazer seu cadastro no site www.saude.gov.br/medicamentos (seção profissionais e gestores). A capital mais próxima a receber o projeto será Fortaleza (CE). Já em Recife, o projeto está em funcionamento desde novembro deste ano. Os profissionais que aderirem ao programa vão passar por treinamento. A meta do Governo é que até abril do próximo ano todos os municípios já estejam usando o sistema. “O Hórus permite a melhoria da qualidade da informação, do gasto e da segurança dos pacientes, pois eles tomarão os medicamentos na dose e na data corretas”, afirma o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães. A coordenadora de assistência farmacêutica de Mossoró, Roseane Moura Lima, destaca que o sistema irá facilitar o monitoramento e controle na distribuição dos medicamentos. “Além desse sistema nacional, Mossoró já elaborou um plano de criação de oito farmácias distribuídas pela cidade, o que facilitará a distribuição do medicamento”, informa a farmacêutica, citando os bairros de São Manoel e Santo Antônio como os dois primeiros a receberem a farmácia, já em 2010. “À medida que formos criando essas novas farmácias, iremos abolindo os pontos de distribuição que temos hoje”. Segundo Roseane Moura, as novas farmácias vão possibilitar um acompanhamento mais próximo com o paciente. Outros centros também deverão ser criados na Abolição III e na Lagoa do Mato. Com o novo programa do Governo Federal, as pessoas podem conhecer o custo de cada fármaco na hora em que o receberem. O governo poderá controlar a regularidade em que os medicamentos são fornecidos e saber se o paciente foi buscá-los na data marcada. Futuramente, poderá haver um planejamento para que as equipes de saúde da família façam a busca ativa das pessoas que não continuaram o tratamento. Assistência farmacêutica mais próxima do cidadão Hoje Mossoró conta com quarenta e sete dispensórios de medicamento, uma espécie de pequenas farmácias distribuídas pelas Unidades Básicas de Saúde. Medicamentos para hipertensão e diabetes lideram a lista por maior demanda. Segundo Roseane Moura, cerca de 40% da procura de medicamento é para esses dois públicos. Um dos remédios mais distribuídos é o Captopril, uma média de 250 pílulas por meses. A disponibilidade de medicamentos obedece a uma lista do Governo Federal. A Relação Nacional de Medicamentos (RENAME) é responsável por indicar os remédios que não podem faltar na assistência farmacêutica “O Rename obedece às peculiaridades de cada região. Há medicamentos que são mais recorrentes no RN e que, não necessariamente têm a mesma demanda de cidades do Sul, por exemplo”, explica ela. Ainda de acordo com ela, é recorrente a procura de medicamentos que não estejam nessa lista de padronização. “Há alguns profissionais que desconhecem essa lista e acabam prescrevendo medicamentos que não serão encontrados nas farmácias do município”. CORREIO DA TARDE SAÚDE ABRE SELEÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE MÉDICOS O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde Pública (Sesap) abre processo seletivo simplificado, para a contratação temporária de pessoal, motivada pela falta de pessoal no quadro permanente. O processo seletivo será para o preenchimento de vagas para de cargo de médico, nas seguintes especialidades: anestesiologia, infectologia e ortopedia. O processo constará, exclusivamente, de provas de títulos. O processo seletivo simplificado terá validade de dois anos. Segundo a coordenadora de recursos humanos da II URSAP, Silvéria de Lourdes Vieira, o edital disponibiliza 16 vagas para a região oeste sendo oito vagas para ortopedistas/traumatologistas, seis para anestesiologistas e duas para infectologistas. As inscrições custam R$ 20 e serão realizadas até dia 8 de dezembro das 8 às 17h na sede da II URSAP na avenida João Marcelino, S/N, Bairro Nova Betânia, (84) 3315-3451 ou 3315-3445. O salário base para os médicos que atuam em regime de 20 horas é de R$ 1.050 e para quem trabalha 40 horas, R$ 2.100. A gratificação de alta complexidade é de R$ 550 e R$ 1.100 para os médicos que trabalham, respectivamente, 20 e 40 horas semanais. Além de verbas variáveis como a insalubridade, que é relativa a 20% do salário base e o adicional noturno corresponde a 25% da hora de trabalho, quando for o caso. Como incentivo, existe uma produtividade com valor variável mensal, podendo chegar ao vencimento. Para a região Alto Oeste são disponibilizadas doze vagas sendo seis para ortopedistas/traumatologistas e seis para anestesiologistas. As inscrições poderão ser realizadas na VI Unidade Regional de Saúde Pública (VI URSAP) Br 405 – KM 4, Pau dos Ferros – RN – telefone (84) 3351-9801. Assessoria de Comunicação do Cremern Telefone: 4006-5343> Contatos: Casciano Vidal: 9990-1473 Ana Carmem: 9911-6570
RN TEM 12 GERIATRAS PARA 333 MIL IDOSOS – Leia mais notícias no Clipping Cremern 07/12/2009
07/12/2009 | 02:00