CRM VIRTUAL

Conselho Regional de Medicina

Acesse agora

DIÁRIO DE NATAL VOLUNTÁRIAS DA LIGA CONTRA O CÂNCER PRODUZEM PRÓTESES MAMÁRIAS Recuperar a autoestima das mulheres que enfrentaram a mastectomia, cirurgia que remove completamente a mama após a descoberta do câncer. Foi este motivo que fez duas mulheres aprenderem técnicas para confecção artesanal de próteses mamárias distribuídas, diariamente, às pacientes que retiraram a mama no Rio Grande do Norte. Voluntárias da Rede Feminina da Liga Norteriograndense Contra o Câncer, Raquel Maria de Medeiros, 81 anos, e Maria Crinaura Abreu, 71 anos, proporcionam uma vida mais digna para mais de mil mulheres por ano. Juntas, elas fabricam em torno de 86 próteses por mês. Entretanto, os modelos são diferentes. A professora aposentada Raquel confecciona o modelo tipo gota; já Crinaura faz o molde mais arredondado. Porém, ambas distribuem as próteses gratuitamente e fazem o trabalho pelo mesmo motivo: melhorar o trauma psicológico e elevar a autoestima das mulheres mastectomizadas. Em alguns casos, as voluntárias entregam as próteses às próprias mulheres, mas normalmente as assistentes sociais da Liga Norteriograndense Contra o Câncer se encarregam da distribuição. Dona Raquel começou fazer as próteses há 16 anos após ser informada pelo médico que teria que retirar uma das mamas. Para confeccionar cerca de 20 próteses por mês ela conta com a ajuda financeira da família que, muitas vezes, também doa o material utilizado nas próteses. “Costuro tudo à mão. Tenho o maior prazer do mundo em poder doar as próteses, especialmente às mulheres mais humildes que não têm dinheiro para comprar uma de silicone”, disse. A prótese fabricada pela professora aposentada é composta por espuma ortopédica, acrilon, chumbo para dar o peso de acordo com o tamando da mama e malha para revestir a espuma. Raquel faz, inclusive, próteses especiais para serem utilizadas no mar ou piscina. “Como elas já sabem que faço esse modelo me pedem e entrego”, conta a aposentada. Funcionária pública durante 24 anos, Crianaura Abreu só aguentou ficar em casa 30 dias curtindo a merecida aposentadoria. Logo se entediou de não “fazer nada” e teve a ideia de integrar a Rede Feminina da Liga. Está lá até hoje. Atualmente é diretora social e ajuda na manutenção do bazar, mas é com a fabricação das próteses mamárias desde 1987 que ela se realiza. “Longa caminhada” O modelo produzido por Crinaura é do tipo arredondado e confeccionado com algodão de polietileno. Até chegar ao material usado atualmente, ela utilizou alpiste, isopor e chumbo para dar o peso adequado para cada tamanho de seio. “Tínhamos que colocar o alpiste no microôndas para evitar que germinasse. Foi uma longa caminhada até chegarmos até aqui, mas vale muita a pena ver as mulheres, que não fizeram ou não querem fazer a reconstrução da mama, mais felizes”, destacou. Os números mais procurados são os 42 e 44, porém elas fabricam próteses do tamanho 38 a 50. De acordo com Crinaura, a procura pelas próteses aumentou significativamente nos últimos anos, o que ela não considera como uma maior incidência do câncer de mama, mas do trabalho de divulgação realizado pela Liga. “As mulheres estão bem mais conscientizadas hoje em dia e procuram o tratamento mais cedo, mesmo que isso acarrete na retirada da mama, elas vivem melhor e nos procuram para receber a prótese”, acredita. DOENÇAS RARAS // SUS AINDA NÃO TEM 151 REMÉDIOS O Sistema Único de Saúde (SUS) tem uma deficiência de, pelo menos, 151 medicamentos de alto custo considerados necessários para o tratamento de doenças graves ou raras. Os remédios ausentes das relações oficiais do SUS equivalem a 27% de todos os medicamentos ofertados pela rede pública. Isso significa que o sistema de saúde pública não dispõe de um remédio recém-lançado pela indústria farmacêutica para quase quatro medicamentos cujo fornecimento já é uma obrigação do SUS. A inclusão dos 151 medicamentos nas listas de distribuição obrigatória e gratuita é avaliada por uma comissão criada há pouco tempo pelo Ministério da Saúde, o Comitê de Incorporação de Tecnologia (Citec). Desde 2006, o comitê precisa decidir qual medicação deve ser incluída nas relações do SUS. A atuação do Citec, porém, tem “vários problemas nos processos de inclusão”, principalmente a demora para que um novo medicamento passe a fazer parte das obrigações do SUS, segundo a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em relatório sigiloso encaminhado neste ano à PFDC, o Ministério da Saúde detalha os 151 medicamentos que podem ser incluídos nas listas do SUS, conforme critérios adotados pelo Citec. A maioria desses fármacos foi sugerida por recomendações e ações judiciais do Ministério Público Federal (MPF) de diferentes estados. Um paciente com um diagnóstico e uma receita médica em mãos esbarra na ausência do medicamento na rede pública e, então, decide procurar um advogado ou diretamente o MPF. Inquéritos são abertos para investigar a necessidade do medicamento recém-lançado e receitado pelos médicos. Constatada a eficácia do tratamento e descartados os interesses exclusivos pelo lucro dos laboratórios farmacêuticos, o MPF recomenda ao Ministério da Saúde – ou cobra na Justiça – a inclusão do fármaco nas obrigações do SUS. Levantamento Pesquisa feita com mais de trinta medicamentos que são cobrados pelo MPF e pela Justiça Federal, necessários para o tratamento de milharesde pacientes no país, confirmou a deficiência. As doenças são variadas, mas quem sofre mais à espera de um remédio são os portadores de doenças raras e graves, como algumas síndromes genéticas e manifestações específicas de alguns tipos de câncer. SANGUE FEITO EM LABORATÓRIO Pesquisa realizada por canadenses obtém plaquetas e glóbulos brancos/vermelhos a partir de células da pele Em uma descoberta considerada revolucionária, uma equipe de pesquisadores do Canadá conseguiu criar células sanguíneas a partir de estruturas da pele humana, com muito mais rapidez e eficiência do que os métodos utilizados atualmente nos laboratórios de pesquisa. O resultado do estudo, publicado no domingo pela revista especializada Nature, traz esperança para pacientes de leucemia, que aguardam durante anos por um doador de medula óssea. A nova técnica também poderá beneficiar pessoas que sofrem de diversos outros tipos de doenças relacionadas ao sangue, como a anemia. Produzidas pela medula óssea, todas as células sanguíneas têm origem em uma célula-tronco chamada hematopoiética pluripotencial, que, como o nome sugere, é capaz de se transformar em glóbulos vermelhos e brancos e em plaquetas. Nas pesquisas de laboratório, para conseguir que uma célula gere outra, os cientistas precisam fazer com que ela passe por um processo de diferenciação. Por exemplo, se quiserem transformar uma célula da pele em outra estrutura, os pesquisadores necessitam manipular essa célula até que ela volte a seu estágio embrionário para que, a partir daí, possa gerar outros tipos de célula. É um procedimento que leva tempo e nem sempre é bem-sucedido. A grande vantagem do estudo canadense é que os cientistas conseguiram pular essa etapa. Em uma experiência inédita, foi possível transformar as células da pele em células sanguíneas diretamente. Além de ganhar tempo, os pesquisadores evitam o risco da criação de tumores, pois, muitas vezes, quando reprogramadas, as células Ao contrário do que se poderia imaginar, as estruturas obtidas pela técnica não chegaram a ficar em estágio embrionário. Normalmente, um dos efeitos colaterais das pesquisas com células pluripotentes é a formação de tumores. Isso não ocorreu nos camundongos. Na realidade, o que aconteceu foi o desenvolvimento das três classes de células sanguíneas – brancas, vermelhas e plaquetas. Primeiros resultados Vários testes confirmaram que as estruturas funcionaram como deveriam, com a vantagem de que os glóbulos vermelhos obtidos pela técnica conseguiram produzir hemoglobina adulta, e não a forma fetal da substância. No futuro, essa terapia poderá beneficiar pessoas que precisam de sangue para se submeter a cirurgias, pacientes de câncer ou indivíduos com outras doenças relacionadas ao sistema sanguíneo, como a anemia. Se os ensaios clínicos forem bem-sucedidos, será possível produzir sangue para transfusão, a partir da própria pele do paciente. Uma esperança para quem tem câncer “A técnica poderá ser útil para qualquer pessoa com câncer”, afirma Bhatia. “Infelizmente, um dos efeitos colaterais da quimioterapia é afetar o sistema sanguíneo, pois, para matar o tumor, o tratamento destrói as outras estruturas próximas. Nós esperamos que nossa tecnologia possa, a partir das células da pele do próprio paciente, fornecer novas células sanguíneassaudáveis”, diz o cientista. Da mesma forma, no caso de quem sofre de leucemia, será possível produzir, com a pele, as células brancas que a medula óssea, nessa condição, é incapaz de fornecer, eliminando a necessidade de um transplante. Além disso, Bhatia acredita que a metodologia abrirá campo para novos estudos sobre a transformação de células da pele em qualquer outro tipo de célula, sem a necessidade de se passar por um estágio de diferenciação. Em um comunicado distribuído à imprensa, o vice-presidente da Faculdade de Medicina da Universidade de McMaster, John Kelton, elogiou o trabalho do colega. “Durante meus 30 anos como um especialista em hematologia, meus colegas e eu tivemos o prazer de ajudar a cuidar de pacientes de câncer cujas vidas foram salvas por transplantes de medula óssea. Para todos os médicos, mas especialmente para os pacientes e seus familiares, a doença torna-se mais e mais frustrante quando não conseguimos encontrar um doador compatível. Agora, a descoberta do Dr. Bhatia vai nos permitir ajudar esse importante grupo de pacientes”. Especialização Assim como as células-tronco, as progenitoras podem se diferenciar. Mas, ao contrário das primeiras, elas se encontram em um estágio mais especializado. Em termos de desenvolvimento, pode-se dizer que as células embrionárias vão da etapa pluripotente para a multipotente (origina células especializadas, mas em menor número) e, daí, para as progenitoras. Ligação Fibroblastos são as células que formam o tecido conjuntivo, cuja função é fazer a ligação entre órgãos e tecidos diversos. Ele também preenche espaços vazios e sustenta os tecidos. Existem vários tipos de tecidos conjuntivos,sendo que o sanguíneo, também chamado de reticular, produz as células do sangue e da linfa. “Quando li o artigo de Mick Bhatia, pensei: ‘Nossa, que grande avanço ele conseguiu!’. Esse trabalho é tão fascinante quanto importante. Ele anuncia uma nova era ao descobrir uma tecnologia inovadora, que poderá ser útil no tratamento do câncer e de outros distúrbios do sangue, além de doenças que afetam o sistema imunológico. A equipe conseguiu criar células sanguíneas sem a necessidade dessas células passarem pelo processo de diferenciação para um novo tecido, tornando o processo muito mais rápido. Esse trabalho representa uma contribuição muito importante, se não seminal, para a ciência”, destacou Samuel Weiss, diretor do Hotchkiss Brain Institute. AVANÇO // ESTUDO GENÉTICO PODE EXPLICAR LÁBIO LEPORINO A compreensão a respeito de um grupo específico de genes pode explicar por que algumas crianças nascem com lábio leporino. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) utilizaram células-tronco extraídas da polpa do dente de leite de pacientes com a anomalia e descobriram o mal funcionamento de genes responsáveis pelo processo de cicatrização da boca – que ocorre normalmente entre a sexta e a 12ª semana de gestação. São eles que ativam o funcionamento da matriz extracelular, componente fundamental para o movimento das células durante a formação do embrião. Sabendo que a fissura é decorrente de um problema – ainda não identificado – causado durante o desenvolvimento embrionário, o objetivo do estudo foi entender o que leva a esse erro. Segundo a coordenadora do Laboratório de Genética do Desenvolvimento Humano do Instituto de Biociência da USP e também coordenadora da pesquisa, Maria Rita Passos, se a produção da matriz extracelular for maior que o normal, as células que vão formar o lábio não conseguem sedeslocar, e isso leva à falha no fechamento. O mesmo se aplica à região do palato. Do material extraído dos pacientes, foram identificados 90 genes ligados à anomalia e, desses, 10 apresentaram funcionamento inadequado. “Alguns estão produzindo mais proteína do que deveriam. Existe um desbalanço no funcionamento desses 10 genes”, explica Maria Rita. Para o estudo, foram analisados 33 mil genes, sendo que 90 do grupo de fissurados apresentou funcionamento diferente, quando comparado aos genomas do grupo de controle (pacientes sem o problema). “A confirmação veio com a repetição dos testes de 10 novos pacientes com fissuras labiopalatais. Todos os pacientes apresentaram falhas no funcionamento dos mesmos 10 genes selecionados”, diz a professora. Realizada com seis pacientes de 5 a 8 anos, com e sem a anomalia, a equipe do laboratório inovou ao utilizar células-tronco dos dentes de leite. Segundo Maria Rita, além de os dentes caírem naturalmente, o procedimento não é invasivo. A comparação do funcionamento dos genes foi possível por técnicas de biologia molecular e bioinformática. TRIBUNA DO NORTE INFECÇÃO MATA 11 BEBÊS EM HOSPITAL DE BRASÍLIA Brasília (AE) – Atingido por um surto de bactérias, que matou 11 bebês em 40 dias, o Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), a maior unidade de saúde neonatal de Brasília, determinou medidas especiais de proteção a 30 recém-nascidos suspeitos de contágio e proibiu novas internações até que a situação seja controlada. Os seis bebês sob maior risco foram isolados e passam por terapia intensiva. A Secretaria de Saúde mandou reforço de material hospitalar e aumentou o número de servidores na unidade em todos os turnos. Ao anunciar ontem as medidas, em entrevista coletiva, o diretor da UTI Neonatal do hospital, Alberto Henrique Barbosa, disse acreditar que o pior do surto já passou, mas não deu previsão de quando a situação estará totalmente sob controle, daí a necessidade de evitar superlotação. “Mortes em UTIs neonatais acontecem, mas aqui passou do razoável”, lamentou o médico. As bactérias relacionadas às mortes dos bebês são “klebsiella”, “serratia” e “estafilococos”. O diretor da UTI Neonatal negou a existência de casos de contaminação da superbactéria “KPC” (“Klebsiella pneumoniae carbapenemase”). “Por enquanto, não tem nada de casos desta superbactéria, graças a Deus”, afirmou Barbosa. Neste ano, um surto de infecção hospitalar causado pela superbactéria, resistente à maior parte de antibióticos disponíveis no mercado, provocou 18 mortes e é suspeito de contaminar 108 pacientes no Distrito Federal. Pelas estatísticas disponíveis na Secretaria de Saúde, qualquer número acima de até três mortes ao mês é considerado fora do normal. O hospital tem 30 dos 81 leitos disponíveis em todo o Distrito Federal para atendimento emergencial de bebês. A crise na unidade gera saturação nos demais hospitais a apreensão entre as mães, sobretudo das cidades satélites mais pobres, que dependem da rede pública. O Ministério Público (MP) começa a investigar nesta terça-feira as causas do surto de bactérias resistentes no hospital, para detectar se houve negligência e se cabe denúncia criminal ou funcional contra os responsáveis. Pelo menos até a próxima sexta-feira, a maternidade do hospital permanecerá interditada e os partos serão transferidos para outras unidades. Inspeção do Núcleo de Controle de Infecções da Secretaria de Saúde, realizada no fim de semana, já constatou algumas irregularidades, como imperícia de profissionais e erros de prescrição e manipulação de medicamentos, mas ainda não estabeleceu os elos de responsabilidade com o surto. A notícia preocupa porque no mês passado foram divulgados casos de mortes pela superbactérias em hospitais de Brasília. Incêndio em prédio mata 42 em Xangai Xangai (AE) – Um incêndio num edifício de apartamentos arranha-céu, localizado no centro de negócios da China, em Xangai, matou pelo menos 42 pessoas na madrugada e parte da manhã desta segunda-feira, informou a agência de notícias Xinhua. A prefeitura da cidade afirmou num comunicado que o prédio de 28 andares estava sendo reformado, quando pegou fogo. Pelo menos 156 famílias vivam no arranha-céu da metrópole chinesa, que tem 20 milhões de habitantes. Muitos dos moradores eram professores aposentados. Imagens da televisão estatal mostraram nuvens de fumaça saindo do prédio em chamas. Ex-aliados deixam Governo Berlusconi Roma (AE) – Para o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, a questão não é mais se ele será derrubado do poder, mas quando isso ocorrerá. O líder italiano, que sobreviveu a vários escândalos sexuais e de corrupção, deverá enfrentar um voto de confiança no Parlamento nas próximas semanas, ao qual, aparentemente, terá poucas chances de sobrevivência. Nesta segunda-feira, quatro membros do governo renunciaram aumentando o isolamento do premiê. O ex-aliado Gianfranco Fini pede sua renúncia de de Berlusconi. “Agora, não existem dúvidas de que esse governo não irá durar”, disse o analista político James Waltson. ESTUDO RELACIONA APNEIA À SÍNDROME METABÓLICA São Paulo (AE) – Pesquisadores do Instituto do Coração (Incor-USP) propõem que a apneia do sono seja considerada mais um componente da síndrome metabólica – condição associada a um risco elevado de doenças cardiovasculares. Os cientistas descobriram que a maior parte das pessoas com a síndrome tem apneia, apesar de não suspeitar. A presença da apneia poderia aumentar ainda mais o risco de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) e enfartes nesses pacientes. A síndrome metabólica reúne pelo menos três das seguintes condições: obesidade, pressão alta, diminuição do colesterol bom, aumento dos triglicérides e resistência à insulina. A apneia ajudaria a compor o quadro da síndrome. O trabalho examinou 152 pacientes com síndrome metabólica por de 14 meses. Todos foram submetidos ao exame do sono por meio da polissonografia, mesmo quando não havia sintomas que recomendassem o exame. A conclusão: 92 deles (cerca de 60,5%) também sofriam de apneia enquanto dormiam. A maioria desconhecia o problema. Segundo Geraldo Lorenzi Filho, coordenador da pesquisa, 30% da população brasileira sofre de diferentes graus de apneia, ou seja, metade dos pontos porcentuais observados nos pacientes estudados. Com 142 quilos e 1,82 metro de altura, o engenheiro de manutenção Ricardo Teiji experimenta todos os dias o incômodo decorrente da interação entre problemas do sono e obesidade. Para ele, a altura do ronco sempre foi proporcional à marca da balança. “Minhas melhores noites foram enquanto mantive meu peso em 115 quilos”, conta. “Ronco a noite inteira e durmo sentado em alguns momentos do dia.” Mas os especialistas alertam que muitos participantes no estudo não sentiam sonolência diurna e, por isso, não sabiam que sofriam de apneia do sono. “Ainda é muito subdiagnosticada”, avalia o cardiologista Luciano Drager, autor principal do artigo Para Lorenzi Filho, o trabalho mostra a conveniência de realizar exames de polissonografia para identificar apneia em pessoas com a síndrome. O estudo também sugere que a apneia do sono não é só um coadjuvante. Ela agrava o quadro geral. Os pesquisadores analisaram, no sangue de cada paciente, a presença de substâncias associadas à síndrome metabólica – triglicérides e açúcar – e a marcadores inflamatórios que aumentam o risco cardiovascular (a proteína C reativa e o ácido úrico). O MOSSOROENSE MUDANÇA DE HÁBITOS PODE AJUDAR A PREVENIR O DIABETES No dia 14 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Diabetes, uma data instituída para chamar a atenção de todos aqueles que estão envolvidos direta ou indiretamente nos cuidados e prevenção dessa doença. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), cada vez mais a enfermidade está presente na vida dos brasileiros. A entidade estima que existam cerca de 11 milhões de pessoas portadoras da enfermidade no país, ou seja, 5,9% da população total do Brasil é diabética. Entretanto, os especialistas alertam para que a incidência da doença seja reduzida, é preciso que as pessoas revejam os hábitos alimentares, quebrando o círculo vicioso da alimentação inadequada aliada ao sedentarismo. No Brasil, a maior parte das ocorrências é do diabetes tipo 2, cuja incidência é maior após os 40 anos. Nesse caso, a causa ocorre pela ação da resistência à insulina aliada a uma secreção de insulina insuficiente provocada por herança genética, ganho de peso (principalmente gordura abdominal), sedentarismo ou pelo envelhecimento. Este tipo também tem sido observado com mais frequência em crianças e adolescentes acima do peso. Para a nutricionista Jarda Jacinta, algumas mudanças em relação à alimentação, principalmente com a inclusão de novos componentes no cardápio, possibilitam a redução da incidência da diabetes. Segundo a especialista, no que se refere à prevenção, a ingestão das fibras durante as refeições é um grande aliado. “As fibras possuem substâncias que diminuem o tempo da glicose na corrente sanguínea, ou seja, reduz a permanência da carga glicêmica oriunda dos alimentos. Elas interferem em todos os movimentos do sistema gastrointestinal, melhorando nossa disposição, humor e reduzindo o risco de diabetes e uma série de outras doenças”, revela. Conforme a nutricionista, as fibras requerem um gasto maior de energia para ser digerida, com isso o consumo energético reduz a incidência da diabete. Ela indica a ingestão de três colheres de sopa por dia de farelo de aveia. Como também aponta para os benefícios no controle da glicemia da farinha de banana verde e o composto da casca do maracujá processada. “No caso da casca do maracujá, estudos mostram que a pectina, uma fibra solúvel presente em grande quantidade no alimento e é capaz de retardar a absorção de carboidratos. Já a farinha de banana verde é rica em amido resistente, uma substância considerada fibra alimentar por não ser digerida e se tornar disponível como substrato para fermentação pelas bactérias”, explica. No entanto, Jarda Jacinta ressalta que se deve evitar misturar vários tipos de fibras alimentares. “Não é necessário ingerir dez tipos de fibras de uma vez, pois na maioria das vezes elas exercem as mesmas funções. A pessoa pode revezar, ingerindo hoje um tipo no suco, no dia seguinte incluir na comida outra fibra”, frisa a nutricionista. E acrescenta que a dica também vale para as pessoas que possuem a doença: “elas são um aliado dos medicamentos na obtenção de melhores resultados glicêmicos”. GAZETA DO OESTE MUNICÍPIO E ESTADO REALIZARÃO UMA NOVA AUDITORIA NA CASA DE SAÚDE DIX-SEPT ROSADO Entre os dias 22 e 26 deste mês, será realizada uma nova auditoria na Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR) para analisar os serviços e as condições do hospital quanto ao credenciamento de mais quatro leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). Desta vez, farão a vistoria técnicos da Vigilância Sanitária Municipal e do Estado. A realização da nova auditoria pelo município e o estado juntos foi definida em reunião realizada na quinta-feira passada, dia 11, no Ministério Público. “O resultado da reunião foi bastante positivo. Nela discutimos o relatório da auditoria realizada pela Vigilância Sanitária do município e o prestador [CSDR] apresentou os documentos comprobatórios dos serviços prestados e garantiu que as pendências apresentadas no parecer da auditoria municipal estavam resolvidas. Vai ser necessária nova auditoria no período de 22 a 26”, comentou Guglielmo Marconi, promotor de Justiça de Saúde. Para a próxima auditoria, Guglielmo informou que a Promotoria vai enviar ofício à Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESAP) para solicitar a participação de técnicos do Estado na auditoria que irá analisar a documentação e a estrutura e os equipamentos da CSDR e dos quatro leitos de Uti Neonatal. O promotor explica que após a conclusão da auditoria, o processo seguirá para a Comissão Bipartite – do Governo do Estado – que irá analisar a solicitação do credenciamento dos quatro leitos. Sobre o processo, Marconi, ressalta que a Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM) ainda necessita assinar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) até o dia 18 deste mês se comprometendo em concluir a reforma e os serviços na lavanderia e a esterilização. André Néo, diretor-geral da Casa de Saúde também considerou a reunião produtiva. “Chegou-se a um consenso e o Estado também participará da auditoria, o que a valida mais o credenciamento. O município e o estado farão auditoria mais completa e desta forma, o tramite corre mais fácil. Além disso, uma coisa é o Estado estar dentro e o processo fica mais transparente. Isso valida mais o processo”, analisou, acrescentando que a ideia da participação do Estado na próxima auditoria foi ideia de Paulo Mendes, chefe de Auditoria Municipal. Ainda conforme André, os técnicos irão utilizar o parecer da primeira auditoria e fazer nova verificação do check list e da documentação. “Agora, vamos só aguardar. Já tínhamos apresentado documentos sobre a questão da lavanderia e da esterilização e eles concordaram com a documentação apresentada”, comentou o diretor. Com relação à lavanderia e à esterilização, André informa que estão sendo tomadas providências. “A Vigilância Sanitária solicitou a conclusão da lavanderia e que o hospital apresentasse projeto de esterilização. E até o final do mês, a CSDR conclui em dezembro a reforma da lavanderia e até o fim do mês serão feitas as adequações quanto à esterilização, em conformidade com a próxima RDC que deve entrar em vigor”, acrescentou. FÓRUM DEBATE MORTALIDADE MATERNA E NEONATAL NO HOSPITAL SANTA CATARINA Com o objetivo de conscientizar e mobilizar a sociedade, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) promove o Comitê Estadual de Mortalidade Materna e Fórum Perinatal, na terça-feira, 16, das 8h às 12h, no Auditório do Hospital Dr. José Pedro Bezerra – Santa Catarina, no bairro Potengi. O evento será iniciado com a leitura da ata da reunião anterior, seguirá com a apresentação da Rede Perinatal da 5ª Regional de Saúde do Estado – Santa Cruz e das “Diretrizes da Rede Perinatal: caminhos para implementar as diretrizes” e se encerra com uma roda de conversa e encaminhamentos. “A reunião ocorre mensalmente com o intuito de fortalecer a linha de atenção perinatal do Rio Grande do Norte”, explica a coordenadora de Promoção à Saúde da Sesap, Celeste Rocha. Temática Discutida – Morte materna é aquela causada durante a gravidez ou até 42 dias após o parto. É ocasionada por qualquer fator relacionado à gestação e é uma das mais graves violações dos direitos humanos das mulheres, já que pode ser evitada em 92% dos casos e por ocorrer principalmente nos países em desenvolvimento. As principais causas de morte materna são hipertensão, hemorragia, infecção e aborto. Todas essas situações podem ser evitadas, com a devida assistência do pré-natal, do parto e do puerpério neonatal, além de ações de saúde específicas para as mulheres. JORNAL DE FATO HOSPITAL DE BRASÍLIA REGISTRA 11 MORTES DE BEBÊS POR INFECÇÃO Brasília (AE) – A morte de 11 bebês por infecção em menos de um mês e meio acionou o alerta no Hospital Regional da Asa Sul, em Brasília (DF), referência em obstetrícia e pediatria na rede pública da capital. Na unidade, o limite de morte considerado “aceitável” é de três bebês por mês. Os bebês eram prematuros ou com má-formação. Estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Ontem, havia 10 bebês isolados na unidade igualmente contaminados. O número corresponde à terça parte da capacidade da UTI. Por ora, nenhuma morte foi atribuída à superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). “Com certeza, não é a nova superbactéria, até hoje não”, disse o diretor do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), Alberto Henrique Barbosa. “Mas acendeu a luz amarela”, disse. Já foram identificados casos de infecção por KPC em sete Estados e no Distrito Federal. Segundo o balanço mais recente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, pelo menos 42 pessoas teriam morrido em decorrência da superbactéria apenas no Distrito Federal e em São Paulo, desde meados do ano passado. Os exames revelaram que os bebês mortos no HRAS teriam sido infectados pelas bactérias Estafilococos, Serratia e Klebsiella, essa última uma espécie de parente da KPC, mas que não é resistente a antibióticos. O diretor disse que o alerta foi acionado na última quarta-feira, quando o hospital somou 11 mortes de bebês por infecção, contadas a partir do início de outubro. Desde então, o hospital passou a seguir recomendação da comissão de controle de infecção hospitalar da Anvisa. Ontem, questionada pelo Grupo Estado, a agência não se manifestou. Entre as medidas adotadas está a redução dos atendimentos. O funcionamento está restrito aos casos mais graves, como bebês com peso inferior a um quilo. A UTI neonatal manteve no período em que foram registradas as mortes de bebês, uma lotação entre 36 e 38 pacientes, acima do limite, de 30 bebês. “É complicado, porque não temos como fechar a porta da UTI”, disse o diretor. Mas esse não era o único nem o principal problema detectado no hospital. Também faltava material de uso rotineiro, além de pessoal. “Algumas exigências do protocolo não estavam sendo cumpridas, e não é só a questão da superlotação”, afirmou Barbosa. Não se cogitou de fechar a unidade, considerada referência na cidade. De acordo com o diretor do hospital, é elevada a taxa de mortalidade da UTI neonatal, quase um bebê por dia. Mas as mortes não estão associadas a infecções, como aquelas que foram registradas em número crescente a partir de setembro. “O aceitável é até três mortes por mês por infecção”, completou. CORREIO DA TARDE RIO GRANDE DO NORTE TERÁ MAIS 100 ELETROCARDIÓGRAFOS PORTÁTEIS Dando continuidade ao processo de implantação dos Tele-Eletrocardiógrafos, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) enviou o coordenador de Tecnologia da Informação, Carlos Eduardo de Albuquerque Costa, a Uberlândia (Minas Gerais), local onde está instalada a ITMS do Brasil – empresa que possui expertise na área de Telemedicina. O objetivo da visita do técnico da Sesap foi receber treinamento e trazer para o estado 100 novos eletrocardiógrafos portáteis. As principais vantagens do serviço são a rapidez no diagnóstico e o suporte à decisão médica, sendo um diferencial na qualidade do atendimento clínico, bem como na confiabilidade e preservação do estado de saúde do paciente. O equipamento permite que os médicos expandam o alcance e a qualidade do serviço, que o usuário receba o melhor tratamento em tempo hábil e que o governo reduza custos sem comprometer a qualidade do sistema de saúde. O diagnóstico rápido de patologias dará a possibilidade do médico clínico ou generalista realizar o exame sem a necessidade de um cardiologista na unidade, pois o laudo do eletrocardiograma vai estar em suas mãos em até cinco minutos para urgência e em até 15 minutos para o paciente eletivo. “Esse serviço disponibilizado pela Sesap já salvou vidas nos últimos meses e também irá reduzir a ida desses pacientes à alta complexidade, como uma cirurgia cardíaca ou um implante de marca-passo”, explicou Carlos Eduardo. Tele-Eletrocardiografia Para que o serviço funcione bem é preciso que os profissionais de saúde das unidades nas quais o eletrocardiógrafo já foi disponibilizado o utilizem. Além disso, é necessário que a população que precise desse tipo de exame, recorra à Secretaria Municipal de Saúde da sua cidade. Nos próximos dias, serão disponibilizados no site da Sesap (www.saude.rn.gov.br/telemedicina) os locais onde é possível encontrar os equipamentos, por município e por unidade de saúde. Até o próximo mês de dezembro, serão 238 eletrocardiógrafos portáteis fornecidos aos municípios potiguares, que poderão realizar até 10.400 exames por mês, contando cada aparelho com uma franquia de 44 exames, sem custos para o gestor municipal. Assessoria de Comunicação do Cremern Telefone: 4006-5343 Contatos: Casciano Vidal: 9990-1473 Ana Carmem: 9909-4100

Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.